Alcorão
2º Surata. 221:
"Tampouco consintais no matrimônio das vossas filhas com os idólatras, até que estes se tenham convertido, porque um escravo crédulo é preferível a um idólatra...Os idólatras arrastam-vos para o fogo infernal;"
Bíblia
2 Coríntios, cap. 6, verso 17:
"...porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?...retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor..."
Lendo estes textos do Alcorão e da Bíblia, confirmo a idéia de que a religião em si é vulnerável e bastante frágil quando colocada diante de conceitos opostos aos seus.
Cada religião ensina que seus seguidores não devem conviver ou se aproximar de pessoas que professam outras crenças, inibem a busca de conhecimento de outras religiões, quando não, diminuem seus livros a mitos e suas crenças à algo desprovido de inteligência ou até mesmo os considerando seguidores do ser malígno de sua própria religião.
Posso citar como exemplo algumas ramificações cristãs evangélicas que pregam para seus seguidores que o cristianismo católico se entregou ao diabo cristão simplesmente pelo fato de exibirem imagens de seus mártires, denominados santos.
Para os cristãos, qualquer outra religião é inerente de fontes obscuras e não devem ser estudadas ou simplesmente temos que fugir daqueles que as praticam.
No texto muçulmano que apresentei, também existe a preocupação em se colocar diante de pessoas de outras crenças.
No passado, sempre que um povo vencia outro em uma guerra, cuidava de destruir toda sua história e crença. No passado, pessoas de outras crenças foram mortas, principalmente pelo cristianismo.
A idéia central é destruir aqueles que não professam a sua fé.
Hoje, a guerra religiosa aberta existe em apenas algumas partes do mundo, em sua maioria é uma guerra psicológica.
Algumas igrejas evangélicas incentivam seus membros a se casarem com pessoas da mesma denominação, até mesmo tratando com indiferença quando alguém decide casar-se com uma pessoa de outra denominação, mesmo que seja também evangélica.
A frase comum é: "Não podemos nos misturar com os ímpios".
Esta é de fato uma maneira de tentar isolar o religioso para que não tenha contato com pessoas de outras religiões ou ateus. Nisto há o medo de que tal religioso seja "contaminado" com idéias ou questionamentos que antes não tinha.
Porque se a religião fosse algo concreto e definitivo não haveriam migrações constantes de uma para outra, assim, cabe a cada religião tentar "prender" seu seguidor de alguma forma, e a melhor forma é tentar convencê-lo a que não dê ouvidos a ninguém que não seja o seu líder.
Seria bom que as escolas de ensino médio tivessem matéria de ensino religioso sim, não para ensinar o cristianismo como na minha época, mas sim para contar a história da maioria das religiões e das mitologias, quem sabe assim não seria reduzida a falsa magia que existe atrás da crença e da fé religiosa?
Eu só fui conhecer de verdade o cristianismo quando deixei de ser cristão, e tenho visto que a coisa é assim mesmo, a maioria dos cristãos não conhecem a própria religião.
Existe sim, medo de perder adeptos nas religiões, medo tal que demonstra a fragilidade das religiões e crenças.
Odlave Sreklow.
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