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segunda-feira, 24 de junho de 2013

Novo interventor da Maranata abre igreja para ex-pastores e obriga templos a mostrarem quanto arrecadam de dízimo


Nove pessoas ligadas à cúpula da igreja - incluindo seu fundador, Gedelti Gueiros - estão presas 


    O novo interventor da Igreja Cristã Maranata, o engenheiro Antônio Fernando Barroso Ribeiro, é ex-membro da igreja e já anuncia algumas medidas à frente da instituição. Em nota divulgada à imprensa, ele afirma que a igreja está aberta a ex-membros que tenham se desligado da igreja devido às denúncias de desvio de dinheiro do dizimo.

Foto: Nestor Müller
 Nestor Müller
Gedelti Gueiros, presidente afastado da Igreja Maranata, foi preso após operação de cumprimento de mandado pela Polícia Civil
Na manhã desta segunda-feira (24), nove pessoas ligadas à cúpula da Igreja foram presas, por determinação da Justiça. Entre eles está o presidente afastado da igreja, Gedelti Gueiros, um dos fundadores da Maranata.  A decisão judicial ainda destituiu do cargo o interventor Júlio César da Costa O Ministério Público sustenta que Júlio César não é imparcial para ocupar o cargo, já que possui ligação íntima com os denunciados. 

"Aos pastores e membros que deixaram a Igreja Cristã Maranata, digo-lhes que, sentindo no coração o desejo de retornarem poderão escolher a  Igreja Cristã Maranata que desejarem se reunir, e serão recebidos com as mesmas honras e funções que sempre desfrutaram", diz a nota.

O interventor anunciou, ainda, a extinção do Conselho Presbiteral da instituição. "Os assuntos de natureza espiritual das igrejas serão tratados por um grupo de conselheiros constituído por sete pastores", esclareceu.  Além disso, o interventor estabeleceu a obrigatoriedade da publicação mensal, nas igrejas, da receita proveniente de dízimos e ofertas, e vai disponibilizar um telefone 0800 para os fiéis falarem diretamente com o Presbitério. Outra medida anunciada é o fim das transmissões via satélite nas reuniões de jovens e a abertura do sinal da Rádio Web Maanaim ao público em geral.

"Tenho em minhas mãos a responsabilidade diante de Deus e dos homens de resgatar o respeito, a credibilidade e a honradez que esta instituição construiu por longos anos", diz a nota. E continua: "Deixo claro que serei extremamente rigoroso com aquilo que pertence a Deus, não permitindo em hipótese alguma práticas ilícitas que contrariam os bons costumes da Palavra de Deus, levando os que cometerem estes atos às mãos da Justiça para que sejam julgados e punidos segundo o rigor da Lei".

Confira as medidas anunciadas pelo interventor: 

1- A
s reuniões de jovens deverão ser conduzidas pelas professoras e ou professores da Igreja local, em dia e horário que melhor se adeque às necessidades de cada Igreja, já que não haverá mais transmissão via satélite para esta finalidade, podendo até mesmo ser realizada no mesmo horário do culto, na sala anexa ao templo

- A Escola Bíblica Dominical não receberá mais o sinal via satélite, devendo os Estudos Bíblicos serem ministrados de forma presencial, segundo a necessidade de cada Igreja  3 - O Presbitério Espíritosantense disponibilizará em seu site estudos bíblicos e mensagens da Palavra de Deus, que por conveniência do pastor local, poderão se valer dos mesmos, não sendo obrigatório o uso desta ferramenta

4-  O Presbitério Espíritosantense estará buscando os meios legais para que a “Rádio Web Maanaim” se torne uma emissora aberta, possibilitando ao público seu acesso através das ondas do rádio

5- O tesoureiro deverá  fazer a fixação mensal, no quadro de aviso das igrejas, do balancete, assinado pelo pastor e pelos tesoureiros, contendo as receitas provenientes dos dízimos e ofertas, bem como das despesas (não devendo conter nome das pessoas que contribuíram para preservação de sua privacidade),  bem como os valores enviados ao Presbitério Espíritosantense


6 - Os pastores e membros que deixaram a Igreja poderão escolher o templo que desejarem para se reunir, e serão recebidos com as mesmas honras e funções que sempre desfrutaram

7 - Todo o excesso de gasto de qualquer natureza que for detectado nas contas do Presbitério Espíritosantense será suspenso

8 - O Conselho Presbiteral está extinto. Os assuntos de natureza espiritual das igrejas serão tratados por um grupo de conselheiros constituído por sete pastores

9 - A estrutura de coordenação das áreas permanecerá no modelo atual, devendo seus coordenadores se reportar diretamente ao Grupo de Conselheiros do Presbitério Espíritosantense

10 - Deverão também os pastores das igrejas enviar mensalmente ao Conselho de Pastores, através do site do Presbitério Espíritosantense, um relatório contendo informações relativas a suas Igrejas

11- Estará disponível no horário comercial um telefone 0800 (ligação gratuita), que será um canal de comunicação aberto entre os membros das igrejas e o Presbitério.

Fonte: GazetaOnline

Odlave Sreklow

Membros da Maranata são presos por ordem da Justiça

Entre os presos está o pastor e um dos fundadores da Igreja Gedelti Gueiros



 Nestor Müller
Gedelti Gueiros, presidente afastado da Igreja Maranata foi preso em Vitória após operação de cumprimento de mandado pela Polícia Civil 


Nove pessoas ligadas a cúpula da Igreja Cristã Maranata foram presas na manhã desta segunda-feira (24), por determinação da Justiça. De acordo com o Ministério Público Estadual, elas integram uma organização criminosa que teria desviado mais de R$ 30 milhões dos cofres da instituição. Entre os detidos está o presidente afastado da igreja, Gedelti Gueiros, um dos fundadores da Maranata. Dos 12 pedidos de prisão, a Justiça acatou 10.

Por problemas de saúde, o pastor Arlínio de Oliveira Rocha vai cumprir prisão domiciliar. Os demais foram encaminhados ao Centro de Triagem de Viana. Além de Gedelti e Arlínio estão presos: Antônio Ângelo Pereira dos Santos, Antônio Carlos Peixoto, Amadeu Loureiro Lopes, Antônio Carlos Rodrigues de Oliveira, Carlos Itamar Coelho Pimenta, Jarbas Duarte Filho, Wallace Rozetti e Leonardo Meirelles Alvarenga.

A decisão é do juiz Ivan Costa Freitas, da 8ª Vara Criminal de Vitória. Os envolvidos são acusados pelo Ministério Público de formação de quadrilha, duplicada simulada e estelionato.

A decisão judicial ainda destituiu do cargo o interventor Júlio César da Costa. No lugar dele foi nomeado Antônio Fernando Barroso Ribeiro, engenheiro, perito judicial e membro ha 37 anos da Maranata. O Ministério Público sustenta que Júlio César não é imparcial para ocupar o cargo, já que possui ligação íntima com os denunciados. Ele, inclusive, aparece como gestor do Maanaim, local onde teriam sido praticadas diversas fraudes. Júlio César afirmou que desconhece a decisão, mas a aceita com naturalidade já que o prazo dele a frente do cargo terminaria em cinco dias.

Foto: Nestor Müller
 Nestor Müller


O Ministério Público sustenta na denúncia, acatada pela Justiça, que Gedelti Gueiros, mesmo afastado da presidência do Presbitério, continuava mandando e desmandando na igreja, descumprindo as medidas cautelares decretadas judicialmente. Cita ainda a intimidade entre ele e Júlio César da Costa.

Ao sair do DPJ, Gedelti Gueiros afirmou que não sabia o motivo da prisão dele. “Nem sei o motivo disso. Não sei porque estou sendo preso. Ninguém me disse nada", declarou.

Apontado como o mentor de várias artimanhas, o pastor Amadeu Lopes ocupa uma posição de destaque na cúpula da igreja. Ele, inclusive, conseguiu junto ao interventor, mesmo após ser denunciado, se manter nos meios administrativos do Presbitério.

> Leia mais notícias de Cidades
Carlos Itamar Coelho Pimenta aparece nos autos como o autor de processos contra a imprensa, que tinham o objetivo de criar obstáculos para divulgação de dados da Igreja. Ele também é denunciado por coagir testemunhas.

Antônio Ângelo Pereira dos Santos, membro da cúpula, Leonardo Meirelles Alvarenga, Antônio Carlos Peixoto, Antônio Carlos Rodrigues de Oliveira, Jarbas Duarte Filho, Wallace Rozetti e Arlínio de Oliveira Rocha são apontados por receberem altas quantias de dinheiro, inclusive em dólar.

Dos 12 pedidos de prisão, a Justiça não acatou dois. Eles foram negados, apesar dessas pessoas terem sido denunciadas pelo Ministério Público. Ao todo são 19 denunciados.

Na decisão, a Justiça aplicou medidas cautelares a outros sete: José Eloy Scabelo, Ricardo Alvim Madela de Andrade, Daniel Amorim, Daniel Luiz Peter, Paulo Pinto Cardoso Sobrinho, Wellington Neves da Silva e Urquisa Braga Neto.

Entre as várias determinações, essa medida cautelar proíbe que os envolvidos deixem a cidade. Eles também deverão permanecer em casa no período noturno e em dias de folga do trabalho, além de terem que entregar o passaporte à Justiça até esta terça-feira (25).

As prisões foram realizadas pelo Grupo de Operações Táticas da Polícia Civil (GOT). Antes de serem levados para o Centro de Triagem de Viana, os nove detidos passaram por exames no Departamento Médico Legal de Vitória. Durante o cumprimento dos mandados, a sede do Presbitério ficou fechada, sob vigilância da Polícia Civil.

Fonte: GazetaOnline

Odlave Sreklow

Fundador e pastores da Igreja Maranata são presos no ES

Pastor Gedelti Gueiros e outros membros foram levados para CDP de Viana.
Segundo a polícia, 10 mandados de prisão foram expedidos.



Pastor Gedelti é detido em sua residência, na Praia da Costa (Foto: Leandro Nossa / G1 ES)

Pastor Gedelti é detido em sua residência, na Praia
da Costa (Foto: Leandro Nossa / G1 ES)

O ex-presidente e fundador da Igreja Cristã Maranata (ICM), pastor Gedelti Gueiros, foi preso na residência dele, no bairro Praia da Costa, em Vila Velha, por policiais do Grupo de Operações Táticas (GOT), na manhã desta segunda-feira (24). De acordo com a polícia, 10 mandados de prisão foram expedidos contra membros da Igreja Maranata, sendo oito cumpridos pelo GOT na manhã desta segunda. Outros dois integrantes da igreja se apresentaram ao Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Vitória e foram presos. Segundo o delegado Eduardo Chaddour, uma das prisões será domiciliar. Todos os detidos nesta manhã foram encaminhados para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Viana, na Grande Vitória. O interventor da instituição, Júlio Cezar Costa, foi destituído. A sede do presbitério da Maranata, em Vila Velha, foi interditada pela polícia.
Além de Gedelti, Antônio Angelo Pereira dos Santos, Antonio Carlos Rodrigues de Oliveira, Antonio Carlos Peixoto, Amadeu Loureiro Lopes, Carlos Itamar Coelho Pimenta e Jarbas Duarte Filho foram levados para o DPJ, passaram por exames no Departamento Médico Legal (DML) e foram encaminhados para o Centro de Detenção Provisõria (CDP) de Viana. O pastor Arlínio de Oliveira Rocha teve prisão domiciliar decretada. Wallace Rozetti e Leonardo Meirelles de Alvarenga se apresentaram diretamente na delegacia, pela manhã.
Após a prisão, Gedelti foi sucinto em suas palavras. "Falar o que? Não tem muito o que falar, não sei o que está acontecendo, não sei por que estou sendo preso", disse o fundador da ICM ao G1
Um dos presos, Carlos Itamar Coelho, disse se sentir 'destruído'. "Me sinto destruído, pela nossa imagem, fico constrangido. Mas, vamos acreditar na justiça", falou.


No DML de Vitória, onde foram submetidos a exame, os membros da Maranata ficaram sentados lado a lado enquanto esperavam pelo atendimento. Do lado de fora do prédio uma fiel da Maranata demonstrou apoio ao pastor Gedelti.
Júlio Cezar Costa, que havia sido nomeado interventor da ICM, disse que foi comunicado de sua destituição por ordem judicial. Ele informou que não sabe o motivo, mas agradeceu o período em que administrou a igreja de forma ética e profissional. O novo interventor será Antônio Barroso Ribeiro.
O advogado Gustavo Varella, que defende a Igreja Maranata, acompanha a ocorrência, mas informou que ainda não recebeu a denúncia e não tem detalhes sobre o caso. Ele vai se pronunciar durante o decorrer do dia, assim que tiver mais informações.
Em maio, dezenove membros da Igreja Cristã Maranata, incluindo pastores, foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público Estadual (MPES) pelos crimes de estelionato, formação de quadrilha e duplicata simulada. Eles teriam praticado desvio de dízimo da igreja, envolvendo uma movimentação financeira de R$ 24,8 milhões, segundo o próprio MPES. Antes, em março, Gedelti e outros três membros da ICM haviam sido presos por coagir testemunhas do inquérito que investiga a igreja.

Maranata
A Igreja Cristã Maranata foi criada há 44 anos no estado e  já possui mais de 5,5 mil templos no Brasil e em outros países.

Presbitério da Igreja Cristã Maranata foi interditado judicialmente, diz polícia (Foto: Leandro Nossa / G1 ES)
Presbitério da Igreja Cristã Maranata foi interditado judicialmente, diz polícia (Foto: Leandro Nossa / G1 ES)



Fonte: G1

Odlave Sreklow


quinta-feira, 14 de março de 2013

MARANATA: PROMOTOR RECEBE LISTA DE PESSOAS MARCADAS PARA MORRER

Testemunha denuncia ameaça após prisões

Empresário recebeu telefonemas e ouviu: "Vou te pegar"

VILMARA FERNANDES | vfernandes@redegazeta.com.br

No dia em que líderes da Maranata foram presos sob a acusação de coagirem testemunhas, uma pessoa voltou a ser ameaçada. O fato ocorreu no início da tarde da última terça-feira, três horas após as detenções. O crime foi cometido contra um ex-fiel da igreja que prestou depoimentos considerados importantes no processo que apura o desvio de recursos de dízimo doado pelos fiéis. O promotor de Justiça Paulo Panaro, do Grupo de Atenção Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), não tem dúvidas: “É uma grave ameaça com o intuito de causar mal à pessoa”, declarou.



Até esta quarta-feira, segundo apontam as investigações, pelo menos 20 pessoas – incluindo promotores e uma juíza – foram ameaçadas pela cúpula da Maranata desde outubro passado. O objetivo era fazer com que mudassem depoimentos que já haviam prestado e que incriminavam membros da igreja. Sete delas, segundo os promotores, já mudaram suas declarações.
Foto: Ricardo Medeiros | Arquivo
Ricardo Medeiros/Arquivo
A ameaça feita nesta terça a uma das testemunhas deu-se por telefone. Após três ligações, foi dito: “Está satisfeito com o que conseguiu? Vim de muito longe para te pegar. Vou esperar só a poeira abaixar para te pegar, seu ...”. Após o susto, o ameaçado procurou o Ministério Público Estadual e formalizou uma denúncia. Nesta quarta, a pessoa prestou depoimentos e fará o mesmo nesta quinta, à Polícia Federal.
Segundo Panaro, esta foi a primeira ameaça direta feita com o intuito de “causar mal injusto e grave”. Acrescentou que o fato caracteriza crime de coação no curso do processo por se tratar de grave ameaça.


O promotor explica que o objetivo, mais uma vez, foi o de tentar fazer com que a testemunha mudasse depoimentos já prestados ao processo que investiga as fraudes. “É uma testemunha importante para o caso. Como é uma pessoa determinada, que não seria dissuadida com recados, resolveram partir para ameaça mais grave”, frisa Panaro.
A GAZETA conseguiu conversar com o empresário, cujo nome não será revelado por segurança. Ele garantiu que, mesmo com ameaças, não mudará seu depoimento. “Jamais farei isso. Falei a verdade”, disse. Segundo Panaro, estão sendo feitas investigações para descobrir quem fez as ameaças. O promotor não descarta, inclusive, a possibilidade de novas prisões.

Lista de marcados para morrer

O promotor de Justiça Paulo Panaro informou nesta quarta-feira que recebeu uma lista de pessoas que estariam marcadas para morrer por conta das denúncias. “O assunto ainda está sendo investigado”, diz. Entre os ameaçados estariam advogados, servidores públicos e até uma autoridade.


Vítima de coação

O empresário ameaçado de morte após as prisões de líderes da Maranata é um ex-fiel da igreja. Ele garante que, mesmo com as coações, não pretende mudar o testemunho que já prestou aos promotores do Ministério Público Estadual. “Não mudo de jeito nenhum”, garantiu. Confira abaixo mais detalhes da entrevista concedida para A GAZETA, na tarde de ontem.
Quando o senhor foi ameaçado?
Terça-feira, por volta das 12h20, após as prisões dos pastores.
Como aconteceu?
Eu estava dirigindo quando o telefone tocou. Mas o celular ficou mudo, e desligaram. Na segunda vez, aconteceu a mesma coisa. Na terceira, uma pessoa perguntou se era eu quem estava falando. Quando confirmei, respondeu: “Está satisfeito com o que conseguiu? Vim de muito longe para te pegar. Vou esperar só a poeira abaixar para te pegar, seu ...”
O que o senhor fez?
Procurei o Ministério Público Estadual e formalizei um comunicado.
Sentiu medo?
Sem dúvida, muito. Pela primeira vez senti que a situação não estava bem.
Identificou a voz?
Não, mas identifiquei um sotaque, do Sul da Bahia. Foram utilizados dois números, já informados ao MP.
Essa foi a primeira ameaça?
De forma direta sim, mas houve outras.
Como?
Em outra situação, eu estava próximo a um shopping, em Vitória, quando um carro parou ao lado do meu. O motorista fez um sinal com a mão, simulando uma arma atirando. Em seguida, arrancou com o carro.
E as outras?
Indiretas, recados.
E a família do senhor?
Em uma ocasião, me avisaram para evitar sair com a família, porque quem estivesse comigo, em meu carro, também seria atingido.
O senhor mudou seu comportamento?
Completamente.
Prestou depoimento?
Ao MPE e também vou à Polícia Federal.
Pensou em mudar seu depoimento?
Não mudo de jeito nenhum. Não falei mentiras, tenho um compromisso com a verdade. Se mudá-lo, vou transigir com a verdade, e isso eu não faço. Então, podem me matar. Morro, mas o que está escrito vai continuar, porque disse a verdade.


Relembre o caso
> Bens de pastores da Maranata crescem 6 vezes
> Pastor briga para retomar a liderança da igreja Maranata
> Operação apreende documentos em sedes da Igreja Maranata
> Fraude derruba toda a cúpula da Igreja Maranata
> Igreja Maranata: dízimo desviado em fraude milionária
> Pastor usou 'visão' para justificar desvio
> Envolvido em compras foi preso pela federal
> R$ 1,8 milhão doados à igreja
> Igreja contratou sobrinho de presidente
> Maranata: "uma igreja que surgiu da luta pelo poder"
> Maranata pagou R$ 941 mil em materiais nunca entregues
> Maranata: líder da igreja é investigado
> Crimes federais investigados

terça-feira, 12 de março de 2013

NOTA OFICIAL IGREJA CRISTÃ MARANATA EM RESPOSTA ÀS PRISÕES

A Igreja Maranata divulgou nota oficial em resposta às prisões. Confira na íntegra:


 


"Em respeito à sociedade, bem como a todos os seus milhares de membros no Brasil (1) e no exterior, a Igreja Cristã Maranata vem a público esclarecer os fatos divulgados na manhã desta terça-feira e que culminaram com a detenção de alguns de seus pastores (2).

É sabido que a Igreja Cristã Maranata, como uma instituição de fé, tem se respaldado no respeito aos órgãos públicos e à imprensa em geral, sem, contudo, deixar de tomar as medidas cabíveis e legais no sentido de proteger a sua idoneidade, que foi construída ao longo dos últimos 45 anos, de forma proba e séria (3).

À sociedade, esclarecemos que a Igreja Cristã Maranata jamais coagiu testemunhas ou ameaçou autoridades (4). Pelo contrário, a Igreja está processando judicialmente os que hoje são acusadores, sempre às claras e de acordo com a lei. A Igreja reafirma sua convicção de que as acusações de hoje foram pautadas no desejo de retaliação e perseguição, numa verdadeira cruzada religiosa e moral (5).

 As acusações feitas hoje à Igreja nada têm a ver com as denúncias iniciais, todas já esclarecidas pela Igreja junto à sociedade e à Justiça (6). É inconcebível, e chega a ser maledicente, tentar vincular à Igreja quaisquer atos de violência, pois é por demais conhecido o compromisso com a paz e a pregação isenta do evangelho(7), conforme foi verificado no evento do último domingo, que, de forma pacífica e ordeira, glorificou o Senhor Deus pelos 45 anos da Igreja, reunindo cerca de 150 mil pessoas na Enseada do Suá (8), sem qualquer referência, mesmo que subjetiva, aos quesitos que são objeto da investigação.

Por fim, a Igreja tem plena confiança de que a Justiça bem informada será mais uma vez sábia e isenta para decidir em prol da causa de um grande povo (9), que honra a nacionalidade brasileira com extensão no exterior, agindo sempre no irrestrito cumprimento da lei".


1) Utilizando-se de um artifício psicológico para enaltecer o ego dos membros da igreja logo no início da nota. À partir daqui o membro da Igreja Cristã Maranata que ler a nota já tem sua mente programada para entender-se como parte dos milhares de membros no Brasil. Esquecem que existem outras denominações evangélicas com uma quantidade extremamente maior que a Igreja Cristã Maranata, como por exemplo a Igreja Universal do Reino de Deus, cujo fundador também já foi preso.

2) Por alguns de seus pastores subtende-se: Os principais pastores fundadores da igreja, um deles nada mais é que a peça principal do tabuleiro que a 45 anos descobriu uma forma rentável de se utilizar da religião. Gedelti Gueiros é o principal idealizador das doutrinas e conceitos relativos à parte chamada "espiritual" da igreja, quando algo não foi inventado por ele, foi copiado de teólogos que seus membros desconhecem a origem, ou seja, todos os costumes, rituais e demais sistemáticas utilizados pela igreja hoje, partiram da mente deste, cujo nome é Gedelti Gueiros. Que desde o início utilizou-se do personagem máximo da religião cristã para iludir pessoas simples e humildes, dizendo-se profeta, enviado e alguém que conversava com o próprio deus do cristianismo, a quem denomina-se Jesus Cristo.

3) Justificativa enganosa, caso as acusaçõe sejam comprovadas esta parte será mais uma de suas mentiras.

4) As 6 testemunhas, uma juíza, um promotor e todos envolvidos nas investigações são mentirosos? O que vão dizer? Que são todos caídos desviados da igreja?

5) Estão querendo dizer que a polícia federal e o ministério público estão preocupados com religião? Será que não sabem que uma das responsabilidades do ministério público é defender a população? Estão chamando um trabalho sério realizado por profissionais qualificados de "picuinha religiosa"? Estão querendo chegar onde com isto? Estão achando que todo mundo é imbecil?

6) Como as denúncias iniciais foram todas esclarecidas se o processo ainda está em andamento? Se as investigações não terminaram? Ainda falta muita coisa para acontecer e dizem que foi tudo esclarecido? Só será esclarecido quando as investigações e o trabalho da lei for concluído.

7) E o revólver que foi apreendido? A paz é alcançada e o evangelho é pregado utilizando-se de um três oitão?

8) Novamente trabalhando o ego dos membros para acreditarem que quantidade de seguidores é sinônimo de verdade e honestidade, o que tem se visto na prática é o contrário. Esta reunião foi feita apenas para enaltecer o ego dos que permanecem sem acreditar que foram enganados. Eles trabalharam o ego de seus membros por 45 anos de tal forma que agora não importa o que aconteça os membros não vão assumir que caíram no "conto do vigário", não vão assumir que foram enganados, não vão assumir que o "deus" que falava com eles não se passava de uma ilusão criada em suas mentes que eram alimentadas em seminários com teatros espirituais.

9) Novamente querendo inserir na mente dos membros que são um "grande povo". Se realmente acham que número é o que vale dêem uma olhada abaixo:

NR

Grupos Evangélicos

Total

Homens

Mulheres

Igreja  Assembléia de Deus12.314.4105 586 5206 727 891
Igreja Evangélica Batista3 723 8531 605 8232 118 029
Igreja Congregação Cristã do
Brasil
2 289 6341 060 2181 229 416
Igreja Universal do Reino de
Deus
1 873 243756 2031 117 040
Igreja Evangelho Quadrangular1 808 389774 6961 033 693
Igreja Evangélica Adventista1 561 071704 376856 695
Igreja Evangélica Luterana999 498482 382517 116
Igreja Evangélica Presbiteriana921 209405 424515 785
Igreja Deus é Amor845 383365 250480 133
10°Igreja Maranata356 021156 185199 835

Leia mais em: http://top10mais.org/top-10-maiores-denominacoes-evangelicas-do-brasil-censo-2010/#ixzz2NMz1b088



Eles estão em décimo lugar e se acham grande coisa? E ainda tenho minhas dúvidas se esta Maranata não é outra que não seja a "Igreja Cristã Maranata - PES"

Francamente, isto é pobre com síndrome de rico. Comem ovo e arrotam caviar.


Odlave Sreklow.



PROMOTOR AFIRMA QUE TESTEMUNHAS FORAM COAGIDAS POR MEMBROS DA IGREJA MARANATA

Nesta terça-feira (12) foram presos o atual presidente Elson Pedro dos Reis, o ex-presidente Gedelti Gueiros e outros dois pastores, Amadeu Loureiro e Carlos Itamar Coelho

 

Ao menos seis testemunhas que prestaram depoimento contra as lideranças da Maranata foram ameaçadas nos últimos quatro meses por integrantes ligados diretamente a cúpula da igreja. De acordo com o Ministério Público Estadual, essas testemunhas, com medo de alguma represália, chegaram a mudar a versão do depoimento.
Foram presos na manhã desta terça-feira (12) o atual presidente da Igreja Maranata, Elson Pedro dos Reis, o ex-presidente Gedelti Gueiros e outros dois pastores, Amadeu Loureiro e Carlos Itamar Coelho. Os quatro estão com prisão preventiva decretada.
Defesa
A Igreja Maranata divulgou nota  em que nega as acusações e diz que nunca coagiu testemunhas ou fez ameaças, e se diz vítima de uma cruzada religiosa e moral.  "É sabido que a Igreja Cristã Maranata, como uma instituição de fé, tem se respaldado no respeito aos órgãos públicos e à imprensa em geral, sem, contudo, deixar de tomar as medidas cabíveis e legais no sentido de proteger a sua idoneidade, que foi construída ao longo dos últimos 45 anos, de forma proba e séria", diz a nota.
> Confira a nota  na íntegra
Segundo o promotor Paulo Panaro, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), intimidações também aconteceram contra um promotor e uma juíza que trabalham diretamente no caso.
“Eles chegaram ao cúmulo de tentar convencer membros do Ministério Público e do Judiciário a mudar decisões e a maneira de proceder as investigações. Falavam tudo muito diplomaticamente. Só que os promotores não são ignorantes. São pessoas habituadas a isso que conseguiram detectar a real intenção das visitas que receberam”, destacou o promotor.
Também ficou provado para o Ministério Público que as testemunhas foram claramente coagidas a mudarem o teor do depoimento. Os responsáveis pelas ameaças geralmente se encontravam com testemunhas em reuniões marcadas pessoalmente. Uma delas relatou aos promotores que, em uma ocasião, uma arma foi colocada em cima da mesa, durante a conversa.
“Uma testemunha disse: Se estão fazendo isso com um promotor de Justiça, o que vão fazer comigo? Uma outra nos relatou que foi convidada a conversar e durante essa conversa havia uma arma sobre a mesa. Isso consta em depoimento”, destacou.

Foto: Letícia Cardoso | CBN Vitória (93,5 FM)
Letícia Cardoso
Policial federal recolhe documentos na casa do pastor Amadeu Loureiro. Ao lado, carro com o religioso seguindo para a sede da Polícia Federal

As investigações contra membros da direção da igreja Maranata incluem crimes de estelionato, falsidades, tráfico de influência, desvio de erário, lavagem de dinheiro, dentre outros.
Panaro contou ainda que eles agiam da seguinte forma: ligavam para os fiéis que eram testemunhas de acusação contra a Maranata solicitando uma reunião para tratar de assuntos administrativos referentes a igreja. Confiando na nova cúpula que assumiu a igreja após o afastamento judicial de Gedelti Gueiros, essas testemunhas, aponta o promotor, foram ao encontro. Nessa ocasião eles eram intimidados.
“Se aproveitavam da credulidade dos fiéis. Eles não faziam ameaças diretas, de provocação ou grave futuro. Mas diziam: o que você está fazendo não está bom. Está prejudicando fulano, beltrano e sicrano. Isso é ruim. Ficaria melhor se você pudesse mudar o que está dizendo para não prejudicar mais. Várias pessoas mudaram o depoimento por causa disso”, disse Panaro.
A polícia ainda realizou busca e apreensão na casa dos acusados, escritórios e na Rádio Maanain, local onde acontecia as reuniões com as testemunhas. Além de documentos e computadores, a Polícia Federal apreendeu uma arma.
> Leia mais notícias em Minuto a Minuto

Data: 17/01/2013 - Vila Velha - ES - Igreja Maranata na Praia da Costa, rua Henrique Moscoso - Editoria: Cidades - Foto: Vitor Jubini - GZO poder de influência que a Maranata tem em órgãos federais, estaduais e municipais levam o promotor Paulo Panaro a não acreditar que essas prisões vão perdurar por muito tempo.
“Eu particularmente não acredito que essas prisões vão se sustentar por muito tempo, dado pela influência que essa instituição tem em todos os órgãos a nível federal, estadual e municipal. Queremos que ela dure. Essas prisões não serão revogadas com o aval do Ministério Público", disse.
Para o Procurador-Geral de Justiça, Eder Pontes, essas ameaças afrontam o trabalho do Ministério Público. Segundo ele, o teor das ameaças, mesmo sendo moral, poderia redundar numa situação mais grave para os promotores que trabalham no caso.
“Isso é lamentável. É uma gravidade enorme ameaçar o Ministério Público. Foi uma ameaça moral, mas que poderia redundar em outra espécie de ameaça mais grave. O Ministério Público tem o dever de manter a ordem jurídica e apurar os fatos como devem ser apurados. Não temos nenhum interesse de prejudicar quem quer que seja”, afirmou.
As prisões foram decretadas pelo juiz Marcelo Loureiro, da Central de Inquérito. Ele determinou que o ex-presidente e um dos fundadores da Maranata, Gedelti Gueiros, fique em prisão domiciliar por ter mais de 80 anos. O magistrado determinou ainda que dois policiais militares fiquem dia e noite na residência dele, para garantir que o pastor não saia de casa.
Carlos Itamar Coelho, por ser advogado, ficará detido no Quartel de Maruípe. Já o atual presidente da igreja Maranata, Elson Pedro dos Reis, e o pastor Amadeu Loureiro foram encaminhados para o Centro de Detenção Provisória II de Viana.
O Presbitério da Maranata, onde funciona toda parte administrativa da Igreja, foi fechado nesta terça-feira para atendimento.

Quem são os presos? 
Elson Pedro dos Reis: pastor e atual presidente da igreja Maranata. Ele foi indicado pela própria igreja como interventor, assumiu a presidência no final do ano passado, quando o então presidente Gedelti Gueiros foi afastado do cargo pela Justiça.

Gedelti Gueiros: pastor, ex-presidente e um dos fundadores da igreja Maranata.

Amadeu Loureiro: pastor, médico e faz parte da cúpula da igreja Maranata.

Carlos Itamar Coelho: pastor, advogado e também faz parte da cúpula da Igreja Maranata.

Info - Maranata

Mais informações em instantes.

Fonte: A Gazeta


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> Crimes federais investigados

 

 

Policia federal chegando na residência do presidente da Igreja Maranata Elson Pedro dos Reis, no bairro Praia da Costa , Vila Velha. (Crédito: Ricardo Medeiros)



 Carro saindo do prédio onde reside o presidente da Igreja Maranata Elson Pedro dos Reis, no bairro Praia da Costa, Vila Velha. (Crédito: Ricardo Medeiros)

 

Elson Pedro dos Reis, presidente da Igreja Maranata, preso por policiais federais chegando no Departamento Médico Legal (DML), para exame de corpo delito. (Crédito: Ricardo Medeiros)

 

 

 Elson Pedro dos Reis, presidente da Igreja Maranata, preso por policiais federais saindo do Departamento Médico Legal (DML), após exame de corpo delito. (Crédito: Ricardo Medeiros)

 

 

  Elson Pedro dos Reis, presidente da Igreja Maranata, preso por policiais federais saindo do Departamento Médico Legal (DML), após exame de corpo delito. (Crédito: Ricardo Medeiros)

 

  Elson Pedro dos Reis, presidente da Igreja Maranata, preso por policiais federais saindo do Departamento Médico Legal (DML), após exame de corpo delito. (Crédito: Ricardo Medeiros)

Elson Pedro dos Reis, presidente da Igreja Maranata, preso por policiais federais saindo do Departamento Médico Legal (DML), após exame de corpo delito. (Crédito: Ricardo Medeiros)


Elson Pedro dos Reis, presidente da Igreja Maranata, preso por policiais federais saindo do Departamento Médico Legal (DML), após exame de corpo delito. (Crédito: Ricardo Medeiros)

 

 Policiais federais saindo do prédio onde reside o presidente da Igreja Maranata Elson Pedro dos Reis, no bairro Praia da Costa, Vila Velha. (Crédito: Ricardo Medeiros)

 

 

 Advogado do presidente da Igreja Maranata Elson Pedro dos Reis, saindo do prédio onde reside o pastor, no bairro Praia da Costa, Vila Velha.. (Crédito: Ricardo Medeiros)

 

Carlos Itamar Coelho, pastor da Igreja Maranata, preso por policiais federais, chegando no Departamento Médico Legal (DML), para exame de corpo delito. (Crédito: Ricardo Medeiros




Carlos Itamar Coelho, pastor da Igreja Maranata preso por policiais federais, saindo do Departamento Médico Legal (DML), após exame de corpo delito. (Crédito: Ricardo Medeiros)


 


Carlos Itamar Coelho, pastor da Igreja Maranata preso por policiais federais, saindo do Departamento Médico Legal (DML), após exame de corpo delito. (Crédito: Ricardo Medeiros)










 

 

 

PASTOR BRIGA PARA RETOMAR A LIDERANÇA DA IGREJA MARANATA

Gedelti Gueiros já obteve uma vitória na Justiça Federal para reassumir o comando da igreja, mas uma decisão estadual o mantém afastado

 

Vilmara Fernandes
vfernandes@redegazeta.com.br
Foto: Vitor Jubini - GZ
 Vitor Jubini - GZ
Um total de 26 pessoas são investigadas pelo desvio do dízimo doado à Maranata
Uma briga na Justiça está sendo travada para garantir que Gedelti Victalino Gueiros reassuma o comando da Maranata. Ele e os demais diretores da igreja foram afastados de suas funções no final do ano passado por decisões da Justiça estadual e da federal. Todos tiveram seus bens bloqueados, sigilos bancário e fiscal quebrados e foram impedidos de entrar no Presbitério de Vila Velha, a sede de comando da instituição.
Ao todo 26 pessoas estão sendo investigadas pelo desvio do dinheiro doado pelos fiéis. Na edição deste domingo, A GAZETA revelou com exclusividade detalhes das investigações feitas pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Entre eles está o possível enriquecimento ilícito dos pastores, cujo patrimônio chegou a crescer até seis vezes nos últimos cinco anos. E mais: a movimentação financeira desses pastores chega a ser até dez vezes superior ao rendimento declarado ao Imposto de Renda.

Comando

Na esfera federal a igreja conseguiu reverter o afastamento de Gedelti. No último mês, um habeas corpus assinado pelo desembargador do Tribunal Regional Federal (TRF da 2ª Região) Raldênio Bonifácio Costa, o autoriza a reassumir suas atividades junto à igreja e ao Conselho Presbiteral, bem como ter acesso à sede administrativa da instituição.

Mas ele continua impedido de retornar ao cargo ou mesmo entrar no Presbitério porque ainda está valendo a decisão da juíza Sayonara Couto Bittencourt Barbosa, da Vara de Inquéritos Criminais de Vitória, que determinou seu afastamento, assim como o dos demais diretores da igreja, no final do ano passado.

O advogado Sérgio Carlos de Souza, que faz a defesa da Maranata, garante que um recurso já foi entregue à Justiça Estadual. "Já apresentamos documentos e fatos que comprovam a lisura da administração da igreja, mas a nossa defesa ainda não foi apreciada", assinalou, acrescentando ainda que já conseguiram uma decisão que garantiu o desbloqueio dos bens.

Na última segunda-feira a Justiça homologou o nome de três pastores para a direção da igreja. A indicação foi feita pela própria Maranata, em documento assinado por sua advogada, Bárbara Valentim. Acatava assim uma decisão da juíza Sayonara Couto Bittencourt Barbosa, que determinou que novos membros assumissem o comando da instituição.

Novos líderes


Para a diretoria administrativa, de Recursos Humanos e Financeira foi apontado o nome de Carlos Manoel de Souza Moraes, assim como o de Elson Pedro dos Reis para o posto de diretor de Engenharia e Construção, e de Izaldino Athayde Lima para o a diretoria de patrimônio. Na mesma lista aparecia o nome do coronel carioca Sérgio Gomes Novo para representar o Conselho Presbiteral.

Na última segunda, porém, uma decisão do juiz Marcelo Menezes Loureiro, da Vara de Inquéritos Criminais de Vitória, homologou os nomes de três diretores. Um dos indicados, Sérgio Novo, foi eliminado. De acordo com o advogado Sérgio Cardoso, o coronel reside no Rio de Janeiro e enfrentaria dificuldades para vir ao Estado com a frequência que o cargo exige, por isso foi feita a retirada de seu nome da lista. Até o momento a igreja não indicou um nome para representar o Conselho Presbiteral, que comanda a Maranata e seus mais de cinco mil templos no Brasil e outros no exterior.

Por intermédio de nota a igreja reafirmou a sua posição de que as acusações serão todas esclarecidas. "A Maranata jamais se insurgiu contra qualquer tipo de investigação que esclareça os fatos. Pelo contrário, sempre mostrou interesse em dirimir todas as eventuais dúvidas e acusações", diz, em nota oficial.

Ao todo, 26 pessoas – a maioria pastores – estão sendo investigadas por sua participação num esquema de corrupção que, segundo as investigações, desviou recursos doados por fiéis, um rombo que pode ultrapassar os R$ 21 milhões, segundo estimativas da própria igreja.

Igreja nega enriquecimento de pastores

Em nota oficial, publicada na edição de A GAZETA deste domingo, a Maranata garante que não há enriquecimento ilícito dos seus pastores. Diz ainda que o pastor Gedelti Gueiros teve uma movimentação financeira atípica nos período de 2008/2011 porque vendeu imóveis e que ingressaram em seus rendimentos recursos de aluguéis e salários que recebe.

A nota oficial afirma ainda que o patrimônio de Gueiros é "fruto do trabalho de toda uma vida", anterior a fundação da igreja e que pode ser comprovado em sua evolução patrimonial e declaração de Imposto de Renda. "A movimentação é totalmente legal pois havia lastro para embasá-la".

A nota é concluída atribuindo as dificuldades às dissidências. A igreja "lamenta que tais leviandades construídas por uma dissidência da igreja atentem contra os pilares firmes que há 45 anos sustentam a instituição", diz o texto.

As investigações do Ministério Público apontam que a movimentação financeira de Gueiros foi sete vezes superior a seu rendimento e que o patrimônio dos pastores cresceu até seis vezes nos últimos cinco anos.

Para o advogado Sérgio Carlos de Souza, que faz a defesa da igreja, outra incoerência vem da citação, nas investigações do patrimônio e movimentação financeira de outros três pastores: Adaísio Fernandes, José de Anchieta Fraga e Alexandre Melo Brasil. "A investigação é de 2007 a 2011, mas eles só passaram a fazer parte da diretoria no final de 2011", argumenta.

Souza, que também é pastor, assinala que as investigações não afetaram a rotina da igreja. Garante que há normalidade, não só administrativa, mas também nos cultos e nas reuniões com os fiéis. "O que temos vivido é um aumento do seu número de fiéis e uma firmeza entre os seus membros, que conhecem a origem dos problemas", disse. Sérgio assinala que uma prova disso foi o ingresso de mais de mil pastores na igreja em 2012.


Fonte: A Gazeta

 

BENS DE PASTORES DA MARANATA CRESCEM 6 VEZES

Foi a quanto chegou o aumento do patrimônio de alguns dos administradores da igreja, segundo investigação do Ministério Público

 

 

Foto: Vitor Jubini - GZ
 Vitor Jubini - GZ
Um total de 26 pessoas, a maioria pastores da Maranata, está sendo investigado pelo desvio de dinheiro do dízimo doado por fiéis
As investigações que apuram o desvio do dinheiro do dízimo doado pelos fiéis da Maranata revelam que os pastores que administravam a igreja podem ter enriquecido de forma ilícita. Um exemplo vem do patrimônio deles, que, nos últimos cinco anos, chegou a engordar até seis vezes. E não fica só aí: a movimentação financeira em suas contas foi até dez vezes maior do que o rendimento declarado ao Imposto de Renda.

A análise das finanças faz parte das investigações que estão sendo conduzidas pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e estão no processo que tramita na Vara de Inquéritos Criminais de Vitória, ao qual A GAZETA teve acesso.

O material serviu de respaldo para que a Justiça autorizasse a busca e a apreensão de documentos e equipamentos na igreja e na casa dos investigados, além do sequestro de bens da instituição e de seus pastores, no final do ano passado.

"Ressaltamos a corrida por retificações nas declarações de Imposto de Renda de boa parte das pessoas físicas alvos do processo, que fizeram acrescer transações, bens e valores até então omitidos para não demonstrar incompatibilidade."

"É possível extrair variadas descrições das práticas ilícitas adotadas por membros da igreja."

Relato dos promotores no processo que tramita na Justiça


Clandestino

Foi a partir da quebra do sigilo fiscal dos investigados que o Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro, do Ministério Público Estadual, acabou confirmando as denúncias sobre a destinação clandestina do dinheiro doado pelos fiéis. "Era utilizado por determinados membros para investimento em bens e vantagens particulares", diz o relato dos promotores, no processo.

De acordo com as denúncias, com o dinheiro doado foram comprados apartamentos, casas, sítios, carros, e pagas contas de cartões de crédito. Até dólares foram enviados para o exterior na mala dos fiéis. O resultado, segundo relato dos promotores, é uma evolução patrimonial "considerável e incompatível" com a renda declarada.

Enriquecimento

Para exemplificar a situação à Justiça, foram utilizados cinco casos de pastores e suas respectivas situações patrimonial e financeira. "Há exemplos do súbito, injustificado e suspeito enriquecimento de alguns membros da igreja", relata o texto.

Um dos casos apontados é o de Gedelti Victalino Gueiros, um dos fundadores e presidente da Maranata, afastado do cargo no final do ano passado. A movimentação de dinheiro em sua conta foi sete vezes superior ao seu rendimento, "indicando clara incompatibilidade entre os anos de 2009 e 2011", diz o texto do processo.

Em 2009, por exemplo, seu rendimento bruto declarado foi de R$ 127 mil, mas a movimentação em sua conta superou os R$ 964 mil.

Sem crise

Não é muito diferente a situação de Antonio Angelo Pereira dos Santos, ex-vice-presidente, que foi apontado pela própria igreja como um dos responsáveis pelo esquema de corrupção. Seus bens, assim como sua movimentação financeira, cresceu mais de seis vezes nos último cinco anos.

Um detalhe curioso é que o seu patrimônio continuou aumentando até mesmo nos períodos em que seus vencimentos estavam em queda. De 2009 para 2010, seu rendimento caiu de R$ 77 mil para R$ 45 mil, mas seu patrimônio foi de R$ 349 mil para 375 mil.

Há ainda o caso do pastor Adaíso Fernandes Almeida, cujo patrimônio saltou de R$ 667 mil para R$ 2,97 milhões em cinco anos; do pastor José de Anchieta Fraga Carvalho, cujo patrimônio triplicou, e sua movimentação financeira foi quase dez vezes superior ao seu rendimento declarado; e também do pastor Alexandre Melo Brasil, cujo entra e sai em sua conta foi oito vezes maior do que seus vencimentos.

Boa parte dessa movimentação ocorreu no momento em que o mundo vivia os reflexos da crise financeira que teve início em 2008 e teve repercussões nos governos federal, estaduais e municipais e até nas empresas nos anos que se seguiram.

Infográfico: Pastores mais ricos

Investigados


Ao todo, 26 pessoas estão sendo investigadas pelo Gaeco como responsáveis pelas fraudes. A maioria fazia parte da administração da igreja, grupo destituído pela Justiça no final do ano passado. Entre essas pessoas estão Gedelti Victalino Gueiros e Antonio Angelo Pereira dos Santos.

O esquema de corrupção que desviou o dinheiro doado pelos fiéis foi viabilizado por intermédio de notas fiscais frias que pagavam serviços superfaturados, segundo as denúncias. Elas indicam o envolvimento de pastores, diáconos e até fornecedores do Presbitério de Vila Velha, que concentra a administração dos mais de 5 mil templos no Brasil, além de outros no exterior.

Segundo relato dos promotores do Gaeco, constantes no processo que tramita na Justiça, o dízimo foi usado até em outras vantagens particulares. "E, para acobertar os desvios e as irregularidades, os envolvidos no esquema criminoso se valiam da constituição fraudulenta de empresas e acordavam a emissão de notas fiscais superfaturadas", diz o texto.

Há denúncias ainda de que equipamentos eletrônicos foram adquiridos no exterior e importados de forma ilegal. O material teria sido utilizado na montagem de um sistema de audiovisual para a igreja transmitir seus cultos para templos no Brasil e no exterior.

Entre os crimes que podem ter sido cometidos estão estelionato, falsidade ideológica, formação de quadrilha, tráfico de influência, lavagem de dinheiro e até formação de curral eleitoral. Há investigações também sendo feitas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal.

Silêncio

O promotor do Gaeco, Lidson Fausto da Silva, não quis se manifestar sobre detalhes do caso, argumentando que as informações são fornecidas por intermédio de nota oficial do Ministério Público Estadual, quando necessárias.

Silêncio semelhante, segundo as poucas informação confirmadas pelo promotor, vem sendo mantido pelos membros da igreja já intimados a depor. Quase todos têm se recusado a falar, sob o argumento de que só comentam o caso em juízo.

Uma preocupação de que essas pessoas poderiam sofrer algum tipo de intimidação está presente no processo. Promotores relatam as dificuldades encontradas para colher novas provas e depoimentos em decorrência até do "receio de sofrer retaliações, perseguições e difamações na igreja", diz o texto do processo judicial.

A juíza Sayonara Couto Bittencourt Barbosa chegou a proibir que as 26 pessoas investigadas, incluindo os pastores, façam contato com qualquer testemunha que já foi ouvida ou que ainda vá prestar depoimento. Há pessoas que têm recorrido à Ouvidoria do Ministério Público Estadual e ao Gaeco para fazer suas denúncias por telefone. "Quem liga para o 127 ou 3145-7150 tem o sigilo garantido", assinala o promotor Lidson.

Resposta


O advogado Rodrigo Horta, que faz a defesa do pastor Adaísio, disse que só fala sobre o assunto em juízo. José Luiz Oliveira de Abreu, advogado de Antonio Angelo, discorda das afirmações dos promotores. Ele garante que o patrimônio de seu cliente é compatível com o rendimento do mesmo e que isso será provado no momento certo, "na Justiça", assinalou.

Foi por intermédio da assessoria de imprensa da Maranata que os demais pastores citados na matéria responderam às denúncias de enriquecimento ilícito. José de Anchieta informou que o aumento de seu patrimônio "se deve ao trabalho prestado por sua empresa a uma multinacional que lhe rendeu um faturamento especial naquele período".

Já Alexandre Mello, que também é advogado, explicou que "recebe quantias em nomes de clientes, faz o saque e repasses, ficando apenas com os honorários, o que justifica sua movimentação bancária".

Convicção

O ex-presidente da Maranata, Gedelti Victalino Gueiros, assinalou que, "de acordo com parecer técnico de auditoria independente, a evolução financeira no período de 2007 a 2011, contrapondo aos dados apresentados pelo Ministério Público Estadual, é compatível com seus rendimentos". Acrescentou ainda que os dados estão à disposição da Justiça.

A Igreja Maranata, por sua vez, assinala que reafirma sua convicção de que as acusações serão esclarecidas. "A igreja jamais se insurgiu contra qualquer tipo de investigação que esclareça os fatos", disse em nota oficial, acrescentando que "é com base na transparência e respeito integral à verdade que a Igreja Cristã Maranata confia no rápido desfecho para esse lamentável episódio".

Entenda o caso

Denúncias
No final de 2011,  circularam informações de que o dízimo doado por fiéis da Maranata estava sendo desviado por pastores, diáconos e fornecedores da igreja

Matérias

Após A GAZETA publicar matérias sobre as fraudes, o Ministério Público Estadual abriu uma investigação criminal em fevereiro do ano passado

Rombo

O prejuízo estimado era de R$ 21 milhões, mas a Maranata recorreu à Justiça, pedindo o ressarcimento de R$ 2,1 milhões

Acusados

O então vice-presidente da igreja, Antônio Angelo Pereira dos Santos, e o diácono e contador Leonardo Alvarenga foram apontados, pela Maranata, como os responsáveis pelo esquema de corrupção que desviou o dízimo. Os dois foram afastados de suas funções e processados na Justiça

Investigações

As investigações conduzidas pelo Gaeco revelaram que outros pastores da cúpula da Maranata, incluindo seu líder, Gedelti Gueiros, estavam envolvidos nas fraudes. Seus sigilos bancário e fiscal foram quebrados

Operações

No fim de 2012, os promotores do Gaeco e a Polícia Federal realizaram uma operação conjunta, denominada “Entre irmãos”, em que  foi feita a busca e a apreensão, além do sequestro de bens da igreja e dos pastores investigados
Fonte: A Gazeta

 

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Justiça pode intervir na Igreja maranata



Uma pessoa deve ser indicada para a direção da instituição

Vilmara Fernandesvfernandes@redegazeta.com.br
Foto: Nestor Müller
Nestor Müller
Na segunda-feira, policiais apreenderam documentos e equipamentos no Presbitério
Um interventor pode ser indicado para a direção da Igreja Maranata. Ele ocupará o lugar da equipe que foi afastada na segunda-feira por decisão da Justiça. Ao todo, 26 pessoas, além de empresas, estão sendo investigadas por sua participação num esquema de corrupção que desviou recursos provenientes do dízimo doado por fiéis, um rombo que pode ultrapassar os R$ 21 milhões, segundo estimativas da própria igreja.

Embora não tenha sido estipulado um prazo, está sendo aguardado que a Maranata indique um de seus membros – que não poderá ter relações com as pessoas ou empresas investigadas – para assumir a função. Caso isso não ocorra, a Justiça acatará uma indicação do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual, que comanda as apurações.

Desde segunda-feira, o grupo de pastores que comandava a Maranata está impedido de entrar nas áreas administrativas da igreja. Nos locais – incluindo o Presbitério de Vila Velha –, só é permitido o acesso de funcionários. 
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Além dessa restrição, os ex-comandantes sofreram bloqueio de bens e quebra de sigilos bancário e fiscal. Todos estão sendo notificados sobre a proibição de deixarem o Estado durante a apuração do caso.

Embora já tenha sido notificada sobre a decisão da Justiça, a cúpula da igreja que foi afastada informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que "só volta a falar sobre o assunto quando surgirem fatos novos sobre a investigação".

ApreensãoNas duas operações realizadas pelo Gaeco e pela Polícia Federal, foram apreendidos documentos e equipamentos no Presbitério; na Fundação Manoel dos Passos Barros, na Serra; e nos Manains de Cariacica, Vila Velha, Serra e Domingos Martins. Foram vistoriadas ainda empresas que prestavam serviços para a Maranata, como a Econtábil, de Leonardo Alvarenga, que, além de diácono, era o contador da igreja no país.

O objetivo das operações é obter mais provas para as investigações iniciadas em fevereiro deste ano, cujas apurações já apontavam o envolvimento da cúpula da igreja no desvio do dízimo. O golpe era viabilizado por notas fiscais frias, que permitiam a retirada de valores do caixa da igreja. Elas eram emitidas por fornecedores do Presbitério da Maranata com valores superfaturados. Há indícios de que empresas foram criadas – em nome de laranjas – para essa finalidade.

As apurações indicam que o dinheiro ia para as mãos de pastores e até de funcionários. Era utilizado na compra de imóveis, em pagamento de contas pessoais e na compra de dólares, enviados para o exterior na mala dos fiéis. Também foram comprados equipamentos eletrônicos no exterior sem pagamento de impostos.

Os envolvidos estão sendo investigados por formação de quadrilha, falsidade ideológica, tráfico de influência, estelionato e lavagem de dinheiro.

Grupo que denunciou esquema garante não guardar rancor
Foi um grupo de fiéis que denunciou as fraudes praticadas pela cúpula da Igreja Maranata, no final do ano passado. Inconformados com a situação, eles procuraram a imprensa e os órgãos de investigação. "Éramos da igreja, mas nunca aceitamos a imposição do erro", destaca o advogado Leonardo Schuler.

Por suas denúncias, relata Schuler, o grupo que ele representa foi perseguido e teve que deixar a igreja. "Sofremos muito, mas tudo o que denunciamos está sendo comprovado pelas investigações", acrescentou o advogado.

Eles garantem que não guardam rancor ou ódio dos fiéis que permaneceram na igreja. "Nossa luta sempre foi contra os que ludibriaram os fiéis, contra os que sequestraram a fé em nome de Deus", explicou Schuler.

Para os que permaneceram na Maranata, os últimos dias têm sido de muita reflexão e oração, segundo relata Geniffer Souza, 43, que frequenta o templo de Itacibá, em Cariacica. "Esperamos por explicações. Estamos orando para que tudo seja esclarecido", destacou.

Ela relata que muitos fiéis abandonaram a igreja por se sentirem traídos, mas diz que a maioria que permanece na denominação. "Estou firme. Esta sempre foi uma igreja séria, idônea e respeitada. Daí a importância de que tudo fique esclarecido", pontuou Geniffer, que passou 26 anos na igreja.

Ela lembra que na Maranata o dízimo não é obrigatório, que não há recolhimento de ofertas e que os pastores não recebem salários. "É tudo voluntário", frisa. Mas nenhum fiel sabe o que acontece, de fato, com o dízimo. "Vai para o Presbitério, mas não sabemos como são tomadas as decisões por lá", diz Geniffer.
Fonte: A Gazeta