terça-feira, 8 de setembro de 2009

Para onde iremos nós se só a "igreja" tem palavras de vida eterna?

Hoje estava no Acqua Mania com minha família e observava meus filhos nadarem na piscina de adultos, rsrs. Fico bobo como duas crianças de seis e nove anos possam ter tanta coragem.

Neste momento comecei a lembrar que, no tempo em que eu estava “preso” à “igreja” teria que sair correndo, todos teriam que tomar banho, se arrumar, se perfumar e teríamos que sair desesperados para chegar na igreja antes do "culto" começar.

O pior é que eu não poderia pregar com a cara vermelha, queimada pelo sol (já que sou branquelo) (nestas horas me perguntava quando ainda na igreja, se as pessoas pensam que nosso interior muda de acordo com o bronzeado, ou seja, sem bronzeado sou um cara legal e apto a pregar, com bronzeado sou a pior pessoa do mundo e inapto a pregar).

O pior ainda é que se eu fosse pregar, seria para as mesmas pessoas de sempre, mas este não é o assunto deste post.

Comecei a imaginar como os crentes estão tão presos à instituição denominada “igreja”.

Como eu estou vivendo o Evangelho fora da igreja, ouço e recebo e-mails direto de pessoas dizendo que fora da “igreja” não tem como pregar o Evangelho. Muitos dizem que tem que estar em alguma delas, qualquer uma, mas tem que fazer parte de uma.

(Nestas horas me pergunto de qual denominação Paulo, Pedro e João eram? - Não pergunto a mim, porque a Bíblia detalha como eles pregaram o Evangelho, pergunto a estes que estão presos à "igreja")

As frases soam como: “Para onde iremos nós se só a 'igreja' tem palavra de vida eterna”.

Aí eu comecei a “sonhar” acordado (ou tive uma visão? rsrs).

Minha viagem foi mais ou menos assim:

Acordei e fui tomar meu café assistindo a TV e estava passando a seguinte reportagem:
No Brasil foi aprovada uma lei que acaba com a liberdade religiosa, todos os terreiros de candomblé, templos evangélicos, igrejas católicas, mesquitas (muçulmanas), sinagogas (judaicas), templos maçons, faculdades de teologia, todos estão proibidos de continuarem com suas atividades.
O governo confiscou os imóveis e serão utilizados para construir casas, escolas, faculdades (não teológicas, rsrs) e hospitais.
Tomei meu café e saí para pegar o ônibus em direção ao meu trabalho e encontrei alguns dos meus vizinhos que são evangélicos assustados na rua. Cumprimentei-os mas sequer me responderam.
Ao entrar no ônibus um amigo meu evangélico sentou ao meu lado e começou a falar:
Odlave, eu estou decepcionado com Deus, como o Senhor Deus pôde deixar esta lei ser aprovada, tem um monte de deputados evangélicos, eles foram comprados, deram valor ao dinheiro.
Eu não acredito em Deus mais, se ele estivesse preocupado com nós os evangélicos ele não deixaria isto acontecer. Eu estava enganado, Deus não existe.

Como eu não estava muito preocupado em dar explicações marquei um café lá em casa no sábado, pedi somente para ele ficar tranquilo.

Ao chegar no meu trabalho recebo a notícia de que um colega não iria trabalhar porque seu pai que era pastor de uma igreja pentecostal havia se suicidado porque não tinha mais como reunir na sua igreja e ele não trabalhava, a igreja era quem o sustentava.
Meu celular começa a tocar, era um primo meu que sabia que eu estava vivendo com Deus e em Deus fora da igreja, ele queria que eu explicasse a ele o que ele tinha que fazer pois estava desesperado, acordou e tinha ido pela madrugada orar na igreja e não podia mais porque tinham colocado policiais na porta da igreja, como eu estava ocupado marquei um café lá em casa para o final de semana (no mesmo sábado).
Chegando no sábado nos reunimos em minha casa, minha família, a família do primo que me ligou, o rapaz do ônibus e mais algumas pessoas.
Conversamos sobre Jesus e suas pregações, vida, curas, tudo que aconteceu dinâmicamente em sua vida, fora das sinagogas, fora do templo. Foi muito bom.
Todos que estavam saíram cheios da vontade de falar do amor de Deus, de Jesus para as pessoas que encontrassem no Caminho e na sua caminhada.
Passadas algumas semanas, encontro ex-crentes em bares se embriagando, se drogando. Isto mesmo, quando iam a igreja eles preenchiam o seu tempo e agora estavam usando este tempo para a libertinagem pelo fato de que aprenderam que “Deus estava na igreja”.
Sendo assim, se Deus estava na “igreja”, agora eles não tinham mais o “Deus-igreja”.

Termina aqui a viagem.

Onde estará a fé destes? Como 99% dos crentes somente são crentes dentro da igreja, mesmo os mais espirituais, porque sua evangelização resume-se a convidar pessoas para sua igreja, ou seja, pregar o Evangelho sem trazer a pessoa para dentro de sua igreja não é válido.

Porque ensinaram para eles que SALVAÇÃO E CONVERSÃO = TRAZER PARA DENTRO.

Eu fico imaginando.

Hoje mesmo recebi um e-mail quando questionei os ensinamentos de uma determinada igreja e o irmão me respondeu com uma pergunta: “você quer que eu saia desta e vá para aquela outra igreja?”.

Está vendo? “Para onde irei eu se só a igreja tem palavra de vida eterna”.

Sabe o que vai acontecer com os crente-igreja?

Seja honesto consigo mesmo e faça esta pergunta a você:

“Eu conseguiria viver o Evangelho que Jesus pregou e viveu? Igual a Jesus? Conseguiria encontrar enfermos por onde eu passasse e orar para que eles fossem curados? Conseguiria Falar de Jesus sem dar o endereço da igreja? Conseguiria dizer Deus te Ama mesmo você não sendo membro da minha igreja?”

O que você faria?
1) Pregaria o Evangelho conforme Jesus pregou mesmo que te crucificassem?
2) Piraria o cabeção e “pintaria o caneco” fazendo tudo que a igreja proibia?
3) Esperaria o líder de sua denominação vir com uma revelação nova em nome de Deus?
4) Sentaria na calçada e chuparia o dedo?

Fico por aqui na minha viagem.

Que Deus nos abençoe e nos livre do jugo da servidão criado pela mente-da-igreja que não é a mente-de-Cristo.

Odlave Sreklow.

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