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terça-feira, 19 de março de 2013

Maranata - Pastor Amadeu transferido para Viana II




Para um membro da Igreja Cristã Maranata esta notícia seria algo extraordinário. Muitos se perguntariam como um pastor renomado, conhecido, um dos fundadores da Igreja Cristã Maranata iria para uma igreja em um município incomum?

Amadeu na Igreja Cristã Maranata de Viana II???

Pôxa, ele nunca veio sequer fazer uma visita nesta igreja, mas hoje vai ser pastor aqui?

Infelizmente (para os de Viana 2), a notícia não é esta.


Não é desta vez que vocês terão o pastor celebridade, o pastor gozador (já que suas aulas nos Maanains são recheadas de gozações e zombarias principalmente quando está falando de outras denominações evangélicas).
O Pastor e doutor Amadeu Loureiro Lopes (o cara sorridente na foto acima) está no Centro de Detenção Provisória de Viana 2.

Isso mesmo Centro de Detenção Provisória de Viana II.

Sim, os membros e irmãos Maranatas da Igreja de Viana 1 não irão precisar ficar com ciúmes.

Hoje ele completa sete dias de detenção acusado de ameaçar testemunhas e atrapalhar o bom andamento das investigações dos crimes que estão sendo apurados dentro da Administração da Igreja Cristã Maranata.

Apesar de estar em uma cela reservada para quem tem curso superior, ele não pode receber visitas sequer dos familiares nos primeiros trinta dias, recebendo visita apenas do seu advogado.

Apesar destas informações, os membros/seguidores/escravos da ICM gostam de se iludir e estão divulgando nas redes socias que Deus é bom e o pastor Amadeu está pregando no presídio, ele vai converter ao cristianismo evangélico várias pessoas dentro do Centro de Detenção Provisória de Viana 2.

Há Há Há Há Há Há Há Há. É para rir?.

Se ele está recebendo apenas a visita do advogado, então creio que ele vai converter o advogado, ops, mas um pastor da "obra" não contrataria um advogado ímpio, putz, então o advogado deve ser da "obra", sendo assim, ele vai pregar para quem?

Tem gente que gosta de viver de ilusões, fantasias, gente que não cresce, gente que não tem mais de um neurônio no cérebro.

Quer dizer que Deus colocou Amadeu no presídio de Viana para converter os detentos em seguidores (vulgo dizimistas) da Maranata?

E os inúmeros pastores das Assembléias e Deus é Amor que vão à muitos anos visitar estes presídios? Todo trabalho em vão? Deus não está com eles?

Não posso esquecer que o Amadeu inúmeras vezes zombou de Assembleianos e outros grupos evangélicos, inclusive ele ou Gedelti já disseram em um dos seminários que participei que não precisam ir pregar em presídios porque nossos primos (os outros evangélicos) já faziam isso.

Que nosso papel é pregrar dentro das igrejas porque Deus leva as pessoas até nós, nós não precisamos ir até elas.

Francamente, a pessoa não querer aceitar a realidade é idiotice, tudo bem. Mas manipular a realidade é idiotice dobrada.

O slogan da Igreja Cristã Maranata agora é:
Maranata, o Seu Dízimo Vem!!!
45 anos extorquindo você!!!!


Veja este vídeo onde tem Gedelti Gueiros e Amadeu pregando:

Neste vídeo Amadeu Loureiro Lopes debocha de outras igrejas evangélicas.

Odlave Sreklow.

terça-feira, 12 de março de 2013

NOTA OFICIAL IGREJA CRISTÃ MARANATA EM RESPOSTA ÀS PRISÕES

A Igreja Maranata divulgou nota oficial em resposta às prisões. Confira na íntegra:


 


"Em respeito à sociedade, bem como a todos os seus milhares de membros no Brasil (1) e no exterior, a Igreja Cristã Maranata vem a público esclarecer os fatos divulgados na manhã desta terça-feira e que culminaram com a detenção de alguns de seus pastores (2).

É sabido que a Igreja Cristã Maranata, como uma instituição de fé, tem se respaldado no respeito aos órgãos públicos e à imprensa em geral, sem, contudo, deixar de tomar as medidas cabíveis e legais no sentido de proteger a sua idoneidade, que foi construída ao longo dos últimos 45 anos, de forma proba e séria (3).

À sociedade, esclarecemos que a Igreja Cristã Maranata jamais coagiu testemunhas ou ameaçou autoridades (4). Pelo contrário, a Igreja está processando judicialmente os que hoje são acusadores, sempre às claras e de acordo com a lei. A Igreja reafirma sua convicção de que as acusações de hoje foram pautadas no desejo de retaliação e perseguição, numa verdadeira cruzada religiosa e moral (5).

 As acusações feitas hoje à Igreja nada têm a ver com as denúncias iniciais, todas já esclarecidas pela Igreja junto à sociedade e à Justiça (6). É inconcebível, e chega a ser maledicente, tentar vincular à Igreja quaisquer atos de violência, pois é por demais conhecido o compromisso com a paz e a pregação isenta do evangelho(7), conforme foi verificado no evento do último domingo, que, de forma pacífica e ordeira, glorificou o Senhor Deus pelos 45 anos da Igreja, reunindo cerca de 150 mil pessoas na Enseada do Suá (8), sem qualquer referência, mesmo que subjetiva, aos quesitos que são objeto da investigação.

Por fim, a Igreja tem plena confiança de que a Justiça bem informada será mais uma vez sábia e isenta para decidir em prol da causa de um grande povo (9), que honra a nacionalidade brasileira com extensão no exterior, agindo sempre no irrestrito cumprimento da lei".


1) Utilizando-se de um artifício psicológico para enaltecer o ego dos membros da igreja logo no início da nota. À partir daqui o membro da Igreja Cristã Maranata que ler a nota já tem sua mente programada para entender-se como parte dos milhares de membros no Brasil. Esquecem que existem outras denominações evangélicas com uma quantidade extremamente maior que a Igreja Cristã Maranata, como por exemplo a Igreja Universal do Reino de Deus, cujo fundador também já foi preso.

2) Por alguns de seus pastores subtende-se: Os principais pastores fundadores da igreja, um deles nada mais é que a peça principal do tabuleiro que a 45 anos descobriu uma forma rentável de se utilizar da religião. Gedelti Gueiros é o principal idealizador das doutrinas e conceitos relativos à parte chamada "espiritual" da igreja, quando algo não foi inventado por ele, foi copiado de teólogos que seus membros desconhecem a origem, ou seja, todos os costumes, rituais e demais sistemáticas utilizados pela igreja hoje, partiram da mente deste, cujo nome é Gedelti Gueiros. Que desde o início utilizou-se do personagem máximo da religião cristã para iludir pessoas simples e humildes, dizendo-se profeta, enviado e alguém que conversava com o próprio deus do cristianismo, a quem denomina-se Jesus Cristo.

3) Justificativa enganosa, caso as acusaçõe sejam comprovadas esta parte será mais uma de suas mentiras.

4) As 6 testemunhas, uma juíza, um promotor e todos envolvidos nas investigações são mentirosos? O que vão dizer? Que são todos caídos desviados da igreja?

5) Estão querendo dizer que a polícia federal e o ministério público estão preocupados com religião? Será que não sabem que uma das responsabilidades do ministério público é defender a população? Estão chamando um trabalho sério realizado por profissionais qualificados de "picuinha religiosa"? Estão querendo chegar onde com isto? Estão achando que todo mundo é imbecil?

6) Como as denúncias iniciais foram todas esclarecidas se o processo ainda está em andamento? Se as investigações não terminaram? Ainda falta muita coisa para acontecer e dizem que foi tudo esclarecido? Só será esclarecido quando as investigações e o trabalho da lei for concluído.

7) E o revólver que foi apreendido? A paz é alcançada e o evangelho é pregado utilizando-se de um três oitão?

8) Novamente trabalhando o ego dos membros para acreditarem que quantidade de seguidores é sinônimo de verdade e honestidade, o que tem se visto na prática é o contrário. Esta reunião foi feita apenas para enaltecer o ego dos que permanecem sem acreditar que foram enganados. Eles trabalharam o ego de seus membros por 45 anos de tal forma que agora não importa o que aconteça os membros não vão assumir que caíram no "conto do vigário", não vão assumir que foram enganados, não vão assumir que o "deus" que falava com eles não se passava de uma ilusão criada em suas mentes que eram alimentadas em seminários com teatros espirituais.

9) Novamente querendo inserir na mente dos membros que são um "grande povo". Se realmente acham que número é o que vale dêem uma olhada abaixo:

NR

Grupos Evangélicos

Total

Homens

Mulheres

Igreja  Assembléia de Deus12.314.4105 586 5206 727 891
Igreja Evangélica Batista3 723 8531 605 8232 118 029
Igreja Congregação Cristã do
Brasil
2 289 6341 060 2181 229 416
Igreja Universal do Reino de
Deus
1 873 243756 2031 117 040
Igreja Evangelho Quadrangular1 808 389774 6961 033 693
Igreja Evangélica Adventista1 561 071704 376856 695
Igreja Evangélica Luterana999 498482 382517 116
Igreja Evangélica Presbiteriana921 209405 424515 785
Igreja Deus é Amor845 383365 250480 133
10°Igreja Maranata356 021156 185199 835

Leia mais em: http://top10mais.org/top-10-maiores-denominacoes-evangelicas-do-brasil-censo-2010/#ixzz2NMz1b088



Eles estão em décimo lugar e se acham grande coisa? E ainda tenho minhas dúvidas se esta Maranata não é outra que não seja a "Igreja Cristã Maranata - PES"

Francamente, isto é pobre com síndrome de rico. Comem ovo e arrotam caviar.


Odlave Sreklow.



PROMOTOR AFIRMA QUE TESTEMUNHAS FORAM COAGIDAS POR MEMBROS DA IGREJA MARANATA

Nesta terça-feira (12) foram presos o atual presidente Elson Pedro dos Reis, o ex-presidente Gedelti Gueiros e outros dois pastores, Amadeu Loureiro e Carlos Itamar Coelho

 

Ao menos seis testemunhas que prestaram depoimento contra as lideranças da Maranata foram ameaçadas nos últimos quatro meses por integrantes ligados diretamente a cúpula da igreja. De acordo com o Ministério Público Estadual, essas testemunhas, com medo de alguma represália, chegaram a mudar a versão do depoimento.
Foram presos na manhã desta terça-feira (12) o atual presidente da Igreja Maranata, Elson Pedro dos Reis, o ex-presidente Gedelti Gueiros e outros dois pastores, Amadeu Loureiro e Carlos Itamar Coelho. Os quatro estão com prisão preventiva decretada.
Defesa
A Igreja Maranata divulgou nota  em que nega as acusações e diz que nunca coagiu testemunhas ou fez ameaças, e se diz vítima de uma cruzada religiosa e moral.  "É sabido que a Igreja Cristã Maranata, como uma instituição de fé, tem se respaldado no respeito aos órgãos públicos e à imprensa em geral, sem, contudo, deixar de tomar as medidas cabíveis e legais no sentido de proteger a sua idoneidade, que foi construída ao longo dos últimos 45 anos, de forma proba e séria", diz a nota.
> Confira a nota  na íntegra
Segundo o promotor Paulo Panaro, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), intimidações também aconteceram contra um promotor e uma juíza que trabalham diretamente no caso.
“Eles chegaram ao cúmulo de tentar convencer membros do Ministério Público e do Judiciário a mudar decisões e a maneira de proceder as investigações. Falavam tudo muito diplomaticamente. Só que os promotores não são ignorantes. São pessoas habituadas a isso que conseguiram detectar a real intenção das visitas que receberam”, destacou o promotor.
Também ficou provado para o Ministério Público que as testemunhas foram claramente coagidas a mudarem o teor do depoimento. Os responsáveis pelas ameaças geralmente se encontravam com testemunhas em reuniões marcadas pessoalmente. Uma delas relatou aos promotores que, em uma ocasião, uma arma foi colocada em cima da mesa, durante a conversa.
“Uma testemunha disse: Se estão fazendo isso com um promotor de Justiça, o que vão fazer comigo? Uma outra nos relatou que foi convidada a conversar e durante essa conversa havia uma arma sobre a mesa. Isso consta em depoimento”, destacou.

Foto: Letícia Cardoso | CBN Vitória (93,5 FM)
Letícia Cardoso
Policial federal recolhe documentos na casa do pastor Amadeu Loureiro. Ao lado, carro com o religioso seguindo para a sede da Polícia Federal

As investigações contra membros da direção da igreja Maranata incluem crimes de estelionato, falsidades, tráfico de influência, desvio de erário, lavagem de dinheiro, dentre outros.
Panaro contou ainda que eles agiam da seguinte forma: ligavam para os fiéis que eram testemunhas de acusação contra a Maranata solicitando uma reunião para tratar de assuntos administrativos referentes a igreja. Confiando na nova cúpula que assumiu a igreja após o afastamento judicial de Gedelti Gueiros, essas testemunhas, aponta o promotor, foram ao encontro. Nessa ocasião eles eram intimidados.
“Se aproveitavam da credulidade dos fiéis. Eles não faziam ameaças diretas, de provocação ou grave futuro. Mas diziam: o que você está fazendo não está bom. Está prejudicando fulano, beltrano e sicrano. Isso é ruim. Ficaria melhor se você pudesse mudar o que está dizendo para não prejudicar mais. Várias pessoas mudaram o depoimento por causa disso”, disse Panaro.
A polícia ainda realizou busca e apreensão na casa dos acusados, escritórios e na Rádio Maanain, local onde acontecia as reuniões com as testemunhas. Além de documentos e computadores, a Polícia Federal apreendeu uma arma.
> Leia mais notícias em Minuto a Minuto

Data: 17/01/2013 - Vila Velha - ES - Igreja Maranata na Praia da Costa, rua Henrique Moscoso - Editoria: Cidades - Foto: Vitor Jubini - GZO poder de influência que a Maranata tem em órgãos federais, estaduais e municipais levam o promotor Paulo Panaro a não acreditar que essas prisões vão perdurar por muito tempo.
“Eu particularmente não acredito que essas prisões vão se sustentar por muito tempo, dado pela influência que essa instituição tem em todos os órgãos a nível federal, estadual e municipal. Queremos que ela dure. Essas prisões não serão revogadas com o aval do Ministério Público", disse.
Para o Procurador-Geral de Justiça, Eder Pontes, essas ameaças afrontam o trabalho do Ministério Público. Segundo ele, o teor das ameaças, mesmo sendo moral, poderia redundar numa situação mais grave para os promotores que trabalham no caso.
“Isso é lamentável. É uma gravidade enorme ameaçar o Ministério Público. Foi uma ameaça moral, mas que poderia redundar em outra espécie de ameaça mais grave. O Ministério Público tem o dever de manter a ordem jurídica e apurar os fatos como devem ser apurados. Não temos nenhum interesse de prejudicar quem quer que seja”, afirmou.
As prisões foram decretadas pelo juiz Marcelo Loureiro, da Central de Inquérito. Ele determinou que o ex-presidente e um dos fundadores da Maranata, Gedelti Gueiros, fique em prisão domiciliar por ter mais de 80 anos. O magistrado determinou ainda que dois policiais militares fiquem dia e noite na residência dele, para garantir que o pastor não saia de casa.
Carlos Itamar Coelho, por ser advogado, ficará detido no Quartel de Maruípe. Já o atual presidente da igreja Maranata, Elson Pedro dos Reis, e o pastor Amadeu Loureiro foram encaminhados para o Centro de Detenção Provisória II de Viana.
O Presbitério da Maranata, onde funciona toda parte administrativa da Igreja, foi fechado nesta terça-feira para atendimento.

Quem são os presos? 
Elson Pedro dos Reis: pastor e atual presidente da igreja Maranata. Ele foi indicado pela própria igreja como interventor, assumiu a presidência no final do ano passado, quando o então presidente Gedelti Gueiros foi afastado do cargo pela Justiça.

Gedelti Gueiros: pastor, ex-presidente e um dos fundadores da igreja Maranata.

Amadeu Loureiro: pastor, médico e faz parte da cúpula da igreja Maranata.

Carlos Itamar Coelho: pastor, advogado e também faz parte da cúpula da Igreja Maranata.

Info - Maranata

Mais informações em instantes.

Fonte: A Gazeta


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Policia federal chegando na residência do presidente da Igreja Maranata Elson Pedro dos Reis, no bairro Praia da Costa , Vila Velha. (Crédito: Ricardo Medeiros)



 Carro saindo do prédio onde reside o presidente da Igreja Maranata Elson Pedro dos Reis, no bairro Praia da Costa, Vila Velha. (Crédito: Ricardo Medeiros)

 

Elson Pedro dos Reis, presidente da Igreja Maranata, preso por policiais federais chegando no Departamento Médico Legal (DML), para exame de corpo delito. (Crédito: Ricardo Medeiros)

 

 

 Elson Pedro dos Reis, presidente da Igreja Maranata, preso por policiais federais saindo do Departamento Médico Legal (DML), após exame de corpo delito. (Crédito: Ricardo Medeiros)

 

 

  Elson Pedro dos Reis, presidente da Igreja Maranata, preso por policiais federais saindo do Departamento Médico Legal (DML), após exame de corpo delito. (Crédito: Ricardo Medeiros)

 

  Elson Pedro dos Reis, presidente da Igreja Maranata, preso por policiais federais saindo do Departamento Médico Legal (DML), após exame de corpo delito. (Crédito: Ricardo Medeiros)

Elson Pedro dos Reis, presidente da Igreja Maranata, preso por policiais federais saindo do Departamento Médico Legal (DML), após exame de corpo delito. (Crédito: Ricardo Medeiros)


Elson Pedro dos Reis, presidente da Igreja Maranata, preso por policiais federais saindo do Departamento Médico Legal (DML), após exame de corpo delito. (Crédito: Ricardo Medeiros)

 

 Policiais federais saindo do prédio onde reside o presidente da Igreja Maranata Elson Pedro dos Reis, no bairro Praia da Costa, Vila Velha. (Crédito: Ricardo Medeiros)

 

 

 Advogado do presidente da Igreja Maranata Elson Pedro dos Reis, saindo do prédio onde reside o pastor, no bairro Praia da Costa, Vila Velha.. (Crédito: Ricardo Medeiros)

 

Carlos Itamar Coelho, pastor da Igreja Maranata, preso por policiais federais, chegando no Departamento Médico Legal (DML), para exame de corpo delito. (Crédito: Ricardo Medeiros




Carlos Itamar Coelho, pastor da Igreja Maranata preso por policiais federais, saindo do Departamento Médico Legal (DML), após exame de corpo delito. (Crédito: Ricardo Medeiros)


 


Carlos Itamar Coelho, pastor da Igreja Maranata preso por policiais federais, saindo do Departamento Médico Legal (DML), após exame de corpo delito. (Crédito: Ricardo Medeiros)










 

 

 

PASTOR BRIGA PARA RETOMAR A LIDERANÇA DA IGREJA MARANATA

Gedelti Gueiros já obteve uma vitória na Justiça Federal para reassumir o comando da igreja, mas uma decisão estadual o mantém afastado

 

Vilmara Fernandes
vfernandes@redegazeta.com.br
Foto: Vitor Jubini - GZ
 Vitor Jubini - GZ
Um total de 26 pessoas são investigadas pelo desvio do dízimo doado à Maranata
Uma briga na Justiça está sendo travada para garantir que Gedelti Victalino Gueiros reassuma o comando da Maranata. Ele e os demais diretores da igreja foram afastados de suas funções no final do ano passado por decisões da Justiça estadual e da federal. Todos tiveram seus bens bloqueados, sigilos bancário e fiscal quebrados e foram impedidos de entrar no Presbitério de Vila Velha, a sede de comando da instituição.
Ao todo 26 pessoas estão sendo investigadas pelo desvio do dinheiro doado pelos fiéis. Na edição deste domingo, A GAZETA revelou com exclusividade detalhes das investigações feitas pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Entre eles está o possível enriquecimento ilícito dos pastores, cujo patrimônio chegou a crescer até seis vezes nos últimos cinco anos. E mais: a movimentação financeira desses pastores chega a ser até dez vezes superior ao rendimento declarado ao Imposto de Renda.

Comando

Na esfera federal a igreja conseguiu reverter o afastamento de Gedelti. No último mês, um habeas corpus assinado pelo desembargador do Tribunal Regional Federal (TRF da 2ª Região) Raldênio Bonifácio Costa, o autoriza a reassumir suas atividades junto à igreja e ao Conselho Presbiteral, bem como ter acesso à sede administrativa da instituição.

Mas ele continua impedido de retornar ao cargo ou mesmo entrar no Presbitério porque ainda está valendo a decisão da juíza Sayonara Couto Bittencourt Barbosa, da Vara de Inquéritos Criminais de Vitória, que determinou seu afastamento, assim como o dos demais diretores da igreja, no final do ano passado.

O advogado Sérgio Carlos de Souza, que faz a defesa da Maranata, garante que um recurso já foi entregue à Justiça Estadual. "Já apresentamos documentos e fatos que comprovam a lisura da administração da igreja, mas a nossa defesa ainda não foi apreciada", assinalou, acrescentando ainda que já conseguiram uma decisão que garantiu o desbloqueio dos bens.

Na última segunda-feira a Justiça homologou o nome de três pastores para a direção da igreja. A indicação foi feita pela própria Maranata, em documento assinado por sua advogada, Bárbara Valentim. Acatava assim uma decisão da juíza Sayonara Couto Bittencourt Barbosa, que determinou que novos membros assumissem o comando da instituição.

Novos líderes


Para a diretoria administrativa, de Recursos Humanos e Financeira foi apontado o nome de Carlos Manoel de Souza Moraes, assim como o de Elson Pedro dos Reis para o posto de diretor de Engenharia e Construção, e de Izaldino Athayde Lima para o a diretoria de patrimônio. Na mesma lista aparecia o nome do coronel carioca Sérgio Gomes Novo para representar o Conselho Presbiteral.

Na última segunda, porém, uma decisão do juiz Marcelo Menezes Loureiro, da Vara de Inquéritos Criminais de Vitória, homologou os nomes de três diretores. Um dos indicados, Sérgio Novo, foi eliminado. De acordo com o advogado Sérgio Cardoso, o coronel reside no Rio de Janeiro e enfrentaria dificuldades para vir ao Estado com a frequência que o cargo exige, por isso foi feita a retirada de seu nome da lista. Até o momento a igreja não indicou um nome para representar o Conselho Presbiteral, que comanda a Maranata e seus mais de cinco mil templos no Brasil e outros no exterior.

Por intermédio de nota a igreja reafirmou a sua posição de que as acusações serão todas esclarecidas. "A Maranata jamais se insurgiu contra qualquer tipo de investigação que esclareça os fatos. Pelo contrário, sempre mostrou interesse em dirimir todas as eventuais dúvidas e acusações", diz, em nota oficial.

Ao todo, 26 pessoas – a maioria pastores – estão sendo investigadas por sua participação num esquema de corrupção que, segundo as investigações, desviou recursos doados por fiéis, um rombo que pode ultrapassar os R$ 21 milhões, segundo estimativas da própria igreja.

Igreja nega enriquecimento de pastores

Em nota oficial, publicada na edição de A GAZETA deste domingo, a Maranata garante que não há enriquecimento ilícito dos seus pastores. Diz ainda que o pastor Gedelti Gueiros teve uma movimentação financeira atípica nos período de 2008/2011 porque vendeu imóveis e que ingressaram em seus rendimentos recursos de aluguéis e salários que recebe.

A nota oficial afirma ainda que o patrimônio de Gueiros é "fruto do trabalho de toda uma vida", anterior a fundação da igreja e que pode ser comprovado em sua evolução patrimonial e declaração de Imposto de Renda. "A movimentação é totalmente legal pois havia lastro para embasá-la".

A nota é concluída atribuindo as dificuldades às dissidências. A igreja "lamenta que tais leviandades construídas por uma dissidência da igreja atentem contra os pilares firmes que há 45 anos sustentam a instituição", diz o texto.

As investigações do Ministério Público apontam que a movimentação financeira de Gueiros foi sete vezes superior a seu rendimento e que o patrimônio dos pastores cresceu até seis vezes nos últimos cinco anos.

Para o advogado Sérgio Carlos de Souza, que faz a defesa da igreja, outra incoerência vem da citação, nas investigações do patrimônio e movimentação financeira de outros três pastores: Adaísio Fernandes, José de Anchieta Fraga e Alexandre Melo Brasil. "A investigação é de 2007 a 2011, mas eles só passaram a fazer parte da diretoria no final de 2011", argumenta.

Souza, que também é pastor, assinala que as investigações não afetaram a rotina da igreja. Garante que há normalidade, não só administrativa, mas também nos cultos e nas reuniões com os fiéis. "O que temos vivido é um aumento do seu número de fiéis e uma firmeza entre os seus membros, que conhecem a origem dos problemas", disse. Sérgio assinala que uma prova disso foi o ingresso de mais de mil pastores na igreja em 2012.


Fonte: A Gazeta

 

BENS DE PASTORES DA MARANATA CRESCEM 6 VEZES

Foi a quanto chegou o aumento do patrimônio de alguns dos administradores da igreja, segundo investigação do Ministério Público

 

 

Foto: Vitor Jubini - GZ
 Vitor Jubini - GZ
Um total de 26 pessoas, a maioria pastores da Maranata, está sendo investigado pelo desvio de dinheiro do dízimo doado por fiéis
As investigações que apuram o desvio do dinheiro do dízimo doado pelos fiéis da Maranata revelam que os pastores que administravam a igreja podem ter enriquecido de forma ilícita. Um exemplo vem do patrimônio deles, que, nos últimos cinco anos, chegou a engordar até seis vezes. E não fica só aí: a movimentação financeira em suas contas foi até dez vezes maior do que o rendimento declarado ao Imposto de Renda.

A análise das finanças faz parte das investigações que estão sendo conduzidas pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e estão no processo que tramita na Vara de Inquéritos Criminais de Vitória, ao qual A GAZETA teve acesso.

O material serviu de respaldo para que a Justiça autorizasse a busca e a apreensão de documentos e equipamentos na igreja e na casa dos investigados, além do sequestro de bens da instituição e de seus pastores, no final do ano passado.

"Ressaltamos a corrida por retificações nas declarações de Imposto de Renda de boa parte das pessoas físicas alvos do processo, que fizeram acrescer transações, bens e valores até então omitidos para não demonstrar incompatibilidade."

"É possível extrair variadas descrições das práticas ilícitas adotadas por membros da igreja."

Relato dos promotores no processo que tramita na Justiça


Clandestino

Foi a partir da quebra do sigilo fiscal dos investigados que o Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro, do Ministério Público Estadual, acabou confirmando as denúncias sobre a destinação clandestina do dinheiro doado pelos fiéis. "Era utilizado por determinados membros para investimento em bens e vantagens particulares", diz o relato dos promotores, no processo.

De acordo com as denúncias, com o dinheiro doado foram comprados apartamentos, casas, sítios, carros, e pagas contas de cartões de crédito. Até dólares foram enviados para o exterior na mala dos fiéis. O resultado, segundo relato dos promotores, é uma evolução patrimonial "considerável e incompatível" com a renda declarada.

Enriquecimento

Para exemplificar a situação à Justiça, foram utilizados cinco casos de pastores e suas respectivas situações patrimonial e financeira. "Há exemplos do súbito, injustificado e suspeito enriquecimento de alguns membros da igreja", relata o texto.

Um dos casos apontados é o de Gedelti Victalino Gueiros, um dos fundadores e presidente da Maranata, afastado do cargo no final do ano passado. A movimentação de dinheiro em sua conta foi sete vezes superior ao seu rendimento, "indicando clara incompatibilidade entre os anos de 2009 e 2011", diz o texto do processo.

Em 2009, por exemplo, seu rendimento bruto declarado foi de R$ 127 mil, mas a movimentação em sua conta superou os R$ 964 mil.

Sem crise

Não é muito diferente a situação de Antonio Angelo Pereira dos Santos, ex-vice-presidente, que foi apontado pela própria igreja como um dos responsáveis pelo esquema de corrupção. Seus bens, assim como sua movimentação financeira, cresceu mais de seis vezes nos último cinco anos.

Um detalhe curioso é que o seu patrimônio continuou aumentando até mesmo nos períodos em que seus vencimentos estavam em queda. De 2009 para 2010, seu rendimento caiu de R$ 77 mil para R$ 45 mil, mas seu patrimônio foi de R$ 349 mil para 375 mil.

Há ainda o caso do pastor Adaíso Fernandes Almeida, cujo patrimônio saltou de R$ 667 mil para R$ 2,97 milhões em cinco anos; do pastor José de Anchieta Fraga Carvalho, cujo patrimônio triplicou, e sua movimentação financeira foi quase dez vezes superior ao seu rendimento declarado; e também do pastor Alexandre Melo Brasil, cujo entra e sai em sua conta foi oito vezes maior do que seus vencimentos.

Boa parte dessa movimentação ocorreu no momento em que o mundo vivia os reflexos da crise financeira que teve início em 2008 e teve repercussões nos governos federal, estaduais e municipais e até nas empresas nos anos que se seguiram.

Infográfico: Pastores mais ricos

Investigados


Ao todo, 26 pessoas estão sendo investigadas pelo Gaeco como responsáveis pelas fraudes. A maioria fazia parte da administração da igreja, grupo destituído pela Justiça no final do ano passado. Entre essas pessoas estão Gedelti Victalino Gueiros e Antonio Angelo Pereira dos Santos.

O esquema de corrupção que desviou o dinheiro doado pelos fiéis foi viabilizado por intermédio de notas fiscais frias que pagavam serviços superfaturados, segundo as denúncias. Elas indicam o envolvimento de pastores, diáconos e até fornecedores do Presbitério de Vila Velha, que concentra a administração dos mais de 5 mil templos no Brasil, além de outros no exterior.

Segundo relato dos promotores do Gaeco, constantes no processo que tramita na Justiça, o dízimo foi usado até em outras vantagens particulares. "E, para acobertar os desvios e as irregularidades, os envolvidos no esquema criminoso se valiam da constituição fraudulenta de empresas e acordavam a emissão de notas fiscais superfaturadas", diz o texto.

Há denúncias ainda de que equipamentos eletrônicos foram adquiridos no exterior e importados de forma ilegal. O material teria sido utilizado na montagem de um sistema de audiovisual para a igreja transmitir seus cultos para templos no Brasil e no exterior.

Entre os crimes que podem ter sido cometidos estão estelionato, falsidade ideológica, formação de quadrilha, tráfico de influência, lavagem de dinheiro e até formação de curral eleitoral. Há investigações também sendo feitas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal.

Silêncio

O promotor do Gaeco, Lidson Fausto da Silva, não quis se manifestar sobre detalhes do caso, argumentando que as informações são fornecidas por intermédio de nota oficial do Ministério Público Estadual, quando necessárias.

Silêncio semelhante, segundo as poucas informação confirmadas pelo promotor, vem sendo mantido pelos membros da igreja já intimados a depor. Quase todos têm se recusado a falar, sob o argumento de que só comentam o caso em juízo.

Uma preocupação de que essas pessoas poderiam sofrer algum tipo de intimidação está presente no processo. Promotores relatam as dificuldades encontradas para colher novas provas e depoimentos em decorrência até do "receio de sofrer retaliações, perseguições e difamações na igreja", diz o texto do processo judicial.

A juíza Sayonara Couto Bittencourt Barbosa chegou a proibir que as 26 pessoas investigadas, incluindo os pastores, façam contato com qualquer testemunha que já foi ouvida ou que ainda vá prestar depoimento. Há pessoas que têm recorrido à Ouvidoria do Ministério Público Estadual e ao Gaeco para fazer suas denúncias por telefone. "Quem liga para o 127 ou 3145-7150 tem o sigilo garantido", assinala o promotor Lidson.

Resposta


O advogado Rodrigo Horta, que faz a defesa do pastor Adaísio, disse que só fala sobre o assunto em juízo. José Luiz Oliveira de Abreu, advogado de Antonio Angelo, discorda das afirmações dos promotores. Ele garante que o patrimônio de seu cliente é compatível com o rendimento do mesmo e que isso será provado no momento certo, "na Justiça", assinalou.

Foi por intermédio da assessoria de imprensa da Maranata que os demais pastores citados na matéria responderam às denúncias de enriquecimento ilícito. José de Anchieta informou que o aumento de seu patrimônio "se deve ao trabalho prestado por sua empresa a uma multinacional que lhe rendeu um faturamento especial naquele período".

Já Alexandre Mello, que também é advogado, explicou que "recebe quantias em nomes de clientes, faz o saque e repasses, ficando apenas com os honorários, o que justifica sua movimentação bancária".

Convicção

O ex-presidente da Maranata, Gedelti Victalino Gueiros, assinalou que, "de acordo com parecer técnico de auditoria independente, a evolução financeira no período de 2007 a 2011, contrapondo aos dados apresentados pelo Ministério Público Estadual, é compatível com seus rendimentos". Acrescentou ainda que os dados estão à disposição da Justiça.

A Igreja Maranata, por sua vez, assinala que reafirma sua convicção de que as acusações serão esclarecidas. "A igreja jamais se insurgiu contra qualquer tipo de investigação que esclareça os fatos", disse em nota oficial, acrescentando que "é com base na transparência e respeito integral à verdade que a Igreja Cristã Maranata confia no rápido desfecho para esse lamentável episódio".

Entenda o caso

Denúncias
No final de 2011,  circularam informações de que o dízimo doado por fiéis da Maranata estava sendo desviado por pastores, diáconos e fornecedores da igreja

Matérias

Após A GAZETA publicar matérias sobre as fraudes, o Ministério Público Estadual abriu uma investigação criminal em fevereiro do ano passado

Rombo

O prejuízo estimado era de R$ 21 milhões, mas a Maranata recorreu à Justiça, pedindo o ressarcimento de R$ 2,1 milhões

Acusados

O então vice-presidente da igreja, Antônio Angelo Pereira dos Santos, e o diácono e contador Leonardo Alvarenga foram apontados, pela Maranata, como os responsáveis pelo esquema de corrupção que desviou o dízimo. Os dois foram afastados de suas funções e processados na Justiça

Investigações

As investigações conduzidas pelo Gaeco revelaram que outros pastores da cúpula da Maranata, incluindo seu líder, Gedelti Gueiros, estavam envolvidos nas fraudes. Seus sigilos bancário e fiscal foram quebrados

Operações

No fim de 2012, os promotores do Gaeco e a Polícia Federal realizaram uma operação conjunta, denominada “Entre irmãos”, em que  foi feita a busca e a apreensão, além do sequestro de bens da igreja e dos pastores investigados
Fonte: A Gazeta

 

terça-feira, 17 de abril de 2012

MÃE DE DETENDO É OBRIGADA A PAGAR DÍZIMO À ALA EVANGÉLICA DE PRESÍDIO




Mãe de um detento no Centro de Ressocialização de Cuiabá (MT) disse que tem de pagar dízimo a representantes de igrejas para que seu filho obtenha a proteção da ala dos evangélicos. Afirmou que outros parentes de presos têm de fazer o mesmo.

“Eles [os presos] são obrigados a pagar dízimo todo domingo”, disse a mulher, que pediu que seu nome fique sob sigilo. “O quanto a gente levar [para os detentos] tem que dividir com eles [representantes de igrejas].”

De acordo com ela, o dízimo é pago semanalmente, aos domingos. “Lá dentro [do presídio] têm os presos que são pastores e são eles que dão um jeito de arrecadar [dinheiro] de quem é daqui de fora.”

O Ministério Público do Estado está investigando essa e outras denúncias de cobrança de dízimo. A denominação que aparece com mais frequência nas denúncias é a Universal. No presídio, há também pastores da Assembleia de Deus e da Igreja Deus é Amor.

Dilton Matos de Freitas, diretor do presídio, afirmou que já tinha recebido denúncias sobre a extorsão. “Pedimos [aos presos] que mudassem o jeito de tratar os colegas de celas e que parassem de cobrar o dízimo.”

O Centro de Ressocialização tem 1.250 detentos. Desse total, cerca de 700 estão na ala dos evangélicos.

Na expectativa de obter provas, o promotor Célio Wilson, responsável pelo caso, entrou na Justiça com pedido de busca e apreensão de documentos que a Universal mantém no presídio.

Contudo, ele estranhou que esse pedido tenha vazado para o advogado da Universal antes mesmo da realização da busca, havendo, com isso, tempo suficiente para a destruição de supostas provas.

O juiz Roberto Seror disse que o advogado da Universal teve acesso aos termos do pedido porque o Ministério Público não pediu sigilo.

A mãe do detento disse que quem não paga dízimo sofre represálias. “O preso é humilhado, forçado a fazer coisas”, afirmou. “Provocam o preso para briga.”

Para ela, a única coisa de boa da ala evangélica é que seus integrantes leem a Bíblia. “Quanto ao resto, o que fazem é tudo errado. Eles extorquem dinheiro das pessoas, maltratam os presos. Isso não é de Deus.”
Com informação das agências.



Odlave Sreklow
 



quinta-feira, 12 de abril de 2012

SOU UM PÉSSIMO PASTOR




*Explico: Apesar de ser ateu, gostei muito do texto do Felipe Costa, pois o mesmo demonstra que ainda existem cristãos honestos neste planeta.

E poderia realmente usá-la alterando seu tempo para o passado: "EU FUI UM PÉSSIMO PASTOR"






Felipe Costa, no Mero Cristianismo
Desculpe-me, mas sou um péssimo pastor…
…porque eu não vou mudar a minha voz para que você sinta segurança, achando que tenho alguma autoridade, quando eu falar;
…porque eu não vou pensar por você para facilitar sua jornada espiritual;
…porque eu não vou falar mais alto do que você precisa para ouvir;
…porque eu não vou lhe ensinar a determinar ou dar ordens ao Pai, como um filho mimado o faz;
…porque eu não lhe dizer que você é um vencedor quando o a sua espiritualidade está falida;
…porque eu não vou lhe ensinar a temer a Deus mais do que a amá-lo;
…porque eu não lhe direi que você é especial simplesmente por estar frequentando uma Igreja;
…porque eu não alimentarei o seu ego pregando somente as coisas que você gosta de ouvir;
…porque eu não lhe ensinarei a ser próspero a qualquer custo enquanto o mundo morre de fome;
…porque eu não lhe ensinarei a mover as mãos de Deus através de uma oferta sacrificial;
…porque eu não lhe direi que Deus me revelou algo que não está no texto, somente para fazer a mensagem melhor para você;
…porque eu não lhe direi que você não pode beber, se tatuar, ouvir músicas que não tocam na Igreja somente para facilitar o meu pastoreio;
…porque eu não vou lhe ensinar que a igreja de quatro paredes é a casa de Deus;
…porque eu não vou lhe ensinar que se você entregar o dízimo sua responsabilidade com os necessitados estará cumprida;
…porque eu não vou transformar a reunião do culto numa rave para que você fique atraído pelo ambiente;
…porque eu não vou lhe ensinar a marchar por Jesus, enquanto Ele quer que marchemos pelo próximo;
…porque eu não lhe darei uma lista do que pode ou do que não pode para você farisaicamente siga um mandamento no lugar de um Deus;
…porque eu não lhe ensinarei que há um Diabo maior do que a Bíblia conta somente para você poder colocar em alguém a sua culpa;
…porque eu não lhe ocultarei os meus erros para você pensar que é liderado por alguém melhor que você;
…porque eu não vou falar em nenhuma outra língua além da que você consegue compreender;
…porque eu não lhe tratarei melhor por causa do carro que você anda, da roupa que você veste ou do dinheiro que você põe no gazofilácio.
Dentre muitas outras coisas que poderia dizer: fique certo: sou um péssimo pastor.


Odlave Sreklow.

terça-feira, 13 de março de 2012

CRIMES FEDERAIS INVESTIGADOS


Na mira da apuração está material de videoconferência

11/03/2012 - 23h17 - Atualizado em 11/03/2012 - 23h17
A Gazeta



Toda a direção da Igreja Maranata está sendo investigada pelo desvio de recursos do dízimo

Rombo
R$ 21 milhões: É a estimativa inicial do quanto foi desviado de dízimo da Maranata



Letícia Cardoso e Vilmara Fernandes

Parte das irregularidades praticadas na cúpula da Igreja Cristã Maranata vão ser investigadas pelo Ministério Público Federal. Trata-se da compra de equipamentos de videoconferência de forma irregular, em outros países, e do envio de remessas de dólares para o exterior. As informações vão ser encaminhadas pelos promotores estaduais responsáveis por um inquérito criminal aberto na última semana.

Os possíveis crimes fazem parte de um conjunto de irregularidades já investigadas pelo Grupo Especial de Trabalho de Proteção à Ordem Tributária (Getpot) e pelo Grupo Especial de Trabalho Investigativo (Geti). Trata-se do desvio de recursos provenientes do dízimo doado por fiéis.

São alvo das investigações toda a cúpula da Maranata, incluindo seu presidente, Gedelti Gueiros. Até o momento, os promotores estaduais já identificaram cinco tipos de crimes: estelionato, formação de quadrilha, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e crime contra a ordem tributária.

As denúncias de compra de dólares aparecem até mesmo na investigação feita pela própria Maranata no final do ano passado. O argumento dos pastores, segundo os depoimentos, era de que o dinheiro serviria para ajudar os "irmãos no exterior". Os valores eram levados para o exterior na mala dos fiéis.

Já os equipamentos de videoconferência teriam sido comprados nos Estados Unidos e no Paraguai e ttrazidos para o Espírito Santo de forma irregular, na mala dos fiéis.

O processo, inclusive, já é alvo de um inquérito na Polícia Federal, a pedido da Procuradoria da República. O caso foi reaberto após A GAZETA publicar que a pessoa que intermediava a compra dos equipamentos de videoconferência foi presa em janeiro de 2010 pela Polícia Federal.

O autônomo Julio Cesar Viana foi flagrado transportando rádios e projetores estrangeiros sem nota fiscal, dentro da mala. Ele chegou a ser denunciado, mas apenas pelo transporte dos equipamentos. O nome de Viana aparece na descrição de vários documentos de caixa da Maranata. O dinheiro era destinado à compra de equipamentos ou de passagens aéreas. 

Diante destes novos fatos, o MPF decidiu reabrir o caso, já que há indícios de que o material seria destinado à Maranata. A GAZETA tentou falar com Viana e seu advogado, Antonio Marcos de Aguiar, em Curitiba, Paraná, mas não obteve retorno das ligações.

Igreja diz que está tranquila e que pediu a apuração dos fatos

O Conselho Presbiterial da Igreja Cristã Maranata – eleito no fim do ano passado – diz que está tranquilo em relação as investigações do Ministério Público Federal. Por intermédio de nota afirmou que se antecipou e já procurou tanto a Receita Federal quanto a Receita Estadual solicitando que apurassem as possíveis irregularidades na compra dos equipamentos de videoconferência. O sistema interliga os templos no Brasil e no exterior.

Quanto às denúncias de envio de dólares para o exterior na mala de fiéis, assinalam que desconhecem o assunto. "Não há registro oficial na Igreja Cristã Maranata de envio de recursos financeiros para o exterior", diz o texto da nota enviada pela igreja.

No mesmo documento fez ainda questão de pontuar que partiu da igreja a iniciativa de apurar as denúncias, levando os fatos até mesmo ao Ministério Público Estadual e que agora aguarda o resultado das investigações com a punição dos culpados. "A Igreja não se furtará a adotar novas medidas para obter ressarcimento do que lhe foi subtraído e para punir os responsáveis", acrescenta o texto.


Fraude milionária
Um esquema de corrupção foi montado na cúpula da Maranata com a participação de pastores, diáconos e fornecedores para desviar recursos do dízimo doado pelos fiéis 

Rombo: Estimativas iniciais apontam para um rombo de pelo menos R$ 21 milhões. A Maranata pede na Justiça o ressarcimento de R$ 2,1 milhões 

Inquérito: Na última semana o Ministério Público Estadual abriu um inquérito criminal para investigar o caso

Igreja: Na Justiça ela aponta como cabeças da fraude o seu vice-presidente, Antônio Ângelo Pereira dos Santos, e o contador Leonardo Meirelles de Alvarenga

Investigados: Os promotores investigam toda a cúpula da igreja, incluindo seu vice-presidente, Gedelti Gueiros

Golpe: O golpe era viabilizado por notas fiscais fornecidas por empresas que prestavam serviços para a igreja. Havia ainda a criação de empresas falsas, a utilização de laranjas para adquirir bens ou constituir as sociedades comerciais

Uso: Com os recursos desviados compravam carros, imóveis, pagavam contas pessoais, e até dólares, que eram enviados para o exterior na mala dos fiéis.



Odlave Sreklow.