Hoje, devido a alguns problemas que aconteceram na empresa onde trabalho fui indagado mais uma vez por meu patrão se ainda tinha interesse em continuar trabalhando lá.
Respondi que sim, claro, afinal de contas confio no meu trabalho e também acredito na empresa.
Porém, tal situação me fez imaginar o que eu sou para a sociedade e cheguei às conclusões abaixo:
Para a faculdade: Sou cifrão no relatório de mensalidades.
Para o comércio: Sou mais um "consumidor" que eles querem consumir.
Para as empresas de transporte: Sou mais um "passageiro" que mantém seus veículos em circulação gerando lucros.
Para os hospitais: Sou mais um contra-filé que chega na bancada e que tem que ter cheque ou cartão de crédito.
Para os bancos: Sou um possível investidor para seus investimentos.
Para administradoras de cartão de crédito: Sou mais um gerador de lucros em suas faturas.
Para os fornecedores de água, luz e telefone: Mais números.
Para a igreja: Sou mais um que deve constar no registro de dízimos.
Para a empresa onde trabalho: Sou apenas um em sua folha de pagamento que deve render lucros.
Na realidade isto tudo é culpa da ganância que existe dentro de mim como ser humano e pecador, ganância alimentada pelo capitalismo. Jesus sempre disse que devemos buscar o suficiente para sobreviver, ele nunca disse para buscar além do que o necessário.
Porém, muitas vezes eu (nós) vivemos para ter e possuir muito além do que o necessário, na maioria das vezes buscamos além daquilo que precisamos, sempre querendo mais em todos os sentidos e momentos.
Parei, respirei fundo e imaginei, onde vou ser reconhecido como GENTE? Como ser humano? Como pessoa? Como filho de Deus?
Fui respondido no momento em que cheguei em casa e abri a porta.
Para minha família sou simplesmente Odlave, isto é bom, porque o papel de pai, marido, amante, colega e tantos outros se resume em Odlave.
Na minha casa encontro refúgio, sou como sou, sou quem eu sou.
Sou humano, não sou números, números e números.
Aqui me sinto bem, aqui restauro minhas forças e vontade de vencer.
Não esquecendo do momento que nos reunimos com demais familiares e amigos que não nos olham com aquele cifrão tilintando nos olhos, igual máquina registradora.
Estou cercado de bons amigos por onde passo, seja na empresa, seja na faculdade, seja no ônibus (rsrs), seja na rua, sempre surgem novos amigos.
Obrigado a todos meus familiares e verdadeiros amigos que convivo diariamente, semanalmente, mensalmente, anualmente e também àqueles que vejo uma vez na vida e outra na morte, rsrs.
Isto é só um pensamento bastante abstrato, rsrs.
Odlave Sreklow.
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