quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Deus tem um propósito para sua vida!!!!




Esta semana fui visitar meu tio, o mesmo tio que neste ano perdeu seu filho mais novo (de dois filhos) em um acidente de moto.

Fiquei feliz pela convicção que ele tem de que o que sente não é remorso, angústia, tristeza, culpa, ódio, raiva, nada disso. O que sente é uma dor de saudade e um grande desejo de que seu filho estivesse ao seu lado até o último dia de sua vida.
Como todo pai, o desejo era morrer e que seu filho mais novo estivesse em seu velório.

Ainda bem que ele não acreditou no engano dos religiosos, que quanto à morte não tem nada a dizer e que o encheram de "Deus tinha um propósito nisto", "Foi Deus quem quis assim".

Ainda bem que ele entendeu que estamos sujeitos às calamidades e catástrofes diversas nesta vida, independente do credo, da posição social ou região planetária que está se vivendo.

Ele entende que o egoísmo é dele, em querer que o filho estivesse aqui, mas, que o filho está muito melhor, e que nós somos imbecis dando valor a esta vida idiota que o "sistema" nos proporciona.

Ou caímos na real, ou vamos nos enganando.

Disseram para ele que na morte do filho havia um propósito de Deus na vida dele.

Ainda bem que ele me disse que seu filho partiu em um momento em que ele havia mudado todo seu modo de vida, baseado no que leu nos livros de Mateus, Marcos, Lucas e João. Sim, foi lendo os Evangelhos que ele mudou sua forma de ver o mundo e de olhar as pessoas com um novo prisma.

Eu disse a ele: "Ainda bem que você não estava no pior momento de sua vida, ainda bem que você não estava em uma vida de farras, senão, iam cair matando em cima de você e você ia realmente achar que Deus o levou para você se consertar". Sim, se ele estivesse vivendo como estava vivendo antes de olhar para dentro de si mesmo, ele iria ter que suportar a culpa do que as pessoas estavam dizendo a ele, coitado, sem saber da verdade, ia ser terrível.

Em conversa com ele, lembrei que  um amigo meu perdeu um filho quando este ainda não tinha dez anos de idade.
Ouvi uma coisa que na época me indignou, mas, fiquei "na minha". Hoje em dia eu não aceito ouvir tal coisa, ninguém pode impedir minha indignação. Não confirmei com os pais da criança até hoje porque não tenho nenhuma vontade de trazer à memória deles tal fato.
Mas, não duvido de que tenham feito tal coisa, porque as pessoas fazem muitas maldades em nome de Deus.
Me disseram que quando os pastores oravam pela família, e a mãe chorava incessantemente, um dos pastores começou a falar em línguas e outro a profetizar e a palavra que disseram em nome de Deus, como se Deus tivesse falando foi:
"Minha serva, não se entristeça porque eu o tomei para mim para que não lhe acontecesse coisa pior".

Aí eu perguntei a mim mesmo (porque a pessoa que me disse não iria suportar a minha pergunta): "O que seria pior que morrer afogado na frente da mãe, o que seria pior do que ser achado na semana seguinte com o corpo todo deteriorado?".

O pior para eles seria o filho crescer e sair da igreja, seria ele crescer e se tornar um drogado, seria ele crescer e se tornar um promíscuo, seria ele crescer e "perder a salvação" mesmo que esta perda não seja conceituada por Deus, mas, pela própria igreja.

E eu me perguntei: "Deus é capaz de tirar o meu livre arbítrio fazendo com que eu perca a minha vida e minha capacidade de decisão?".

Mentira.

O que aconteceu foi uma calamidade, um afogamento, algo não esperado.

Sim.

A verdade dói. Mas é isto mesmo.

É perverso dizer isto para uma mãe, querem o que? Que ela se revolte contra Deus? Ou que ela aceite tal fato através deste engano? Quantas noites ela deve ter dormido questionando a Deus? Sim, porque só sabe a dor quem já viveu e eu mesmo disse isto ao meu tio, eu não conseguiria sentir o que ele estava sentindo e nada tinha a dizer a não ser que ele realmente tenha que chorar e sentir saudades, este é o direito dele, inclusive que ele pode chegar até Deus e dizer "Porque você deixou isto acontecer?", isto mesmo, apenas para descarregar a dor, e, nesta hora, ouvir o silêncio de Deus e saber que Deus o entende e o ama, e que Deus não vai castigá-lo, mas, abraçá-lo e amá-lo, porque a dor da perda de um filho quem sabe perfeitamente que dor é esta é o próprio Deus, que não suportou olhar a morte do próprio filho.

Imagine o uso do livre arbítrio para o mal:
"Eu quero usufruir de meu livre arbítrio, eu quero me drogar, eu quero transar com muitas mulheres, eu quero ser um pastor para enganar um monte de pessoas em nome de Deus, eu quero roubar, eu quero matar meus inimigos, eu quero fazer o que eu bem entender mesmo que seja o mal."

Ou para o bem:
"Eu quero ajudar o próximo, eu quero falar de Jesus, eu quero cuidar dos doentes, eu quero dar comida a quem precisa, eu quero servir a Deus servindo ao próximo, eu quero fazer o bem."

Vamos então aceitar que Deus retire a vida dos que se tornariam pessoas más?

Deus tomaria para si alguém que no futuro pudesse ser ruim?

Então porque Deus não levou Fernandinho Beira-mar ainda quando ele tinha 5 anos de idade? Antes que pensasse em ser traficante?

Então porque Deus não tomou para si o "maníaco do parque" no ventre de sua mãe?

Então porque Deus não tomou para si as milhares e milhares de pessoas que estão fazendo deste mundo o mundo terrível que é?

Então porque Deus não tomou para si ainda quando crianças a Constantino, que foi o criador de uma religião que DESTRUIU todo propósito de Jesus, criando um Cristianismo ausente e sem Jesus.

Então porque Deus não tomou para si todos os líderes evangélicos que abriram suas denominações evangélicas à partir desta igreja formada por Constantino e PIORARAM AINDA MAIS, criando religiões auto-suficientes que NEM DE DEUS PRECISAM, onde a salvação não está na crucificação/ressurreição, mas sim, em ser parte e cumprir com os dogmas e doutrinas de tais religiões.

Porque Deus não interferiu aí, assim, o Cristianismo não seria a religião satânica que se formou hoje, usando o nome de Deus mas não fazendo NADA QUE FOI ENSINADO POR JESUS.

Deus mesmo sabendo que eles iriam criar religiões em substituição à cruz, mesmo Deus sabendo que a maior das atrocidades seria realizada por eles.
NISTO DEUS NÃO INTERFERIU?


Será que todas as crianças que foram mortas por faraó seriam más, exceto Moisés? Por isso Deus o teria poupado?

Deus trocaria uma vida por outra?

Será que todas as crianças que foram mortas por Herodes seriam más, exceto o filho legítimo de Deus, Jesus? Por isso Deus teria poupado o Messias?


Sinceramente, então Deus faz acepção de pessoas, umas, mata no ventre para assim serem salvas, outras deixa ficarem adultas e decidirem ir para o inferno.

Pense nisto, veja se Deus realmente está trabalhando em sua vida da forma que deve trabalhar ou você acha que a vida é um jogo de Xadrez tendo de um lado Deus com as peças brancas e do outro lado satanás com as peças pretas.

Será que o propósito de Deus para mim é que eu tenha uma Hilux, tenha uma mansão, seja um pastor bem-sucedido, sustentado por um monte de supostos fiéis. Será que o propósito de Deus para mim é que eu viva enganando e sendo enganado?
E quanto às crianças que nascem aidéticas na África e morrem aos cinco anos de idade? Qual é o propósito de Deus para elas?

E quanto às crianças (até filhos de crentes) que nascem com síndrome de Down?
Qual o propósito de Deus para elas?

O PROPÓSITO DE DEUS É O SEGUINTE:
SE VOCÊ CONSEGUIR NASCER E TER O MÍNIMO DE CONDIÇÕES DE AJUDAR O PRÓXIMO FAZENDO O BEM, SEM QUERER ALGO EM TROCA, AGORA É CONTIGO, VIVA, FAÇA O BEM. AJUDE, OLHE AO TEU REDOR, OLHE PARA DENTRO DE VOCÊ.


Pense bem, pois as coisas não são como você pensou.

Quanto vale uma vida?

Segue o recado que sempre dou:
"Leia o Novo Testamento, principalmente os quatro primeiros livros que falam tudo o que você precisa saber sobre Jesus e a salvação".


Está escrito: "Nos últimos dias dirão: Jesus está aqui, Jesus está ali. Mas, Jesus diz: Estou convosco todos os dias, estarei EM VÓS."

Use seu cérebro, pense, questione, leia, fale, escute, pregue em tempo e fora de tempo.

Jesus te ama.


Odlave Sreklow.

Vamos começar o ano com o pé direito?

Vamos começar o ano com  o pé direito? 




Apesar de já ter escrito sobre vigília de fim de ano em um post no mês de Julho (
http://OdlaveSreklow.blogspot.com/2009/07/vigilia-de-fim-de-ano.html ), estou aqui, no dia 31 de dezembro, novamente me atrevendo a falar sobre o mesmo assunto.

Já fui abordado hoje com a famosa pergunta: "Você vai passar a virada de ano onde?".

Meu próprio pai que não é crente diz: "Hoje é um ótimo dia para ir à igreja, você não quer ir? Eu vou com você."

Nos últimos quinze anos eu passei a "virada", ou seja, o período de 23:00 do dia 31 de Dezembro até aproximadamente 01:00 do dia primeiro de Janeiro dentro de uma igreja evangélica. Depois sempre fizemos um churrasquinho em família.

O que acontecia neste culto da virada?

Vários tipos de pessoas, evangélicas ou não, passaram o dia em salões de beleza, dando um trato no cabelo, nas unhas, em lojas de roupa, comprando novas roupas, de preferência de cor branca. Tudo para estar bem para Deus.

Para Deus? Não, desculpe, não é para Deus, é para se apresentar bem para os "irmãos" na igreja. Afinal de contas é o último dia do ano, temos poucas horas para exibir nossos novos ternos e nossos novos vestidos.

Afinal de contas, Jesus morreu na Cruz para isso não é?

Na igreja que eu frequentava o culto sempre foi muito alegre, vários louvores são cantados não para Deus, mas, para exaltar nosso grupo, e as letras sempre falam de vitórias, vitórias e porque estamos aqui (na igreja) é que somos felizes.

O culto de vigília sempre é "dirigido" inteiramente pelo pastor, ou, a primeira parte por um "sub-pastor selecionado".

A idéia é que a primeira parte tem que ser bastante alegre, o povo tem que entrar no "clima(x)".

Quando o povo estiver freneticamente alegre, o pastor assume para transmitir a mensagem que Deus revelou. Deus revelou? Não, esqueci, a mensagem que os líderes da igreja mandaram impressas (ou por e-mail) a todos pastores de todo Brasil e também de outros países.

Todas as igrejas da denominação transmitem a mesma mensagem, é padrão, e sempre uma mensagem com bastante otimismo, mas, com 0% de realidade.

Tudo virtual.

Quando aproxima-se a meia-noite, todos se colocam de joelhos, as velhinhas começam a chorar, as jovens acima de 30 anos que ainda não se casaram também, todos se emocionam devido ao "clima" que surge no lugar, afinal de contas, o "Senhor está presente".

É o momento também onde as crianças dormem e são levadas para as salas de aula e colocadas em colchões.

Próximo ao início da queima de fogos (que muitos soltam também sem saber porque), algum pastor ou diácono começa a falar em línguas e inicia-se uma "palavra profética" ou "interpretação" (nesta data especial, normalmente a "palavra profética" parte deles, não pode ser de um membro da congregação, afinal de contas, é um dia especial).

Aí, eu já posso antever tudo o que será falado nesta profecia porque vi isto se repetir por quase quinze anos.

Deus fala mais ou menos assim (Deus mesmo? Claro que não!):
"Meus servos, eis que eu me agrado de vós nesta posição" (de joelhos? de quatro?)
"Neste ano muitos abandonaram a obra de Deus, mas vós permanecestes até esta hora"
"Eu me alegro de vossas vidas na minha presença"
"Minha serva, falo contigo nesta hora que fostes perseverante e fiel, continue assim, vou trazer seu esposo para minha presença."
"Meu filho, sofrestes muitos no ano que se passou, mas, continue na minha presença que terás a vitória".
"Blábláblá, mimimi, etc e tal"
"A minha paz e meu espírito repousam sobre a sua vida".

Bom, é isto que muitos evangélicos estarão ouvindo hoje à noite.

Após o culto é a sessão de abraços, onde todos se abraçam e demonstram a felicidade pelo ano que se suportaram uns aos outros.

Todos achando que pelo simples fato de passarem este período dentro da igreja estarão iniciando o ano seguinte com o pé direito.

Tudo supertição.

Confesso que queria passar a virada de ano em algum lugar onde houvesse queima de fogos e tal.

Ou quem sabe, no alto de um morro, olhando para o céu e contemplando parte da criação.

Mas, como meu carro está com dois pneus muito gastos, estarei com minha família em casa, conversando sobre o Evangelho, assistindo a programação da TV, felizes, alegres, na presença de Deus, que é digno de toda adoração, de todo nosso louvor e que nos dá o ar que respiramos.


Odlave Sreklow.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

ERA UMA IGREJA MUITO ENGRAÇADA...




...não tinha teto, não tinha nada.


Essa noite, eu tive um sonho de sonhador, sonhei com uma igreja esquisita. Ela não tinha muros, piso, púlpito, bancos ou aparelhagem de som. A igreja era só as pessoas. E as pessoas não tinham títulos ou cargos, ninguém era chamado de líder, pois a igreja tinha só um líder, o Messias. Ninguém era chamado de mestre, pois todos eram membros da mesma família e tinham só um Mestre. Tampouco alguém era chamado de pastor, apóstolo, bispo, diácono ou Irmão. Todos eram conhecidos pelos nomes, Maria, Pedro, Afonso, Julia, Ricardo...


Todos os que criam pensavam e sentiam do mesmo modo. Não que não houvesse ênfases diferentes, pois Paulo dizia: “Vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem das obras, para que ninguém se glorie”, enquanto Tiago dizia: “A pessoa é aceita por Deus por meio das suas obras e não somente pela fé”. Mas, mesmo assim, havia amor, entendimento e compreensão entre as pessoas e suas muitas ênfases.

Não havia teólogos nem cursos bíblicos, nem era necessário que ninguém ensinasse, pois o Espírito ensinava a todos e cada um compartilhava o que aprendia com o restante. E foi dessa forma que o Agenor, advogado, aprendeu mais sobre amor e perdão com Dinorá, faxineira.


Não havia gente rica em meio a igreja, pois ninguém possuía nada. Todos repartiam uns com os outros as coisas que estavam em seu poder de acordo com os recursos e necessidades de cada um. Assim, César que era empresário, não gastava consigo e com sua família mais do que Coutinho, ajudante de pedreiro. Assim todos viviam, trabalhavam e cresciam, estando constantemente ligados pelo vínculo do amor, que era o maior valor que tinham entre eles.


Quando eu perguntei sobre o horário de culto, Marcelo não soube me responder e disse que o culto não começava nem acabava. Deus era constantemente cultuado nas vidas de cada membro da igreja. Mas ele me disse que a igreja normalmente se reunia esporadicamente, pelo menos uma vez por semana em que a maioria podia estar presente. Normalmente era um churrasco feito no sítio do Horácio e da Paula, mas no sábado em que eu participei, foi uma macarronada com frango na casa da Filomena. As pessoas iam chegando e todos comiam e bebiam o suficiente.

Depois de todos satisfeitos, Paulo, bem desafinado, começou a cantar uma canção. Era um samba que falava de sua alegria de estar vivo e de sua gratidão a Deus. Maurício acompanhou no cavaquinho e todos cantaram juntos. Afonso quis orar agradecendo a Deus e orou. Patrícia e Bela compartilharam suas interpretações sobre um trecho do evangelho que estavam lendo juntas. Depois foi a vez de Sueli puxar uma canção. Era um bolero triste, falando das saudades que sentia do marido que havia falecido há pouco tempo. Todos cantaram e choraram com ela. Dessa vez foi Tiago que orou. Outras canções, orações, hinos e palavras foram ditas e todas para edificação da igreja.

Quando o sol estava se pondo, Filomena trouxe um enorme pão italiano e um tonelzinho com um vinho que a família dela produzia. O ápice da reunião havia chegado, pela primeira vez o silêncio tomou conta do lugar. Todos partiram o pão, encheram os copos de vinho e os olhos de lágrimas. Alguns abraçados, outros encurvados, todos beberam e comeram em memória de Cristo.

Acordei com um padre da Inquisição batendo à minha porta. Junto dele estavam pastores, bispos, policiais, presidentes, ditadores, homens ricos e um mandado de busca. Disseram que houvera uma denúncia e que havia indícios de que eu era parte de um complô anarquista para acabar com a religião. Acusaram-me de freqüentar uma igreja sem líderes, doutrina ou hierarquia; me ameaçaram e falaram: “Ninguém vai nos derrubar!”. Expliquei: “Vocês estão enganados, não fui a lugar nenhum, não encontrei ninguém ou participei de nada... aquela é apenas a igreja dos meus sonhos”.

por: Tonho [foi coordenador do UG -Min. Jovem do Portas Abertas]
texto e foto retirados do blog http://pavablog.blogspot.com

Theo Pimenta

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

DEUS NÃO VIVE ONDE TRABALHO: NO IML !






----- Original Message -----

From: DEUS NÃO VIVE ONDE TRABALHO: NO IML!

To: contato

Sent: Monday, December 29, 2008
5:50 PM

Subject: Dúvidas e medo sobre a fé

Olá Pastor Caio Fábio!

Eu sou professor e leciono em vários colégios. Fiquei sabendo a respeito do senhor por intermédio de uma colega de profissão em uma das escolas onde leciono. Foi então que li algumas cartas respondidas no seu portal, fiz um cadastro e resolvi escrever para o senhor.

Bem, eu sou uma pessoa muitíssimo complicada. Eu fui policial de necropsia da polícia civil por aproximadamente um ano, e nesse período pude ver todo o resultado da violência humana nas salas e nos corredores do IML (Instituto Médico Legal).

Os colegas mais antigos de profissão costumavam dizer: "... se há um lugar onde Deus definitivamente não está são nos corredores do IML...".

Em um dia de trabalho me deparei com uma criança de uns três anos de idade, sexo masculino, que fora vítima, de acordo com o laudo cadavérico após exame necroscópico, de espancamento seguido de morte por hemorragias internas múltiplas.

Embora fôssemos instruídos para que nunca entrássemos na história de sofrimento da vítima, não podia deixar de passar pela minha cabeça o seguinte questionamento:

"Onde estava Deus nessa hora em que a criança estava sendo agredida e espancada até à morte?"

Devido a esse fato e muitos e muitos outros...
Inclusive coisas da minha própria vida que eu vivenciei e experimentei a respeito das pessoas, fui gradativamente perdendo a minha fé. E hoje parece que não me resta mais nada a não ser a minha razão.

Será que o senhor poderia me ajudar ?

Muitas Felicidades a todos!
______________________________________

Resposta:

Meu mano amado: Graça e Paz!

O que dizer então de Deus, que deixou crianças inocentes morrerem enquanto Jesus, Seu Filho, era levado em fuga para o Egito?

Nessas horas todos viram “Deus”! Sim! Todos têm idéia a dar a Deus. É a Síndrome de Jimmy Carrey!

Ora, se é assim, pergunto:

Como “Todo-Poderoso” o que você faria?

Que “soluções” traria ao mundo?

Faria o quê? Violaria as leias da Física sempre que alguém fosse fazer mal a alguém?

Sim! A faca entortaria sempre que fosse ser enfiada em alguém. Ou quem sabe o braço do espancador caísse morto quando ele fosse atacar um inocente. Ou, quem sabe, o pênis do estuprador pudesse ter um ataque de candiru e se auto-enfiar no anus do próprio agressor.

O fato, meu irmão, é que ninguém numa hora assim pensa na criança espancada!

Sim! Pois, caso a mesma criança estivesse na esquina, quem de vocês no IML, a levaria para casa para criar?

É tão fácil dar idéias para Deus acerca das coisas que nós, mesmo podendo, não fazemos nada para resolver em vida!

Em horas como essa o nosso egoísmo é tão grande que a gente só pensa em nós mesmos, que vemos a tragédia e ficamos sem esperança, ou nos que ficam sem esperança e injustiçados diante do ocorrido perverso.
Entretanto, no fundo, o que fica não é a dor pela criança, mas o choque da brutalidade, a qual, de modo inconsciente, lembra que aquele corpo poderia ser o nosso ou de gente que nós amamos.

Mas e a criança? Foi mal para ela encontrar com o Pai de amor? Foi mal para ela ter sido tirada do inferno para o Paraíso do amor? Foi mal para ela nem ter sabido que teve um corpo mutilado ante ao fato de que ganhou um corpo eterno? Foi mal para ela não mais ter que sofrer os abusos dos homens de modo indefeso?

Foi mal o amor de Deus por ela, que a tirou do poder das maldades dos homens? Foi má a alegria de Deus ao acolher mais um de Seus santinhos?

Sua reação é como a de um habitante do inferno que fica muito triste com Deus por Ele tirar de lá tanta gente boa!

“Preciosa é aos olhos do Senhor a morte de Seus santos!”

Sabe o que falta a você?

Consciência e alegria na vida que é!

Meu irmão, se meu corpo chegar a algum IML todo lacerado e arrebentando, não sinta nada, pois, de fato, aquele corpo é de morte, e se não morre hoje, morrerá amanhã, mas certamente morrerá.

Sim! Poderá não ser lacerado por homens, mas, sem duvidas, será banquete de vermes!

Mas e daí?

Meu irmão, você escreveu para um homem que já perdeu muito, segundo os homens, que já sofreu muitas dores, segundo os homens, e que já sentiu quase todos os sentimentos desta vida, segundo os homens — e que, apesar disso, não tem perguntas filosóficas a fazer a Deus.

Há quase cinco anos meus filhos e minha mulher não quiseram que eu visse o corpo atropelado de meu filho Lukas, pois, não queriam que eu visse o estado de deformidade inicial no qual o atropelamento deixou o seu corpo de 22 anos.

Eu, no entanto, nunca gastei cinco minutos para pensar no que o atropelamento fez a ele, embora, todos os dias, eu imagine, ainda que de modo pobre [pelas minhas limitações], a Glória que hoje o veste em eternidade!

O que falta a você é uma fé que seja fé, segundo o Evangelho; pois, a fé que você tem é segundo a “igreja triunfalista e mentirosa”, a qual vive de sua propaganda enganosa, vendendo Seguro de Vida e contra Acidentes aos crentes incautos.

Alguém lembra de Jesus dizendo:

“Meu Pai! Puxa Vida! Por que Pilatos tinha que misturar o sangue dos Galileus com os sacrifícios que eles ofereciam?”

Ou ainda:

“Pô, Pai! Por que aqueles dezoito homens que visitavam a Torre de Siloé tiveram que estar lá justamente na hora em que a Torre caiu?”

Sim! Você escreveu para um homem não ter perguntas e, por isto, não tem respostas humanas, visto que, para mim, a resposta não é a longevidade na Terra, mas a segurança na eternidade.

Sou um alienado? Não! Apenas sou coerente com o que Jesus ensinou e com o modo silencioso com o qual Ele tratou de todas essas coisas.

Sim! Ele nada disse, embora, muitas vezes, tenha salvado a muitos, enquanto andava entre nós.

Entretanto, quando Ele quis ilustrar o amor, a imagem escolhida foi a do absurdo e a do casuísmo de um assalto na baixada para Jericó. E mais: na “história” Ele não impediu o assalto. Sim! Não enviou anjos e nem exércitos. E qual foi a “solução” de Jesus? Ora, foi fazer um homem de amor passar, ver e agir.

A resposta de Jesus às calamidades deste mundo é o amor de todos os Samaritanos Gente Boa de Deus!

Em horas como essa não se deve fazer perguntas a Deus, mas apenas a nós mesmos; tipo: O que eu posso fazer para ajudar quem está vivo?

Sua fé, aparentemente, era o produto evangélico de crença mágica, e que, aparentemente, se tornou “cristã” sem levar em consideração que somos discípulos de uma fé que não liga para a morte [que já foi vencida e que não mata mais], não se espanta com catástrofes e não demanda de Deus que no mundo não haja aflições.

E mais: esquecemos tudo o que Jesus disse que poderia acontecer aos discípulos, tanto como perseguição dos homens, como também no que tange a todo tipo de violências que poderíamos sofrer.

Releia os Evangelhos e veja se você encontra alguma promessa de suspensão do mundo real apenas porque alguém disse que crê em Jesus.

Meu irmão, se o precursor de Jesus teve a cabeça cortada porque causa dos meneios de uma bunda jovem, a de Salomé, e da cobiça de um rei semi-brocha, Herodes; e se o Messias foi morto de modo estuprado de violências impensáveis... — por que você alimenta as ilusões de que nesta vida o amor de Deus pode ser medido pela ausência de dor e de maldades?

Largue essa fé de crenças mágicas e entre de cabeça no sentido do Evangelho, onde aprendemos que a morte já não mata mais ninguém, especialmente crianças inocentes, cujas faces são vistas de dia e de noite pelos anjos de Deus, conforme Jesus garante no Evangelho.

O mais, mano, só mesmo você escrevendo para Deus, ou, se quiser simplificar, apenas crendo Nele!

Receba meu abraço!

Procure um grupo do Caminho em sua cidade a fim de se congregar sem falsas expectativas sobre a existência.

Ah! Um problema:

O corpo de Jesus sumiu do IML de Jerusalém!

Um beijo!

Nele, que ainda demorou mais dois dias antes de se mover na direção da casa de Lázaro, o amigo que morria,

Caio
30 de dezembro de 2008
Lago Norte
Brasília
DF


Fonte: www.caiofabio.com

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Quem é o maior no reino?




"Escrevi este texto sem muita preocupação em explicar nada, só fui colocando o que apareceu na cabeça (que por sinal estava bem vazia hoje, rsrs). "

Volta e meia Jesus era interrogado por alguém, afinal de contas, muitos queriam a confirmação de quem Ele era, outros, queriam sua morte devido à presunção de se colocar como o Messias.

As perguntas surgiam e os assuntos eram diversos.

Desde a lei do divórcio ou o simples fato de curar no sábado era motivo de colocá-lo em "maus lençóis".

Os fariseus eram mestres do interrogatório do tipo "pegadinha", formulando perguntas para acusá-lo de acordo com suas respostas, porque sabiam que as respostas e pensamentos de Jesus, na sua maioria não era exatamente o que os "judaizados" queriam ouvir.

As dúvidas referentes ao Reino sempre existiram na cabeça dos discípulos.

Afinal de contas, tanto Israel quanto a própria Roma tinham toda hierarquia de um Reino humano, com tudo que tinham direito, inclusive o Judaísmo possuía sua hierarquia de levitas, sacerdotes e tudo o mais.

Certa vez a mãe de Tiago e João chega para Jesus intercedendo para que seus dois filhos se assentem à direita e esquerda de Jesus no Reino. (Mat. 20:20).

Queria garantir uma vaguinha na hierarquia Celestial, afinal de contas, Reino que é Reino tem que ter uma hierarquia, tem que ter um Rei, tem que ter todas categorias divididas abaixo do Rei.

E porque não insistir por uma posição de destaque, inclusive ao lado do rei?

Mas Jesus responde que no mundo em que vivemos, existem governadores, existem hierarquias e poderes que dominam sobre os menos importantes, porém "convosco não será assim". No Reino de Jesus, o mais importante é o que serve, é o que está sempre à disposição de estender a mão ao próximo.

No meio dos discípulos de Jesus não existe hierarquia para definir quem é maior que o outro, muito pelo contrário, o discípulo deve servir ao próximo em amor, sem preocupar-se com posições.

O Capítulo dezoito inicia com uma pergunta meio idiota, é tolice perguntar quem é maior no Reino, se eles seguiam a Jesus pelo fato de Jesus ser o Messias, então, o maior no Reino seria Jesus.

Mas a pergunta deles provavelmente era para saber quem Jesus colocaria em sua "equipe ministerial" eterna.

Jesus responde que o maior no Reino dos Céus é o que se torna como uma criança.

Jesus menciona uma característica que não havia naqueles que o interrogavam, que era a humildade.

De vez em quanto eu procuro nos meus filhos encontrar o que de fato existe neles para Jesus dizer que mesmo eu sendo adulto, tenho que ser como eles, e a cada dia descubro coisas novas.

O que é ser como uma criança?

Por diversas vezes nos prendemos ao fato de que as crianças não guardam mágoas, mas vejo outras coisas além disso nos meus filhos.

Relato a seguir algumas delas:

1) Criança é despreocupada.
Os discípulos se preocupavam demais e com muitas coisas.
Jesus via isto nos seus discípulos, porém, junto com eles haviam crianças que sequer se preocupavam, tinham a cabecinha livre destas preocupações de adultos que não levam a nada.
Devido ao fato de estarem com Jesus, o Messias, o Salvador, eles deveriam se pessoas mais tranquilas, mas não, volta e meia eram "cutucados" por suas dúvidas e preocupações querendo sempre uma resposta futura acerca de qualquer coisa.
E Jesus diz claramente que não devemos estar preocupados com o que comer, o que vestir, com o dia de amanhã.

2) Criança não se importa com regras.
Os adultos são todos cheios de regrinhas, crianças não.

3) Criança não precisa de tudo detalhadinho.
Criança não fica pedindo explicações de tudo teologicamente como os adultos fazem, as crianças perguntam bastante, mas, se contentam com uma simples explicação como a de Jesus.

4) Criança acredita naquilo que é ensinado por aqueles que confia.
A facilidade de aprender existe nas crianças, tal facilidade não existia nos discípulos "velhos" e cheios de judaísmo.

5) Criança não vê perigo e maldade em quase nada.
Criança é pura de coração.

6) Criança não tem opinião formada.
Criança é mais fácil entender o mais simples, adultos, depois de terem a cabeça lotada de rituais religiosos tem dificuldade em entender o óbvio.

7) Criança não quer saber o que vai acontecer amanhã.
A criança quer curtir o hoje, o agora, se você falar que vai passear amanhã e não hoje ela esperneia, porque ela não quer saber de amanhã, ela se preocupa em viver o hoje. Você pode até convencê-la, mas, não é a mesma coisa.

8) Criança quer brincar.
Criança não está preocupada com produzir, com criar, ela já é a produção em desenvolvimento, ela já é uma obra de arte.

9) Criança não se rende à fantasias (por muito tempo).
Por quanto tempo você consegue enganar uma criança? Não muito.
Uma hora ela chega para você e te diz que nunca acreditou em papai noel.
Agora adulto, depois que você enganou a primeira vez, acabou, ele vai sendo enganado até a morte e achando que é a coisa certa.
Se alguém falou alguma coisa em nome de Deus e ela acreditou, tudo que jogarem em cima dela vai ser Deus quem falou, mesmo que seja o óbvio.

10) Criança não se preocupa com hierarquia.
Você já parou para observar várias crianças brincando?
Elas não ficam com aquelas neuroses adultas de definir quem vai ser o líder, quem vai ser o mais importante, nada disso, hierarquia só existe na cabeça de adultos neuróticos.

Este meu texto ainda tem muito que amadurecer, ficou bastante superficial devido ao meu cansaço físico e mental neste momento, mas, ainda estou tentando enxergar nos meus filhos (enquanto não virem adultos) características que expliquem o que Jesus falou.

Odlave Sreklow.

O FARISEU E O PUBLICANO

Pessoal, estava vendo algumas coisas na web a e me deparei com esse artigo de 2006, mas parece que foi escrito hoje e que parecerá escrito amanhã, e depois de amanhã. Então resolvi compartilhar.
Em Lucas 18:10-14 - ACF, Jesus nos conta uma história interessante:
"Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado".
Todos nós temos uma porção razoável de fariseu e uma ínfima porção de publicano. Contudo,  existem os gananciosos fariseus modernos, assim como alguns poucos publicanos humildes.
Fariseus são os hierarcas romanos, que ensinam as doutrinas espúrias da História Sagrada, da Tradição Católica e das bulas e homilias papais, em vez de ensinarem o legítimo Evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo. Julgam-se tão santos e poderosos a ponto de apregoar que podem, com algumas palavrinhas mágicas, transformar uma bolachinha de pão ázimo no corpo, sangue, alma e divindade de Cristo e ainda se atrevem a perdoar pecados, como se fossem o próprio Deus.
Fariseus são os líderes muçulmanos, que vivem citando o Corão, uma mistura de lendas e textos (falsificados) do Velho Testamento e a sua tradição (hadith) como regra de fé e prática aos seguidores dessa religião de terror, que mantém seus membros escravizados, através do pavor de serem trucidados, caso abandonem a religião de Maomé. Como toda religião falsa, o Islamismo ensina que o muçulmano é salvo pelas boas obras praticadas em favor de sua religião. Aos homens-bombas, por exemplo, é prometido um paraíso repleto de virgens lindas, de iguarias maravilhosas e um apetite sexual de cem homens, a fim de gozar as delícias do paraíso de Alá. A mentira tão condenada por Deus é a principal característica dessa religião de crentes bárbaros e fanáticos.
Fariseus são os líderes da Igreja Adventista, que obrigam os membros a guardar o sábado, como condição sine-qua-non de salvação, além da aceitação de  doutrinas espúrias, como a salvação pelas obras, a redenção insuficiente através de Cristo, conforme os ensinos  entregues pela sua "profetisa".
Fariseus são os líderes Mórmons, que falsificam as doutrinas da Bíblia, vendendo-as conforme as "visões"  que Joseph Smith teve do Anjo Gabriel (este é o anjo favorito dos falsos profetas, que tentam plagiar a anunciação que o mesmo fez a Maria sobre o nascimento de Jesus). Usando o Livro de Mórmon e alguns escritos igualmente espúrios, os Mórmons advogavam a poligamia, pregam o batismo como condição de salvação e ensinam que os membros se tornarão deuses, se obedecerem cegamente as doutrinas do Mormonismo. Eles costumam perseguir os membros dissidentes.
Fariseus são os líderes da Torre de Vigia (a maléfica seita conhecida como "Testemunhas de Jeová"), que obrigam os membros a contribuir, vendendo revistas de porta em porta, em troca da salvação eterna, e proibindo-os de qualquer contato social com os cristãos verdadeiros, a fim de que não conheçam a verdade que liberta da mentira religiosa. Os membros que abandonam a seita também são perseguidos.
Fariseus são os líderes de certas igrejas malaquianas, que usam e abusam do Velho Testamento, tentando convencer os iletrados bíblicos a entregar o que podem e o que não podem aos seus coletores. Eles nunca citam o Novo Testamento, o qual nos garante que a salvação é completamente gratuita, que não depende de dízimos, ofertas, nem de agradar os pastores. Quem aceitou Jesus Cristo como Salvador e Senhor de sua vida, com sinceridade de coração, está salvo para sempre e não vai perder a salvação nem as bênçãos divinas, se precisar gastar o dinheiro ganho com o suor do seu rosto para cuidar da família, em vez de entregá-lo às "caixas coletoras" dessas igrejas hipócritas, cujos pastores andam em carros importados, enquanto os membros passam necessidade, até de uma cesta básica.
Publicanos são todos os crentes sinceros em Jesus Cristo, os quais se fundamentam no Novo Testamento e, especialmente, nas Epístolas de Paulo, as quais nos ensinam a simplicidade do Evangelho e nos dão uma regra de vida honesta, prática e sem misticismo; crentes que andam em santidade de vida, por amor a Cristo e não pelo temor do inferno; crentes que não bajulam pastores, mas tudo fazem, exclusivamente,  por amor ao único Senhor da Igreja, e não aos mordomos infiéis, que comem, bebem e engordam, à custa da lã e da gordura de suas ovelhas. Esses crentes não entregam dízimos (para não serem amaldiçoados, conforme Gálatas 3:10), mas dão ofertas, quando isso não lhes prejudica o orçamento da família, pois Deus é dono de toda a prata e de todo o ouro do universo e não está interessado em satisfazer a gula dos pastores.
Esses crentes, são convencidos pelo Espírito Santo de que "fizeram tudo que lhes foi mandado", e ainda dizem para si mesmos:: “Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer”, conforme Lucas 17:10. Sentem-se culpados  diante do Senhor e vivem batendo no peito e dizendo, contritamente: "Senhor, tem misericórdia de mim, pecador!!!"
Mary Schultze, setembro 2006
atualizado em agosto 2007



DAS TREVAS PARA A ESCRAVIDÃO ECLESIÁSTICA




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Dessa vez ele não resistiu. Disse para si mesmo: “hoje eu saio dessa prisão”.

O cárcere do sentir-se culpado e amedrontado por tudo o que tinha praticado desde a sua mocidade constituía-se em sua maior e tormentosa treva. Na sua imaginação, o que o mantinha ainda vivo, eram as penitências que realizava para expiar uma culpa, que a cada dia aumentava mais, tal qual uma bola de neve.

Tinha ouvido por diversas vezes, através do rádio, em praças públicas, nas feiras, nos templos, os pastores falarem: “Deus é amor, Ele já fez tudo por você”. “Ele carregou todas as tuas culpas na cruz do calvário” “Se aceitá-Lo você estará liberto do fardo da culpa”.

Continuava sem entender como expiar tantas culpas que carregava consigo, sem dar em troca algo de si a Deus.

Procurou uma igreja para se congregar.

─ Enfim ─ disse ele ─, irei provar dessa libertação que não está associada a nenhuma sorte de sacrifício.

Por cinco anos conseguira muitas amizades e um bom relacionamento no meio religioso em que sem muitos problemas foi inserido. Galgara alguns postos na hierarquia da igreja. Vivia um trabalho tão intenso que raramente tinha tempo para fazer uma reflexão, ou uma retrospectiva sobre toda a transformação que vinha vivenciando.

Apreciava sempre em seus sermões, historiar como tinha sido a sua conversão:

─ Logo na primeira semana de crente ─ dizia enfronhadamente ─, tinha feito as suas maiores renúncias: jogado fora o cigarro, o baralho, deixado de beber e farrear até altas horas da noite.
Decorridos dez anos de atividade eclesiástica, ele tinha se acostumado a uma frenética rotina, que denominava de “divina”. Não perdia um culto. Sentia-se como se estivesse sendo cobrado por Deus quando por algum motivo perdia as reuniões na sua igreja. Foi por esse tempo que começou a se dedicar ao exercício da meditação em suas madrugadas insones.

Certa vez, em uma de suas profundas reflexões, chegara até pensar que não era um convertido, isto é, que não tinha nascido de novo. Mas, nessas ocasiões em que a dúvida sorrateiramente assomava a sua alma, algo em si dizia: “Se deixaste de fumar, de beber é porque és um crente”. Ele então se acalmava.

Na verdade, em suas horas de desvelamento, ele já vinha vislumbrando que algo não estava batendo com o verdadeiro evangelho de Cristo.

Primeiro ele notou que a igreja estava com dois tipos de pregações: para “os de fora”, ela tinha um espécie de sermão evangelístico tipo “Deus te ama”, “Deus te aceita do jeito que estás”. Para “os de dentro”, os sermões eram quase sempre ameaças doutrinárias, tipo: “Cuidado irmão! Deus é fogo consumidor”; eram ordens e mais ordens: “não faça assim, Deus pode requerer”.

Foi então por esse tempo, que ele descobrira a razão de sua tão alta ansiedade. Vivia se mortificando, se sacrificando cada vez mais, à medida que se achava culpado por não ter alcançado aquela virtude que ainda lhe faltava. Chegava a orar por horas seguidas, intercaladas por dois ou três dias de jejum durante a semana.

Na sua visão atrofiada pela neurose eclesiástica, agora, ele não via só dez mandamentos, via mais de trinta, requerendo dele mais esforço, mais empenho, mais desprendimento. Ele ainda não acordara para entender que aquilo que pensava que era amor, na verdade, era apenas uma artificialidade com seu rol de aspectos exteriores. Aquela preocupação doentia em produzir para Deus, não passava de outro tipo de escravidão.

Para completar o quadro, ele começou a sentir medo, medo de errar, medo de tomar decisões erradas. Algumas vezes, o que surgia em sua imaginação o deixava ainda mais culpado e tenso. Perguntava constantemente para si mesmo: “Crente pode isso?” “É pecado tal coisa?”. Começou a se cobrar mais. Era tão intensa a sua vida espiritual, que já não tinha nem mais tempo para o lazer com sua esposa e filhos. Achava-se tão culpado que sentia como se a ira de Deus estivesse pesando sobre sua cabeça. Quanto mais ouvia sermões de admoestações, mais longe ficava da imagem perfeita de Deus. Por não poupar os seus erros, o sentimento de culpa ia lhe sufocando mais, a cada dia que passava. O ritual, mesmo que meticulosamente por ele executado, não era suficiente para trazer paz a sua consciência embotada pela necessidade premente de práticas expiatórias.

Ele agora se via naquela figura temerosa de criança, recebendo ordens severas do pai. Sua vida de crente parecia mais a de uma criança adotada e insegura.

Talvez, um dia, quem sabe, ele viesse a ter consciência de que as suas práticas religiosas, não passavam de uma penitência inútil pelos erros cometidos em sua vida pregressa. Um dia, talvez, ele pudesse despertar da letargia religiosa que o prendera em uma outra prisão que, tal qual a de antes o tinha condenado a viver de sacrifício em sacrifício, tentando apagar uma culpa, que só Cristo como verdadeiro amigo e irmão poderia redimir.

Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8 : 36)



Ensaio por Levi B. Santos
Guarabira, 05 de maio de 2009



Fonte: Ensaios & Prosas

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal e um excelente Ano Novo

Sempre que chegamos próximo ao início de um novo ano é a mesma coisa:
Alguns olham apenas para o ano que se aproxima e se preocupam em alcançar vitórias, sem se recordar das vitórias já alcançadas ou dos fracassos, sendo assim, correm o risco de repeti-los.
Alguns olham apenas para o ano que se passou e se recordam do que não conseguiu conquistar, imergindo em melancolia e tristeza.

Desejo que em 2010 possamos olhar este novo ano com muito otimismo, muitos sonhos e muita disposição para os tornar reais.
Que possamos também olhar para o ano que se passou, agradecendo a Deus pelos acertos, não esquecendo dos erros, para que não venhamos a repeti-los.

E que Jesus não seja apenas o "mulequinho" na manjedoura eterna, mas, que seja o Nosso Deus e Amigo.

Que Jesus não seja o nosso tótem, que não o tenhamos como um Deus que quer ouvir nossos cânticos para se acalmar, senão manda tempestades e morte, que Ele não seja isso para nós.

Que não seja o Deus Oráculo, onde o buscamos para saber o nosso futuro, onde o buscamos para receber promessas, mesmo que não sejam dele, mas, de seus supostos profetas.

Que Jesus não seja o nosso pote de ouro no final do arco-íris.

Que Jesus não seja para nós um curandeiro.

Que Jesus seja para nós e para mim, aquilo que está descrito nos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João.

Que Jesus seja nosso Deus-Criador-Redentor-Amigo.

Desejo a você de coração um FELIZ NATAL E EXCELENTE ANO NOVO.


Odlave Sreklow.

Vai uma "profeciazinha" aí?





Se você é uma pessoa insegura, incerta e incapaz de viver sem ter uma percepção do seu dia de amanhã, você pode ir a uma igreja evangélica (ou a uma cartomante, adivinhador, quem sabe no candomblé, espiritismo, etc).

Existem diversas formas de descobrir o seu futuro.

Já ouvi todo tipo de profecia (profetada) e revelação (revelagem) (algumas que escrevo foram para mim, outras não):
Deus vai te dar uma Hilux!
Você está grávida!
Você vai ter problemas com cheque!
Você vai ter um problema na viagem!
Você vai receber um aumento de salário!
Pode fazer sua lipo que Deus é contigo!
Sua loja vai prosperar e a do outro vai fechar!
Seu filho vai sair vivo do hospital!
Deus vai te dar um emprego melhor!
Deus vai te dar um marido gente boa!
Deus vai te dar uma excelente esposa!
Deus não quer que você vá naquela igreja!
Vão te furar o olho!
O diabo foi três vezes no céu pedir tua alma!
Deus mandou eu roubar o avião!
Deus quer que eu te exploda!
Deus está te curando!

Poderia ficar a noite toda escrevendo.

Hoje, em um churrasco aqui em casa, em família, cantamos louvores, falamos sobre Jesus.
Mas, minha cunhada teve que começar a falar da loja dela e infelizmente eu tive que ouvir:
"A profetiza fulana disse que Deus havia dito a ela que na loja teríamos problemas com cheque, mas, que Deus estava com as mãos estendidas e não é que aconteceu e Deus resolveu?"

Eu tive que intervir e perguntar se Deus estava tão preocupado com os cheques, com as contas, com a contabilidade da loja.

Que é óbvio que todo comerciante em seu início tem dezenas de problemas e também tem que ter cabeça no lugar para solucionar.

Confesso que quase me irritei, mas, Deus me deu paz para falar Dele na Sua Palavra em uma hora destas.

Nesta hora minha esposa tomou a palavra e disse que a mesma "profetiza" disse ao marido de minha cunhada (que também abriu uma loja, sendo concorrente da esposa, rsrs) que ele iria prosperar e a loja de minha cunhada iria "quebrar".

Imagina o jogo maléfico destas duas profecias satânicas.

Você acha que Deus vai ficar com este joguinho de maldições?

Estou FORA.

Jesus em momento algum ficou preocupado com o amanhã, Jesus sempre falou para nos preocuparmos em fazer o bem, não nos preocuparmos com nada desta vida, temos que ser pessoas saudáveis para vencer ou perder.

Jesus abençoa sim, porém, esta não é a preocupação Dele, se você quiser saber qual é a "preocupação" de Jesus, se é que ele tem alguma, é só você ler os Evangelhos.

Jesus soube VIVER.

Mas os homens de hoje, querem buscar profecias e profetadas, quem sabe, o profeta não revela os números da mega-sena que vai acontecer em 31/12?

As profecias acima não teriam nada de errado se não fossem todas mentirosas, isto mesmo, por exemplo, você acha que Jesus sofreu o que sofreu pra você hoje tirar onda de playboizinho de Hilux????

Fala sério, vira gente.

Você pode ter, sim, mas com a saúde, força, determinação que Ele te dá, ou não.

Viva e deixe ou faça as coisas acontecerem.

O resto, é ilusão humana.

O Morris Cerullo por exemplo, profetizou a cura de câncer de uma criança que morreu dois meses depois, segue abaixo link para o blog Bereianos onde tem o vídeo.


Se você quiser saber o que Deus tem para tua vida, olhe para dentro de você, olhe para quem você é, olhe para Deus, LEIA OS EVANGELHOS.

Pare de ficar procurando DEUS NO HOMEM como um oráculo.

ISTO É UMA DOENÇA.

TEM MUITA GENTE TARADA POR PROFETADAS.

A "igreja" evangélica que de Evangelho não tem nada está vivendo não momentos de avivamento espiritual, mas, sim de ORGASMOS MÚLTIPLOS, E EJACULAÇÕES (PRECOCES) DE MENTIRAS E MENTIRAS CULTO APÓS CULTO.


Leitor, me desculpe se fui GROSSO, mas, depois do que TENHO VISTO E OUVIDO, não posso falar outra coisa, como disse João (acho que foi ele, não vou procurar na Bíblia agora) "temos falado daquilo que vimos e ouvimos".


Só quero que aquele que procura alguém que seja supostamente de Deus para ouvir algo supostamente de Deus, que, por favor, vá à fonte, procure EM DEUS.

A maior profecia é a de que vamos morar no céu, o resto é resto.

E aos profetas que lerem este texto, leiam em Mateus que diz que no dia do juízo não vai adiantar dizer: "Eu profetizei em teu nome", NÃO VAI ADIANTAR.


Procure VIVER A E NA VERDADE, FAZENDO O BEM, AMANDO A DEUS E AO PRÓXIMO.


E quer saber a verdade?

Estou vivendo a vida sem medo de morrer, porque para mim a morte me levará ao Altíssimo.

A morte para mim é a minha maior vitória.

Sei que é egoísmo de minha parte dizer isto porque se eu morrer hoje deixarei saudades infindáveis em minha esposa, filhos, amigos, pai, mãe, mas por mim, A MORTE É A MELHOR COISA QUE PODE ACONTECER NA MINHA VIDA.

Não aguento mais ser a pedra que clama no deserto.

Muitos gostam da suruba religiosa.

Querem igreja. -> Para criar uma falsa segurança de salvação.
Querem ritual. -> Para achar que estão agradando a Deus.
Querem cantoria. -> Para achar que estão "fazendo a sua parte" e amansando Deus.
Querem falsidade. -> Somos corpo, mas se você pecar eu te jogo fora.
Querem profecias mentirosas. -> Para alimentar falsos enganos.
Querem "pagar um preço". -> Porque a cruz foi incompleta, incapaz e insuficiente.
Querem seminários repetitivos. -> Para gravarem falas pré-programadas.
Querem consumir cultos alegres. -> Porque se não for eufórico Deus lá não estava.
Querem comprar com o dízimo. - Porque se der prospera.
Querem negociar com Deus. - Porque a coisa virou um balcão de comércio.
Querem milagres. - Porque não creêm por fé.
Querem dinheiro. - Porque amam a Mamon.
Querem saúde. - Porque amam esta vida.

Ninguém quer Jesus.

EU QUERO JESUS.

Odlave Sreklow.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

A MORTE DO CRISTIANISMO

A morte do Cristianismo


Embora com algumas discordâncias, astrólogos, esotéricos e pagãos, em todo o mundo, celebraram no último dia 14 de fevereiro de 2009 o início da transição da Era de Peixes para a Era de Aquário. Historicamente é onde eles acreditam ser o fim do império cristão no planeta e o início de uma Nova Era de paz, harmonia e redescoberta do poder interior do ser humano potencializado pelos elementos e energias da natureza.

Esta transição vem sendo anunciada e regida pelos “Mestres do Universo”, pelos “Sábios Antigos” com ar de revanche. Pode até parecer tema de filme medieval, onde figuram feiticeiros e encantamentos contra a dominação sangrenta da religião do Imperador Constantino, que no século IV oficializou a igreja cristã como religião oficial do Estado Romano. Mas a atual e crescente queda da cultura político/cristã que pagãos do mundo todo anunciam com verdadeiro orgulho vingativo, pelo fato do Cristianismo institucional ter roubado o lugar histórico da fé pagã, não é novidade. Já está dito há, pelo menos, dois mil anos.

Ser cristão ou até mesmo pagão não é garantia para uma pessoa se livrar dos poderes das trevas, das cadeias espirituais da morte ou de forças malignas. A única e genuína experiência “religiosa” que estabelece um íntimo e profundo reencontro salvador com o Criador de todos os elementos e poderes, e nos aproxima dele como filhos amados, regenerados e resgatados por amor é o sacrifício de Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

O sangue do Deus Emanuel, Deus conosco, Deus que se fez carne e habitou entre nós, derramado por cada ser humano da face da terra, por você e por mim, não pode ser institucionalizado, não pode ser requerido por qualquer religião do mundo como sendo exclusivamente seu. Nem mesmo a igreja institucional pode ser mediadora desta aliança de reconciliação. A única função dela é anunciar que, em Cristo, Deus ficou de bem com a humanidade, qualquer coisa dita ou feita além disto é tomar um lugar que não é seu.

O Cristianismo é somente uma convenção social, uma entidade sem poder nela mesma. Uma forma de organizar o pensamento a respeito do Cristo, o Messias, o Ungido, o Deus todo-poderoso que se encarnou na história humana, que se fez homem como qualquer um de nós e por simples solidariedade e desejo de resgatar sua criação. Qualquer poder político ou espiritual atribuído à instituição chamada Cristianismo é fugir do seu propósito de ser e existir para anunciar que o princípio de toda a criação é Jesus, o autor e consumador da nossa fé e da nossa esperança de salvação. Sem ele, sem o seu poder, sem a sua vontade como centro orientador, o Cristianismo não passa de uma religiosidade vazia, corrompida e chata, como ficou provado pela história.

Todas as vezes que o Cristianismo deixou-se seduzir pelo poder terrestre da política e do dinheiro, dos poderes e domínios, e se afastou do seu chamado espiritual, o resultado foi sangue inocente derramado e um afastar-se radical das Boas Novas iniciadas e anunciadas no Filho de Deus.

Jesus nunca pregou o Cristianismo institucional, mas sim o Reino de Deus, que apesar de não ser deste mundo, começa aqui, com a vontade de Deus sendo feita na vida de cada homem e mulher que se deixa ser alcançado e transformado por este megalomaníaco amor, por esta incompreendida e persistente mania de Deus de acreditar em você e eu, como agentes de transformação desta realidade, apesar de todas as nossas falhas e provas de que somos os menos indicados para esta tarefa.

O Reino de Deus não cabe atrás de nenhuma placa de igreja ou religião, não cabe dentro dos templos feitos por mãos humanas, não cabe dentro das regras, doutrinas, tratados teológicos ou sistemas de cultos e encantamentos dos homens, não cabe nem mesmo dentro do cristianismo, porque ele transcende ao que vemos e percebemos, não pode nem mesmo ser medido, qualificado ou quantificado, simplesmente está entre nós. É Eterno, não teve início histórico e jamais terá fim. Quem continua crendo no Cristianismo e não mergulhou na realidade do Reino de Deus, nem chegou perto do verdadeiro Cristianismo.

O Reino de Deus não é comida nem bebida, não é feito de coisas ou poderes terrenos, não é político, não é religioso, não depende do sucesso humano e nem da mídia. É construído a partir de coisas simples como experimentar a alegria no Espírito de Deus. É o maior tesouro que alguém pode encontrar e ao mesmo tempo não tem preço, é gratuito. O Reino de Deus é o anti-reino cristão e/ou pagão. Não depende da conjunção dos astros, das posições das casas astrológicas, não se submete à principados, potestades, sábios ou mestres espirituais. O Reino é de Deus e somente dele, para ser compartilhado com todo ser vivente neste mundo ou em qualquer outro mundo, nesta Era ou em qualquer outra.

O Sangue do Messias comprou nossa cidadania eterna no Reino de Deus. O preço está pago! Através do Sangue de Jesus os karmas são desfeitos, os pecados são perdoados, os erros são apagados. Sem necessidade de reencarnação, de auto-punição ou flagelos, sem feitiços. Porque ele tomou sobre si mesmo as nossas dores e as nossas enfermidades, o castigo que nos traz a paz estava sobre ele.

Não se admire se o mundo "cristão", como você conhece, se desfizer um dia e for substituído por outro entendimento, cultura e consciência. Cedo ou tarde isto acontecerá, aliás já começou a acontecer, os profetas bíblicos e até mesmo os não bíblicos já anunciavam o fim dele e de todas as outras eras um dia. Aos poucos o Cristianismo começa a entender, à duras penas, que ele não tem vida nem se sustenta sozinho em si mesmo. Portanto, também afirmo que nem mesmo a Era de Aquário será eterna. Não digo isto para causar medo ou desgosto, digo simplesmente pela esperança da consumação da soberana e eterna vontade de Deus. O Dia do Senhor vem sem demora, quando todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus é o Senhor absoluto de todos as eras, reinos, poderes e existências. Acredite você ou não, assim o será!
A Palavra Eterna do Deus Criador para você e eu é esta: “Arrependam-se e creiam no Evangelho porque está próximo o Reino de Deus.”

O Deus que era, que é, e que sempre há de vir, lhe abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

CONVERTENDO-SE DO CRISTIANISMO A JESUS!

Fonte: www.caiofabio.com 

----- Original Message -----
From: CONVERTENDO-SE DO CRISTIANISMO A JESUS!
Sent: Tuesday, December 08, 2009 5:27 PM
Subject: UMA RESPOSTA À CARTA CONVOCATÓRIA DO PASTOR ELI FERNANDES... ACERCA DOS MULÇUMANOS!...




Pastor Caio, como você é querido!


Confesso que fiquei bastante constrangida ao final de sua resposta à carta do Pr. Eli. Enquanto a lia [a carta do Pr. Eli] cheguei a ficar arrepiada e até já entrava em intercessão contra o mal que "poderia assolar nosso Brasil".
Como pude nunca pensar assim como você????
Por que nunca enxerguei??? 
Definitivamente sou mais uma igreja que precisa de "conversão".
Quanta coisa imputada em mim, quantos medos desnecessários (fé no azar!)...
Como faz sentido neste momento aquele ditado que diz "o pior cego é aquele que não quer enxergar".
A religião nos cega; impede-nos de ver o que é pra ser visto; impede-nos de agir e até de obedecer a Deus, pois até sua Palavra é interpretada de maneira errada.
Como sofremos quando quem realmente habita o nosso coração é a religiosidade e não o Deus do amor!...
Quanto engano!
Que vida abundante é essa pregada que de viva não tem nada? Quanto mais de abundante?
Pastor, eu quero ser livre da religião que me prende e me cega.
Eu quero ser livre em Jesus!
Não quero mais temer...
Quero confiar!
Quero me converter!
Quero amar com o amor igual ao Dele!
Quero dizer confiante: Venha Maomé! Venha que eu tenho Jesus pra você!
Puxa, tenho tanta coisa engasgada, mas hoje vou para por aqui.


Um grande abraço cheio de admiração,
Nele que através do seu amor genuíno tira cisquinho por cisquinho dos olhos dos que estão cansados de não enxergar.


Julia
_______________________________ 
Resposta:




Minha querida Julia: Graça, Bondade e Paz sobre sua vida!


De fato as religiões dos “deuses pessoais ou únicos”, as três principais religiões monoteístas do Planeta Terra; a saber: o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo — estão disparadas na frente de quaisquer outras crenças como as Potestades mais matadoras que a História registra entre as religiões do mundo.
Sim, porque não há registro entre as religiões politeístas de guerras feitas em razão de nenhum deus... Quando tais povos guerreavam apenas pediam ao deus [ou deuses] que os favorecessem nas guerras deles mesmos, os homens — o que sem dúvida é algo mais honesto.
Quando Israel saiu da escravidão [...] foi a mão de Deus que de lá o tirou, no Egito. Quando invadiu a terra de Canaã o fez em nome da Promessa de Deus, do Deus único, El, feita a Abraão. E não foi uma invasão de lutas entre deuses; pois eles criam que o Senhor Deus era Deus sobre todas as coisas. Entretanto, tudo foi feito pela fé em Deus...
Os povos invadidos e tomados, fossem eles quem fossem [...] e tivessem os erros que tivessem [...], sentiram-se devastados assim como nós mesmos nos sentiríamos se o mesmo acontecesse conosco.
É algo simples de entender para alguém que creia como Jesus mandou crer e sentir!
Uma vez na terra de Canaã, Israel não mais saiu para invadir nada e nem povo algum; pois, se assim o fizesse, isso seria contra o mandamento de Deus que definiu os “termos de Israel” como sendo os do chão das peregrinações de Abraão; ou seja: entre Dã ao Norte e Berseba ao sul.
Qualquer ação para fora desses limites seria contra a vontade do Senhor!
Assim, implicitamente, Israel não teria nunca mais permissão de Deus para invadir e tomar nada que não estivesse entre Dã e Berseba.
Portanto, por tal limitação, Israel jamais poderia ser um reino que se tornasse um Império.
Depois disso houve “livramentos” de Deus em Israel contra povos invasores... Mas não houve jamais um avanço de Israel contra outros povos [...] e que tivesse a benção de Deus [...]; ainda que Israel nunca tenha mostrado essa vontade expansionista — digo: do ponto de vista territorial...
As “guerras entre deuses” que a Bíblia apresenta no Velho Testamento, ironicamente, são quase sempre decidas pela fraqueza...
É o caso da saída do Egito... É o caso do garoto Davi enfrentando o desacatador do Deus de Israel: o gigante Golias, o filisteu... Ou o enfrentamento entre Elias e os profetas de Baal e do Poste Ídolo...
Ou seja: esses confrontos, ainda que violentos, não tinham cara de Jihad, de guerra santa [...], conforme as vimos conhecer posteriormente...
Era algo que tinha a ver com a manifestação do poder do deus ou Deus, mas não era demonstração de força entre os exércitos humanos dos deuses implicados.
Depois que Israel foi levado cativo para Babilônia em razão de sua idolatria incurável [...], ao voltar para seus termos entre Dã e Berseba por decreto de Ciro, o Grande, nunca mais fez guerra oficial contra ninguém, exceto como movimentos de revolta ante a invasão de algum Império, como foi o caso dos Seleucidas e dos Ptolomeus; e depois no caso dos Romanos...
Nos ensinos de Jesus não há nenhum espaço para nada que seja violência de nenhuma natureza... No máximo como defesa de outros... Afinal, é Jesus quem ensina que o pai de família sóbrio vigia para que não entre o ladrão...
Entretanto, quando o Caminho de Jesus, a Igreja, virou Cristianismo, então, tudo mudou...
Sim, pois a antes Igreja, já agora “Igreja Cristã”, abençoada pelo Imperador Constantino, elevado à categoria de o 13º Apóstolo, logo declarou as guerras de Constantino contra qualquer inimigo do Império Romano Cristão como sendo guerras santas...
Assim, o conceito de guerra em nome de Deus foi inventado no Ocidente pelo Cristianismo. Não foi o Islã quem inventou tal coisa... Constantino já a praticava em nome do Deus Cristão desde o Século IV.
Maomé não fez nada que os cristãos já não tivessem feito aos montões...
E mais que isto: a História das Cruzadas nos mostra que os “Infiéis” [segundo o Cristianismo], o Islâmicos de então... foram muito mais humanos no trato dos prisioneiros de guerra e dos cristãos [...] do que os cristãos foram em relação e eles, seus soldados e suas famílias...
Quando os Islâmicos tomaram Jerusalém dos Cruzados o banho de sangue foi imensamente menor do que quando os Cruzados tomaram Jerusalém do domínio dos Islâmicos um século antes.
Daí em diante a História do Islã não é nem um pouco diferente da História do Cristianismo e do Papado em Roma.
Sim, até chegarmos aos terrorismos e aos homens bombas de hoje em dia; o que faria Maomé se revolver na tumba!...
Nós, no entanto, não temos nada a ver com isto!...
Para nós as guerras da Antiga Aliança acabaram na Cruz!
Sim, para nós, que insistimos em ser apenas discípulos de Jesus e nada mais, o próprio Cristianismo não nos diz respeito, tanto quanto não nos diz o Islamismo ou o Budismo ou o Hinduismo...
Nós não somos gente da religião, tanto quanto Jesus nunca foi!...
Somos apenas gente no Caminho-Jesus [...] andando nos caminhos da existência, buscando ser sal e luz; e não Saleiros e Torres de Néon de nenhum poder geopolítico.
Por isto, hoje, especialmente entre Islâmicos e Judeus, os cristãos não têm muito a fazer... Sim, pois o Cristianismo inviabilizou a pregação ante tais grupos humanos, em razão da opressão cristã sobre eles; tudo em nome de Deus ou dos valores cristãos; ainda que seja o American Way of Life e sua sempre ungidamente imposta democracia...
Assim, outra vez somos forçados a voltar apenas a Jesus e reconhecer que o único modo de ganhar os homens é sendo servo de todos os humanos...
O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida!...
Desse modo quem quer que queira ser Seu discípulo precisa saber que seu único modo de ser nesta existência é o mesmo de Jesus!
Onde há amor as diferenças não separaram e nem matam nunca...
Entretanto, os deuses únicos e pessoais, não o Deus Único manifesto em Jesus, são todos eles extremantes territoriais e geopolíticos...
Ora, o que aqui digo está amplamente difundido no meu site:
























































Sua carta, no entanto, me alegrou por ela ser uma carta de conversão ao Evangelho, deixando o olhar do Cristianismo e abraçando a simplicidade do olhar de Jesus apenas.
Creia! Confie! Se entregue por inteira! Não tema nada jamais!...
Espero que você mergulhe aqui no site e na Vem e Vê TV e se impregne da Palavra e de entendimento.
E mais: releia a Palavra com este olhar de Jesus, conforme os links abaixo:






















Há muitos outros textos no site... Mas aqui vão apenas esses...
Que o Senhor Jesus guarde a sua alma em esperança!


Nele, em Quem a gente pode confiar,


Caio
8 de dezembro de 2009
Lago Norte
Brasília
DF