quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Bispo armado até os dentes

A matéria é de 2003, mas, muito interessante.

E muita gente ainda se ilude com um pistoleiro destes. 

Bispo evangélico preso com armas

Redação O Estado do Paraná
Sorocaba - O bispo evangélico Waldemiro Santiago Oliveira, de 39 anos, da Igreja Mundial, foi preso durante uma blitz anteontem em Sorocaba (SP). Ele levava em seu carro uma escopeta, duas carabinas e munição. Outras duas armas e mais munição foram apreendidas em vistoria à casa do bispo, no bairro Itavuvu, zona norte da cidade.
Oliveira alegou que as armas são de caça e estavam sendo levadas para um amigo, numa fazenda próxima. A blitz, que a Polícia Militar informou ser de rotina, estava sendo realizada na altura do bairro Herbert de Souza, na zona norte. O Ford Mondeo do bispo, com placas de São Paulo, foi parado e revistado. As armas estavam no porta-malas. A escopeta era de calibre 12 e as carabinas, calibres 22 e 36.

24/04/2003 às 01:00:00 - Atualizado em 19/07/2008 às 15:22:33


Fontes: 
http://www.parana-online.com.br/editoria/pais/news/45800/

http://www.estadao.com.br/arquivo/cidades/2003/not20030423p6799.htm

http://www2.correioweb.com.br/cw/EDICAO_20030424/pri_bra_240403_165.htm

OS MILAGRES CONTRA O AMOR…por Caio Fabio

OS MILAGRES CONTRA O AMOR…por Caio Fabio

 O que diferencia as coisas de Deus das coisas dos deuses entre os homens, não são milagres, nem poderes, nem demonstrações, nem sinais, nem prodígios, nem coisas extraordinárias, posto que todas essas coisas sempre tenham se manifestado entre todos os povos da terra.
Línguas estranhas, profecias, sonhos e visões, curas, sinais prodigiosos, etc... — estão presentes em todos os registros de quase todos os povos primitivos.
Portanto, o que diferencia as coisas de Deus das coisas dos deuses não são fenômenos, mas um único fenômeno: o amor...
Não é o nome de um deus ou de “Deus” é o que faz a diferença, mas exclusivamente o amor...
Onde o diferencial é amor, não importa a cultura, o ambiente religioso, a ignorância, whatever...
Se há amor, aí há Deus...
Se não há amor, pode haver o nome de Deus, as doutrinas de “Deus”, culto a Deus, tudo a Deus — mas não haverá Deus aí...
Milagres sem Deus são comuns...
O incomum é o milagre de Deus...
O sobrenatural não é a marca de Deus...
A marca de Deus é o amor...
O mundo está cheio de milagres e de sobrenatural..., mas vazio de Deus!
Jesus fez muitos milagres, mais milagres do que qualquer outro ser humano...
No entanto, a leitura do Evangelho nos mostra que Jesus faz milagres como um gesto de amor pela fraqueza e pela dor humana, mas não como um recurso da revelação de Deus...
Ao contrário, Jesus denuncia a relação adoecida das multidões com os Seus próprios milagres; e diz: “Não foi por mim e nem pela Palavra que vocês voltaram, mas porque vocês comeram pão de graça”...
Jesus fez e aconteceu... até que “os judeus” começaram a “pedir sinais”...
Então Ele foi diminuindo...
A esta geração não será dado outro sinal senão o do profeta Jonas! — disse Jesus nessa hora.
Milagres do amor curam e não adoecem a alma...
Mas os milagres dos fenômenos, esses matam o espírito...; pois criam fé no milagre e não em Deus, e dão ao que busca o milagre a sensação errada de que o milagre valida a experiência da pessoa com Deus; e não é o caso...
Por isto é que no Evangelho o único milagre a ser sempre celebrado é o da conversão, é o do arrependimento, é o da novidade de vida, é o novo nascimento!...
Ora, esse milagre que o Evangelho busca e celebra, só acontece mediante o amor; pois, sem amor, todo milagre é apenas manifestação de um fenômeno...
Ainda que tudo...” — sem amor nada aproveitará.
O problema é que os crentes, à semelhança dos judeus dos dias de Jesus, buscam sinais, mas não querem a Palavra!
Assim, buscando sinais não crêem no amor e na fé como sinais que superam todos os demais...
Ao final, o que acontece é que um milagreiro lê este meu texto e ri de mim, desse coitado, desse romântico, desse otário, desse bobo que fica aí falando de amor...
Eu, todavia, creio tanto nisto quanto em tudo o mais..., mas quero apenas ser discípulo dos milagres do amor de Deus, e não tenho desejo por nenhum poder que não nasça exclusivamente do amor.
Nele, de Quem aprendi que se não for assim [...] de Deus não é,
Caio
www.caiofabio.com

O que eu sou para a sociedade?

Hoje, devido a alguns problemas que aconteceram na empresa onde trabalho fui indagado mais uma vez por meu patrão se ainda tinha interesse em continuar trabalhando lá.

Respondi que sim, claro, afinal de contas confio no meu trabalho e também acredito na empresa.

Porém, tal situação me fez imaginar o que eu sou para a sociedade e cheguei às conclusões abaixo:

Para a faculdade: Sou cifrão no relatório de mensalidades.
Para o comércio: Sou mais um "consumidor" que eles querem consumir.
Para as empresas de transporte: Sou mais um "passageiro" que mantém seus veículos em circulação gerando lucros.
Para os hospitais: Sou mais um contra-filé que chega na bancada e que tem que ter cheque ou cartão de crédito.
Para os bancos: Sou um possível investidor para seus investimentos.
Para administradoras de cartão de crédito: Sou mais um gerador de lucros em suas faturas.
Para os fornecedores de água, luz e telefone: Mais números.
Para a igreja: Sou mais um que deve constar no registro de dízimos.
Para a empresa onde trabalho: Sou apenas um em sua folha de pagamento que deve render lucros.

Na realidade isto tudo é culpa da ganância que existe dentro de mim como ser humano e pecador, ganância alimentada pelo capitalismo. Jesus sempre disse que devemos buscar o suficiente para sobreviver, ele nunca disse para buscar além do que o necessário.

Porém, muitas vezes eu (nós) vivemos para ter e possuir muito além do que o necessário, na maioria das vezes buscamos além daquilo que precisamos, sempre querendo mais em todos os sentidos e momentos.

Parei, respirei fundo e imaginei, onde vou ser reconhecido como GENTE? Como ser humano? Como pessoa? Como filho de Deus?


Fui respondido no momento em que cheguei em casa e abri a porta.
Para minha família sou simplesmente Odlave, isto é bom, porque o papel de pai, marido, amante, colega e tantos outros se resume em Odlave.
Na minha casa encontro refúgio, sou como sou, sou quem eu sou.
Sou humano, não sou números, números e números.
Aqui me sinto bem, aqui restauro minhas forças e vontade de vencer.

Não esquecendo do momento que nos reunimos com demais familiares e amigos que não nos olham com aquele cifrão tilintando nos olhos, igual máquina registradora.

Estou cercado de bons amigos por onde passo, seja na empresa, seja na faculdade, seja no ônibus (rsrs), seja na rua, sempre surgem novos amigos.

Obrigado a todos meus familiares e verdadeiros amigos que convivo diariamente, semanalmente, mensalmente, anualmente e também àqueles que vejo uma vez na vida e outra na morte, rsrs.


Isto é só um pensamento bastante abstrato, rsrs.

Odlave Sreklow.

domingo, 27 de setembro de 2009

Ele se distanciou de Deus - Ele não está mais na presença do Senhor

Você  já ouviu estas frases?
 - Ele se distanciou de Deus.
 - Ele não está mais na presença do Senhor.


Pois é, comecei a imaginar se isto é possível e cheguei a conclusão que não é.

Se eu não estiver mais na presença de Deus significa que estou fora do alcance Dele.

Estando fora de seu alcance significa que me tornei um ser inálcançavel por Deus.

Como Deus é onipotente, onisciente e onipresente, caso eu me torne inalcançável e esteja fora de Sua presença significa que eu sou um ser semelhante a Ele.

Significa que eu sou um Deus que habito em uma dimensão paralela à dimensão de Deus e que tanto eu como Ele podemos estar um fora da presença do outro.

Realmente isto não é possível.


Então o fato de alguém ter saído da igreja não significa nada para Deus, porque esta pessoa continua em sua presença mesmo que não queira, mesmo que fuja para uma caverna, mesmo que vá às profundezas do oceano, ali Ele estará.

Não tem como se distanciar.

As pessoas que saem da igreja tem dois caminhos:
1) Viver em Cristo na Verdade do Evangelho, vivendo a Graça de Cristo.
2) Desistir de tudo e viver na sacanagem e promiscuidade.

As opções são essas.

Não tem como fugir Dele.

Deus continuará contigo independente da sua escolha.

Ele sempre estará.



Odlave Sreklow.

Quanto mais longe DEUS estiver de mim MELHOR Será.

Quanto mais longe DEUS estiver de mim MELHOR Será.

Esta semana enquanto almoçávamos eu e o Gabriel (colega de trabalho, gente boa de Deus) estávamos conversando sobre a fixidez da religião.

Nesta conversa discutimos o que segue:

Deus havia revelado a Moisés a construção do Tabernáculo que era algo que podia ser montado, desmontado, levado e montado novamente.

Deste modo, Deus deixava bem claro que estava sempre presente junto ao homem e o tabernáculo os faria lembrar de sua onipresença. Era um símbolo da presença de Deus com o homem.

Porém, quando Israel se estabeleceu em Canaã, ou seja, se fixou, desejou também fixar Deus no mesmo lugar.

Por isso Davi queria um templo, neste momento Deus é enfático em dizer que não habita e nem habitaria em templos construídos por homens mas que deixaria Salomão construir uma casa apenas para satisfazer os desejos de Davi. Não que Deus quisesse, mas, para atender a um pedido de Davi.

No início foi tudo "mil maravilhas", o povo ainda enxergava Deus como sempre presente, porém, lendo os profetas vemos que o povo começou a agir como se Deus estivesse somente no templo de Salomão, ou seja, ficavam o ano todo na sacanagem e, uma vez por ano levavam seu sacrifício ao templo. Mesmo assim quem dava a cara a tapa era o sumo-sacerdote que entrava no Santo dos Santos para entregar a expiação pelo pecado do povo correndo o risco de morte.

Para o povo, Deus se tornou tão distante que ficava simplesmente no templo.

Porém, Deus sempre disse que tínhamos de ter Ele em nós e não fora de nós.

O povo nunca queria assumir a responsabilidade, foi assim quando pediram um rei, na realidade não queriam decidir por si só, queriam alguém que decidisse e depois eles pudessem colocar a culpa.

Sendo assim, Deus estando no templo, o povo podia viver sua vidinha medíocre, mergulhados no pecado e de ano em ano iam ao templo não para ser perdoado, mas, literalmente para alimentar mais ainda seu auto-engano.

Deus sempre deixou claro que o rito não fazia sentido se não fosse algo de dentro do ser. O ritual por si na tentativa de auto-justificação nunca funcionou. O ritual pelo ritual era mero ritual sem sentido algum.

O que se vê hoje é a mesma história.

Jesus não estava nem aí para o templo de Salomão, Jesus disse que o templo seria destruído, conforme foi destruído no ano 70 por Roma.

Jesus entrou no templo "sagrado" e sambou o chicote nas costas dos vendilhões. Se fosse "sagrado" para Jesus ele teria mandado todos saírem para assim os surrar lá fora do "sacro-ambiente".

Jesus disse que o Reino de Deus estaria em nós, e que ele estaria agora não mais do lado de fora, mas estaria dentro de nós, seu espírito estaria conosco.

A "igreja" como instituição é a pior desgraça que o diabo criou.

Hoje as pessoas agem conforme relatei acima (existem raras excessões).

Deus está no templo, devido a isto elas normalmente vivem "vestidas" de crente mas na verdade por dentro são podres, vivem no pecado e na sacanagem, assim, vão ao templo só para alimentar seu auto-engano.

E acham que Deus está no templo, ao sair de lá, ele ficou lá, ou às vezes vão à igreja pelo rito, pra cantar, pra orar em voz alta e nem assim creêm em Deus.

Vivem pela instituição e sequer conhecem Jesus.

Vão de culto em culto para sacrificar e voltam para sua vida de pecados e sacanagem achando que estão se purificando ao ir à "igreja".

Ou seja, enquanto Deus estiver na "igreja" eu estou tranquilo no meu pecado, conquanto ninguém me veja pecar, está tudo beleza.



Quanto mais longe Ele estiver de mim melhor (vão dizer que não, mas está é a verdade nua e crua).



Quer que eu exemplifique?
Existem pessoas que cumprem todos rituais da igreja e são bem vistos pelos seus comparsas (opa, queria dizer irmãos, inclusive pelo cacique, digo, pastor), aí elas pecam e ficam confusas com relação ao pecado cometido, começam a querer saber o que Deus acha do seu pecado. Chegando na igreja pede uma oração, aí vem alguns irmãos e orando transmitem aquelas profecias de auto-engano do tipo: "Meu servo (ou minha serva), tenho me agradado de sua vida e blá blá bla". O Sujeito sai da igreja com a seguinte conclusão: "Pôxa, mesmo eu pecando Deus disse que me ama e tal.".
O sujeito sai da igreja e vai repetir o pecado porque supostamente "Deus" passou a mão na cabeça dele.

Puro ENGANO.




Paulo quando estava em Atenas repetiu dizendo que Deus não habita em templos construídos por homens. E que Nele vivemos, nos movemos e existimos.

Temos que VIVER Nele, nos MOVER Nele, EXISTIR Nele.

Devemos trazer Jesus para nós, o véu do templo se rasgou, temos acesso ao Santos dos Santos e não é no lugar e hora marcada é na existência, é no nosso movimento, é na nossa vida.

CHEGA DE SER ENGANADO E ENGANAR OS OUTROS.

Jesus tem que estar em mim para que eu seja nova criatura.

Ser Nova Criatura não tem nada a ver com a maneira de me vestir, com a calça, com a saia, com a bermuda, com a cueca, com a calcinha, com comer carne, com comer alface, com beber vinho, com beber água.

Nova criatura sou até NÚ, até peladão, isto mesmo, até peladão sou coberto pelo Sangue de Cristo porque para Deus não há moral, para Deus há misericórdia e para ele sou como um filho amado, sou como uma criança, sou uma criatura liberta das atrocidades da religião e de Satanás.

Todos querem "exteriorizar" o mal, mas na verdade o mal está dentro de nós, somos pessoas más, ou somos pessoas más não arrependidas ou admitimos que somos pessoas más arrependidas e nos entregamos a ELE em Espírito e em Verdade.

Onde é o lugar de adoração???? EM SAMARIA??? EM JERUSALÉM??? NA IGREJA???

INFINITAMENTE NÃO, EM ESPÍRITO E EM VERDADE É A RESPOSTA.



Se Jesus não For em mim e eu Nele, nada faz sentido.

O resto é brincar de religião. O resto é ficar cantando corinho, vivendo em falsa harmonia, se auto-justificando achando que está fazendo alguma coisa para Deus mas na verdade está ficando de quatro para o Diabo.

E o Diabo está cavalgando em cima de muitos crentes.

Temos que aprender a amar o próximo mas temos que aprender a amar a nós mesmos primeiro.

Como a "igreja" pode demonstrar amor se vivem em uma busca doentia de crescer em número, cada um querendo subir, subir, querendo alcançar novas "posições" dentro da igreja. Um querendo "comer" o outro conforme Paulo mesmo diz.

A "IGREJA" VIROU UM INFERNO GOVERNADO POR SATANÁS.

TUDO QUE JESUS FALOU PARA NÃO SER FEITO OU PREGOU CONTRA, A IGREJA ESTÁ FAZENDO.

Alguns brigam para ser líderes de igrejas por causa do dinheiro, outros simplesmente para alimentar seu EGO, não ganham salário mas estão lá só para alimentarem seu EGO. Não fazem nada pelo Evangelho. São pessoas muitas vezes arrogantes que se acham superiores (como dissem existem pouquíssimas excessões).

Acham que estão fazendo o bem.

Leiam a Bíblia pelo amor de Deus.

Aí vem um bando de gente me perguntar onde estou pregando o Evangelho?

Estou pregando o Evangelho por onde vou.

Eu caminho sem neuroses achando que DEVO pregar, mas, tenho a liberdade de falar do Evangelho sempre que a necessidade surge.

Tenho liberdade também de não falar NADA, ELE sabe.

Tenho liberdade de fazer o bem a quem passa diante de mim.

Vou dormir agora, estou cansado, foi mais ou menos isso que conversamos.

Que Deus nos liberte dos enganos da Religião e que saibamos que o véu se rasgou de alto a baixo e que Deus FOI, É e SEMPRE SERÁ.


Lembre-se ELE não está na "igreja" ele está sempre presente.

Odlave Sreklow.

sábado, 26 de setembro de 2009

PASTORES ESTÃO MANDANDO OS PAIS MATAREM SEUS FILHOS POR CAUSA DE BRUXARIA...

Só tenho uma coisa a dizer, os falsos profetas SEMPRE usam e vão continuar usando o ponto fraco da sociedade para inserir o seu VENENO SATÂNICO.


Se você mora em zona urbana e seu problema é falta de emprego por exemplo, eles vão te dizer que Deus pode "abrir as portas" e tudo com "base" bíblica, porém, se você "pagar um preço", seja em dinheiro ou seja entregando tua vida à serviço da instituição.


Se você mora em zona rural e seu problema é com a sua colheita eles vão dizer que você tem que dar dinheiro à igreja ou parte de sua colheita, ou fazer qualquer coisa que seja, jejum, etc. Que você tem que "pagar um preço" para que não entrem pragas na tua plantação e a chuva venha no tempo certo, tudo também com base bíblica.



Se você vive em uma sociedade que morre de medo de bruxaria, é só dizer que teus filhos estão nascendo "bruxantilizados" e cobrar para "des-bruxantilizar" as crianças, o pagamento é em dinheiro ou trabalho braçal, também tudo com base bíblica.


A estes eu digo, Jesus não vos conhece.



(Acesse os links no final do Post)






Carta enviada ao Caio Fábio



Pastores de igrejas evangélicas na Nigéria estão acusando crianças de serem bruxas, levando ao abuso e a crueldade indescritíveis a crianças inocentes.
Elas estão sendo abandonadas pelos pais para morrerem, isso quando não são mortas, espancadas, queimadas, envenenadas, enterradas vivas, amarradas a árvores, entre outras crueldades.
Estima-se que cerca de 5.000 crianças foram abandonadas desde 1998, e que de cada 5 crianças abandonadas, uma acaba morrendo, e as que sobrevivem ficam em estado de choque.
Os pastores fazem parte das igrejas evangélicas "Assembléia do Novo Testamento", "Igreja de Deus das Missões", "Evangelho Monte Sião", "Glória de Deus", "Irmandade da Cruz", "Liberdade do Evangelho", entre muitas outras.



São os pastores que dizem que as crianças estão enfeitiçadas, e eles prometem fazer um exorcismo para curar as bruxas mediante pagamento, que pode custar 3 a 4 meses de trabalho.



Com a grande maioria das pessoas não podem pagar, elas abandonam as crianças, ou utilizam outros métodos para tentar "curá-las".



Estou ficando cada vez mais triste com essas notícias.

André Nachtigall Tessmann.






Resposta do Caio Fábio ao André:
Meu irmão: Graça e Paz!


Realmente é uma grande tragédia humana, antes de ser uma tragédia “cristã”. Porém, como o contexto das loucuras é “cristão”, sobretudo envolvendo “pastores”, de fato a tragédia fica infinitamente pior...
O fato é que do Oriente ao Ocidente, do Norte ao Sul, os frutos do “Cristianismo” são um só em natureza e qualidade...
Agora, mais do que nunca, muitos virão do Oriente e do Ocidente, do Norte do Sul, e entrarão no reino, embora os “filhos do reino” venham a ficar de fora!...
Graças a Deus existe gente que não é da “igreja”..., mas que é da bondade e da justiça da Ordem de Melquizedeque, Rei de justiça e paz...
Veja o vídeo e me diga quem é o anjo do lugar... Sim, a “igreja” ou o “pagão” amoroso?...
http://www.youtube.com/watch?v=EJLULM_FAzE
O único defensor local é um “estranho” à fé... Esse se levantará no juízo e julgará a todos os “evangélicos” daquela nação...

E onde estão os missionários que ganham uma grana preta na América e na Europa para serem “missionários” na Nigéria ou na África?...
Infelizmente, quase que totalmente, os “pastores” no mundo inteiro se tornaram lobos perversos e gananciosos...
Já imaginou o juízo de Deus que virá sobre esses “pastores da morte”?...
Qualquer bruxo pagão estará em situação infinitamente mais confortável no Juízo do que essa pastorada do diabo!
Quando o cristianismo mágico [pentecostal ou neo-pentecostal] se funde à bruxaria pagã + teologia do dinheiro [prosperidade] = o resultado é esse: prega-se o medo a fim de arrancar até as unhas das pessoas...
A Idade média ainda era sofisticada perto do que está acontecendo ao “Cristianismo Evangélico Pentecostal” no mundo...
Os níveis de obscurantismo no qual os “evangélicos” no mundo inteiro têm se colocado, não tem paralelos [...] em nenhum outro grupo...
Há índios deixando suas crianças morrerem por razões culturais ligadas à seleção natural... Filhos doentes são deixados... Como fazem os animais com suas crias fracas... Mas são “pagãos” fazendo isso... E não é nada além de cultura de sobrevivência...
Aqui, neste caso, no entanto, a situação é muito mais grave; infinitamente mais maligna; posto que não apenas os “pastores” induzam o povo a entregar seus filhos à morte, como também se ofereçam para resolver o problema desde que esses pais pobres e miseráveis paguem pela libertação...
São pastores do diabo!...
Sim, todo pastor, aqui, lá, além ou em qualquer lugar, que aja desse modo, que amaldiçoe e cobre para libertar, é diabo. Sim, é demônio. Sim, é filho de Satanás.
Estou enviando esta carta com cópia para alguns irmãos do Caminho da Graça, pois, se tem de haver uma prioridade missionária no momento, esta seria enviar alguns até lá a fim de vermos como podemos ajudar nessa situação...
Não é difícil ajudar... Sim, uns cinco discípulos de verdade e da verdade resolveriam esse problema rapinho; digo: em relação ao problema das crianças e seus pais; embora o grande problema em tal caso seja ter que lidar com as manipulações que os “pastores” farão a fim de não perderem a “boca”...; a qual, nesse caso, não é uma “boca”, mas a própria Garganta do Diabo...    
Alguém ainda tem dúvida quando digo que o “Cristianismo” está todo endiabrado?
É por isto que o verdadeiro povo de Jesus será muito perseguido no futuro; sim, tudo em razão do “Cristianismo”; posto que o “Cristianismo” venha ainda a ser muito perseguido, merecidamente; embora na sua esteira todos os filhos de Deus que confessem Jesus também venham a sofrer com as conseqüências dos “atos cristãos” na terra.
No Caminho da Graça quem cuida das iniciativas fora do Brasil é meu filho no amor Marcelo Quintela. Se você deseja ajudar de algum modo, ou mesmo se tem meios para fazer parte de uma viagem até lá a fim de ajudar com fé e intrepidez no Espírito Santo, então, escreva para o Marcelo: marceloquintela@caiofabio.com
E mais: você pode também ajudar enviando ao Marcelo todas as informações que você possa obter no que tange a quem possa nos receber em nossa eventual visita para libertação dessas crianças...


Gente! A coisa é séria. Tem gente pensando que é brincadeira... Tem gente pensando que é exagero... Cuidado!




Chegou a hora de cada um escolher e decidir a quem servir: se ao Evangelho de Jesus ou se à essa fabricação demoníaca praticada em nome de Jesus pelo poder do diabo.


Com oração por essas crianças e seus ignorantes e abusados pais, ao mesmo tempo em que Deus vê a minha indignação com o que os “pastores” fazem num dos lugares mais miseráveis do mundo; e agindo de um modo a fazer até os bruxos do Taiti corarem de vergonha... — é que me despeço de você por enquanto...
Peço que todos os que lerem esta carta que vejam pelo menos o 1º link que foi enviado. É algo a ser visto...
Você, meu mano, obrigado pela informação.
Receba todo meu carinho.
Que o Senhor nos ajude a fazermos alguma coisa...


Nele, com a fé que não assiste...,


Caio
25 de setembro de 2009
Lago Norte
Brasília
DF




Fontes:
Vídeo Legendado: www.youtube.com

Relato: www.caiofabio.com
Vídeos: www.guardian.co.uk
Fotos: www.guardian.co.uk



Oração - Filipenses 4:8-9

Li Filipenses 4. 8-9 e escrevi esta oração que reparto com você. Li o 
texto muitas vezes e depois li e reli a oração outras tantas vezes.

Fiz destas leituras minha devocional durante muitos dias. Alegrei-me e
entristeci-me, mas, o resultado foi bom.

Quão difícil é ocupar a mente com o que é proveitoso e bom para a alma,
o espírito e o corpo também.

Como sou vulnerável aos pensamentos estranhos e até esquisitos.

Por causa disto li o texto de Filipenses e escrevi esta oração que li
orando muitas vezes.

Nossa, que desafio é pensar o tempo todo o que é bom para mim e também
para o outro, o meu próximo, o meu irmão, o meu amigo, o inimigo, o
colega de trabalho, o motorista do lado, o policial que me multa, o
governo que é injusto, o ermpresario que é ganancioso, o ladrão que me
rouba, o vendedor que me suborna, o comprador que pede a propina, o
pastor que defrauda, o fiel que exige e cobra, nossa, meu Deus, que
desafio.

Por causa disto, li e reli muitas vezes Filipenses 4.8-9 e escrevi esta
oração e a li outras tantas vezes.

Fiz isto pra me lembrar. Pra não esquecer. Pra me encorajar. Pra
confessar. Pra pedir perdão. Pra me arrepender. Pra tentar outra vez.
Pra começar outra vez.

Fiz isto pra poder caminhar.

Olha, escolha um texto bíblico. Leia-o devagar e pausadamente varias
vezes. É, não se canse logo. Depois, escreva um a oração. Sua oração à
luz do texto.

Leia sua oração muitas vezes e encontre nela o que de fato há dentro de
você.

Aqui está minha oração escrita à luz de Filipenses 4.8-9:

"Pai Eterno, só Tu sabes de fato o que é TUDO.
Crendo que Tu sabes TUDO de mim, sabes que TUDO em mim é instável,
incerto, inseguro, estranho.
Sabes que meu cotidiano é a complexidade do meu ser.
Sabes que ocupo minha mente, meu coração com itens menores.
Ao mesmo tempo, muitas vezes no cotidiano, surge uma sede, uma fome, um
espaço, um vazio que só é saciado, preenchido por estes valores eternos.
Nestes mínimos de sintonia , sinto Tua Paz.
Assim, diariamente me aliment

Texto enviado por e-mail por meu amigo em Cristo Délio Visterine.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Castelo "Mal-Assombrado" e Igreja "Bem-Assombrada"




Na edição 2075 da revista ISTOÉ (19/08/09) foi publicada uma reportagem com o título "Viagens Assombradas".

Nesta reportagem li que as agências de turismo estão criando roteiros diferentes dos tradicionais, criando viagens onde as pessoas possam sentir calafrios.

O objetivo é quebrar a monotonia de viagens tradicionais (que não surpreendem mais), assim, estão criando pacotes de passeios com "terror", onde aqueles que querem sentir calafrios e ter contato "sobrenatural" (ou até mesmo levar um baita susto) tem à sua disposição várias opções como Castelos de terror na Europa, cidades macabras nos EUA, Castelos "mal-assombrados" na Inglaterra e até o Castelo de Drácula na Romênia.

As cidades de Nova Orleans e Salem nos EUA estão entre os destinos mais procurados para quem quer se arrepiar. Seus roteiros prometem experiências paranormais.

No Brasil também os turistas procuram vultos em cemitérios, casarões abandonados e ouvem histórias das luzes que se apagam sozinhas no Teatro Municipal.

Richard Weiseman, psicólogo britânico que estudou as características dos lugares mal-assombrados diz que "Os fantasmas estão no cérebro".
Ele investigou frequências magnéticas e de infrassom (sons que o ouvido humano não capta) no Palácio Hampton, na Inglaterra, e nos Vales de Edimburgo, na Escócia, considerados os lugares mais mal-assombrados do Reino Unido.  

E não descarta a influência do sugestionamento do visitante.

A ansiedade e a espectativa do medo podem causar alucinações auditivas, visuais e sensoriais. 


"Os fantasmas estão mais ligados às atividades neurológicas do que às espirituais".




Aqui termina a explanação sobre a matéria em si.

Após ter lido a reportagem não consegui deixar de fazer alusão ao sistema religioso atual, posso com clareza utilizar como base o sistema Evangélico por onde passei metade de minha vida até então.

Nas "igrejas" as pessoas vão com o desejo de ver algo "novo" acontecer. Ou seja, cada "culto" tem que ser diferente do anterior. É uma luta sem fim devido ao fato de a "igreja" já estar caminhando em círculos à muito tempo.

São pessoas buscando sentir calafrios, exercitar o que chamam de fé que na maioria das vezes não passa de puro sentimentalismo ou fragilidade emocional.

Como o ambiente é propício, as pessoas começam a "ver" anjos que na maioria das vezes são anjos formados por sua mente.

Começam a sentir coisas devido simplesmente ao fato de que o 'lugar" induz a isso.

Na maioria das vezes "acham" que foram curadas, abandonando até tratamentos médicos, atitudes estas que já levou à morte centenas e milhares de pessoas, principalmente nos EUA.

São lugares "bem-assombrados".

É a musiquinha cantada, é o solo instrumental de fundo, é uma mensagem pregada com voz serena, tudo induzindo à hipnose ou criação mental de coisas relacionadas ao grupo.

É muito fácil ver "anjos" dentro da igreja e ver "demônios" ao passar em frente a um cemitério (ou se você preferir, caveiras, rsrs, já que os cemitérios estão cheios delas, rsrs).

Como a outra metade de minha vida foi no catolicismo (não praticado, rsrs), posso dizer a mesma coisa para aqueles que alegam ter visto Maria a mãe de Jesus ("Nossa Senhora" como é chamada pelos Católicos). Você já reparou que não aparece ninguém dizendo que viu Jesus, Pedro, João ou qualquer outro? Sempre alegam ter visto Maria, isto porque o Catolicismo tem a tara de querer dizer que Maria ressuscitou como Jesus e subiu aos céus. Isto já está embutido na programação mental de vários católicos, por isso de vez em quando aparece um dizendo que "Maria Apareceu".

Mas na realidade a sua necessidade de auto-afirmação os faz ver até melancia em pé de manga.

Na maioria das vezes o que alguns dizem que viram e ouviram tanto nessas viagens de terror quanto ligadas à religião não passa de formação das suas próprias mentes.

Nós humanos somos ótimos na fabricação mental de coisas que desconhecemos mas que queremos explicar.

Ou você nunca viu lobisomem e mula-sem-cabeça quando era criança?
Se você nunca viu que pena, porque eu já vi e até sonhei com mula-sem-cabeça quando era criança, rsrs.




Que Deus nos livre do "mal-assombrado" e também do "bem-assombrado".



Reportagem da ISTOÉ em:
http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2075/artigo148023-1.htm

Odlave Sreklow.

“APRENDI A EXTORQUIR O POVO COM O BISPO MACEDO”

“APRENDI A EXTORQUIR O POVO COM O BISPO MACEDO”


“Aprendi a extorquir o povo”
Um ex-pastor da Igreja Universal do Reino de Deus relata como o bispo Edir Macedo o instruía a tirar dinheiro dos fiéis e a depositá-lo em contas no exterior.
Mariana Sanches, de Balneário Camboriú (SC)
IURD

A casa no bairro de Cascadura, Rio de Janeiro, onde Gustavo Alves da Rocha passou a infância ficava a cerca de 1 quilômetro de distância do local onde foi erguido o primeiro templo da Igreja Universal do Reino de Deus, há 32 anos. A vida de Gustavo e a de Edir Macedo, o líder da Universal, só se entrelaçaram, porém, quando os dois cruzaram o Oceano Atlântico. Em 1996, Gustavo, aos 16 anos, morava com sua tia em Londres. O bispo Macedo acabara de abrir sua primeira igreja na Inglaterra e precisava de um tecladista que animasse as reuniões dominicais. O tempo livre e o talento musical de Gustavo se encontraram com as ambições do bispo Macedo no número 232 da Seven Sisters Road, no bairro londrino de Finsbury Park. Era lá que ficava a primeira igreja da Universal em Londres, onde Gustavo foi empregado como tecladista.

Três anos depois, Gustavo se tornou pastor da Universal em Nova York. Ele diz que era responsável por contar e fazer o depósito do dízimo recolhido nos 26 templos da Universal em Nova York. Diz ter sido instruído a se casar com a empregada doméstica do bispo Macedo, Jacira Aparecida da Silva, e conta que se mudou para a casa de Macedo, nos Estados Unidos, onde morou por quase três anos. Da sala da luxuosa casa do bispo, Gustavo afirma que assistia a Macedo orquestrar por rádio a expansão dos templos da igreja e dos negócios de comunicação, hoje alvos de investigação pelo Ministério Público.

Gustavo diz ter ouvido o bispo Macedo instruir seus bispos a trocar dólares para ele em São Paulo, diz ter depositado dinheiro do dízimo em duas contas no exterior, uma delas em nome de um pastor americano amigo de Macedo, conhecido como Forrest Hills, e afirma que o dinheiro dos fiéis era usado para investimentos na TV Record. “Em 2003, fizemos com os fiéis de Nova York uma campanha para arrecadar US$ 1 milhão. Foi com esse dinheiro que a Record montou o estúdio em Manhattan”, diz. As ligações de Gustavo com a igreja são comprovadas por documentos como passaporte, contracheques e fotos. A TV Record negou as acusações.

Em 2004, Gustavo foi demitido pelo bispo Macedo. Hoje, ele é considerado pelos promotores uma testemunha importante nos processos abertos contra o fundador da Universal. Seu depoimento poderá contribuir para confirmar as suspeitas de estelionato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha que recaem sobre o bispo Macedo e a cúpula da igreja e da Rede Record. Gustavo hoje trabalha de madrugada como taxista em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Mora numa casa de quatro cômodos, alugada, que não guarda nenhuma semelhança com o luxo e o conforto que Gustavo diz ter experimentado em Nova York. Não tem mais o dinheiro que juntou enquanto era pastor. Desde que voltou ao Brasil, já morou em mais de cinco cidades. Aos 29 anos, diz ter dificuldade para arrumar emprego e afirma temer represálias de membros da Universal. Ele contou a história que viveu na igreja num depoimento de cinco horas concedido a ÉPOCA.

Procurada por ÉPOCA, a Igreja Universal confirmou que Gustavo foi pastor da igreja, “desligado da obra por motivos de prática de conduta contrária aos bons costumes e à moral”. Disse que “a Igreja Universal, seus bispos e pastores fazem tudo dentro da maior legalidade” e negou que Gustavo tivesse sido instruído a se casar com uma mulher indicada pelo bispo Macedo e que tivesse morado na mesma casa que ele. A Universal negou ainda que Jacira Aparecida da Silva tivesse trabalhado como empregada doméstica para o bispo Macedo. A TV Record afirmou, também por e-mail, que não faz nenhuma transação com dinheiro oriundo da Universal: “Todos os salários dos funcionários da Rede Record são pagos pela emissora em conta-corrente dos beneficiários e todos os investimentos são pagos pela emissora com recursos próprios”. A seguir os principais trechos do depoimento do ex-pastor Gustavo Rocha.

Como conheceu o bispo Edir Macedo
“Eu nasci no Rio de Janeiro, mas quando tinha 12 anos fui morar com uma tia em Londres. Uma tarde eu estava passeando com minha tia pelas ruas de Finsbury Park e vi um teatro. Resolvemos entrar. Na porta estava escrito apenas Teatro Arco-Íris. Aí eu vi um piano e, como sempre tive paixão pela música, pedi para tocar um pouco. Quem veio até mim foi o Edir Macedo. Ele me pediu para que eu tocasse “Yesterday”, dos Beatles. Ele elogiou e me perguntou: ‘Você sabe tocar música gospel?’. Eu respondi que não, mas consegui acompanhar no piano quando ele colocou umas músicas gospel para tocar no rádio. Ele disse que precisavam de um tecladista e eu, que tinha 16 anos, aceitei tocar todos os domingos em troca de algo em torno de R$ 50. Depois de uns quatro meses, minha tia procurou Edir Macedo para dizer que eu voltaria ao Brasil. Daí Edir veio com uma proposta: ‘Não, a gente vai ajudá-lo. Se você permitir, nós queremos investir nele. A igreja se propõe a pagar uma escola para ele aqui na Inglaterra’. A igreja pagou para mim por dois anos uma escola de idiomas, a London Capital College. Eu passei a morar na igreja e não tinha salário.”

A preparação para ser pastor
“Quando fui morar na igreja, eu dividia um quarto com outros obreiros. Passei a tocar todos os dias, fazia a limpeza do templo, a evangelização, distribuía jornal da igreja de porta em porta. Eu não tinha dinheiro para ligar para minha família no Brasil, nem no Natal. Fiquei praticamente confinado. Minha tia deixou de me visitar, achou que eu estava fanático. Eles fizeram comigo um processo de preparação para ser um futuro pastor. Quando chegava alguém à igreja para pedir um conselho, o bispo Macedo me chamava: ‘Senta aqui do meu lado para você conhecer os problemas do povo e aprender a orientar as pessoas’. Foram dois anos sentado ao lado dele. Quando o fiel ia embora, ele perguntava: ‘Entendeu? Essa moça está com problema financeiro e está tão fragilizada que, se você disser Faça isso!, ela vai fazer. Você tem de despertar essa fé que está nela para que ela venha e traga uma oferta para a igreja’. Oferta significava dinheiro, mas no começo ele não falava muito a palavra ‘dinheiro’, para não me assustar. Dependia dele para ter roupas e comida. Aqueles que eram bispos tinham muito privilégio. Queria ter a vida que o bispo Macedo e outros bispos tinham, então eu me submetia a tudo o que mandavam. Cheguei a fazer um jejum e só beber água durante sete dias. Nesses dois anos não fui sequer uma vez ao médico. O bispo Macedo me dizia que eu tinha de usar minha fé para curar a gripe, a dor de cabeça. Fazia parte do processo de sacrifício.”

Como a Universal se expande
“Eu e Edir Macedo saíamos pelo menos duas vezes por semana para procurar um teatro, um galpão onde desse para abrir uma nova igreja. A gente olhava primeiro a vizinhança. Se tivesse outra igreja na região, não valia a pena investir. E olhávamos se o povo era pobre ou de classe média. Se a área fosse pobre, era mais interessante, a igreja cresce mais. O bispo Macedo dizia que gente pobre tem todo tipo de problema. Então, é fácil ter argumento para atrair essas pessoas. Se fosse um pessoal com mais dinheiro, ele já pensava duas ou três vezes se valia a pena investir, porque apenas uma minoria frequentaria a igreja. Quando o bairro era de classe média, o pastor tinha de falar bom inglês e ter cultura, porque colocar um pastor escandaloso, ignorante, não dava certo. Em Londres, presenciei a criação de duas igrejas. Uma foi em Brixton e a outra em Peckham. Os cultos eram em inglês, 2% ou 3% dos fiéis da igreja eram brasileiros, 2% ou 3 % eram britânicos, e o restante eram africanos e jamaicanos. Havia uma preferência por colocar um pastor negro, para que os fiéis se identificassem mais.”

A escala em Portugal e a promoção
“Depois de dois anos na Universal em Londres, meu visto de estudante venceu e não conseguimos renovar. Eu já estava com 18 anos. O bispo Macedo conversou comigo e disse que Deus estava me enviando para Portugal. Fiquei lá um mês e meio, morando em Lisboa, até que o bispo Macedo me avisou que ele iria me registrar como pastor da Universal e em 15 dias eu estaria em Nova York. Ele disse que não me deixaria em Portugal porque ele precisava de um pastor com bom inglês nos Estados Unidos. No dia 13 de maio de 1999, eu cheguei a Nova York. Eu passei a tocar piano na igreja principal, no Brooklyn. Depois de uns 15 dias, o bispo Macedo chegou a Nova York e me disse que eu não deveria ficar só tocando, passaria a pregar. Foi a primeira vez em que fui responsável por uma igreja, a igreja de Utica, no Brooklyn. E, como eu era um pastor registrado pela Universal, passei a ter um salário. Ganhava US$ 600 brutos por mês. Era pouco, mas não tinha despesa com água, luz, aluguel porque eu morava na igreja.”

As metas e o método de arrecadação
“Em Utica, em dois meses, a igreja encheu. Cabiam 70 pessoas. O bispo Macedo achou que tinha valido a pena investir em mim. Comecei a fazer programas de TV e de rádio para a igreja e a participar das reuniões de pastores e bispos. Nessas reuniões, Edir Macedo nos ensinava a atingir as metas que ele criava para cada igreja. E a meta era financeira. Não era de fiéis. No primeiro mês, a minha igreja rendeu US$ 3 mil. Daí o bispo Macedo me falou: ‘Olha, Gustavo, este mês fez US$ 3 mil. Então, se no mês que vem você conseguir arrecadar só US$ 2.900, eu tiro a igreja de você. Você vai se virar para fazer US$ 3.500, senão eu vou descontar do seu salário, você não vai mais participar das reuniões e vai voltar para o piano’.”
“Fiquei tranquilo porque eu já tinha aprendido o trabalho. Ele me ensinou o seguinte: como era uma igreja pequena, primeiro eu tinha de fazer um atendimento corpo a corpo, conversar com cada um dos membros da igreja, visitar a casa, participar da vida. Eu levantava toda a vida da pessoa e determinava o dízimo. E eu ia colocando isso na cabeça das pessoas. Elas chegavam para me contar alguma coisa: ‘Pastor, fui viajar e bati meu carro’. Eu dizia: ‘A senhora está sendo fiel no seu dízimo?’. Ela dizia que não. Então eu falava que era por isso que ela tinha batido o carro. Óbvio que não tinha nada a ver, mas era uma questão de mexer com o psicológico, para que ela pensasse que as coisas ruins aconteciam por causa de um erro dela, e não por um erro da igreja ou um erro de Deus. Eu tinha de fazer aquela pessoa acreditar que o dízimo dela era uma coisa sagrada. Noventa e nove por cento das pessoas que vão à igreja, e isso eu ouvi do bispo Macedo, não vão para adorar a Deus. Vão para pedir, porque têm problemas no casamento, nas finanças, de saúde. Então o bispo falava: ‘Você chega para a pessoa e diz: Você está com problema financeiro, não está? Eu sei, eu estou vendo que sua vida financeira não está boa’. É muito fácil. Por serem pessoas humildes, elas estão mais propensas a certos problemas.”

O sucesso
“As minhas metas sempre eram alcançadas. Edir me dizia: ‘Agora a meta é US$ 4 mil’, eu fazia 4 mil. ‘Agora é US$ 5 mil’, eu fazia US$ 5 mil. E, a cada mês que eu alcançava minha meta, eu ganhava mais crédito, até o ponto de o bispo Macedo falar: ‘Você não é pastor para essa igreja, você é pastor para uma igreja melhor. Vou te colocar numa igreja maior, onde a meta já não é US$ 5 mil, a meta é US$ 30 mil’. Fiquei seis meses em Utica e fui para a igreja de Bedford. Vinham umas 400 pessoas, e a meta mensal era de US$ 25 mil. Alcancei todas as metas outra vez. Peguei a igreja com US$ 25 mil e deixei com quase US$ 40 mil de doações mensais. Aprendi a extorquir o povo, tenho até vergonha de falar. Uma vez coloquei uma piscina de plástico no altar por 15 dias, cheia de água. Disse que aquela era uma água do Rio Jordão, onde Jesus foi batizado. Eu dizia que as pessoas iam ser batizadas na mesma água que Jesus, desde que dessem uma oferta. E era água de torneira. Uma vez consegui fazer os fiéis doar três carros. Eles iam embora e me deixavam as chaves e o documento. A igreja vendia para fazer dinheiro. Entre os pastores, a conversa sempre era: ‘E aí, já pegou o mês?’. ‘Pegar o mês’ significava cumprir a meta. Eu chegava para um pastor que tinha uma igreja melhor que a minha e perguntava: ‘Já pegou o mês?’. ‘Já, fiz US$ 80 mil’, ele dizia. Eu respondia: ‘Olha, meu mês está em US$ 50 mil, mas vou fazer uma loucura, vou passar o teu mês e vou pegar tua igreja, hein?!’.”

As gratificações
“Quanto mais eu ganhava para a igreja, mais privilégios eu tinha. O meu pior carro foi um Toyota Corolla, era o primeiro carro de todo pastor. Do Corolla, passei para um Ford Focus, zero-quilômetro. Do Focus, tive um Honda Civic, do ano. Do Civic, fui para um Honda Accord. Nos Estados Unidos, morei em três casas diferentes. Conforme cumpria a meta, as casas aumentavam de tamanho, melhoravam de localização. O bispo Macedo pegava o relatório do mês, via a progressão de rendimentos e te perguntava: ‘Você está morando onde? E vai para a igreja com que carro? Faz o seguinte: fala com o bispo responsável para ele te mudar para tal casa’. Ele olhava em uma relação de pastores os bens que cada um estava usando e dizia: ‘Esse carro aí que você tem, dê para o pastor Álvaro e pega o carro do pastor Álvaro para você’. Era frequente essa troca de carros e casas entre os pastores. Como a gente não podia comprar mobília nem bens, só coisas pessoais, roupas, a mudança era bem rápida. Pastor não pode ter nada em seu nome, todos os carros que eu tive e casas em que morei estavam no nome da Universal.”

O casamento arranjado
“Em 2001, eu tinha 21 anos, era um pastor promissor e ainda era solteiro. Namorava havia dois anos uma americana que era obreira da igreja. Houve uma dessas reuniões de bispos e pastores e o Edir Macedo estava chamando a atenção de todo mundo. Ele olhou para mim: ‘Fica de pé. Você está namorando?’. Eu disse que sim. ‘Mas quem autorizou seu namoro? Está tudo errado. Você vai pegar o meu celular e vai ligar para sua namorada. Você vai dizer para ela que Deus não quer mais que vocês fiquem juntos.’ Eu fiquei indeciso, mas não teve jeito. Peguei o telefone, liguei para minha namorada no viva-voz e rompi com ela. Quando desliguei, ele disse para os pastores: ‘Estão vendo? A obra de Deus precisa de homens assim. Por você ter obedecido, vai ser abençoado agora. Você vai para o Brasil e vai conhecer uma mulher que Deus preparou para você. E você vai casar com ela. Você é um pastor da minha confiança, mas nela eu confio ainda mais do que em você, porque ela mora na minha casa, ela é minha empregada doméstica’. Embarquei para o Brasil no dia seguinte. Só conheci a Jacira no cartório. Dois dias depois, a gente casou no religioso. O bispo João Batista (ex-deputado federal) fez o casamento e pagou a lua de mel em Poços de Caldas (Minas Gerais). No dia em que partimos para a lua de mel, ele disse: ‘Gasta à vontade, porque quem está pagando isso é o povo. Não tem limite, fica tranquilo’.”

“Depois que voltei da lua de mel, passamos 15 dias na casa do João Batista, até que o visto da Jacira saísse. Era um apartamento por andar, com oito quartos. O João Batista guardava uma boa quantidade de dinheiro no escritório, notas de dólar e real. A Jacira me disse que estava acostumada a ver aquilo na casa dos bispos. Quando voltei aos Estados Unidos levando a Jacira, o bispo Macedo me disse: ‘Que bom que deu tudo certo. O visto dela já tinha sido negado antes, mas você conseguiu trazê-la’. O casamento garantiu a entrada da empregada doméstica dele nos Estados Unidos.”

A vasectomia
“Logo depois que eu casei, o bispo Macedo me obrigou a fazer vasectomia. Ele justificava dizendo que um filho traria despesas e dificuldades para que eu fizesse a obra de Deus, já que com filho era mais difícil mudar de país. Ele dizia que a saída era, quando eu me tornasse um bispo, adotar, seguir o exemplo dele, dos genros dele, Renato Cardoso e Júlio Freitas. Os três primeiros médicos que procurei se recusaram a me operar. Eu tinha 21 anos e nenhum filho. O quarto topou, mas me disse que não recomendava. Fiz uma vasectomia irreversível. Enquanto eu estava nos Estados Unidos, dos 26 pastores que trabalhavam em Nova York, outros sete também fizeram. Se você não faz a vasectomia, perde a chance de crescer e chegar a bispo, vai ser só mais um pastor que fica 15 anos na mesma igreja e não sai do lugar.”

Na casa do bispo
“Quando cheguei a Nova York com a Jacira, Edir Macedo e a mulher dele, a Ester, quiseram que ela fosse morar com eles. Eu era casado com ela. Daí eles me disseram: ‘Faz o seguinte. Pega um quarto aí e mora aqui com a gente’. Passei a morar no dúplex do Edir Macedo. Na casa dele, ouvi as conversas da cúpula da igreja. Era comum diálogos em que o bispo Macedo dizia: ‘Romualdo, como é que foi a campanha da Fogueira Santa aí no Brasil?’. E o bispo Romualdo Panceiro (outro dos auxiliares de confiança do bispo Macedo) dizia: ‘Olha, bispo, não foi muito boa não, deu só R$ 18 milhões’. Dinheiro na casa de Edir Macedo não era problema. Dirigia os carros dele, umas Mercedes antigas e superluxuosas. No dia a dia, ele não é religioso. A mulher de Edir Macedo, a Ester, tinha dentro de casa uma clínica de estética, com aparelhos de última geração. Quanto se gastava na casa do bispo Macedo era uma coisa que nem se fazia um cálculo, porque não precisava. Os outros bispos também viviam muito bem. Como os pastores, eles também tinham um contracheque bem baixo, mas era só fachada, para mostrar em caso de investigação. Mas o salário que vinha por fora era muito maior. Eu já presenciei durante a contagem da oferta os bispos dividirem o dinheiro entre si, esse ou aquele bispo tirar US$ 10 mil de uma oferta de US$ 50 mil. Eu também ganhava coisa por fora. Quando trabalhei com alguns bispos e a oferta era muito boa, o próprio bispo dizia para eu pegar um dinheiro para mim. Quando saí da igreja, eu tinha uns US$ 15 mil na conta que eu tinha tirado das doações dos fiéis.”

Os negócios da Record
“Eu posso dizer que a Record e a Universal são uma coisa só. Era comum eu ouvir o bispo Macedo falando em casa com o presidente da Record, Honorilton Gonçalves, pelo radinho: ‘Ô, Gonçalves, você fez aquele depósito, contratou tal artista, tal jornalista?’. Para pagar funcionários, despesas de programas televisivos, o Edir Macedo pedia para o Romualdo Panceiro tirar o dinheiro da conta da igreja para passar para a conta da Record. De tempos em tempos, o Gonçalves e o Romualdo diziam: ‘Edir, o negócio aqui está complicado, o cerco está bem apertado. A investigação está andando aqui, eles estão fiscalizando’. O Edir dizia: ‘Vocês têm de fazer alguma coisa, tira o dinheiro da conta da igreja e faz a contratação em dinheiro vivo’. Sempre em dinheiro vivo. Eu me lembro de quando foi montado o estúdio da Record em Nova York, em 2003. O bispo Macedo diz que foi gasto US$ 1 milhão. Ele fez uma reunião com os pastores da igreja e disse: ‘Precisamos levantar US$ 1 milhão. Vamos fazer uma campanha, e todas as igrejas precisam atingir uma meta’. Daí, ele já dividiu ali quanto cada uma teria de obter. Era a campanha das Muralhas de Jericó. Conseguimos mais de US$ 1 milhão, e foi com esse dinheiro que comprou os equipamentos para a TV.”

As contas no exterior
“Todo domingo à noite eu e alguns outros pastores éramos responsáveis por abrir os envelopes de dízimo e oferta e contar o dinheiro arrecadado pelas 26 igrejas de Nova York. Cada pastor guardava no cofre de sua igreja a oferta da segunda-feira até a última reunião do domingo. Daí levava tudo até a sede, no Brooklyn, para a contagem. Na segunda-feira de manhã, nós íamos ao banco fazer o depósito desse valor. O banco era o Chase Manhattan Bank. A matriz ficava a 300 metros da igreja. A quantia variava. Quando tinha uma campanha da Fogueira Santa de Israel, eu depositava tranquilamente US$ 1 milhão nesse banco por semana. Os depósitos eram feitos em duas contas. Uma no nome da Igreja Universal e a outra no nome de Forrest Higginbotham, um pastor americano que todo mundo conhecia como Forrest Hills. Ele pertencia a outra igreja, mas era uma pessoa de confiança do Edir Macedo. Foi o Forrest Hills quem ajudou a Universal a entrar nos Estados Unidos.”

“Lá nos Estados Unidos, eu também ouvi o Edir Macedo comentar umas quatro ou cinco vezes da necessidade de trocar dólares no Brasil, em São Paulo. Mas era uma tarefa que ele mesmo fazia ou passava para gente de muita confiança dele. Eles embarcavam no avião com o dinheiro e trocavam. Nunca soube quem eram os doleiros, mas posso te falar que os bispos que faziam esse serviço para ele eram os genros, o bispo Júlio Freitas, o bispo Renato Cardoso, o bispo Clodomir Santos e o bispo Romualdo Panceiro. Toda vez que eu ouvia falar em troca de dólar, era com esses bispos e o João Batista. O João Batista era com a maior frequência. O João Batista era, na gíria, a mula. Era ele quem levava, que trazia no avião, que fazia a transação, a troca. E, depois que ele fazia, ele levava nas mãos do Romualdo, do Clodomir. E com esses mesmos bispos, de altíssima confiança, o Edir costuma fazer umas reuniões na Suíça, em Zurique.”

A derrocada
“Uns quatro meses depois de fazer a vasectomia, comecei a ter problemas com a cirurgia. Descobri que o médico que me operou acabou cortando uma veia que não deveria ter sido cortada. Tive uma espécie de trombose nos testículos. Tive de usar um dreno e fui afastado pelo médico da pregação, mas o bispo Macedo me mandava trabalhar mesmo assim, usar a fé para me curar. Tive de fazer mais três cirurgias. O bispo Macedo dizia que eu devia estar endiabrado, que eu estava recebendo salário da igreja para não fazer nada. A pressão para que eu voltasse a trabalhar era tanta que tive de mostrar ao bispo Macedo todos os papéis, exames, porque ele não acreditava que eu realmente estava doente. Quando ele viu os laudos médicos, notou que tinha havido um erro. Foi logo me dizendo que um processo daria uma indenização milionária.”  
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“Procurei um advogado, que me disse que era uma causa ganha e que o processo duraria um ano e meio e deveria render por volta de US$ 500 mil. Quando o Edir soube que eu procurei outro advogado e não o da igreja, ele ficou bravo. Disse que eu tinha de procurar o advogado da Universal para abrir o processo e que deveria passar uma procuração para ele, porque o dinheiro que viesse deveria ser dado para a igreja, para a obra de Deus. Eu me recusei, disse que precisaria do dinheiro, que teria de me tratar. E aí começou uma pressão, e eu resolvi desistir do processo e fazer um acordo de US$ 65 mil com o médico. No mesmo dia em que assinei o acordo, o dinheiro já estava na minha conta. Quando contei ao bispo Macedo, ele começou a gritar comigo, dizer que eu era maluco, perguntou onde estava o dinheiro. Eu disse que estava na minha conta. Ele me mandou ir ao banco na mesma hora, sacar o dinheiro e depositar na conta da igreja. Eu me recusei. E aí ele me disse que eu estava fora: ‘A partir de hoje, você não é mais pastor da Igreja Universal. Você vai embora para o Brasil e não procure mais a igreja’. Isso foi em julho de 2004. E eu, doente, com quatro cirurgias feitas, fui mandado embora sem receber um dólar da igreja, depois de cinco anos de trabalho na igreja. Nunca tive férias, não tinha dia de folga certo. Eu me senti usado.”
“Voltei para o Brasil, me separei da Jacira um ano depois. Eu sofri por ter entrado na igreja muito jovem, abandonei a família, não terminei os estudos. Eu não tinha amigos que não fossem pastores ou bispos, não sabia o que era lutar por um emprego, não sabia quanto era um aluguel. Perdi tudo. Eu sempre me lembro da frase que o bispo Macedo costumava me falar: ‘Se você sair da igreja um dia, todos esses demônios que você expulsou nestes anos vão voltar para sua vida’.”

Uma vida dedicada à Universal
Gustavo Rocha fez parte da igreja por oito anos, cinco deles como pastor

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CRACHÁ
Em Londres, Gustavo entrou para a Universal. Como tecladista, ganhou um crachá de assistente da igreja




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CASAMENTO
Gustavo casou com Jacira da Silva, que ele afirma ter sido empregada de Macedo. Ele diz que atendeu a uma ordem do bispo




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PASSAPORTE
Contratado como pastor, Gustavo foi enviado para Nova York com um visto tirado pela Universal




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CONTRACHEQUE
Como pastor, Gustavo afirma que ganhava US$ 600 brutos por mês. Ele diz que também embolsava dinheiro do dízimo




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EM NOVA YORK
Gustavo dirigiu três templos da Universal nos Estados Unidos. Na foto abaixo, tirada em 2002, Gustavo está em frente à igreja de Mount Vermont. Ele aparece encostado num Focus zero-quilômetro, que afirma ter recebido da igreja pelos bons resultados na arrecadação do dízimo e de doações

“Edir Macedo nos ensinava a atingir as metas que ele criava para cada igreja, e a meta era financeira. Não era de fiéis”

GUSTAVO ROCHA, ex-pastor da Universal. Na foto, tirada em 2001, ele aparece no altar de uma das igrejas que comandou em Nova York 

Fonte: www.caiofabio.com

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A "IGREJA" FACULDADE

A "Igreja" Faculdade
A igreja atual pode-se comparar à uma faculdade de medicina fictícia, que teria as seguintes características (quem lê, entenda):

1.Esta faculdade não forma ninguém. Diz uma lenda que bem no início se formaram alguns médicos, mas eles nunca mais foram vistos;

2.Todo aluno deve comparecer à todas as aulas, mesmo que já as tenha visto centenas de vezes (o que ocorre com frequência, visto que após encerrem as matérias, um ciclo recomeça, pois não se forma ninguém), sob pena de severas restrições e punições diversas, principalmente de cunho moral;

3.A maioria das aulas é teórica, não há conexão entre as matérias e tudo é sistematizado. Não há espaço para evolução do ensino, as matérias são as mesmas a milhares de anos (embora em outras faculdades a medicina tenha avançado bastante, nesta ainda usam-se instrumentos medievais. Não há aula sobre anestesia, por exemplo);

4. Embora esta faculdade afirme adotar os ensinamentos do maior Médico de todos os tempos, e todos os alunos ostentem imagens e símbolos que o representam, e falem constantemente dele, a grade de matérias desta Faculdade difere absurdamente dos ensinos deste tal Médico; Geralmente as palavras dele são utilizadas apenas topicamente, para se iniciar uma aula. Há inclusive nesta faculdade diferenças de formas de interpretar o que este Médico disse, mas na verdade ninguém se entende.

5.As poucas aulas práticas ocorrem sem planejamento, sendo motivo de muita curiosidade e festa, geralmente reúnem-se todos os alunos num mesmo auditório para o evento.

1.Este evento ocorre da seguinte maneira:

1.Uma pessoa doente, ou que tenha sofrido um acidente, ao passar em frente a esta faculdade, entra para pedir socorro;

2.Ao entrar nesta, rapidamente é atendida, havendo uma grande convocação dos alunos (não importa o horário, todos estão na faculdade estudando);

3.Esta pessoa é levada então para o auditório e colocada em uma mesa;

4.Todos os alunos se aglomeram, e os professores começam a buscar uma explicação para a ferida do paciente (digamos neste caso que o paciente sofreu um acidente e tem uma fratura exposta na perna). Horas se passam enquanto os professores examinam a ferida (não importa muito o estado do paciente, pois o importante é descobrir como o acidente ocorreu), e interrogam o paciente, utilizando-se de técnicas de guerra, como desmoralização (culpando o paciente pelo acidente) e tortura (horas de angústia numa mesa).

5.Quando o paciente está suficientemente abalado emocionalmente, e a ferida foi aberta e bastante estudada (os alunos estão em êxtase, citando vários livros e fazendo suas próprias anotações e observações), então dá-se o processo final;

6.O paciente é levado para o chuveiro, onde toma um banho de ducha gelada, tem os cabelos e barba cortados (na frente de todos os alunos, claro) e recebe roupas novas, e um pano para cobrir sua ferida (a ferida é mantida sempre intacta, com o cuidado de não lavá-la nunca). Assim, o paciente é inscrito na faculdade e vira mais um aluno, em uma cerimônia especial;

7.Vale lembrar que a ferida continua lá, aberta, e o ex-paciente-agora-aluno cedo ou tarde desenvolverá uma infecção interna;


Findado este exemplo,

Vale notar as características dos alunos desta faculdade: Metade nasceu de pais que são/eram alunos desta, e, embora tenham pleno acesso ao mundo exterior, aprendem desde cedo a desprezarem a medicina praticada pelos outros, mesmo que seja aparentemente mais “evoluída” (as aspas são colocadas por eles), e mesmo que estes chamados "outros" sigam o mesmo Médico lá do início.

A outra metade entrou como no caso do ferido exposto parágrafos acima, e, como suas feridas ou doenças nunca foram saradas, cedo ou tarde cairão debilitados.

Neste caso, sendo estes alunos novatos, serão disciplinados a nunca mais exibirem suas doenças, pois é considerado uma afronta à imagem da faculdade. Sendo um aluno mais experiente, ou um professor, uma simples gripe é motivo para expulsão, na qual todos os alunos, mesmo aqueles que eram amigos do tal, são obrigados a nunca mais cumprimentarem ou conversarem com ele, a fim de se protegerem da doença;

Esta faculdade, por incrível que pareça, possui uma farmácia. Só que raramente é utilizada (exceto para receitar analgésicos), e a maioria dos seus remédios está vencida. Além do quê, ninguém nesta faculdade sabe receitar remédios! (apenas os tais analgésicos, que são muito utilizados, alguns diariamente, para qualquer doença);

Ora, será que esta instituição poder-se-ia chamar de seguidora do Grande Médico?

Pense no seguinte: Enquanto estes alunos estão estudando eternamente em suas faculdades, os verdadeiros Médicos estão por aí, no mundo, tratando as feridas dos andarilhos do Caminho, como bons Samaritanos que não perguntam nada, apenas curam, tal qual seu grande Mestre, aquele Grande Médico, ensinou.

Agora, eu te pergunto: Você se consultaria com um médico da tal faculdade fictícia?

Fonte: Noticias do Bill

MORAL OU ÉTICA?

Moral ou Ética?
Leituras essenciais:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Moral
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89tica

Destaco esta parte:
"Moral" não traduz, no entanto, por completo, a palavra grega originária. É que êthica possuía, para o gregos, dois sentidos complementares: o primeiro derivava de êthos e significava, numa palavra, a interioridade do ato humano, ou seja, aquilo que gera uma ação genuinamente humana e que brota a partir de dentro do sujeito moral, ou seja, êthos remete-nos para o âmago do agir, para a intenção. Por outro lado, êthica significava também éthos, remetendo-nos para a questão dos hábitos, costumes, usos e regras, o que se materializa na assimilação social dos valores.


Aí reflita por uns instantes, dias, meses se quiser:

Jesus foi Moral, Amoral ou Imoral para a sua época?

Sim, em que momento Jesus se preocupou com a Moral vigente?

O episódio da adúltera pega em flagrante, demonstra bem onde quero chegar: A Lei e a Moral dos judeus dizia que esta mulher deveria ser apredejada (punida) pelo ato feito. Jesus no entanto, pergunta para os acusadores se algum deles não tinha pecado para quê atirasse a primeira pedra.

Ora, Jesus não perguntou se nenhum havia pecado semelhante. Ele colocou naquele momento um pecado Moralmente imperdoável no mesmo patamar de qualquer pecado.

Por acaso Jesus se preocupava com a Moral dos fariseus?

Vjea que ele não agiu contra esta Moral. Ele não se opôs a ela. Para Ele, ela apenas não valia de nada. Era para o interior que Jesus apontava e se importava, era o êthos, a interioridade das ações.

Basta ver outro episódio quando Jesus afirma que, conquanto os fariseus definiam como Imoral o ato do adultério, para Ele a lascívia de desejar a mulher de outro já é pecado. Ou seja, Jesus contrapôe o êthos ao éthos, quando mostra aos fariseus que sua Moral não tem valor nenhum.

Paulo reafirma isto lá na frente quando fala sobre os costumes e rituais de se guardar dias, não comer isto ou aquilo, não tocar em coisas "impuras", não beber, dizendo que tudo isto tem aparência de santidade, mas não tem valor algum contra a sensualidade!

Ora, em nome da Moral já se destruiu muitas Almas!

Basta acompanhar a história, inúmeros casos de virgens estupradas que são obrigadas a casar com o criminoso para não manchar o "nome" da família.

Ora, o êthos obrigaria tal estuprador a sustentar e reparar os danos, mas nunca obrigaria a menina a viver com seu algoz!


A Ética do Cristão deve ser o êthos, e a Moral do Cristão deve ser o êthos também, independente da incongruência gramatical disso!

Quando a Moral se baseia na êthos, ou seja, um costume surge em razão da melhor opção social para que haja o respeito ao próximo, ela faz sentido. Por exemplo: O costume de se pedir ao Pai a mão da Filha em Casamento. Ora, quanto mais as famílias se unirem e se amarem, melhor para a nova família que surge. Uma família que surge de uma fuga e que provoque ódio nos pais, como poderá recorrer a eles quando precisar de ajuda?

Daí digo que esta Moral é apenas o êthos disfarçado de bom-costume.

Interessante notar que a Moral surge do homem. Veja Adão e Eva logo após a Queda. Deus havia advertido-os de quê, se comessem o fruto proibido, morreriam. Não falou nada sobre vestimentos.

Entretanto, a primeira coisa que Adão e Eva fizeram foi cobrir sua nudez. Ora, Deus estava lá preocupado com genitálias ao vento? Foi deles que surgiu a vergonha, Deus não lhês impôs isso, nem exigiu nada.

Quando eles vieram vestindo suas folhas de fiqueira, Deus mostra, naquele simbolísmo da pele de um sacrifício, que sua nudez, seu pecado, sua queda seriam cobertos pelo Cordeiro Eterno de Deus, Jesus!

Entretanto, até hoje, o homem se cobre com suas folhas de figueira, que é a sua Moral, sua auto-justificação, seus ritos e guardas de dias e alimentos! Ora, o homem para se sentir "puro", inventa mil e uma regras, não toca nisso ou aquilo, não canta isso, não ouve aquilo. Mas Deus continua afirmando: Só o Cordeiro pode nos cobrir!

Por isso afirmo: Nem a Moral, nem os bons-costumes, nem os ritos religiosos, nem a guarda de dias, nem o asceticismo podem nos cobrir de nossa Queda, de nossos pecados. Só há um que nos cobre, o Cordeiro Eterno de Deus: Jesus, por seu Amor por e em nós! Por isso, quem tenta se justificar pela Lei/Moral cai da Graça de Cristo, pois ou se veste de Figueira ou se veste do Cordeiro.

Por fim, afirmo que nossa Bandeira deve ser o Amor. Faça o que fizer, faça por Amor ao próximo, pois nisso se resume a Lei e os Profetas!


Fonte: Notícias do Bill

QUANDO OS DEMÔNIOS FAZEM MORADA NA RELIGIÃO

QUANDO OS DEMÔNIOS FAZEM MORADA NA RELIGIÃO


Jesus tratou bastante do assunto das possessões sutis, como as da religião...


Jesus falou pouco a respeito da possessão demoníaca explicita. Sim! Ele falou pouco sobre o assunto. Todavia, expulsou todos os demônios que como tais se manifestaram diante dEle. Entretanto, Ele tratou bastante do assunto das possessões sutis, que são as piores, pois, em geral, podem ser mais “culturas espirituais” que demônios que se “manifestem” como tais; muito ao contrário. Não são, necessariamente, o demônio, mas são demoníacos!




Nos textos que seguem, Jesus abordou o tema da possessão demoníaca em dois níveis: um existencial e outro generacional.



Primeiro leia o texto generacional:



Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos procurando repouso, porém não encontra.


Por isso diz: Voltarei para minha casa donde saí.


E, tendo voltado, a encontra vazia, varrida e ornamentada.


Então vai, e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro. Assim também acontecerá a esta geração perversa.




Aqui a ênfase recai sobre “esta geração perversa!...”




Agora, leia o mesmo texto em Lucas e veja a conclusão existencial:




Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos, procurando repouso; e, não o achando, diz:


Voltarei para minha casa donde sai.


E, tento voltado, a encontra varrida e ornamentada. Então vai, e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem se torna pior do que o primeiro.





Se você me pergunta se creio que há diferença entre as duas coisas, minha resposta é sim e não. Sim, apenas porque se um indivíduo está possesso, isto não significa que todos estão possessos de sua possessão. E também porque como veremos mais adiante neste livro, toda possessão individual é também projeção das possessões coletivas e vice versa.





Em ambos os textos tudo é igual. O espírito imundo sai de um homem. Procura lugar de pouso e não encontra. Então diz: “Voltarei para a minha casa de onde saí.” E o faz trazendo consigo novos inquilinos e, assim, o segundo estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro.





A diferença está apenas no “aplicativo” de Mateus: “Assim também acontecerá a esta geração perversa”.





Desse modo, a única diferença entre uma possessão individual e uma coletiva é que no primeiro caso o homem perde o controle de si e, por vezes, perde sua consciência individual. Já no segundo caso, a consciência dos indivíduos fica suficientemente cônscia de si, mas não discerne o poder de conexão invisível e que, escondido no coletivo, age como um sentir unânime e, em geral, mobiliza a “maioria” com alguma causa de vida ou morte, sendo que o efeito nunca é vida, é sempre morte!





Jesus não faz muitas alusões explicitas àquela geração. No entanto, Ele fala em abundância sobre quem ela era, mas não usa muitas vezes a palavra geração.





Afinal, não precisa estar escrito para estar dito!





Assim é que Jesus compara aquela geração a meninos que sofrem de um mal-humor crônico e contínuo, além de ser indefinido. Era raiva da vida e da liberdade de ser dos outros. E tanto fazia qual fosse a “expressão de ser” do outro em observação. Eles odiavam a quebra dos padrões de “normalidade” conforme o fizeram tanto Jesus quanto João Batista. Ambas, eram, em si mesmas, existências antitéticas em relação a sua geração, embora, os dois, fossem também diametralmente diferentes em seus comportamentos em relação um ao outro.





A segunda referência significativa àquela geração acontece num sanduíche de fariseus e escribas da Lei tentando provocá-Lo. Ele vinha de expulsar um demônio à vista da mesma assembléia de religiosos. Foi objeto da mais terrível interpretação no seu ato: “Este não expele os demônios senão pelo poder de Belzebu, maioral dos demônios”. A esses, Jesus diz o seguinte:





1.      Satanás não cometia burrices daquele tipo. Portanto, sugere que a presença de Satanás não estava na divisão causada por Jesus em seu “reino”, mas, ao contrário, estava estabelecida na monoliticidade do corpo de pensamento daquela geração, agora, sim, dividido pela presença antitética de Jesus. Eles eram os demônios atingidos!


2.      Se o argumento deles fosse válido, então, antes de julgarem a procedência do poder que emanava de Jesus, eles teriam que explicar a fonte do poder utilizado pelos seus próprios filhos, que também “expulsavam demônios”. Em não o fazendo, estavam reconhecendo o poder de Belzebu como a força operativa também entre eles.


3.      Se não podiam “responder” sem se acusar, então, que admitissem que em Jesus o poder manifesto era o do Reino de Deus que estava, em Jesus, no meio deles.


4.      Nesse caso, diz Jesus, o que estava acontecendo era um saque divino nos cativeiros de Satanás, pois sua “casa” havia sido invadida por Alguém que lhe era superior, com poder, inclusive, de “amarrá-lo e saquear-lhe os bens”.


5.       Desse ponto em diante Ele traz a “espada” e divide a assembléia dizendo-lhes que qualquer declaração que saísse de suas bocas com aquele tipo de conteúdo e que não correspondesse a verdade de seus corações—sendo, apenas, portanto, uma utilização “política” do tema espiritual, carregando uma “calúnia” contra Jesus e uma “blasfêmia” contra o Espírito de Deus que Nele agia—seria considerado um pecado sem perdão! Ou seja: se conscientemente eles sabiam que Jesus era enviado de Deus, mas, em razão da des-construção institucional que Jesus trouxera com Sua mera presença entre eles, haviam optado pelo caminho da negação da Graça que em Jesus os visitava; então, pela fria opção pela manutenção do poder que julgavam possuir, eles se colocavam cometendo a pior blasfêmia: negar que a mão de Deus seja a mão soberana em ação, preferindo caluniar o agente da Graça, cometer um blasfêmia contra o Espírito, mas não perderem seu poder temporal que, em Jesus, eles viam ameaçado. Essa era a “possessão” que os possuía.


6.       Na seqüência Jesus adverte sobre as “palavras” como sendo o resultado da escolha existencial do homem, do que ele tira ou não de seus baús do coração: se busca seus valores nos cofres da verdade ou nos sombrios e secretos ambientes de sua perversidade interior. E conclui de modo a vaticinar um terrível juízo sobre toda palavra frívola dita pelos homens em relação a Deus e ao próximo.





Ora, é neste ponto da “batalha” que os adversários chegam, cinicamente, com uma “pérola tirada do mau tesouro” de suas almas:





“Mestre, queremos ver de tua parte um sinal”—pediram eles!





Ele, porém, lhes respondeu:





“Uma geração má e adúltera pede um sinal; mas nenhum sinal lhe será dado, senão o do profeta Jonas”.





O que segue é Jesus afirmando que tanto os Ninivitas dos dias de Jonas quanto os Etíopes dos dias de Salomão e da rainha de Sabá, eram seres infinitamente mais abertos à Deus que os arrogantes filhos da Teologia Moral de Causa e Efeito, os mesmos que agora queriam “tentá-lO”, pedindo-lhe uma demonstração visível de um efeito confirmador da causalidade divina de Jesus. Enfim, outro pedido semelhante ao feito por Satanás no Pináculo do Templo.





Ora, é nessa “viagem” que entra o tema da “geração” que se tornara Casa de Espíritos Maus, conforme o relato de Mateus acerca da “possessão” generacional.





Se você for verificar a mesma passagem do Evangelho em Lucas, você verá que o contexto antecedente é exatamente o mesmo. Em Lucas, todavia, a seqüência do contexto imediato—ou seja, o que vem depois— fala de maneira ainda mais clara dos “espíritos” que haviam se instalado no inconsciente coletivo daquela geração, formando uma rede de pensamentos e sentimentos contrários à Graça de Deus e sua revelação em Jesus.





As denuncias que Jesus faz àquela geração são as seguintes:





1.      Os pagãos sempre haviam sido mais abertos à revelação do que eles. E a própria resposta dos “gentios” que encontraram com Jesus nas narrativas dos evangelhos demonstram isto.


2.      Não adiantava que seus adversários dissessem que eles eram o Povo da Luz, pois, esta, quando habita alguém, aparece sempre. Além disso, a “luz” de um ser não vem “de fora”, nem de seus supostos encontros-de-hora-marcada com a luz. A verdadeira Luz nasce nos ambientes interiores e gera uma nova maneira de enxergar a vida. Aqui Ele associa a luz do ser ao modo como a pessoa “interpreta” a vida, a Deus e ao próximo. E mais: Ele diz que a luz do ser vem também dele não negociar com suas sombras, escondendo-as, pois, nesse caso, o que deveria ser a fonte de luz—o interior e seus bons pensamentos e interpretações da vida—, passa a ser o gerador das trevas no interior humano.





Agora, no mesmo contexto imediato—ou seja: “Ao falar Jesus estas palavras”—, um fariseu o convidou para ir comer em sua casa; então, Jesus, entrando, tomou lugar à mesa.





O problema é que Jesus entrou, sentou e comeu!





Que problema!





Ele não havia lavado as mãos antes de comer!





O fariseu não agüenta a transgressão cerimonial cometida por Jesus. Afinal, Jesus era o mesmo que eles, coletivamente, haviam acusado de ser instrumento de Satanás.





Agora, preste atenção como toda a conversa que se segue — que começa numa casa, à volta da mesa, com serviço de lavagem cerimonial disponível, com copos, pratos e mobílias, e se transforma na analogia perfeita da “casa vazia, varrida e ornamentada”, pois, o tema volta nos lábios de Jesus.





“O Senhor, porém, lhes disse: Vós, fariseus, limpais o exterior do copo e do prato; mas o vosso interior está cheio de rapina e perversidade”.





Para mim fica impossível não associar a analogia da “casa vazia, varrida e ornamentada” com “limpais o exterior do copo e do prato, mas o vosso interior está cheio de rapina e perversidade”.





O resto da fala de Jesus continua a denunciar a mesma conexão entre ambas as “imagens” de possessão:





1.      Exterior limpo, interior habitado por rapina e perversidade.


2.      Quem fez o exterior é o mesmo que fez o interior de todas as coisas. E, para Ele, é o amor solidário aquilo que torna o mundo puro para os puros.


3.      As exterioridades do culto à mobília e aos ornamentos exteriores do ser eram o deus deles. Por essa razão eles davam devocionalmente a Deus apenas aquilo que contribuía para a propaganda de como sua “casa estava varrida e ornamentada”, enquanto negligenciavam as verdades do interior, que são aquelas que “enchem a casa” daquilo que é bom. E a prova desse culto à “casa varrida e ornamentada” aparecia até mesmo nas obviedades de seus códigos de valores e importâncias: todos ligados a imagem e às suas pretensas distinções entre os homens.





Naquela assembléia reunida na casa do fariseu não havia apenas religiosos zelosos das exterioridades da Lei, como os fariseus, havia ali também alguns teólogos, ou seja: interpretes da Lei. E, é deles que agora vem a confissão de que as palavras de Jesus os “ofendiam” também. Passaram um recibo autenticado no Cartório da Culpa.





E o que Jesus diz à esses teólogos, os “interpretes da Lei”?





“Ai de vós também, interpretes da Lei! porque sobrecarregais os homens com fardos superiores às suas forças, mas vós mesmos, nem com o dedo os tocais”—afirmando que a “mobília” da casa varrida e ornamentada era patrocinada por eles, ao “construírem” uma teologia para estivadores, sem a misericórdia de perceber que aquela tarefa que eles impunham sobre os outros era mais que desumana, e, além disso, dava a eles o poder satânico de, em nome de Deus, oprimirem o próximo com aquilo que eles mesmos não agüentavam bancar nem nos ambientes de seus próprios corações.





“Aí de vós! Porque edificais os túmulos dos profetas que os vossos pais assassinaram. Assim sois testemunhas e aprovais com cumplicidade as obras dos vossos pais; porque eles mataram e vós lhes edificais os túmulos”—asseverando que a atitude politicamente mais “correta e leve” dos teólogos não escondia da face de Jesus a verdade. Sua “diplomacia” também era perversa. Eles eram apenas mais educados em suas atitudes. Mas no seu interior havia a mesma “rapina e perversidade” de seus colegas fariseus. Desse modo, Jesus denuncia as etiquetas da religião e seus representantes, que matam os portadores da Palavra, mas sempre, após a História se impor sobre os interesses então imediatos—seus filhos, filhos da mesma escola e alunos da mesma teologia—, erguiam agora os túmulos do profetas, fazendo “reformas históricas”, mas que não os colocavam no caminho da obediência à Palavra de Deus falada pelos profetas no dia de Hoje! Assim, eles achavam que construir tumbas em honras dos profetas os diferenciava de seus pais, os assassinos de ontem. A questão, todavia, é que Deus é Deus de vivos e não de mortos. E Sua real expectativa não é que os profetas sejam ou fossem honrados, mas ouvidos!





Jesus conclui dizendo que eles não se diferenciavam em nada de seus pais. Afinal, eles estavam tendo a chance histórica de experimentar o verdadeiro arrependimento—ou não era Jesus que eles agora rejeitavam?—, mas nem mesmo isto eles enxergavam, fazendo-se, assim, mais cegos e homicidas que os seus pais.





A questão é que aquela não era uma situação “estanque” ou sequer “departamentalizável”. Eles eram parte da mesma geração. Havia uma conexão simbiótica entre eles—fosse no passado, fosse no presente! Portanto, havia uma possessão crescente e cumulativa no processo histórico-religioso. E mais: Aquela geração teria que responder por si mesma e pelo passado, do qual eles faziam um mero replay no presente.





O pior para Jesus era que os “interpretes da Lei” diziam possuir a “chave da ciência” interpretativa. Ora, Jesus diz que era baseado nesse auto-engano—ou, quem sabe: engano deliberado!—, que eles nem entravam na Graça e nem deixavam os que a desejavam poderem entrar com as próprias pernas pela Porta. E que pior denuncia pode haver para qualquer tipo de clero?! A separação humana entre Leigos e clérigos, em qualquer que seja o nível ou em qualquer que seja a nomenclatura, é um acinte ao puro e simples Evangelho de Jesus!





O que se segue a isto é a declaração explicita de que tanto os letristas-escribas, quanto os escrachadamente legalistas-fariseus, bem como os educadamente Moralistas-interpretes da Lei, agora o “arguíam com veemência” procurando confundi-Lo com muitos assuntos, “com o intuito de tirar de suas palavras motivos para o acusar”.





Para Jesus toda discussão sobre a Palavra acaba em confrontos satânicos. Por isto, mesmo havendo uma multidão interessada no debate, Ele vira e fala apenas com os Seus discípulos, e lhes diz o seguinte:





“Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia”—e, assim, Ele lhes diz que os fariseus, à semelhança do fermento, eram os mestres do inchaço da Lei. Eles eram hipócritas, pois, aumentavam o peso das coisas que eles sabiam que homem algum poderia carregar. Seu fermento era apenas a capacidade de “aumentar” as Escrituras sem discernir sequer os conteúdos da Palavra.





“Nada há encoberto que não venha a ser revelado; e oculto que não venha a ser conhecido”—revela agora a certeza de Jesus não só sobre o Juízo Final, mas sobre a impossibilidade dos homens se esconderem para sempre! Portanto, diz Ele aos seus discípulos: “Não sucumbam à religião das aparências. O que é, é!” E mais: ele retoma ao tema da casa na continuidade do mesmo assunto: os bochichos do interior da casa ainda seriam gritados da varanda.





O que segue é a advertência de Jesus aos discípulos quanto a não se impressionarem com aquelas Potestades Religiosas e nem Políticas. Elas não deveriam ser temidas. Seu poder de fazer mal não passava do corpo. E mais: até para exercerem tal poder, tinham que ter — à semelhança de Satanás em relação à Jó —, uma permissão divina. Tudo estava sobre controle. O perigo não vinha deles, mas do coração e de suas produções. Quanto ao poder de oprimir que os Senhores do Saber possuíam, Jesus diz que não era para se preocupar. Eles contavam com a perversidade satânica para interpretar a existência. Os discípulos, no entanto, carregavam a promessa de estarem habitados pelo Espírito da Verdade, que lhes ensinaria como não se sujeitarem aos trabalhos forçados daqueles donos de pesadas mobílias e que moravam numa casa vazia, varrida e ornamentada!





A seqüência do texto continua mostrando o significado de ser uma casa vazia, varrida e ornamentada. Isto pode vir da tentação de se aceitar a função de “juiz e repartidor” entre os homens. Ou mesmo poderia ser o produto da superficialidade de uma existência possessa de “avareza”. Ora, esse espírito também trás como sua marca distintiva a percepção de valores apenas no mundo das imagens e das seguranças visíveis, enchendo ceLeiros, mas deixando a casa espiritual vazia de Deus.





Na seqüência, Ele passa a inocular em Seus discípulos alguns anticorpos que pudessem dar a eles a consciência acerca do enganoso vírus do fermento dos religiosos, filhos da Teologia Moral de Causa e Efeito.





Jesus prossegue com a temática das relações de causa e efeito presentes no pensamento de Seus contemporâneos.





É significativo que logo adiante Jesus expulse um demônio numa sinagoga. Ora, ali está o quadro pintado de uma casa vazia, varrida e ornamentada, mas onde o diabo mantinha “filhos de Abraão em cativeiro”.





E qual é a reclamação do gerente da Casa Vazia—a sinagoga? Seu argumento tem a ver com a bagunça que a libertação causou à ordem das coisas na casa bem arrumada, e que fora construída para não ser o lugar da vida, sendo tão somente um showroom de religiosidade. Nesse lugar ninguém quer saber se você está melhor, mas apenas se está tudo em ordem!





A mim vem agora uma pergunta: o que teria instigado os espíritos da casa vazia, varrida e ornamentada a agirem de modo sete vezes pior?





No contexto anterior, em Lucas, Jesus envia setenta discípulos para pregarem o evangelho da Graça, a Palavra do Reino, o Evangelho da Salvação.





Ao retornarem, os discípulos vieram felizes com os resultados: “Até os demônios se nos submetem pelo teu nome”—disseram eles!





Jesus, no entanto, lhes respondeu que Ele mesmo vira Satanás ser atingido em cheio pelo resultado daquela missão, caindo do céu como um relâmpago. E mais: que a alegria dos discípulos deveria sempre ser a alegria de ser e não a de poder, e também jamais deveria se basear no sentimento de prevalência sobre as forças do mal no “outro”—afinal, raramente se encontra um humilde e sadio exorcista ambulante—, mas sim, com o fato de que, pela Graça de Deus, e, em Cristo, seus nomes estavam escritos no Livro da Vida, onde tudo o que de fato Deus chama de ser-história-do-ser está lá registrado para o nosso bem.





O ódio de Satanás vinha do fato que aquela Casa Vazia, Varrida e Ornamentada pelas Leis, pelos cerimonialismos, pelo comportamentalismo exterior, pelas morais homicidas, pelos dias tão santos que neles nem o bem cabia, pelos Concílios da Verdade, pelos aparatos das piedades exteriorizadas, e, sobretudo, pela capacidade de “jeitosamente” desviarem a atenção dos homens dos ambientes do coração para as nulidades das exterioridades da religião e seus infindáveis rudimentos.





Agora, todavia, para horror dos “demônios”, chegara “o mais valente” e com Ele vinha o poder de “amarrar” aquelas forças, a fim de poder encher a casa não com mobília e ornamentos das aparências da piedade exterior, mas com Vida!





Para Jesus, mais vazios que os “vazios” que eram habitados “circunstancialmente” por demônios, eram os que propositalmente “construíam” casas religiosas que nada mais eram que lugar de morada de demônios, tornando a casa cada vez mais mal assombrada! De fato, o que eles chamavam de “mobília ornamental”, Jesus chamava de “rapina e perversidade”.





E aqui voltamos ao nosso tema:





A Teologia Moral de Causa e Efeito é a gestora satânica da Casa Vazia, Varrida e Ornamentada!





E sabe por quê?





Ora, Jesus estava falando dos mestres e seus melhores exegetas, os interpretes da Lei; dos melhores executivos devocionais que a tradição judaico-cristã já teve, os fariseus; dos mais bem sucedidos políticos da religião, os sacerdotes; e dos depositários mais fiéis da Revelação Escrita, os escribas. Todavia, eles eram sepulcros pintados de branco por fora a fim de esconder a podridão que crescia dentro deles.





Quanto mais Moral é o consciente humano, mais adoecidamente tarado, lascivo e perverso o seu inconsciente será!





Eles tinham a casa, o Templo; e possuíam o poder de fazer sua gestão; o poder era oriundo dos cargos que ocupavam na manutenção do sistema; e esses cargos eram mais elevados à medida que alguém se “avantajava” nas praticas das regulamentações legais, exteriormente, é claro!





Todavia, eles só tinham copos, pratos, talheres, lavatórios, mesa, comida e a certeza de belos ornamentos para a decoração. Afinal, o “lixo” dos outros eles cobriam com pedras. E os seus próprios, eles ocultavam no coração.





Faltava-lhes tudo!





Faltava-lhes vida e a real Presença do Deus da Graça em seus corações!





Eles haviam sido tragados. Estavam escravizados pelo pecado de sua quase incurável arrogância. E se tornaram tão vazios de amor a Deus e à vida, que nem sentiam que no seu zelo, eles se tornavam freqüentes transgressores da Lei e dos Profetas. Ora, eles estavam vazios em seu próprio ser, pois, esvaziaram de tal modo a sua própria casa-ser, que eram agora capazes de planejar até mesmo a morte de Jesus— depois vieram a consumá-la, como também tinham consentido com a execução do último profeta, João, o Batista!— e isto enquanto faziam vista grossa ao comercio nojento e asqueroso no qual o “mercado religioso” se tornara. E pior: criando uma religião de causa e efeito que permitia ao filho desonrar aos pais desde que a causa-desculpa gerasse o efeito-contribuitivo para os cofres da Religião.





Tudo isto feito pelo poder, pelo lucro e pela auto-exaltação, piedosamente admitidas como expressão do zelo pelas coisas de Deus. Esses seres se tornaram tão mortalmente vazios que Jesus os chama de “sepulturas invisíveis”.





Todavia, em matéria de exterioridades, de mobílias morais e religiosas, eles eram os melhores e mais devotos religiosos que o Ocidente já teve notícia!





Jesus, entretanto, viria a chamá-los de “filhos do diabo”.





Aquela geração tinha a “mobília”, mas a casa estava vazia de Deus, varrida pela Moral da Lei e ornamentada pelo cerimonialismo sacerdotal. Mas era apenas isto!





Conclusão: os demônios voltaram e foram habitar o inconsciente da maioria, criando assim, uma “consciência” moralmente rígida, e quanto mais rígida se tornava, tanto mais os demônios lhes atordoavam o “interior da casa”.





Estavam literalmente fadados a serem os reis do exemplo, para fora; enquanto, do lado de dentro, viam-se tendo que existir como cativos, sobrevivendo mortalmente entre vôos de aves de rapina e besta perversas, des-cumprindo assim, interiormente, as Leis que impunham “aos outros” do lado de fora, que nada mais eram que as Leis da animalidade predatória, escondidas sob os signos da Moral e da religião. Ora, exatamente conforme os padrões das Leis de causa e efeito da natureza caída!




Caio

Fonte: www.caiofabio.com