domingo, 31 de janeiro de 2010

A RELIGIÃO COMPORTAMENTAL

Retirado do Blog Infinito de mim

Gostei do texto, visitem o blog do meu amigo Riva,





Depois de conviver por mais de duas décadas com a religião, hoje, faço questão de deixar claro que não faço parte de qualquer religião bem como não tenho que isto seja algo vital para o ser humano, uma vez que a religião serve apenas para afastar os homens de Deus e aliená-los de várias maneiras sórdidas desenvolvidas ao longo do tempo.

Não vou repetir coisas que já escrevi antes, pois pretendo aqui ter outro foco e espero deixar isto claro.

A religião educa (esta é uma maneira educada de falar) o ser humano a criar hábitos religiosos. É o cara que sempre que passa em frente a uma igreja católica faz o chamado “nome do Pai”, ou o espiritualista que tem um incenso na casa para cada momento, ou o espírita que adorna os cômodos com imagens, ou o evangélico que ouve apenas músicas do seu grupo religioso, ou os macumbeiros que carregam seus patuás... E por ai vai. Mas a religião faz muito mais que isto, ela cria um comportamento religioso que ultrapassa a realização de rituais ou ritos e vão compor o caráter, a personalidade no indivíduo.

Vou me basear na religião evangélica na qual convivi mais proximamente, no entanto percebe-se que todas as demais promovem a mesma coisa.

O conjunto de regras impostas, às vezes, de maneira bem sutil pelas igrejas evangélicas moldam o caráter dos seus seguidores, promovendo ao final uma verdadeira lavagem cerebral. Digo isto porque percebe-se que tal seguidor abandonou o raciocínio racional e passou a defender o enriquecimento ilícito, por exemplo, como se fosse algo absolutamente normal de se fazer. Chega a tal nível de alienação que se o seu líder for preso pela polícia de algum país vizinho, o seguidor acredita que o que está acontecendo é uma conspiração, uma perseguição religiosa. Coisa esta que já se extinguiu (ao menos aqui no Brasil) há um bom tempo.

Deixando um pouco a análise comportamental entre o seguidor e o seu líder de lado, gostaria de analisar a religião comportamental que acontece entre os seguidores.

Os evangélicos sentem um prazer (quase um orgasmo) por não praticarem o que, eles chamam de “mundo”, pratica. Algumas destas eles mesmos estabeleceram como regras de conduta. Logo eles não bebem, não fumam, não ouvem música secular, não praticam o sexo antes do casamento (ao menos fazem disso um padrão moral); e se sentem acima dos que tais coisas praticam. Definitivamente, eles buscam viverem separados no mundo. Não se misturam. Tal comportamento demonstra que, de fato, o que eles seguem é a religião ou a cabeça (muito das vezes louca) de seu líder religioso. Isto pra mim é fato por um motivo muito simples: Na Bíblia vejo Jesus fazendo justamente o contrário. Ele se mistura, não faz distinção de nenhuma criatura e não se sente melhor do que ninguém, antes, procura ajudá-los em suas necessidades. Jesus não cria uma religião e nem procura adeptos para ela. Ele apenas busca estar e ajudar as pessoas.

Ultimamente entre os evangélicos o verbo “prosperar”, ganhou ares de objetivo único em vida e uma demonstração clara que, se você o alcança, então, de fato, você é um filho de Deus. E o que se estabelece de maneira bem silenciosa é uma concorrência com o chamado irmão ou irmã. Ciúmes, invejas, iras, mentiras, ganância, usurpação... Vale qualquer coisa desde que seja feita de maneira sutil e, principalmente, “com todo amor”. Aliás, os pastores são, de fato, mestres em ensinar tais comportamentos para suas ovelhas.

As amizades geradas, normalmente, são tão firmes quanto um cata-vento em um furacão. É por isto que se você comete o pecado de se “desviar do caminho” ou de desenvolver idéias que contrariem a instituição ou a vaidade de seus líderes; olhares tortos surgem, a pessoa é posta de lado e, dependendo do nível que atingir, poderá ser colocada na “fogueira” e receber o seu comunicado de exclusão. Digo isto por experiência própria, pois não apenas fui excluído da última instituição religiosa a qual pertencia há algum tempo atrás, como fui ameaçado de surra e de morte pelo líder de lá que é visto como um santo perante os seus numerosos seguidores.

De fato, o que se percebe é que a religião moldou o caráter e a personalidade do indivíduo, o qual dificilmente conseguirá extrair toda esta maldade de si, ou antes, dificilmente conseguirá perceber o cheiro fétido dos seus próprios excrementos.

Quando percebem, os religiosos de ontem tendem a virar os não-religiosos de hoje e, com isto, ganham asas que tanto queriam e começam a fazer coisas que antes a religião os proibiam. “Ah!!! Finalmente a liberdade!!!” Por um lado, de fato ganharam a liberdade, mas por outro, dificilmente perceberão que o seu comportamento religioso permanecerá agarrado em suas entranhas, mesmo que já tenham deixado de praticar os antigos rituais.

Dessa maneira, permanecem ciúmes, invejas, iras, mentiras, ganância, usurpação... Permanecem com a capacidade altamente desenvolvida de falarem mal de outrem pelas costas, de levantar falso para o diabo e para Deus contra alguém e, quando são instigados a pedir perdão, escolhem o subterrâneo escuro para realizarem tal ato a fim de manterem seus “status quo”. Sobem em edifícios grandiosos a fim de ecoarem falsas verdades como penas ao vento, mas em seus atos de arrependimentos são incapazes de resgatar uma pena que seja. São homens viris em promoverem o caos e se safarem com extrema esperteza, mas são frangas cacarejantes em assumirem seus atos.

Fica extremamente claro que a sordidez existente nos ambientes religiosos se derrama sobre os chamados não-religiosos simplesmente porque a grande maioria ou acredita que a questão é simplesmente abandonar rituais, ou porque, de fato, não são homens (independente do sexo) suficientemente capazes de abandonarem a mentalidade infantil e o estado degenerativo de suas personalidades.

A verdade, então, permanece sempre sendo disfarçada porque os conchavos permanecem existindo e a transparência continua sendo abnegada.

Seja qual for o lado: religioso ou não-religioso todos carecemos de uma dose cavalar de vergonha na cara, de hombridade. Coisas que, de fato, nos façam abandonar tais meninices.

Caso contrário, salve-se quem puder! Porque ser diferente por aqui é ser anormal.

Riva Moutinho 25/01/2010

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

CULTO

Este post eu retirei do Blog The Bill News.
Meu grande amigo Gabriel, verificando a letra da música CULT do Slayer, conseguiu entender que a crítica não é feita realmente a Jesus, mas, sim, ao falso "Jesus" que está sendo anunciando por este falso cristianismo dos dias atuais.

Eu já havia visto também uma música do Iron Maiden onde é feita uma crítica também ao sistema religioso.


Além de um vídeo de um ateu que faz inúmeras críticas sobre a Existência de Deus, porém, todos seus argumentos são verdadeiros, porque ele questiona também este falso "deus" apresentado pelo atual sistema religioso. Suas palavras não vão contra o Verdadeiro Deus.
(Vou procurar o link para colocar aqui)

Bill, tuas palavras são minhas palavras.

CULTO



A lei sagrada é a agressão
Eu Desconfio de Deus
Até Essa queda monumental, como das cinzas ao pó
este é o Grandioso Plano mestre
A bíblia é onde está todo o reino
Não há mais Deus
Não há mais desespero
Isto é apenas um Vírus onipresente!

Religião é ódio! Religião é medo!
Religião é Guerra! Religião é estupro!
Religião é Obsceno!
A Religião é uma Puta!

Não há a porra do Jesus Cristo!
Nunca houve Sacrifício
Ninguém subiu ao crucifíxo
Cuidado com o Chamado da castidade
Imbecilidade contagiosa
Eu fiz minha Escolha - 666!

Corrupção gera pedofilia
Não reze pelo padre
Pois se ele encontrar uma criança sozinha
ele reza sobre o pobrezinho
Você acha que sua alma terá salvação
Eu penso que essa porra tá longe daqui
Sai gritando mentiras aqui Isto é onde isso começou
"Perdoe-me pai por eu ter pecado!"

Religião é ódio! Religião é medo!
Religião é guerra! Religião é estupro!
Religião é Obsceno!
A Religião é uma Puta!

O alvo é Jesus Cristo, o único que eu adoraria sacrificar
e pregá-lo num crucufíxo
Cuidado com o chamado da castidade
imbecilidade Contagiosa
Eu fiz minha escolha - 666!

Jesus é dor! Jesus é cruel!
Jesus é sangue derramado em guerra!
Ele é tudo - ele é todas as coisas mortas
Ele está puxando o gatilho apontado pra sua cabeça

Revelação! Revolução!
Eu vejo diretamente sua grande ilusão

Sua morte apenas empurra pra frente
Minha guerra com Deus está crescendo forte
Não há mais Deus
Não há mais desespero
Isto é apenas um Vírus onipresente!

Religião é ódio! Religião é medo!
Religião é guerra! Religião é estupro!
Religião é Obsceno!
A Religião é uma Puta!

Não há a porra do Jesus Cristo!
Nunca houve Sacrifício
Ninguém subiu ao crucifíxo
Cuidado com o Chamado da castidade
Imbecilidade contagiosa
Eu fiz minha Escolha - 666!


http://www.musica.com/letras.asp?letra=1284071



Tente trocar o nome e a história de Jesus da letra desta música, pela de Gandhi, Martin Luther King, Madre Tereza de Calcutá ou Zilda Arns.
Não dá, não é? Tente negar o que Gandhi fez, dizer que na verdade ele era um mercenário que queria o poder, e que suas mensagens eram tolices.
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Não dá. Tente dizer que Martin Luther King era um mané ressentido que falou um monte de asneiras, e que na verdade nem existiu, foi uma farsa criada pela minoria negra.
É, não dá também. Ou ainda, tente dizer que Madre Tereza e Zilda Arns só estavam explorando aquelas criancinhas para ganhar fama.
Impossível. 
Diria que o mundo seria melhor sem eles?


Sabe por quê? Ora, ninguém usou o nome deles (ainda?) para matar, escravizar, estuprar, guerrear, levantar ou derrubar impérios, destruir os seus inimigos, fazer cruzadas, condenar milhões ao inferno.


Qualquer um que leia os Evangelhos, como se nunca houvesse ouvido falar acerca de Jesus, e sem saber o que o Cristianismo fez com seu nome, se apaixona por aquele homem. É claro e patente para o leitor que a música do Slayer é completamente sem sentido, e nada tem a ver com Jesus. O problema são os supostos seguidores de Jesus. O próprio Gandhi falou disso certa vez: "Creio no seu Jesus, não creio no seu Cristianismo".


Por isso não me escandalizo por esta música do Slayer. Eles não estão falando do mesmo Jesus que conheço. Estão falando do Cristianismo e de tantas outras Religiões da Terra que serviram para o Mal, como a história nos deixa bem claro. E alguém nega o que eles disseram sobre a Religião? Se nega, sugiro que leiam Apocalipse 17 e 18.




Apocalipse 17

1
¶ E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas;
2
Com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição.
3
E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres.
4
E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas; e tinha na sua mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição;
5
E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra.
6
E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos, e do sangue das testemunhas de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração.
7
¶ E o anjo me disse: Por que te admiras? Eu te direi o mistério da mulher, e da besta que a traz, a qual tem sete cabeças e dez chifres.
8
A besta que viste foi e já não é, e há de subir do abismo, e irá à perdição; e os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão, vendo a besta que era e já não é, mas que virá.
9
Aqui o sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada.
10
E são também sete reis; cinco já caíram, e um existe; outro ainda não é vindo; e, quando vier, convém que dure um pouco de tempo.
11
E a besta que era e já não é, é ela também o oitavo, e é dos sete, e vai à perdição.
12
E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão poder como reis por uma hora, juntamente com a besta.
13
Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta.
14
¶ Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados, e eleitos, e fiéis.
15
E disse-me: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, e multidões, e nações, e línguas.
16
E os dez chifres que viste na besta são os que odiarão a prostituta, e a colocarão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no fogo.
17
Porque Deus tem posto em seus corações, que cumpram o seu intento, e tenham uma mesma idéia, e que dêem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de Deus.
18
E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra.


Apocalipse 18
1
¶ E depois destas coisas vi descer do céu outro anjo, que tinha grande poder, e a terra foi iluminada com a sua glória.
2
E clamou fortemente com grande voz, dizendo: Caiu, caiu a grande babilônia, e se tornou morada de demônios, e covil de todo espírito imundo, e esconderijo de toda ave imunda e odiável.
3
Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da terra se prostituíram com ela; e os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias.
4
E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas.
5
Porque já os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou das iniqüidades dela.
6
Tornai-lhe a dar como ela vos tem dado, e retribuí-lhe em dobro conforme as suas obras; no cálice em que vos deu de beber, dai-lhe a ela em dobro.
7
Quanto ela se glorificou, e em delícias esteve, foi-lhe outro tanto de tormento e pranto; porque diz em seu coração: Estou assentada como rainha, e não sou viúva, e não verei o pranto.
8
Portanto, num dia virão as suas pragas, a morte, e o pranto, e a fome; e será queimada no fogo; porque é forte o Senhor Deus que a julga.
9
¶ E os reis da terra, que se prostituíram com ela, e viveram em delícias, a chorarão, e sobre ela prantearão, quando virem a fumaça do seu incêndio;
10
Estando de longe pelo temor do seu tormento, dizendo: Ai! ai daquela grande babilônia, aquela forte cidade! pois numa hora veio o seu juízo.
11
E sobre ela choram e lamentam os mercadores da terra; porque ninguém mais compra as suas mercadorias:
12
Mercadorias de ouro, e de prata, e de pedras preciosas, e de pérolas, e de linho fino, e de púrpura, e de seda, e de escarlata; e toda a madeira odorífera, e todo o vaso de marfim, e todo o vaso de madeira preciosíssima, de bronze e de ferro, e de mármore;
13
E canela, e perfume, e mirra, e incenso, e vinho, e azeite, e flor de farinha, e trigo, e gado, e ovelhas; e cavalos, e carros, e corpos e almas de homens.
14
E o fruto do desejo da tua alma foi-se de ti; e todas as coisas gostosas e excelentes se foram de ti, e não mais as acharás.
15
Os mercadores destas coisas, que com elas se enriqueceram, estarão de longe, pelo temor do seu tormento, chorando e lamentando,
16
E dizendo: Ai, ai daquela grande cidade! que estava vestida de linho fino, de púrpura, de escarlata; e adornada com ouro e pedras preciosas e pérolas! porque numa hora foram assoladas tantas riquezas.
17
E todo o piloto, e todo o que navega em naus, e todo o marinheiro, e todos os que negociam no mar se puseram de longe;
18
E, vendo a fumaça do seu incêndio, clamaram, dizendo: Que cidade é semelhante a esta grande cidade?
19
E lançaram pó sobre as suas cabeças, e clamaram, chorando, e lamentando, e dizendo: Ai, ai daquela grande cidade! na qual todos os que tinham naus no mar se enriqueceram em razão da sua opulência; porque numa hora foi assolada.
20
Alegra-te sobre ela, ó céu, e vós, santos apóstolos e profetas; porque já Deus julgou a vossa causa quanto a ela.
21
E um forte anjo levantou uma pedra como uma grande mó, e lançou-a no mar, dizendo: Com igual ímpeto será lançada babilônia, aquela grande cidade, e não será jamais achada.
22
E em ti não se ouvirá mais a voz de harpistas, e de músicos, e de flautistas, e de trombeteiros, e nenhum artífice de arte alguma se achará mais em ti; e ruído de mó em ti não se ouvirá mais;
23
E luz de candeia não mais luzirá em ti, e voz de esposo e de esposa não mais em ti se ouvirá; porque os teus mercadores eram os grandes da terra; porque todas as nações foram enganadas pelas tuas feitiçarias.
24
E nela se achou o sangue dos profetas, e dos santos, e de todos os que foram mortos na terra.



Há momentos em que as pedras têm de clamar, pois os profetas estão calados.


domingo, 24 de janeiro de 2010

O Deus Severo dos Judeus e o Deus do Amor de Jesus




Recentemente li alguns textos na internet falando sobre o terremoto no Haiti.

Dois textos que me chamaram a atenção foram:
1) Um texto escrito por Júlio Severo onde afirma com plena convicção que a tragédia não foi uma catástrofe natural e sim um suposto ataque da ira de Deus sobre os famigerados haitianos que seguem religiões africanas e não são cristãos (leia o texto em http://juliosevero.blogspot.com/2010/01/sera-necessario-um-terremoto.html).

2) Um texto escrito por uma mulher chamada Andrea ao Ricardo Gondim. Neste texto ela diz que não acredita que Deus seja o causador de tais males, inclusive porque nosso planeta é cheio de "defeitos" e tais catástrofes são totalmente comuns (leia o texto em http://www.ricardogondim.com.br/Artigos/artigos.info.asp?tp=69&sg=0&id=2306).

Antes de prosseguir, leia os textos mencionados para ficar mais fácil a compreensão do que vou dizer.


Já leu? Então pode continuar, rsrs.


É obvio que concordo plenamente com o texto escrito pela Andrea.

Muitas coisas que ela escreveu estavam dentro de mim também.

Vejo o Júlio Severo fazendo jus ao seu nome, ele sempre foi um tanto severo.

Porém, o Júlio é um ótimo ser para estudo psicológico.

Li recentemente um texto dele onde condena os praticantes de nudismo, criticando que os próprios crentes estão aderindo à moda. Ele disse que não consegue aceitar que um pai veja uma filha adolescente nua e não sinta tesão por ela, eu comentei em seu blog que ele precisava de um psicólogo, e que se existe alguém com esta tara e tendência à pedofilia, esse alguém era ele mesmo. Porque a maioria das pessoas que vão à praias de nudismo não vão com a mente do Severo, para eles é uma coisa natural, inclusive creio que se não existissem tantos "severos" no mundo todos nós poderíamos andar sem roupa pelas ruas, conforme são nossos irmãos animais que para mim são muito mais racionais que tantos seres que se dizem humanos. Porém, o Severo não autorizou meu comentário em seu blog (mas acabo de escrever aqui e pronto, rsrs).

Mas, voltando ao Deus que matou no Haiti (segundo Severo), lendo um texto como o escrito por ele, aumenta minha convicção de que muitas coisas escritas na história dos judeus, foram escritas conforme eles próprios enxergavam. Muitas atribuições feitas a Deus sequer tiveram sua ação.

Por exemplo:
Veja o que o Severo diz:
"O meu Deus destruiu o Haiti com um terremoto porque os haitianos eram maus, porque serviam a outros deuses".

Esta afirmação é uma projeção maléfica feita por Severo, porque projetamos sempre aquilo que está dentro de nós, não tem como correr, aquilo que sai de nossa "boca" é porque nosso coração está cheio, sendo assim, este é o "Deus" projetado por Severo.

Agora vejamos um texto retirado do livro de Deuteronômio, capítulo 12, verso 2:
"Totalmente destruireis todos os lugares, onde as nações que possuireis serviram a seus deuses, sobre as altas montanhas, e sobre os outeiros, e debaixo de toda a árvore verde;
E derribareis os seus altares, e quebrareis as suas estátuas, e os seus bosques queimareis a fogo, e abatereis as imagens esculpidas dos seus deuses, e apagareis o seu nome daquele lugar".

Este é só um exemplo, o Velho Testamento está repleto de supostas ordens de Deus para a destruição.

Não vejo Deus como autor tanto do que Severo disse quanto deste texto de Deuteronômio.

O texto de Deuteronômio explicitamente mostra que a ordem de destruição em nome de Deus não foi dada por Deus, mas sim, uma projeção daquilo que estava na mente dos judeus em sua ambição por uma terra que supostamente seria uma herança divina.

Creio que os judeus, no decorrer de sua história perderam um pouco da noção do que era a mensagem de Deus e do que era sua própria projeção.

Vemos isto também no Cristianismo, existem dezenas de igrejas/profetas que dizem coisas como se fossem ordens de Deus mas que não são, são apenas vontades de suas próprias cabeças, eu sei muito bem do que falo e a maioria que ler isto aqui também.

No Velho Testamento, quando alguma outra nação destrói Israel, lemos algo do tipo: "O Senhor Deus enviou a nação tal para atacar Israel porque Israel abandonou o Senhor."

Isto me parece com isto aqui:
"O Odlave morreu porque o Senhor o castigou devido ao que ele escrevia naquele blog e porque abandonou ao Senhor saindo da igreja".
(Embora eu não tenha abandonado a Deus, rsrs)

O pensamento não é o mesmo?



Sim, é o mesmo, mudou o escritor, mas o espírito é o mesmo.

A afirmação de que o meu Deus é um ser que se ira contra outros deuses, colocando o Deus Todo Poderoso ombro a ombro com deuses pagãos, só demonstra como a fé em Deus é mera convicção religiosa, porque Deus é Deus e pronto, Ele, o Todo-Poderoso não precisa ficar com esta briguinha para tentar provar a sua identidade, Ele não tem crise existencial, nós temos.

Creio na Palavra de Deus, sim. Mas aprendi que escritura é somente escritura e a Palavra é Jesus, pois, o verbo se fez carne, e Ele existe antes da escritura.

Esta visão de que Jesus é a Palavra antes da Escritura aprendi lendo os textos do querido Caio Fábio.

Mas, voltando ao assunto, vejo muitas pessoas atribuindo coisas a Deus, todos os dias:
"O Senhor falou"
"O Senhor destruiu"
"O Senhor vai destruir"
"O Senhor vai fazer"
Sendo que Deus não falou, não destruiu, não vai destruir e não vai fazer.

Puro auto-engano, tudo brincadeira, uma grande palhaçada.

Veja por exemplo duas coisas interessantes que as pessoas não aceitam questionar e sequer tem uma resposta sobre tal assunto:

O fato de Abraão subir ao monte para sacrificar Isaque é visto como algo surpreendente, como algo novo, como se Deus estivesse pedindo uma coisa inédita. Porém, em todas as tribos da terra, havia o sacrifício de um filho para acalmar o seu "deus".
O que Abraão ia fazer com Isaque não era algo novo como eu pensei por um bom tempo.
Abraão apenas estava fazendo o que muitos já faziam, porém, ele não iria queimar Isaque em um altar pagão, com um deus imagem, ele ia queimar Isaque ao Deus que ele encontrou, um Deus que não se representa.

Não vejo Deus pedindo Isaque em sacrifício, vejo Abraão reproduzindo aquilo que todos os povos já faziam, porém, com outro endereço. Então, Abraão achava que Deus queria o sacrifício conforme todos os outros deuses supostamente requeriam de seus seguidores. Creio que "Não faças tal coisa" tenha vindo de Deus, aí está a diferença entre o Deus de Abraão e os deuses dos povos pagãos.

Os judeus, igual a qualquer outro povo da terra,  tinham uma "imagem" desse Deus, mas, era só uma imagem.

Jesus veio para mostrar aos judeus e a todos outros povos quem realmente era Deus, ele veio para mostrar que toda idéia humana sobre Deus estava equivocada.

Leia os Evangelhos que você vai entender o que estou dizendo.

Creio que existe um ponto central nisto tudo, este "ponto" se chama Jesus.

Tudo relacionado a Deus no Velho Testamento e em qualquer escrito de outros povos da época não passam de uma sombra, algo dificilmente identificável.
Em Jesus temos o necessário para sabermos sobre Deus e Vida Eterna.
Depois de Jesus também temos muita perda da essência do Evangelho.
Vejo Paulo indo por caminhos onde jamais Jesus se preocupou em entrar.

Paulo entra em detalhes tão mesquinhos da vida, detalhes estes que o próprio Jesus desconsidera.

Então você acha que o Deus dos Judeus apresentado no Velho Testamento se parece com o Deus apresentado por Jesus?

Você acha que o Deus dos Cristão apresentado nos nossos dias se parece com o Deus apresentado por Jesus?

Você acha que os deuses pagãos se parecem com o Deus apresentado por Jesus?

Acho que você está precisando ler a bíblia mais uma vez e também um pouquinho de história das religiões egípcias, gregas e romanas.


Deus não é o Severo que você pensa que é.

Ele não fica na tara de encontrar um pecador para matar.

Deus não tem tesão pela morte do homem.

Deus não fica apertando o botãozinho do seu play2 para matar os jogadores adversários.

Se você acredita em um Deus maquiavélico, malvado, destruidor, matador de criancinhas, esganador de servos infiéis e capaz de atrocidades como ocasionar um terremoto, então, você não é diferente de nossos ancestrais menos evoluídos que acreditavam que os trovões eram "a ira de Deus", que acreditavam que epidemias eram "castigo de Deus", e que qualquer coisa que os levassem a dores ou morte eram "as mãos de seu Deus".

Pense nisto.

Leia os Evangelhos porque as Palavras ditas por Jesus explicam tudo o que você precisa saber sobre o Pai.

No mais, que a Paz de Deus seja sobre nós.


Odlave Sreklow.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

NO MEIO DE TUDO ISSO...



Encontrei algo realmente interessante, saindo do círculo de blogs cristãos.


A tragédia do Haiti não é só produto da natureza; é resultado da incúria humana e da corrupção

LISBOA TREMEU em 1755. O Grande Terremoto horrorizou a Europa culta e pôs Voltaire a pensar. Onde estaria Deus? Sim, onde estaria Deus naquele Dia de Todos os Santos para permitir a matança indiscriminada de mulheres, velhos, crianças?
No século 18, Lisboa deixou de ser, entre os homens letrados do Iluminismo, uma mera cidade. Passou a ser, como Auschwitz no século 20, o símbolo do mal. Do mal radical, inominável, inexplicável.

Passaram 250 anos. Lisboa deixou de tremer. Ou quase: umas semanas atrás, nas primeiras horas da madrugada, senti a casa a dançar um “twist”. Durou segundos. Alguns livros no chão, um copo partido. Por momentos, ainda pensei que talvez fossem os meus vizinhos em reconciliação amorosa.

Não eram os vizinhos. Os alarmes dos carros estacionados na rua desmentiam com estridência qualquer cenário romântico. Era terremoto, confirmaram as notícias. Nível 6 na escala Richter. Nenhum morto. Nenhum ferido. Nenhuma interrogação sobre Deus.
Exatamente o contrário do sucedido no Haiti. Incontáveis mortos. Incontáveis feridos. E, nos jornais da Europa, textos pseudofilosóficos sobre o papel do divino. O tom era comum. A tese também: a natureza é insondável.

Difícil discordar. Mas a tragédia do Haiti não é apenas produto de uma natureza insondável. É o resultado da incúria humana; da corrupção; da miséria material; e da tirania.

Eis a tese apresentada em ensaio fundamental para entender a contabilidade macabra dos desastres naturais. Foi publicado em 2005 por Matthew Kahn em revista do prestigiado MIT. Intitula-se “The Death Roll from Natural Disasters: the Role of Income, Geography, and Institutions” (a lista da morte por desastres naturais: o papel da renda, da geografia e das instituições).

O objetivo de Kahn não é metafísico; é bem prático. E foi motivado por crença comum, que vi repetida nos últimos dias: por que motivo os desastres naturais só atingem nações pobres?

Kahn começa por provar que uma crença não passa disso mesmo. Entre 1980 e 2002 (o arco temporal do estudo), a Índia teve 14 grandes terremotos. Morreram 32.117 pessoas. No mesmo período, os Estados Unidos tiveram 18 grandes terremotos. Morreram 143 pessoas. Iguais conclusões são extensíveis aos 4.300 desastres naturais do período em análise e às suas 815.077 vítimas. Observando e comparando 73 países (pobres, médios e ricos), a conclusão de Kahn é arrepiante: os grandes desastres naturais distribuem-se equitativamente pelo globo.
O que não se distribui equitativamente pelo globo é o número de mortos: países com um PIB per capita de US$ 2.000 apresentam uma média de 944 mortos por ano. Países com um PIB per capita de US$ 14 mil, uma média de 180 mortes. Moral da história? Se uma nação de 100 milhões de pessoas consegue subir o seu PIB de US$ 2.000 para US$ 14 mil, isso resulta numa diminuição de 764 vítimas por ano.

Mas a análise não se fica pela riqueza. Não se fica apenas pelos países que têm maior capacidade para planificar com rigor, construir com segurança e socorrer com rapidez. A juntar à riqueza, a política tem uma palavra a dizer.

A política, vírgula: a democracia e a boa governação. A disparidade dos mortos não é só imensa entre países ricos e pobres; também o é entre países democráticos e não democráticos. Em países democráticos, onde os governantes são julgados pelos seus constituintes e vigiados por uma imprensa livre, a forma como se planifica, constrói ou socorre é o verdadeiro teste de sobrevivência para esses governantes. O número de mortos em países democráticos é, mostra Kahn, incomparavelmente inferior aos mortos anônimos dos regimes ditatoriais/autoritários.
No Haiti, um terremoto com 7,1 graus na escala Richter trouxe devastação inimaginável e dezenas de milhares de mortos. Em 1989, um terremoto com 7,1 graus na escala Richter provocou 67 vítimas nos EUA. Nenhum espanto: os EUA não têm um PIB per capita de US$ 1.400 e não foram governados por “Papa Docs”, “Baby Docs” e outros torcionários para quem o destino do seu povo era indiferente desde que a rapina pudesse continuar.

Em 1755, quando o terremoto de Lisboa fez tremer a Europa, ficaram célebres as palavras do marquês de Pombal: é hora de enterrar os mortos e cuidar dos vivos. No século 18, era impossível dizer melhor. No século 21, impossível é dizer pior. Depois de enterrar os mortos e cuidar dos vivos, só existe uma forma de mitigar a violência da natureza: enriquecendo e democratizando.



Longe de ser resultado de um "pacto com o diabo cristão", foi um resultado de um pacto com o diabo humano, imposto a este país pela civilização branca e exploradora, "cristã", aliás.




Fonte: Noticias do Bill

A DOUTRINA DE JESUS






O que é uma doutrina?

Ora, do ponto de vista clássico uma doutrina é a sistematização de um ensino ou pensamento que se torne oficial como conteúdo de um grupo ou pessoa; e, portanto, seja carregada de valor dogmático.

Teologicamente uma doutrina é o corpo de pensamento e crença de uma pessoa ou grupo humano.

Para os cristãos uma doutrina é um corpo de ensino fundado em Jesus e nos Seus ensinos [dos apóstolos também], e, além disso, é a própria representação da verdade de Jesus feita corpo de letras, bem como a sua sistematização lógica.

Quando Jesus ensinava, dizem os evangelhos, muitas vezes se perguntava acerca do Ele dizia: “Que doutrina é esta?

Ora, quando os judeus assim perguntavam sobre o ensino de Jesus, o que eles tinham em mente era o ensino de um rabino, mestre ou guru. Nesse sentido eles perguntavam: Que novo pensamento é este? E que sistematização da verdade é esta, que nós não conhecemos?

Ora, assim perguntavam embora Jesus não oferecesse nada que fosse clássico, ou teológico ou organizado como um corpo convencional de ensino.

Desse modo, do ponto de vista “clássico” ou “teológico-filosófico”, o que Jesus ensina não é uma doutrina, mas sim um ensino não sistematizado.

Jesus nunca sistematizou nada e jamais o faria, a menos que desejasse “matar Deus”. Quem sistematizou o ensino de Jesus, corrompendo-o, foram os religiosos do Cristianismo Constantiniano.  

Um ensino não sistematizado, por definição ocidental não acidental, não faz uma doutrina. Dos gregos para cá que no Ocidente uma doutrina é um corpo de pensamento que se fecha em lógicas de suposta satisfação intelectual não acidental. Ora, por tais critérios Jesus não tem uma doutrina.

Afinal, quem, ao seguir a Jesus, encontrará lógicas que sejam entendidas de modo linear?

Não! Em Jesus as lógicas lineares morrem cedo no processo de ser, pois, o que se requer sempre na vida é a coragem em fé que transcenda as lógicas do morrer.

Que lógica há na ressurreição de Jesus se ela não se repete para ser verificável e estudável?

E mais:

Quem consegue fazer o ensino de Jesus “fechar-se em lógicas” que sejam manuais sobre uma vida previsível?

A única lógica no ensino de Jesus é crer para além de toda lógica, pois, é de Deus, do Deus não-lógico, que se está falando.

Quando Jesus disse que quem desejasse saber se Sua “doutrina” era verdadeira ou não, esse deveria “provar para saber” — Ele falava não de um corpo sistematizado de ensinos, mas sim de uma decisão de render-se em fé, na pratica da vida, à experiência com a Vida segundo Deus. Pois, assim, disse Ele, se saberá se o que Ele ensina é verdade ou não; visto que segundo o Seu ensino, somente se sabe se a verdade é Verdade se a experimentarmos pela fé antes mesmo de sabermos os resultados.

Ora, o Evangelho de Jesus é o próprio Jesus; e, assim, pode-se dizer que a doutrina de Jesus somente pode ser compreendida a partir de uma relação pessoal de fé com Jesus, pois, do contrario, não se fica sabendo ou conhecendo nada do que Jesus diz que existe para ser provado como Vida.

Por isto é que a doutrina de Jesus somente pode ser conhecida de duas maneiras: para quem prova, provando; e, para quem vê, somente vendo os fatos resultantes, se comprovam ou não as declarações.

Esta é a razão porque não existe valor algum em discursar sobre Jesus como poder de constrangimento pelas lógicas de palavras e de sabedoria humana.

Jesus fazia e falava. Quem cria se tornava discípulo; e quem não cria se tornava mais cego ainda. Ele, porém, não tentava vencer nada pelo esmagamento da lógica, posto que Ele soubesse que as lógicas humanas somente funcionam acerca daquilo que não seja Deus, pois, Deus não está dentro de tais processos aprisionantes do pensar.

Creia nisto e você pensará melhor...

Ou:

Pense para crer nisto..., e você jamais crerá ou saberá coisa alguma de Deus.

Entendeu? Ou você apenas entenderá se compreender tudo?

Eu não compreendo quase nada, mas a cada dia entendo mais.

Entendeu?




Caio
Dois de setembro de 2008
Pendotiba
Niterói
RJ



Fonte: www.caiofabio.com

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O teu passado jamais será esquecido!

Hoje estive comentando com dois amigos sobre a questão da valorização ou não do passado na vida do cristão.

Frequentei dois grupos evangélicos que se distanciam em suas opiniões sobre o passado dos novos membros.

Vou dar nomes fictícios às igrejas e denominações para não gerarem problemas para mim, rsrs.

Ao primeiro grupo chamarei Igreja Um.
Ao segundo grupo chamarei Igreja Dois.

Vou falar um pouco sobre a Igreja Um:
Lembro como se fosse hoje, o dia em que me deram uma ficha intitulada "Ficha do Obreiro" para ser preenchida.
Esta ficha era enviada para análise periódica feita por uma comissão de pastores, nestas reuniões decidem se o tal obreiro está apto a ser "levantado" diácono ou, "consagrado" pastor ( são chamados de levantamento e consagração os atos de se instituirem diáconos e pastores ).

A parte da ficha que me intrigava, era uma onde devem ser informadas "sequelas do passado", neste campo da ficha, o obreiro tinha que colocar por exemplo se era divorciado e vivia um segundo casamento, se esteve preso alguma vez, se tem um filho com uma mulher e não se casou, tudo que pode ter acontecido com o obreiro, mesmo antes de se "converter".

Estas "sequelas do passado" contam ponto negativo na escolha pelo futuro diácono.

Ou seja, para a Igreja Um, o passado conta, e conta negativamente.

Para eles não existe "nova criatura", muito menos "tudo se fez novo e as coisas velhas já se passaram".

Impressionante, assim eles afirmam que "você se converteu, mas tem uma ressalva, não podemos confiar em você".


Já a Igreja Dois faz do passado um merchandising.
Isto mesmo, chove ex-drogados, ex-prostitutas, ex-presidiários, fazendo propaganda do seu passado e ganhando "fama" pela podridão que outrora viveram.

Enquanto Jesus nos ensina que o passado é apagado quando nos deparamos com a verdade do Evangelho, na Igreja Dois, o pecador vive colocando seu pecado em pauta diariamente, muitos pregam seu "testemunho" todos os dias em igrejas diferentes, inclusive ganhando dinheiro por isto.


E você, o que pensa sobre teu passado? Responda a você mesmo.


Quanto a mim, me preocupo apenas com o presente, pois, o futuro está fora de meu alcance, e o que fiz a cinco minutos atrás, não tem como acionar o "efeito borboleta" para corrigir, e, se fosse possível, com certeza seria uma catástrofe conforme o filme. Meu passado ficou para trás, é isso que é, passado.

Vivo o presente, já tentou? Tipo "Minuto a minuto"? Ainda não tentou?

Mas foi isso que Jesus ensinou, que devemos viver minuto a minuto uma vida com Cristo.


Estou com o pulso doendo ("tomara que não seja castigo divino, rsrsrs", porque se eu ficar com uma inflamação no tendão, não vão pensar que é porque a 16 anos trabalho com computador, vão dizer que é por causa das coisas que escrevo no blog e Deus está castigando, rsrs), vou parar por aqui, tem muita coisa na minha cabeça, mas, tenho que resumir, sei que muita gente não lê os textos até o fim, se você chegou aqui é uma pessoa cheia de virtudes.

Ore por mim, sempre oro por aqueles que encontro aqui no Blog.



Nele, para quem nosso passado não conta mais, nem para o bem, nem para o mal e muito menos para marketing.


Odlave Sreklow.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O JESUS QUE EU CONHEÇO!

O JESUS QUE EU CONHEÇO!



Eu não tenho nada a ver com “Jesus”, mas somente com Jesus conforme aprendi nos evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João.

Nenhum outro Jesus me interessa.
Não me interesso pelo Jesus dos evangelhos de Maria Madalena, Tomé ou de Judas Iscariotes, por exemplo.
Leio os evangelhos chamados apócrifos com a minha melhor mente. A cada nova disponibilidade de texto punha-me e ponho-me logo à busca de lê-los.
Neles gosto de coisas aqui e ali, mas são apenas gostos que se fundamentam no fato de que aquela dita coisa acerca de Jesus se pareça com os que os Quatro Evangelhos digam. No mais, sinceramente, o resto me parece apenas um monte de bobagem antiga, ungida com a unção da arqueologia bíblica.
É o mesmo que sinto com a versão do Jesus do Cristianismo!
Sim, pois o Jesus apresentando nos Quatro Evangelhos não tem nada a ver com Jesus Segundo Constantino e seus teólogos fazedores de ídolos de “Credos”.
O Deus Anatomizado e cujo DNA foi destrinchado nas Sumas Teológicas e nas Dogmáticas e nas Sistemáticas da Igreja de Constantino [o Cristianismo] — me é tão tolo e feio que não gosto de olhar para elezinho, coitado.
Sim, o Deus Anatomizado e cujo DNA foi destrinchado nos Necrotérios de Constantino -  é tão infantil e meninão que me dá vontade de dizer a ele: Cresce Homem! Me é tão substancia e tão nada que se me torna menos interessante do que a Física e o Estudo do Cosmo. Me é tão um Deus de Vitrine que não compro dele coisa alguma.
No processo histórico gosto de muita gente dentro desse engano. Gente boa de Deus, que, apesar de tudo, fez o melhor do que tinha, pôde e viu.
No entanto são poucos os que me inspiram hoje a qualquer coisa.
E os que mais admiro no meio dessa turma histórica, em geral não são os que mais pensaram, mas os que mais amaram e se deram em obras factuais.
Quando a viagem chega aos Protestantes, é claro que tenho grande carinho pelos irmãos Lutero e Calvino. Fizeram o melhor que puderam com a luz que tinham e nos tempo em que viviam.
A desgraça foi terem feito deles Pedro e Paulo de uma nova era: a Era Protestante.
E mais: a desgraça também foi que eles, mais Calvino que Lutero, que era mais pragmático nas implicações da fé, ainda trabalhavam com os critérios interpretativos herdados pelos Pais da Igreja influenciados pelos “Credos” de Constantino e pelas “ferramentas hermenêuticas” dos gregos.
Então, para mim, o movimento Protestante se tornou apenas o forjador de uma nova moral, de uma nova religião cristã e de um novo modelo econômico e social, o capitalismo.
Somente isto e nada além disto!
Quem me dá razão é a História!
Como tenho dito em muitos lugares, e ultimamente no livro “Sem Barganhas com Deus” [sem demérito ao esforço e à paixão dos que se deram por amor no e pelo Movimento Reformado], no fim o Protestantismo é apenas um Catolicismo que fez Dieta teológica, hierárquica, litúrgica e simbólica.
Sim! Pois, afinal, é apenas uma Reforma; ou seja: uma tentativa de botar remendo de pano novo em vestes velhas.
Era natural que com o tempo as vestes se rasgassem e o odre rebentasse ante o destempero do vinho quase novo que nele foi posto.
O fato é que essas obviedades que aqui digo soam heréticas ou caretas para muita gente.
Soam heréticas para os que amam a Reforma Protestante ou o Catolicismo.
Soam caretas para os que amam os esoterismos do Evangelho de Tomé, o feminismo do Evangelho de Maria Madalena, e o resgata de Judas pela via da traição solicitada por Jesus, o que teria feito dele o Grande Apóstolo de Cristo.
Entretanto, pergunto a você:
Você de fato acredita que apenas porque uns carinhas se reúnem e dizem “como Deus é” que seja de Deus mesmo que eles estejam falando ou Deus mesmo que eles estejam definindo?
Você de fato crê que Deus, Deus mesmo, esteja sendo apresentado nesses tratados escritos por teólogos, no passado, ou pelos doutrinadores do presente?
Você realmente crê que sendo Jesus conforme os Quatro Evangelhos o apresentam, Ele possa ter alguma coisa a ver com toda essa loucura e estelionato que fazem com o nome Dele; sim apenas por que o suposto nome que o apelida na História esteja sendo “mencionado”?
Você se apresentaria a Policia apenas porque ouviu no “Jornal Nacional” o nome de um homônimo sendo mencionado como tendo assassinado alguém porque a pessoa deixou de dar o dizimo?
Se você não se apresentaria por saber que o nome era o mesmo, mas que a pessoa não é você — por que então você crê que mesmo não sendo de Jesus que se fale nos lugares, mas apenas se mencione o seu apelido, que, por tal razão, Ele mesmo se apresentaria?
Você acha que Jesus está preso à construção cabalística das letras J.E.S.U.S.?
Você acredita que essas cinco letras juntas, nesta seqüência de J.E.S.U.S., obriguem Jesus a se apresentar mesmo que o que Dele se esteja dizendo não tenha nada a ver com Ele?
Você realmente acredita que um prédio que leve o nome de “igreja” é a casa de Deus?
Você de fato crê que o Senhor de todas as coisas e mundos, não tem povo na terra se não acontecer em um lugar com funções determinadas pelas hierarquias de poder herdadas da administração publica do mundo grego, como presbíteros, diáconos e Superintendentes, ou seja: bispos?
Você acredita em culto?
Acredita que quando certo hino toca e o louvor começa e o pastor prega, que isto é culto?
Você crê que culto é o que acontece quando um monte de gente canta junto usando o nome Jesus?
Você acredita que orações de pastor, de bispo e de apostolo são mais importantes que as suas preces?
Você acredita que a ordenação com imposição de mãos de homens é o poder que cria um pastor ou qualquer coisa?
Você realmente crê que o Senhor, o Criador dos fins da terra, Aquele que não se cansa e nem se fatiga, de fato leve a sério uma reunião de Presbitério, cheia de politicagem, de armações, de mentiras e de calunias?
Você realmente acredita que existe diferença entre artista gospel e uma Fafá de Belém?
Sim! Me diga: você acredita nessas coisas?
Por exemplo: você acredita que se você não estiver indo ao lugar do “culto” você está longe de Deus apenas por esta razão?
E mais: se é assim, me diga: é o seu Deus maior ou melhor do que o diabo?
Por isto, digo: Eu só conheço Jesus pelos Quatro Evangelhos!
Sei o que a “rapaziada” falou e fala supostamente Dele, e, por vezes, Dele mesmo, nesses dois mil anos.
Mas é fala de uns acerca Dele, não é a fala Dele sobre uns e acerca de todos!
Para mim, saber o que os outros disseram é apenas cultura. Mas saber e crer no que Ele disse e diz, é Vida.
Com o passar dos anos os Quatro Evangelhos foram saindo da Bíblia e foram se mudando para dentro de mim. Do mesmo modo Jesus deixou de ser minha inspiração de leitura e busca de prática na vida, e passou a viver em mim, como se a História dos Evangelhos acontecesse todos os dias na minha vida.
Hoje leio o Evangelho escrito no meu coração e cada vez menos nas páginas do livro.
Não que eu não leia o livro. Aliás, leio-o muito mais, a questão é que o livro anda em estado de ditado o dia inteiro em minha mente.
Sim! O Evangelho foi virando sangue e transe!
E mais:
Minha decisão é radical...
Já faz tempo que não leio mais ninguém que fale de Jesus conforme o Cristianismo.
Também não tenho mais nenhuma paciência com a Academia Teológica ou com o ambiente Masturbatológico, posto que apenas seja apenas Mais Turba Teológica.
Sim! Minha ruptura é radical e muito bem pensada, há muitos anos.
Não estou aqui de gaiato...
O que desejo é promover uma ruptura radical ao ponto de que não nos sobre outro interesse a não ser na simplicidade de Jesus no caminho...
E mesmo quando leio os apóstolos do NT, sempre os leio buscando ver amparo para cada coisa que digam no Jesus dos Quatro Evangelhos. O que passa no teste, fica; o que não passa, guardo apenas como um aplicativo circunstancial que eles fizeram da fé, nos limites da compreensão histórica que tinham, mas não adoto a circunstancia como revelação perene.
Ou seja:
O que estou dizendo é que Jesus, Ele mesmo, Encarnado, é tudo!
E mais: digo também que Pedro, Paulo, João, Judas, Tiago ou qualquer outro autor, incluindo, sobretudo, o livro de Atos, estão sob Jesus em Seu modo de ser, amar, interpretar e escolher... Se houver coerência, fica; se não houver, sai. Foi isto que Jesus ensinou e os apóstolos reafirmaram.
Assim, chamem-me de herege!
Afinal, minha heresia é Jesus; sem necessitar de nada mais que não seja Ele apenas!
Fiquei primeiro sabendo Dele pelos Quatro Evangelhos. Mas, como disse, depois de um tempo, Ele mesmo se formou em mim... E não cessa de continuar se formando em mim.
Daí, tudo o que não combine com o que aprendi Dele nos Quatro Evangelhos e com o Espírito Dele em mim, e que é conforme a revelação acerca Dele que encontro nos Quatro Evangelhos — fica fora, sem apelo e sem discussão.
Estes são os meus fatos; e contra eles não encontro argumentos.
E mais; também não estou aberto a discussões.
Afinal, hoje, discutir Jesus comigo, sinceramente, é para mim tão ridículo e inaceitável quanto um estranho desejar discutir comigo sobre quem era o meu pai, que foi a pessoa a quem mais conheci até onde foi possível um homem conhecer outro homem.
Não sou candidato a nada!
Digo apenas o que creio.
Quem assim crer, venha; quem não crer, faça uma boa viagem!

Nele, que não discutiu o Caminho, mas apenas disse “Vem e Segue-me”, ou, ainda: “Vem e vê”,

Caio
19 de março de 2009
Lago Norte
Brasília
DF

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sábado, 16 de janeiro de 2010

Um pouco do Evangelho da Graça

Da mesma forma que João escreveu, no crepúsculo da vida, apenas sobre o amor de Jesus, Paulo também escreveu abundantemente sobre o evangelho da graça:

   • A graça de Deus é a totalidade pelo que homens e mulheres são tornados justos (Rm 3:24; Tt 3:7).
   • Pela graça Paulo foi chamado (Gl 1:15).
   • Deus derrama sua gloriosa graça sobre nós em seu Filho (Ef 1:6).
   • A graça de Deus foi manifestada para a salvação de todos (Tt2:ll).
• A graça de nosso Senhor superabundou com a fé e o amor que há em Jesus   Cristo (1Tm 1:14).
• A graça é depósito ao qual temos acesso através de Jesus Cristo (Rm5:2).
• É um estado ou condição em que nos encontramos (Rm 5:2).
• É recebida em abundância (Rm 5:17).
• A graça de Deus abundou mais que o pecado (Rm 5:15, 20,2I;6:1).
• É-nos dada em Cristo (ICo 1:4).
• Paulo não a recebeu em vão (2Co 6:1).
• A superabundante graça de Deus está dentro do cristão (2Co 9:14).
• Ela se estende para mais e mais pessoas (2Co 4:15).
• A graça contrasta com as obras, que carecem do poder para salvar; se as obras tivessem esse poder, a realidade da graça seria anulada (Rm 1 l:5ss; Ef 2:5,7ss; 2Tm 1:9).
• A graça contrasta com a Lei. Tanto judeus quanto gentios são salvos pela graça do Senhor Jesus (At 15:11).
• Apegar-se à Lei é anular a graça (Gl 2:21); e quando os gálatas aceitaram a Lei
  caíram da graça (Gl 5:4).
• O cristão não está debaixo da Lei, mas debaixo da graça (Rm6:14ss).
• A graça contrasta com o que é dívida (Rm 4:4).
• O evangelho, que é a boa nova da graça, pode ele mesmo ser chamado de graça (At 20:24) ou de palavra da graça (At 14:3; 20:32).

Sim, o Deus gracioso encarnado em Jesus Cristo nos ama.
A graça é a expressão ativa deste amor. O cristão vive pela graça como filho do Abba, rejeitando por completo o Deus que pega as pessoas de surpresa ao menor sinal de fraqueza — o Deus incapaz de sorrir diante de nossos erros desajeitados, o Deus que não aceita um lugar em nossas festividades humanas, o Deus que diz "você vai pagar por isso", o Deus incapaz de compreender que crianças sempre se sujam e são distraídas, o Deus eternamente bisbilhotando à caça de pecadores.

Retirado do Livro "O Evangelho maltrapilho" de Brennan Manning (Páginas 17 e 18).

Assista este vídeo com Brennan Manning: http://www.youtube.com/watch?v=mxwkSqUarow


Abraços.


Odlave Sreklow.