quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A "IGREJA" FACULDADE

A "Igreja" Faculdade
A igreja atual pode-se comparar à uma faculdade de medicina fictícia, que teria as seguintes características (quem lê, entenda):

1.Esta faculdade não forma ninguém. Diz uma lenda que bem no início se formaram alguns médicos, mas eles nunca mais foram vistos;

2.Todo aluno deve comparecer à todas as aulas, mesmo que já as tenha visto centenas de vezes (o que ocorre com frequência, visto que após encerrem as matérias, um ciclo recomeça, pois não se forma ninguém), sob pena de severas restrições e punições diversas, principalmente de cunho moral;

3.A maioria das aulas é teórica, não há conexão entre as matérias e tudo é sistematizado. Não há espaço para evolução do ensino, as matérias são as mesmas a milhares de anos (embora em outras faculdades a medicina tenha avançado bastante, nesta ainda usam-se instrumentos medievais. Não há aula sobre anestesia, por exemplo);

4. Embora esta faculdade afirme adotar os ensinamentos do maior Médico de todos os tempos, e todos os alunos ostentem imagens e símbolos que o representam, e falem constantemente dele, a grade de matérias desta Faculdade difere absurdamente dos ensinos deste tal Médico; Geralmente as palavras dele são utilizadas apenas topicamente, para se iniciar uma aula. Há inclusive nesta faculdade diferenças de formas de interpretar o que este Médico disse, mas na verdade ninguém se entende.

5.As poucas aulas práticas ocorrem sem planejamento, sendo motivo de muita curiosidade e festa, geralmente reúnem-se todos os alunos num mesmo auditório para o evento.

1.Este evento ocorre da seguinte maneira:

1.Uma pessoa doente, ou que tenha sofrido um acidente, ao passar em frente a esta faculdade, entra para pedir socorro;

2.Ao entrar nesta, rapidamente é atendida, havendo uma grande convocação dos alunos (não importa o horário, todos estão na faculdade estudando);

3.Esta pessoa é levada então para o auditório e colocada em uma mesa;

4.Todos os alunos se aglomeram, e os professores começam a buscar uma explicação para a ferida do paciente (digamos neste caso que o paciente sofreu um acidente e tem uma fratura exposta na perna). Horas se passam enquanto os professores examinam a ferida (não importa muito o estado do paciente, pois o importante é descobrir como o acidente ocorreu), e interrogam o paciente, utilizando-se de técnicas de guerra, como desmoralização (culpando o paciente pelo acidente) e tortura (horas de angústia numa mesa).

5.Quando o paciente está suficientemente abalado emocionalmente, e a ferida foi aberta e bastante estudada (os alunos estão em êxtase, citando vários livros e fazendo suas próprias anotações e observações), então dá-se o processo final;

6.O paciente é levado para o chuveiro, onde toma um banho de ducha gelada, tem os cabelos e barba cortados (na frente de todos os alunos, claro) e recebe roupas novas, e um pano para cobrir sua ferida (a ferida é mantida sempre intacta, com o cuidado de não lavá-la nunca). Assim, o paciente é inscrito na faculdade e vira mais um aluno, em uma cerimônia especial;

7.Vale lembrar que a ferida continua lá, aberta, e o ex-paciente-agora-aluno cedo ou tarde desenvolverá uma infecção interna;


Findado este exemplo,

Vale notar as características dos alunos desta faculdade: Metade nasceu de pais que são/eram alunos desta, e, embora tenham pleno acesso ao mundo exterior, aprendem desde cedo a desprezarem a medicina praticada pelos outros, mesmo que seja aparentemente mais “evoluída” (as aspas são colocadas por eles), e mesmo que estes chamados "outros" sigam o mesmo Médico lá do início.

A outra metade entrou como no caso do ferido exposto parágrafos acima, e, como suas feridas ou doenças nunca foram saradas, cedo ou tarde cairão debilitados.

Neste caso, sendo estes alunos novatos, serão disciplinados a nunca mais exibirem suas doenças, pois é considerado uma afronta à imagem da faculdade. Sendo um aluno mais experiente, ou um professor, uma simples gripe é motivo para expulsão, na qual todos os alunos, mesmo aqueles que eram amigos do tal, são obrigados a nunca mais cumprimentarem ou conversarem com ele, a fim de se protegerem da doença;

Esta faculdade, por incrível que pareça, possui uma farmácia. Só que raramente é utilizada (exceto para receitar analgésicos), e a maioria dos seus remédios está vencida. Além do quê, ninguém nesta faculdade sabe receitar remédios! (apenas os tais analgésicos, que são muito utilizados, alguns diariamente, para qualquer doença);

Ora, será que esta instituição poder-se-ia chamar de seguidora do Grande Médico?

Pense no seguinte: Enquanto estes alunos estão estudando eternamente em suas faculdades, os verdadeiros Médicos estão por aí, no mundo, tratando as feridas dos andarilhos do Caminho, como bons Samaritanos que não perguntam nada, apenas curam, tal qual seu grande Mestre, aquele Grande Médico, ensinou.

Agora, eu te pergunto: Você se consultaria com um médico da tal faculdade fictícia?

Fonte: Noticias do Bill

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