quarta-feira, 31 de março de 2010

Bela maquiagem Jezabel



Ontem, dentro do ônibus, pude testemunhar a conversa de duas senhoras "evangélicas" (que frequentam uma igreja evangélica).

O diálogo foi assim:
Senhora1:
"Eu já não usava batom nem esmalte antes de ir pra igreja, então, para mim não tem problema".

Senhora2:
"É mas na Bíblia está escrito que nem a boca nem as mãos de Jezabel foram comidas quando ela morreu".


Apesar de ser um comentário um tanto ridículo, percebi que esta "falsa-idéia" é aceita por muitas pessoas. Eu já ouvi por muitas vezes Jezabel ser o motivo de dizerem que a mulher não pode usar batom ou esmalte.

Mas será que elas leram o texto bíblico de verdade?

Vamos lá:

Almeida corrigida e revisada fiel:
2 Reis 9:30
Depois Jeú veio a Jizreel, o que ouvindo Jezabel, pintou-se em volta dos olhos, enfeitou a sua cabeça, e olhou pela janela.

2 Reis 9:35

E foram para a sepultar; porém não acharam dela senão somente a caveira, os pés e as palmas das mãos.

Tradução na linguagem de hoje.
2 Reis 9:30
Jeú chegou a Jezreel, e Jezabel ficou sabendo disso. Então pintou os olhos, penteou os cabelos e ficou numa janela do palácio, olhando para a rua.

2 Reis 9:35
Mas os homens que saíram para sepultá-la só encontraram a caveira e os ossos das mãos e pés.


A primeira observação que faço é que Jezabel pintou os olhos (ou ao redor dos olhos), sendo assim, o que a boca e a mão tem a ver?

Segunda observação é:
O que sobrou de Jezabel após ter sido devorada por cães foi o crânio e os ossos das mãos e pés.



Qual a relação dos restos de Jezabel com a vaidade?

Nenhuma.

Se existe algum sentido para que sobrassem algumas partes do esqueleto, seria uma alusão à todo mal que Jezabel praticou, não ao que ela vestiu ou passou no rosto/mãos.

As pessoas continuam usando argumentos como estes, ridículos, para impor controle sobre a vida de outras pessoas.

E tem muita gente que cai.


Que Deus nos livre da idiotice.


Odlave Sreklow.

terça-feira, 30 de março de 2010

ELES SÃO FEITOS DE CARNE



Eles são feitos de carne
Posted: 29 Mar 2010 01:49 AM PDT
– Eles são feitos de carne.
– Carne?
– Carne. Eles são feitos de carne.
– Carne?
– Já não há mais qualquer dúvida. Capturamos diversos deles de diferentes partes do planeta, trouxemos a bordo das nossas naves de reconhecimento e submetemos a todo tipo de exame. Eles são completamente carne.
– Isso é impossível. E que dizer dos sinais de rádio? As mensagens para as estrelas?
– Eles usam as ondas de rádio para conversar entre si, mas os sinais mesmo não vêm deles. Os sinais vêm de máquinas.
– Então quem fez as máquinas? São esses que queremos contatar.
– Eles fizeram as máquinas. É o que estou tentando te dizer. A carne fez as máquinas.
– Isso é ridículo. Como é que carne poderia fazer uma máquina? Você está me pedindo para acreditar em carne autoconsciente.
– Não estou pedindo, estou dizendo. Essas criaturas são a única raça autoconsciente daquele setor e são feitos de carne.
– Talvez eles sejam como os orfolei. Você sabe, inteligência baseada em carbono que passa por um estágio de carne.
– Não. Eles nascem carne e morrem carne. Estudamos as criaturas por vários de seus ciclos de longevidade, que são bem curtos. Você faz ideia de qual é a vida útil de carne?
– Poupe-me. Tudo bem, quem sabem eles sejam só em parte carne. Você sabe, como os weddilei. Uma cabeça de carne com um cérebro de electroplasma dentro.
– Não. Pensamos nisso, já que eles têm cabeças de carne como os weddilei. Mas eu disse, examinamos os caras. São carne do começo ao fim.
– Sem cérebro?
– Ah, têm cérebro, sim senhor. A questão é que o cérebro é feito de carne! É o que estou tentando te dizer.
– Mas… o que é que faz a parte de pensar?
– Você não está mesmo querendo entender, não é? Está se recusando a assimilar o que estou dizendo. O cérebro é que faz a parte de pensar. A carne.
– Carne pensante! Você está me pedindo para acreditar em carne pensante!
– Exato, carne pensante! Carne consciente! Carne amorosa. Carne sonhadora. A carne é a questão toda! Você está começando a sacar ou devo começar de novo?
– Meudeus. Você está falando sério então. Eles são feitos de carne.
– Valeu. Finalmente. Sim. Eles são de fato feitos de carne. E vêm tentando entrar em contato conosco ao longo de quase cem dos anos deles.
– Meudeus. Então o que essa carne tem em mente?
– Primeiro quer entrar em contato conosco. Imagino que depois queira explorar o universo, contatar outras entidades inteligentes, trocar ideias e informação. O usual.
– Estão esperando que a gente entre em contato com carne.
– É essa a ideia. É a mensagem que eles vêm transmitindo pelo rádio: “Alô. Tem alguém aí. Alguém em casa.” Esse tipo de coisa.
– Eles falam, então. Usam palavras, ideias, conceitos?
– Ah, sem dúvida. Só que eles usam carne para fazer isso.
– Você acaba de me dizer que eles usam o rádio.
– Usam, mas o que você acha que está no rádio? Sons de carne. Sabe quando você sacode ou estala um pedaço de carne e ele faz um barulho? Eles conversam estalando a sua carne uns para os outos. Até conseguem cantar, esguichando ar pela carne deles.
– Meudeus. Carne cantante. Isso já é demais. O que você aconselha?
– Oficialmente ou extraoficialmente?
– Os dois.
– Oficialmente somos obrigados a entrar em contato, dar boas-vindas e protocolar toda e qualquer raça consciente ou multiseres deste quadrante do universo, sem preconceito, medo ou preferência. Extraoficialmente, aconselho que apaguem-se os registros e que esqueçamos a coisa toda.
– Eu estava esperando que você dissesse isso.
– Parece cruel, mas há um limite. Queremos de fato fazer contato com carne?
– Concordo cem por cento. O que haveria para dizer? “Alô, carne. Tudo bem?” Mas será que isso vai dar certo? De quantos planetas estamos falando?
– Só um. Eles podem viajar a outros planetas em contêineres especiais de carne, mas não podem viver neles. E, sendo carne, só podem viajar no espaço C, o que os limita à velocidade da luz e torna a possibilidade de chegarem a fazer contato bem pequena. Quase nula, na verdade.
– Então só temos que fingir que no universo não tem ninguém em casa.
– Exato.
– Cruel. Mas você mesmo disse, quem quer conhecer carne? E aqueles que estiveram a bordo de nossas naves, aqueles que vocês examinaram? Tem certeza de que eles não vão lembrar?
– Serão considerados malucos se lembrarem. Entramos no cérebro deles e alisamos bem a carne, de modo que somos apenas um sonho para eles.
– Um sonho para a carne! É estranhamente apropriado isso, que devamos permanecer sonho de carne.
– E marcamos o setor inteiro como desocupado.
– Muito bem. Está concordado, oficialmente e extraoficialmente. Caso encerrado. Algum outro? Alguém interessante naquele lado da galáxia?
– Sim, uma tímida mas doce colmeia inteligente de aglomerados de hidrogênio numa estrela classe nove na região G445. Chegou a manter contato há duas rotações galáticas, quer reatar a amizade.
– Esse pessoal sempre acaba voltando.
– E porque não? Imagine quão insuportável, quão inconcebivelmente frio seria o universo para quem estivesse sozinho nele.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá - Caso Isabella


Não estou sentado em frente ao computador para dizer nada sobre este caso e, inclusive sobre o pai e madrasta de Isabella (Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá).

Estou aqui para perguntar a mim mesmo:

Porque a sociedade escolhe os crimes (ou fatalidades) que servirão de exemplo?

Qual o critério de tal escolha?

Será que a mídia só fez o "alvoroço" por ser uma família rica? E se a criança fosse uma menina da favela?

Porque diariamente ocorrem crimes mais bárbaros mas, a mídia apenas transforma em show o que bem entende?

Porque crianças são mortas todos os dias pela própria mãe biológica, sendo jogadas em rios, jogadas no lixo, mortas através de aborto e muitas vezes a impunidade impera?

O assassinato de uma criança no ventre é diferente de uma criança já grande?

Porque então a mídia não faz este mesmo show para todos os casos?

...




...Fico eu aqui,  com meu sono e meu silêncio.

Não quero respostas, quero deixar as perguntas no ar.

Odlave Sreklow.

A Palavra de Deus é livre como o Vento e poderosa como o Mar.

Estabelecido está que a Palavra de Deus não pode se nem comprada e nem vendida, pois cada um aprenderá que a Palavra é livre como o Vento e poderosa como o Mar.



terça-feira, 23 de março de 2010

POR QUE SONHAMOS?

Fonte: http://super.abril.com.br/revista/240a/materia_especial_261563.shtml?pagina=1


Por que sonhamos?

Das velhas teorias psicanalíticas à moderna neurociência, o que a ciência sabe sobre esse curioso fenômeno?

Por Eduardo Szklarz

Em 1900, o austríaco Sigmund Freud causou uma revolução no estudo da mente ao publicar A Interpretação dos Sonhos. Nele, o pai da psicanálise contestava a noção bíblica de que os sonhos eram fenômenos sobrenaturais, dizendo que derivavam da psique humana. Decifrá-los, portanto, seria a chave para entender o que se passa dentro da nossa cachola. Essas teorias foram ridicularizadas por muito tempo e somente agora, mais de 100 anos depois, elas estão sendo testadas.

A primeira idéia de Freud confirmada pela ciência é a de que os sonhos seriam restos do dia. Ou seja: algo que acontece com você de dia reverbera durante os sonhos. A comprovação científica disso foi feita em 1989 por Constantine Pavlides e Jonathan Winson na Universidade Rockefeller. Ao observar cérebros de ratos, eles descobriram que os neurônios mais ativados durante o dia continuavam a ser ativados durante a noite. Do mesmo modo, os neurônios pouco ativados durante o dia tampouco eram durante a noite.

O que isso significa? “Significa, por exemplo, que, se uma pessoa teve hoje uma experiência marcante, a chance de essa experiência entrar em seu sonho é muito grande”, diz Sidarta Ribeiro, diretor de pesquisas do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra (IINN–ELS). “Se ela foi atacada por um tubarão, é provável que sonhe com tubarão. Se foi para a guerra do Iraque, nos próximos anos vai sonhar com guerra. Isso é o resto diurno levado às últimas conseqüências.” Mas, como em nossa vida moderna ninguém tem experiências extremas todos os dias, os sonhos acabariam sendo uma mistura simbólica de um monte de coisas, como Fruem havia previsto.

Você pode sonhar hoje com tubarão, a manhã com jacaré, depois com afogamento, simbolizando todos eles uma mesma experiência. Mas de onde viriam aqueles sonhos malucos, com cenas que você nunca viu? Para a ciência, do seu inconsciente. É lá que estão guardadas as lembranças que você adquiriu ao longo da vida. Quando você dorme e começa a sonhar, seu sono entra na fase REM (sigla em inglês para Movimento Rápido dos Olhos). “O sono REM faz ovos mexidos com suas memórias. Ele as concatena de uma forma não comum”, diz Sidarta.

Isso acontece porque o cérebro está em altíssima atividade nessa fase, mas não tem as informações sensoriais da vigília. Não conta com cheiros, imagens, sons nem outras informações que temos quando estamos acordados. A atividade sensorial está livre e vai aonde quiser, seguindo os caminhos mais usados – que são as memórias mais fortes. Ou seja: seus sonhos com imagens aparentemente inéditas seriam apenas combinações de uma série de símbolos que você já conhece de outras experiências. Ok, mas sonhar serve para o quê?

“Tudo indica que o sonho tem a função de simular comportamentos – tanto os que levam a recompensa (os bons) como os que levam a punição (os pesadelos)”, diz Sidarta Ribeiro. “Portanto, sua função seria evitar ações que resultem em punição e procurar aquelas que levam à satisfação do desejo.” Esse processo funcionaria da seguinte forma. Imagine uma cotia. Seu pesadelo é que a jaguatirica apareça quando ela estiver bebendo água.

Assim, da próxima vez que for ao lago, essa memória voltará e ela terá mais cuidado (evitando a punição). E o sonho bom da cotia? É encontrar um campo com sementes gostosas. Portanto, se ontem ela passou num lugar que tinha sementes, seu sonho será ela voltando àquele lugar, pois talvez haja mais alimento ali amanhã (levando à recompensa). O curioso é que essa tese combina, de certa forma, com a idéia freudiana de que a função dos sonhos é a satisfação do desejo, teoria que havia se tornado motivo de chacota nas últimas décadas.

domingo, 21 de março de 2010

Templo é dinheiro

Este assunto já foi abordado antes em meu blog, mas, como é um assunto que está sempre na moda, vou publicar e continuarei publicando textos sobre este assunto.



Doações de evangélicos superam R$ 1 bi por mês

Com mais adeptos, a Igreja Católica arrecada menos dinheiro, que tem como um dos destinos as campanhas politicas, segundo especialistas

 

Márcia Vieira - O Estadao de S.Paulo

As igrejas evangélicas no Brasil recolhem por mês entre seus fiéis mais de R$ 1 bilhão - precisamente R$ 1.032.081.300,00.

(Esse aí falsificou a assinatura de Jesus, rsrs)


A Igreja Católica, que tem mais adeptos espalhados pelo País, arrecada menos: são R$ 680.545.620,00 em doações.

Os números estão na pesquisa sobre religião realizada pelo Instituto Análise com mil pessoas em 70 cidades brasileiras.

Entre os evangélicos, as igrejas que mais recolhem são as pentecostais, como a Assembleia de Deus, e neopentecostais, como a Universal do Reino de Deus.

(Jesus Macedo Cristo...)


Seus cofres engordam mensalmente com doações que chegam a quase R$ 600 milhões.

Cada fiel doa em média R$ 31,48 - mais que o dobro das esmolas que os católicos deixam nas suas paróquias (R$ 14,01).


Os evangélicos não-pentecostais, chamados de históricos (presbiterianos e batistas, por exemplo), são os mais generosos. Doam em média R$ 36,03, o que dá um faturamento mensal de R$ 432.576.180,00 às igrejas.

E para onde vai tanto dinheiro? Alberto Carlos Almeida, diretor do Instituto Análise, aposta que os políticos são um dos destinatários. "Parte desse dinheiro é usada para financiar campanhas. É só reparar no aumento dos candidatos evangélicos e no fato de os não-evangélicos cortejarem as igrejas nas campanhas." (hãhã, bem que eu desconfiava - grifado pelo blogueiro)

(Olha o seu dinheiro voando...)

A pesquisa mostra que o número de católicos continua em declínio. No Censo de 2000, eram 73,77% da população ante 15,44% de evangélicos. Nessa pesquisa, o número de católicos caiu para 59% e o de evangélicos subiu para 23%. "Ou seja, dois em cada dez brasileiros são evangélicos", diz Almeida. (Claro, os padres não falam em prosperidade, curas, dinheiro, se adotassem o discurso dos evangélicos a coisa também crescia).

O cientista político Cesar Romero Jacob, autor do Atlas da Filiação Religiosa e Indicadores Sociais no Brasil, se diz surpreso com a queda de "15 pontos porcentuais" no número de fiéis da Igreja Católica. Mas não tem dúvida sobre a força dos pentecostais e neopentecostais no voto do brasileiro.

Depois de analisar o mapa eleitoral das últimas cinco eleições presidenciais constatou que Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva usaram a mesma estratégia para vencer.

Nos grotões do Nordeste, fizeram aliança com as oligarquias. Nas periferias, acordos com pastores e partidos populistas. "O debate político é intenso sobretudo na classe média das grandes cidades. Nos grotões e na periferia o que funciona é a máquina. Seja ela das igrejas pentecostais, dos populistas ou das oligarquias."

Figura polêmica, o Bispo Macedo, fundador da Universal do Reino de Deus, é conhecido pela maioria dos brasileiros. Mas sua imagem não é das melhores. Para 70% dos entrevistados, "ele usa o dinheiro da Universal para enriquecer". Entre os próprios evangélicos, 57% têm essa impressão. E 18% dizem que "ele é bom e tudo o que faz com o dinheiro da Universal é para o bem de seus fiéis".

A pesquisa mostra que a estratégia de recolher doações funciona muito bem, sobretudo na Universal. "Os pastores falam de dinheiro o tempo todo", constata a antropóloga Diana Lima, do Instituto Universitário de Pesquisa do Rio, o Iuperj. "Além do dízimo, os fiéis são estimulados a fazer propósitos com Deus e pagam por isso." (Barganhas)



O Bispo Macedo, que responde a processo criminal por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, levou ao máximo a Teologia da Prosperidade, criada por americanos no início do século 20. "A relação com Deus é de contrato. Não se espera a salvação para depois da morte. O que interessa é o aqui e agora", analisa Diana, que há cinco anos frequenta cultos, para entender o que move uma pessoa pobre a doar o pouco que tem para Macedo e seus pastores.
Diana defende a tese de que a Universal estimula o empreendedorismo dos fiéis. "Não é aquele negócio de pedir uma casa a Deus e ficar esperando que caia do céu. Não. Eles querem oportunidades. E sobretudo não querem mais ser humilhados."

Ela destaca que os pastores falam muito nisso. "Quem tem dinheiro se locomove confortavelmente no seu carro, não passa pela humilhação de andar no trem." O discurso se baseia na lógica do dinheiro.

"Os fiéis investem agora, dando dinheiro à igreja nesse acordo com Deus, para ter o lucro lá na frente."

Diana comprovou que os fiéis não se incomodam com o enriquecimento dos pastores. "Uma das explicações é que o pastor está num lugar santificado. Então, faz sentido estar economicamente bem." Quando ouvem acusações de desvio de dinheiro, como a que levou o casal de bispos Estevam e Sonia Hernandes, líderes da Igreja Renascer, para a cadeia, preferem não julgar. "Os fiéis acham errado, mas defendem que cada um tem de se preocupar com seu compromisso diante de Deus. Isso não desautoriza a igreja."

Para Diana, os fiéis aprovam o uso político do dinheiro doado. "Acreditam que o Brasil está perdido. Que as drogas, o alcoolismo, a violência são coisas do mal. Portanto, ter na condução da sociedade alguém alinhado com a palavra de Deus é bom", explica. "Logo, precisam ter representação política."


(Camisa Jesus precisa do seu dinheiro, vou procurar onde vende, rsrs)


Fonte:  Estadao.com.br

sexta-feira, 19 de março de 2010

Sou deísta e não sabia, rsrs.



Comentando e comentando na Blogosfera, me deparei com um comentário feito por uma pessoa anônima quanto ao meu blog no site do Genizah (http://www.genizahvirtual.com/2010/03/pastores-voadores.html)

Fui chamado de Deísta e Ateu por uma única pessoa.

Caramba, o cara não sabe que não tem como ser deísta e ateu ao mesmo tempo?

Seria o mesmo que dizer que eu sou Flamenguista e Vascaíno.

Confesso que nunca havia procurado saber o que é deísta, mas, me identifiquei um pouco com este conceito.

De verdade.

Não posso afirmar que seja deísta, com certeza eu sou algo que não consegui rotular até hoje.

Segue texto sobre deísmo retirado do wikipedia:


Deísmo

Os deistas acreditam na possibilidade da existência de dimensões transcendentais. Contudo, não estão presos a nenhum tipo de mitologia ou dogma. Frequentemente, os deístas se encontram insatisfeitos com as religiões denominacionais, e apresentam, geralmente, algumas afirmações que os diferenciam dos religiosos convencionais ou teístas.

Afirmações deístas

  • 1- Acredito em um Deus, mas não pratico nenhuma religião em particular;
  • 2- Acredito que a palavra de Deus são as leis da natureza e do Universo, não os livros ditos "sagrados" escritos por homens em condições duvidosas;
  • 3- Gosto de usar a razão para pensar na possibilidade de existência de outras dimensões, não aceitando doutrinas elaboradas por homens;
  • 4- Acredito que os ideais religiosos devem tentar reconciliar e não contradizer a ciência.
  • 5- Creio que se pode encontrar Deus mais facilmente fora do que dentro de alguma religião;
  • 6- Desfruto da liberdade de procurar uma espiritualidade que me satisfaça;
  • 7- Prefiro elaborar meus princípios e meus valores pessoais pelo raciocínio lógico, do que aceitar as imposições escritas em livros ditos "sagrados" ou autoridades religiosas;
  • 8- Sou um livre pensador individual, cujas convicções não se formaram por força de uma tradição ou a "autoridade" de outros;
  • 9- Acredito que religião e Estado devem ser separados;
  • 10- Prefiro me considerar como um ser racional, ao invés de religioso;



Que Deus nos salve da Religião.
Odlave Sreklow.

quinta-feira, 18 de março de 2010

O ARMÁRIO DOS ATEUS

Achei interessante este texto retirado do Blog do Kelmer.
É impressionante como os ateus refutam Deus com base na religião existente.

O que tenho aprendido com isto?

Tenho aprendido que:

De um lado estão os religiosos que criaram um "deus" imaginário,
um "deus" oráculo a quem devemos perguntar tudo,
um "deus" malvado que quer nos castigar,
um "deus" egoísta que escolhe pessoas,
um "deus" maluco que mata com ondas gigantes,
um "deus" tarado que se preocupa quase que constantemente com pênis e vagina,
um "deus" que não sabe nem quem é Deus.

Do outro estão os ateus que refutam este "deus" imaginário.
Os argumentos ateístas são sempre os mesmos e, os argumentos dos religiosos são também os mesmos.

Estes religiosos (na sua maioria cristãos católicos/evangélicos) não perceberam que estão defendendo um "deus" imaginário, e os ateus também não conseguem perceber que o "deus" que estão negando não existe.

E quanto a Deus? O que pensa nesta hora? O que ele pensa eu não sei, mas, sei o que eu penso, e você, o que pensa?

Segue texto:

O ARMÁRIO DOS ATEUS


A ONU, através de seu Relatório do Desenvolvimento Humano de 2005, apontou os países cujas sociedades são as mais saudáveis do mundo, segundo os indicadores de expectativa de vida, alfabetização, renda per capta, nível educacional, igualdade entre os sexos, taxa de homicídio e mortalidade infantil. São eles: Suécia, Dinamarca, Noruega, Islândia, Canadá, Suíça, Bélgica, Japão e Holanda. Mas esses países têm mais um ponto em comum: eles estão entre os menos religiosos do planeta. 

Em 2005 e 2006, o sociólogo estadunidense Phil Zuckerman morou durante 14 meses na Escandinávia e entrevistou, em profundidade, 149 dinamarqueses e suecos de todas as classes sociais. Ele escolheu Suécia e Dinamarca porque queria descobrir como os dois países menos religiosos do mundo podiam ser os que possuíam os mais altos índices de qualidade de vida, com economias fortes, baixas taxas de criminalidade, alto padrão de vida e igualdade social. Sua pesquisa está em seu livro Society without God – What the Least Religious Nations can tell us about Contentment (Sociedades sem Deus – O que as nações menos religiosas podem nos dizer a respeito da satisfação). “Eu quis mostrar aos meus conterrâneos norte-americanos que é possível que uma sociedade seja relativamente irreligiosa e, ainda assim, forte, saudável, moral e próspera”, explicou Zuckerman numa entrevista.

Os dados da ONU e a pesquisa de Phil Zuckerman desmentem uma velha crença dos religiosos e teístas, a de que uma sociedade sem Deus fatalmente descambará pra criminalidade e infelicidade geral. Os defensores desse tipo de argumento creem que somente a religião pode dotar o indivíduo de valores morais sólidos. A realidade, porém, não sustenta essa tese, e nem é preciso recorrer a pesquisas: dê uma olhada nas notícias ou lembre das pessoas que você conhece e encontrará tanto ateus e religiosos honestos quanto ateus e religiosos trambiqueiros. Toc.

Caso o Brasil mantenha sua curva ascendente de desenvolvimento, continuará aumentando em sua população o percentual de ateus e não-religiosos, que era menos de 1% em 1970 e hoje é aproximadamente 7,5% (censo IBGE 2000). Com isso ateus e não-religiosos terão mais visibilidade na sociedade, ganharão maior representatividade, inclusive política, e sofrerão menos preconceito. Toc, toc.

Muita gente que se diz religiosa está apenas repetindo o que aprendeu na infância, sem se dar conta de que poderia ter outra religião caso houvesse nascido em outro país ou crescido com outra família. Muita gente adoraria largar sua religião ou assumir-se ateu mas tem medo da desaprovação e do preconceito que pode sofrer. De fato, não é fácil ser minoria. Porém, assim como os homossexuais e os negros conquistaram seus direitos, os ateus e não-religiosos precisam se assumir pra que possam também ser vistos, respeitados e votados. Como nos mostram os suecos e dinamarqueses, não é a crença em deuses mas sim o respeito à dignidade humana o valor imprescindível à saúde e prosperidade de uma sociedade.
Toc, toc, toc. É hora de sair do armário.


quarta-feira, 17 de março de 2010

Usemos o nome de Deus em vão



Hoje estive pensando o quanto as pessoas tem tomado o nome de Deus em vão.

O pior é que a maioria das pessoas até mesmo desconhece que esteja agindo assim ou, na maioria das vezes acredita que o "fim justifica os meios".

O escritor do livro de Deuteronômio (parte integrante das escrituras judaicas) menciona que o nome de Deus não pode ser usado em vão (Dt. 5:11).
Também em outro livro judaico, intitulado Provérbios, seu escritor, Salomão, filho de Davi, solicita que Deus não o dê riquezas para que não esqueça de Seu Nome, ou pobreza, para que não envergonhe Seu Nome.

Por Salomão são apresentados dois problemas principais:
1) Esquecer-se de Deus.
2) Utilizar o Nome de Deus de forma inútil, incorreta ou vergonhosa.


O primeiro problema para mim não existe, porque esquecer-se de Deus é impossível para qualquer ser humano, inclusive para os ateus que, ao negarem sua crença em Deus, estão, instantaneamente lembrando-se Dele.

O segundo problema, e maior de todos (creio eu), é sobre a utilização do Nome de Deus em vão.


É comum vermos casos de pessoas que atribuem a Deus seus próprios atos.

Em setembro de 2009 um pastor evangélico sequestra um avião no México e, ao ser preso disse que Deus tinha mandado ele pegar o avião, era uma "revelação divina".

Recentemente me contaram de um casal evangélico, empresários, que só admitem pessoas da mesma igreja em sua empresa. Me disseram que este casal, quando quer dispensar um funcionário diz que "Deus mostrou que temos que te demitir".

Conheço pessoas que se eximem da responsabilidade sobre suas decisões abrindo a Bíblia, atribuindo a resposta a Deus. Por exemplo, na hora de comprar um carro, abre a Bíblia e, de acordo com o texto lido, define se vai comprar o carro ou não, este diz que "o Senhor quer que eu compre este carro".

Ouvi de uma pessoa que havia cancelado seu noivado porque Deus teria decidido assim.

Em uma igreja evangélica uma pessoa disse que Deus tinha falado que não estava na hora de uma certa pessoa se batizar no dia em que a congregação estava se preparando para batizar diversas pessoas.

Conheço uma pessoa que estava passando por problemas financeiros e foi a um oráculo evangélico (uma destas profetisas), lá esta pessoa sabendo da pendenga disse que "deus me falou que vai providenciar a solução". Após isto eles tiveram contato com um agiota que cobra dez por cento de juros, mas, que faria o empréstimo por cinco por cento. Tal pessoa disse que Deus havia feito este processo e que o agiota foi enviado por Deus. Pouco tempo depois eles atrasaram os pagamentos ao agiota, que, aumentou os juros para dez por cento.
Claramente que aquilo que estavam imaginando que "foi Deus", na realidade não foi nada disto.

Muitos terroristas matam pessoas em nome de Deus.

Existe um problema muito sério quanto a atribuir a Deus coisas que não tem nada a ver com Ele.

Esse Deus à qual atribuímos nossas próprias decisões e desejos é apenas um ser criado por nós para nosso deleite.

Ou seja, é mais fácil atribuir responsabilidades a um "deus fictício" do que assumirmos a responsabilidade sobre nossas ações.

Porém, a pessoa que tem a capacidade de atribuir suas atitudes a este "ser imaginável" pode cometer qualquer crime.

Muitos acreditam terem suas vidas dirigidas por Deus, porém, não percebem que existe uma manipulação delas próprias para com Deus.
Na realidade estas pessoas estão manipulando "deus" sem perceberem, elas estão manipulando aquele "deus" que elas mesmas criaram.


Analise sua vida para descobrir se você não está crendo em um "deus" que não passa de uma criação de sua mente.

Analise sua vida para descobrir se você não está o tempo todo "usando" este Deus para seu próprio benefício.

Odlave Sreklow.


Imagem retirada do site: http://opovo.uol.com.br/colunas/kelmericas/842590.html

quarta-feira, 10 de março de 2010

A história de um ateu salvo - Capítulo 1




Olá, vou contar a você a história de Jhon.

Era assim que o conhecia, Jhon, casado, pai de dois filhos, um homem com uma vida aparentemente normal.

Jhon era um homem bom, sempre preocupado com o bem-estar do próximo.
Não pensava duas vezes quando se tratava de ajudar a quem necessitasse.

Tinha algo em Jhon que deixava seu vizinho Max intrigado. Max era pastor evangélico e sempre que Jhon dava espaço estava lá, Max, insistindo para que Jhon fosse ao templo com ele.

Quando Jhon era questionado sobre sua crença em Deus e sua religião respondia que não acreditava na religião e em grupos que se diziam superiores aos demais grupos e religiões existentes. De fato Jhon sabia que cada religião se considerava superior a qualquer outra, portanto, não acreditava em seus deuses.

Quando questionado sobre Jesus respondia que provavelmente fora um homem muito bom assim como Gandhi e tantos outros.
Jhon não suportava ver um parente passando necessidades e logo reunia a família para ajudar.

Jhon não conseguia ver um faminto e deixá-lo ir embora de estômago vazio.

Max era vizinho de Jhon, pastor evangélico, certa vez em conversa com Jhon falou que Jhon deveria aceitar Jesus porque senão iria ser condenado ao inferno. Jhon percebia que a religião praticada por Max não o trazia paz, ele não ia à igreja porque amava ao Deus que professava, mas sim, porque tinha medo deste Deus, tinha medo do inferno.

Jhon disse a Max que não acreditava no inferno e que não tinha medo do Diabo.

Max disse ainda que a vida de Jhon prosperaria se ele fosse para a igreja.

Quanto à prosperidade, Jhon disse que não queria ser rico enquanto milhares de pessoas padeciam necessidade, seria muito cruel para ele mesmo.

Todos os domingos Jhon via Max saindo apressadamente com os filhos e esposa para ir à igreja, enquanto isto, Jhon molhava as plantas do seu jardim e brincava com seus filhos jogando água neles, e eles faziam uma grande bagunça.

Jhon sempre sentava com seus filhos para ensinar a serem pessoas boas e honestas, assim, os preparando para o futuro.

Enquanto Max, cobrava dos(as) professores(as) de escola dominical de sua igreja o ensinamento dos seus filhos. Max dificilmente sentava com seus filhos para conversar.

Max não conseguia entender porque seus filhos eram mais "mal-criados" do que os filhos de Jhon.

A esposa de Jhon, Ana, vai ao salão de beleza com Maria, esposa de Max.

Maria em conversa com Ana chora e diz que desejava que Max fosse igual a Jhon e se dedicasse menos à igreja e aproveitasse mais o tempo com a família.

Certo dia Jack, amigo de Jhon e Max estava embriagado, caído na calçada. Jhon o levantou, apoiou o corpo de Jack, o abraçou e o levou para casa. Chegando na casa de Jack encontrou a esposa deste muito triste, pois não sabia onde Jack estava. Jhon pediu que ela cuidasse dele.

Ao ver o que Jhon fez, Max diz que ele não deveria fazer aquilo pois Jack todos os dias estava bêbado e provavelmente outra pessoa o levaria para casa. Disse que Jhon não precisava passar por aquilo, era humilhante carregar um bêbado pela rua. Jhon respondeu que nunca deixaria seu amigo dormir na calçada, ou entregaria a responsabilidade de fazer o bem para outra pessoa, sendo que ele estava ali.

...CONTINUA


Gostaria de receber contribuições para a história de Jhon e Max. Dois amigos, dois ideais, duas vidas totalmente diferentes.


Odlave Sreklow.

Qual o seu nível de aceitação da suposta verdade?





Assim como a maioria dos seres humanos, eu também nasci inserido em uma religião.

Passei por todos os rituais de aceitação, no primeiro deles sequer sabia o que estava acontecendo, eu era um bebê.

Aos quinze anos de idade me apresentaram uma nova religião.

E eu, "caí de cabeça".

Fui informado de que esta religião era superior às demais.

E eu, "caí de cabeça".

Me disseram que tinham conhecido algo totalmente novo.

E eu, "caí de cabeça".

Era como se fosse a novidade do milênio, algo que somente esta religião pôde descobrir.

E eu, "caí de cabeça".

O que me incomoda hoje foi o fato de eu ter aceitado estas informações sem muitos questionamentos.

Sim, o que aconteceu foi que "caí de cabeça".

Nos próximos quinze anos dentro desta religião passei por diversos problemas entre aceitar ou negar tais ensinamentos e rituais.

Isto era contínuo, muitas vezes me via fazendo coisas que não acreditava, achava que era infantilidade e misticismo religioso, mas, fazia assim mesmo, afinal de contas, era comum a todos daquela religião.

O pior é que quando fazia comparação entre o comportamento e ensinamento do suposto fundador desta religião eu observava que a religião não podia ter sido fundada por ele.

Abandonei também esta religião.

Após isto, parei, respirei fundo e fiz um questionamento a mim mesmo: "Porque eu aceitei tão prontamente esta nova religião?".

Diversos outros questionamentos começaram a surgir:
"Até onde eu aceitarei ser enganado?"
"Eu estaria disposto a acreditar em tudo que me falassem?"
"Até onde vai minha capacidade de aceitar 'novas verdades'?"
"Qual o nível de facilidade de absorção de religiosidade que está em mim?"
"Cairia eu em outro conceito inovador que me apresentassem?"
"Até onde minha consciência é verdadeiramente consciente?"

Logo eu que nunca acreditei em papai noel, inclusive colocando ele à experimentação científica.

O que eu fiz? Enquanto meus colegas escreviam cartinhas pedindo presentes, eu, sabendo que meu pai não sabia ler fiz a mesma coisa.
O resultado foi que o presente que o suposto papai noel deixou foi outro, diferente do que eu tinha pedido na cartinha.
Passei a perna no papai noel.

Então o que seguir? Temos o que seguir, nem tudo está perdido.

Sim, tomo para mim os ensinamentos daquele que eles acreditam ter fundado tais religiões, sim, não fiz uma ramificação da religião criando novos pensamentos.

Estou apenas tentando viver aquilo que está registrado como se fosse escrito por ele.

Ele é Jesus Cristo, não tem como viver o que ele pregou e ensinou e fazer o mal, não tem como.

Sobre a divindade Dele? Sim, creio, só não posso aceitar que qualquer religião tenha algum significado para Ele.

Além Dele, temos diversos exemplos na humanidade de pessoas que também nos deixaram bons ensinamentos e que não podem ser esquecidos.

Após tantas perguntas, eu, que tenho uma profissão na área de tecnologia, dei um tempo em livros de tecnologia e passei a ler outros livros para tentar identificar o porquê desta facilidade que tive de aceitar algo que negaria mais tarde.

O primeiro livro da série de livros que li foi "Moisés e o Monoteísmo" de Sigmund Freud.

Livro muito bom, indico a todos.

Após este me vi lendo diversos livros com o intuito de entender a mim mesmo.

Além de livros, leio também muitos artigos.

Entre os escritores, pensadores, filósofos e humanos estão nomes como Caio Fábio, Carl Sagan, Mahatma Gandhi, Brennan Manning, Ed René, Ricardo Gondim e muitos outros.

Ali estava eu, naquela mesa, aberto como um cadáver, e, do outro lado, também eu, vestido como médico, analisando o que estava dentro de mim.

Creio que nunca chegarei a explicações completas, por isso, troquei a religião pelo conhecimento, troquei o ritual pela necessidade de viver, troquei as agendas pelos fatos inusitados do dia-a-dia, troquei as ofertas dos templos pela ajuda ao próximo.

Sei que o caminho é longo.

Enquanto muitos procuram construir sua base religiosa, eu ainda estou no processo de "desconstruir" tudo que há de religioso em mim.

Por mais que tente, vez ou outra me sinto um religioso brigando por algum ideal.

Que Deus me ajude.

Esta é uma tentativa (mesmo que falha) de explicar minha tendência à psicologia, que não é recente.


Odlave Sreklow.

domingo, 7 de março de 2010

A GRANDE DESEVANGELIZAÇÃO

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Por Juber Donizete Gonçalves

Temo muito pelo que vou dizer, mas devo fazê-lo por uma questão de consciência, com temor e tremor. Tenho como certo que se nada acontecer aos evangélicos, se continuarem seguindo este presente caminho, se tornarão, historicamente, o fator mais decisivo quanto a empurrar a classe média reflexiva, os intelectuais, e todos os que buscam uma fé ou uma filosofia que almeja por ter paz na alma já agora, na Terra, para os braços do Budismo, do Taoísmo, e algumas outras religiões ou filosofias que oferecem um caminho para a pacificação do ser; seja isto pela via da respiração, da meditação, das mantras, da harmonização corpo-alma, do silêncio, ou da contemplação interior, no coração; e exterior, na criação. E isto já está acontecendo, e, se nada mudar nos evangélicos, crescerá em larga escala.



Alguém pergunta: o que os evangélicos têm a ver com isto? Não são eles os maiores combatentes de tais coisas? Acredito que, o catolicismo tende a crescer entre os pobres do interior, e entre os esotéricos que descobriram “Nossa Senhora”, como Elba Ramalho. Mas pouco poder terá entre os da classe média pensante. Os evangélicos também continuarão a crescer, especialmente esvaziando os cultos afro-ameríndios, que, enfim, encontraram nos Neo-Pentecostais a versão evangélica da macumba, com todos os conteúdos e sistemas idênticos, e com o mesmo modo de barganha com a divindade, sendo também as “bênçãos” todas de natureza peculiar à macumba: juntar casais, abrir portas para negócios, separar amantes, conseguir prosperidade material, e todas as demais coisas que os feiticeiros e feiticeiras sempre ofertaram à humanidade.



No entanto, assim como já não conseguem, deixarão completamente de ter a capacidade de alcançar os que sentem e pensam com categorias existenciais mais refinadas. Além disso, sinto que há uma grande quantidade de jovens evangélicos se interessando cada vez mais pelas filosofias orientais.



Ora, isto está acontecendo porque os evangélicos não têm mensagem para a alma, nem para a pacificação do ser, visto que, eles próprios, em geral, são as pessoas mais neuroticamente aflitas que se conhece à volta. A lei, o orgulho, a vaidade, o dinheiro, o mercado, a vangloria, a fama, o culto à imagem, o comportamentalismo, o moralismo, a superficialidade, as taras, as piedades austeras e feias, as divisões, os ciúmes, a picaretagem, o formalismo, a fixação no controle das pessoas, as jogadas políticas, a venda de votos, as negociatas, as lavagens de dinheiro, e a grotesca hipocrisia, tornaram os evangélicos insuportáveis até para os evangélicos mais sensíveis, e que, muitos deles, não tiveram um encontro com Jesus, mas apenas com o “Jesus Evangélico”, e que é apenas um ser criado para seduzir as almas aflitas; mas que é esquecido e substituído pela igreja, tão logo aquele que creu entre para o seu inventário de bem ativo.

Estou assustado com a quantidade de jovens que estão simpatizando com muitas filosofias orientais, pois que por elas se sentem muito mais tranqüilizados para viver.

Recebi alguns e-mails com este conteúdo; e também de filhos de pastores, que me pedem para que não divulgue seus e-mails no blog. O que dói é que não há nada nesta vida que de fato mais possa pacificar o coração, que a certeza da total reconciliação com Deus, conforme a Boa Nova. No entanto, quando a “igreja” prega, em geral, ela falsifica Jesus, pois o apresenta de modo a se parecer com um ídolo. O “Jesus da igreja” é uma afronta a Jesus de Nazaré. Por vezes chega a ser um anti-cristo, de tão desconstrutivo que é em relação a Jesus, conforme o Evangelho. De fato, gente, ou todos nós, a uma e também individualmente, nos convertemos ao Evangelho, conforme Jesus, ou veremos um dos mais feios desastres acontecerem, feito em nome de Jesus, mas realizando a obra do diabo. Sei que o que estou dizendo é sério. Há vários evangelhos sendo pregados. Há aquele que pedra. Há aquele que dissolve. Há aquele que imbeciliza. Há aquele que faz magias. Há aquele que só cuida das coisas desta vida. Há aquele que é só comportamento. Há aquele que é luta aflita contra o diabo. Há aquele que é total mornidão. E há aquele que é uma boa religião. Nenhum deles gera no ser o bem do Evangelho da Graça de Jesus! Se nada mudar... Infelizmente, é verdade. Mas ainda há tempo de nos convertermos ao Evangelho, puro e simples, e rompermos com o diabo da teologia moral dos fariseus, e mergulharmos, de cabeça, sem medo, no bem da reconciliação feita e consumada, indissolúvel, inquebrantável, eterna e imutável; e que é bem de paz e tranqüilidade para o coração; especialmente no tempo presente; pois que bem me faz uma salvação que não começa já hoje, como pacificação do coração? Quem já passou da morte para a vida tem que começar a experimentar a eternidade como vida abundante, em paz e contentamento, não pelo que tem e consegue como bem material, mas como alegria pela vida no bem eterno, e que é o chão da vida de todo aquele que conheceu, de fato, a Graça de Jesus.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Deus é Brasileiro!!! Um povo, uma imagem.

Ao ler o título deste post talvez você pense que eu esteja me referindo ao filme lançado em 2002 (2003?) onde Antônio Fagundes fez o papel de Deus.

O filme "Deus é Brasileiro" é baseado no conto de joão Ubaldo Ribeiro, conto este intitulado "O Santo que não acreditava em Deus" que pode ser lido em (http://www.releituras.com/joaoubaldo_osanto.asp).

Mais detalhes sobe o filme você pode encontrar neste link http://pt.wikipedia.org/wiki/Deus_%C3%89_Brasileiro.

O que escrevo aqui neste post tem um pouco a ver com o conto de  João Ubaldo Ribeiro sim.

Não quero entrar nos detalhes do conto (até mesmo porque quero que você o leia), mas, extrair um conceito bastante curioso deste texto do Ubaldo.

Nele o escritor nos apresenta um Avatar de Deus, onde o "Divino" é literalmente representado por um homem bastante inserido na cultura do escritor, ou seja, com peculiaridades extremamente brasileiras.

Ao ler tal texto, me recordo de uma conversa que tive esta semana com um professor de língua portuguesa. Nesta conversa, ele fez uma observação muito interessante. Assim disse ele:
"Você já reparou que a imagem que representa uma divindade sempre tem traços típicos dos povos que prestam culto a tal divindade?" (neste caso imagem pode ser não apenas uma representação física, mas, também, conceitos e costumes culturais).

Catolicismo Romano

O que dizer da imagem de um Jesus europeu apresentada pela Igreja Católica Romana?
Quando Roma assumiu o cristianismo como religião oficial necessitava de uma imagem deste Jesus que deixara de ser "informal" para se tornar um "deus" formalizado, um "deus" que deveria seguir o padrão já existente em todas religiões anteriores a ele.
Para isso, criaram uma caricatura européia para representar o Jesus dos judeus.
Esta representação facilitou a entrada do "cristianismo formal" em países europeus, porém, dificultou a aceitação por povos africanos por exemplo.
Porque digo "formal" porque o cristianismo com ramificação em Jesus era algo para a vida, sem templos, sem rituais, sem lugares, sem manias e rotinas.
Roma institucionalizou, criando procedimentos e regras, transformando o cristianismo em mais uma religião na terra.

Jesus (Cristianismo)



Jesus (Cristianismo)



Religiões Africanas

E quanto aos orixás das religiões africanas?
Apesar de que, no Brasil eles são representados por santos da igreja católica, isto foi devido à proibição dos cultos africanos no Brasil, e, apesar de serem considerados "luzes", também possuem uma representação africana.
Tal representação é sempre de um ser com roupas típicas das regiões africanas.
E quanto a cor da pele? Na maioria das vezes possuem pele escura.
Nana



Xangô



Exú



Budismo
Buda, que significa "iluminado" (acho interessante como pessoas de determinada  religiões às vezes tem medo de dizer nomes de divindades de outras religiões que não sejam a sua, às vezes um evangélico sequer pronuncia a palavra Buda, talvez por medo, sei lá, mas, Buda, significa simples e puramente, "iluminado", às vezes eu estou um pouco "Buda", rsrs, espero que eu seja um pouco "Buda" ao escrever este texto, rsrs).
Buda não é uma divindade, ele é uma pessoa, que nasceu e viveu nesta terra.
São pessoas exemplares, que deixaram um histórico a ser seguido (para os que seguem o budismo).
Sidarta Gautama, último Buda, fundador do Budismo, era da Ásia meridional.
Sendo assim, mais uma entidade espiritual que segue o padrão cultural das pessoas que a "criaram".









Divindades Egípcias
Deuses egípcios, sempre representados com vestimentas típicas dos faraós egípcios.
Alguns com parte do corpo mesclada entre humano e animal.
Amon



Horus

A história deste deus egípcio é similar à história de Jesus Cristo.





Divindades Romanas


Baco



Ceres



Diana




Mercúrio



Saturno


Divindades Gregas
Atena



Afrodite



Ares



Dionísio



Divindades Hindus

Krishna



Vixnu



Shiva




Islamismo

Islamismo significa "submeter", muçulmano é "aquele que é submisso a Deus".
Somente neste parágrafo já podemos resumir a "imagem" do Deus do Islamismo.
Uma imagem reproduzida pelo seu povo, que, não acredita na liberdade e bondade de Deus, preferindo viver uma vida de quase "escravidão" em nome de Deus. A imagem é um Deus severo, destruidor.
O objetivo final do Islamismo é subjugar o mundo e regê-lo pelas leis islâmicas, mesmo que para isso necessite matar e destruir os "infiéis ou incrédulos" da religião.


Cristianismo Capitalista da Prosperidade


Quase esqueci, ainda gostaria de Exibir um Avatar de um Deus que teve origem nos Estados Unidos da América, sendo, em seguida adotado pelo Brasil, os seguidores deste Deus se intitulam "evangélicos".

A maioria dos "evangélicos" do Brasil afirma que são da raiz de Lutero, que são protestantes, mas, em uma simples análise, concluímos que eles são muito mais avançados, as "igrejas" "evangélicas" do Brasil são uma continuação dos fenômenos inciados nos Estados Unidos.
Este Deus surgiu juntamente com o sistema econômico denominado Capitalismo.
Antes da existência deste sistema era inconcebível a execução dos sacrifícios para este "deus", já que todo sistema de adoração está voltado à necessidades capitalistas.
Jesus chamava este "deus" de Mamon.
Este Deus, assim como as entidades do Candomblé, podem ter diversas representações:

Mamon Um Dólar - Americano

Mamon 500 Réis - Brasileiro

Mamon 50 Cruzeiros - Brasileiro


Mamon 1 Real - Brasileiro


Mamon 100 Reais - Brasileiro

Segundo os seguidores deste "deus", ele precisa muito do sacrifício dos fiéis, levando 10% de sua arrecadação individual aos templos para serem "sacrificados", pois, são sagrados.
Existem alguns grupos que dizem que você "voluntariamente" (mesmo que por muita pressão psicológica, porque dizem que só assim você terá sucesso na vida) deve levar mais destes "deuses" ao "deus maior".
Este "deus" sempre precisa de mais sacrifício, se tornando insaciável.
Os sacerdotes sempre dizem que "deus" está precisando de mais cédulas de Mamon, porque ele precisa de mais casas, casas e casas para abrigar mais seguidores.
Muitos grupos dizem não sacrificar nem divulgar a adoração a Mamon, porém, em suas reuniões secretas dizem que o seguidor que não levar mensalmente 10% de Mamon para o "deus todo poderoso" não poderá fazer parte do grupo, e, se tiver algum cargo no templo, será afastado do mesmo.
O "deus" dos "evangélicos" a cada dia precisa de mais Mamon, é "deus" precisando de "deus".
Segundo eles, se você precisa alcançar alguma graça, precisa estar em dia com sua adoração a Mamon.
Se você ficar um mês sem sacrificar dizem que coisas terríveis acontecerão a você, dizem até que uma entidade demoníaca entrará em sua casa, comerá sua comida, destruirá seus móveis, destruirá seu carro, tomará os seus filhos e, ainda de sobra, pode ter relações sexuais com sua mulher (rsrs).
Por isso, o "deus" deles tem mais valor que as pessoas que fazem parte do grupo. Sempre fica em primeiro lugar o sacrifício a Mamon, afinal de contas, existem contas para serem pagas pelos sacerdotes de Mamon.
Constantemente dizem que, se os seguidores deixarem de levar Mamon para ser oferecido ao "deus todo poderoso", seus ensinamentos não existirão mais, inclusive o "deus todo poderoso" poderá deixar de existir, caso seus seguidores não façam mais a manutenção dos templos, rituais e sacerdotes.

Eu deixei de sacrificar Mamon a muito tempo, espero que o leitor deste blog também descubra que Deus não precisa do seu dinheiro, muito menos para "divulgar" sua Palavra na terra.


Poderia pegar diversos outros exemplos, mas, acho que já exemplifiquei até demais.

Meu interesse é abrir um espaço para que o leitor busque informações por si mesmo. Este texto foi apenas uma pincelada para que você possa pesquisar e conhecer mais sobre as religiões instituídas pelos homens.

 
"Deus criou o homem à sua semelhança e o homem em retribuição criou Deus a sua imagem" (Blaise Pascal).



Odlave Sreklow.