quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Ganhando tempo...


Novo advogado pede um tempo para estudar o caso, entendi tudo...




Presidente da Maranata não comparece à delegacia e novo advogado assume o caso


Gueiros deve prestar informações sobre um esquema de desvio de dinheiro na igreja.








O depoimento do presidente da igreja Maranata, Gedelti Victalino Gueiros, à Delegacia de Defraudações e Falsificações, em Vitória, foi adiado. Ele foi intimado a comparecer no local às 10 horas desta quinta-feira (09), mas o advogado que assumiu a defesa da igreja referente ao inquérito criminal, Homero Mafra, pediu prazo ao delegado Gilson Gomes para analisar o caso. 

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Nesta sexta-feira (10) o delegado deve se reunir com o advogado. Ainda não há nova data para o depoimento do representante da igreja. Gueiros deve prestar informações sobre um esquema de desvio de dinheiro na igreja.

Entenda o caso

O inquérito policial foi pelo titular da Defraudações, Gilson Gomes, com base em reportagens publicadas sobre o assunto. Nesta terça, ele recebeu um ofício do juiz da 8ª Vara Cível Robson Albanez, solicitando que investigasse o assunto, o que, segundo o delegado, reforçou o trabalho da polícia.

Nas mãos do juiz Albanez - que foi denunciado pela Operação Naufrágio por venda de sentenças - está uma ação protocolada na Justiça pela Maranata e que tramita em segredo. Nesta ação a igreja pede o ressarcimento de R$ 2,1 milhões de prejuízos causados com os desvios e aponta como cabeças do esquema o vice-presidente da instutição, Antônio Ângelo Pereira dos Santos, e o contador Leonardo Meirelles de Alvarenga. Os dois foram afastados das funções administrativas e religiosas, como pastor e diácono, respectivamente. 

O caso já está sendo investigado pelo Ministério Público Estadual, que em nota adiantou que os documentos analisados apontam para várias irregularidades e crimes. Assinala que, se aproveitando da isenção de tributos que as igrejas possuem e da boa-fé dos fiéis, pastores estariam usando bens da igreja em benefício próprio. A lista de prováveis crimes praticados inclui desvio de recursos para o exterior, criação de empresa irregular, contrabando e fraudes ao Fisco e ao sistema financeiro.

O golpe era viabilizado por notas fiscais frias emitidas por fornecedores do Presbitério que administra as igrejas, em Vila Velha. Há indícios até de que foram criadas empresas em nome de laranjas. O dinheiro desviado foi destinado a compra de carros a  imóveis, além de dólares que eram levados para o exterior nas malas de fiéis. 

A diretoria da Maranata assinalou que já adotou as providências contra as irregularidades que vinham sendo praticadas. E garante que até o final do dia desta terça-feira o presidente ainda não tinha recebido a intimação policial.

Investigação

O Ministério Público Federal (MPF) vai investigar a relação entre o crime federal praticado pelo autônomo Julio Cesar Viana e o esquema de corrupção montado na  Maranata. O autônomo foi preso em 2010, pela Polícia Federal, com equipamentos sem nota fiscal trazidos do Paraná.

O nome de Julio Cesar aparece em vários recibos de caixa da igreja, com saques de recursos que eram depositados diretamente na conta dele ou de familiares.

Julio era o encarregado pela compra dos equipamentos do sistema de videoconferência montado pela igreja. O material era comprado no Paraguai, levado para Curitiba, e de lá trazido para Vitória.

A investigação será feita pela Polícia Federal, a quem o MPF fará o pedido ainda esta semana. Na época, segundo o MPF, Julio praticou o crime de descaminho, chegou a ser denunciado, mas não havia ligações claras dele com os desvios praticados pela Maranata. Mas agora, diante das publicações, tudo indica que os equipamentos eram de fato destinados à igreja.

Além dele, há manifestações de pastores em outros Estados e até de fora do país inconformados com a situação, aguardando as apurações e ameaçando deixar a igreja. Há até quem reivindique que uma nova eleição para diretoria da igreja seja realizada.


Fonte: http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2012/02/a_gazeta/minuto_a_minuto/1115246-presidente-da-maranata-nao-comparece-a-delegacia-e-novo-advogado-assume-o-caso.html

Odlave Sreklow

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