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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Ateísmo é saúde mental






A maioria dos religiosos, ao debaterem com ateus lançam acusações infundadas querendo provar a eles próprios que ser ateu é ser uma pessoa desiludida e que somente eles com seus deuses são felizes e completos.

Ledo engano.

Ao assumir e reconhecer a inexistência de deuses fora da mente humana, um ateu não tem mais a necessidade de provar a si mesmo que tais seres existem.

Um ateu não precisa levar lenha à fogueira e bater palmas para manter a chama de sua crença acesa.

Um ateu não precisa viver em torno de angariar membros ao seu restrito grupo para assim, alimentar a sua crença.

Um ateu não precisa ir todos os dias em horários marcados para manter vivos seus deuses, alimentando-os no imaginário de seu grupo.

Um ateu não precisa viver com os objetivos voltados à uma vida pós-morte, porque aceita que não haverá uma vida pós-morte e que morte é isso mesmo, simplesmente morte.





Um ateu não precisa ficar aguardando um "socorro do céu" porque ele sabe que o mesmo não virá.
Um ateu não precisa clamar a um deus na hora da morte, porque sabe que a vida é um ciclo, uns morrem, outros nascem, assim são os organismos biológicos desde os mais simples aos mais complexos.

Um ateu não precisa jogar suas responsabilidades nas mãos de deuses imaginários, muito pelo contrário, é feliz por assumir tais responsabilidades.

Um ateu não lança sua felicidade para o futuro, ele vive feliz.

Um ateu não precisa de uma cura misteriosa para ser feliz, ele é feliz na saúde ou na doença, sabendo que, se não há cura, é porque ainda não utilizamos todo nosso conhecimento para encontrá-la.

Um ateu não precisa de um livro sagrado para seguir, ele escreve sua história.

Um ateu não precisa viver preocupado com "não fazer o que é errado", ele se preocupa apenas em fazer o certo.

Um ateu não precisa ser bom esperando recompensa ou castigo, um ateu é bom e pronto.

Um ateu não busca dinheiro e riquesas porque supostamente é "filho do rei", um ateu trabalha consciente de que, se ficar rico, tudo bem, se não, tudo bem também.

Um ateu não precisa andar na rua imaginando que existem anjos e demônios à espreita, ele anda na rua e enxerga apenas seres humanos, sendo bons ou maus.





Um ateu não precisa deixar de tomar uma cerveja porque sabe que os caras que a proibiram são os mesmos que não conseguem dominar o vício. E devido ao fato de não saberem se controlar acreditam que todos são iguais a eles.

Um ateu não precisa ficar com medo de passar em frente a cemitérios, já que sabe que lá estão apenas restos biológicos em decomposição ou apenas ossos soterrados.

Um ateu não precisa passar horas e horas ajoelhado em frente à parede esperando que alguém que não existe o responda.

Um ateu não precisa de um deus para largar as drogas porque ele sabe o mal que estas substâncias causam no organismo.

Um ateu não precisa sair mundo afora fanaticamente querendo que todos sejam ateus, ele simplesmente não acredita em deuses e não enche o saco de ninguém nos finais de semana entregando panfletos.

Um ateu não necessita de fé e sim da razão.

Um ateu não precisa de amigos imaginários para ser completo, ele se completa com pessoas, seres humanos, gente, por exemplo, esposa e filhos.

Um ateu não precisa viver em torno de provar a si mesmo que deuses existem, ignorando a história e desenvolvimento social, que desmascaram as mentes criadoras dos deuses.

Ser ateu é ser saudável mentalmente, sem neuroses, sem esquizofrenia, sem fantasmas, sem anjos, sem demônios, sem deuses, sem espírito, mas com "alma" e coração, aqui e agora.

Um ateu sabe que todo religioso é ateu e que apenas não aceitou isto, pois, quando o mesmo está deitado em sua cama, longe dos templos, longe da motivação sentimental do grupo, os deuses não se apresentam, é ali, no quarto, que os deuses morrem.

Viva feliz, se liberte da ilusão dos deuses, viva a paz e amor verdadeiros.


Odlave Sreklow.


Imagens:
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http://lh5.ggpht.com/_5klLIUBQR9A/R9e6p7fOHfI/AAAAAAAAADE/Iz7i4-g_xDI/Smilinguido%20Triste.jpg

http://celsobessa.files.wordpress.com/2010/10/copo-cerveja-mascaras-teatro-cheio-alegre-vazio-triste.jpg



terça-feira, 27 de setembro de 2011

Existe felicidade em uma vida a dois?



A principal diferença entre o ser humano e os outros animais é a capacidade de raciocínio, a capacidade de pensar, a capacidade de questionar-se sobre a própria existência.

Tal capacidade, além de ser útil para o ser humano se torna seu próprio inimigo e principal defeito.

Essa capacidade eleva a complexidade gerando um número infinito de variáveis quando da junção de dois indivíduos da mesma espécie.

Um animal dito irracional não tem muitas variáveis ou variações de decisões para tomar no seu dia-a-dia.

Não vemos um leão tendo que decidir assistir ao jogo no bar porque a leoa está assistindo seu seriado favorito na televisão.

Nunca veremos uma girafa tendo que dar explicações porque trabalhou até mais tarde.

Também não vemos uma cadela reclamando que seu filhotinho chorou de madrugada não deixando-a dormir.

Estes são exemplos ínfimos e tolos, em se tratando de uma vida a dois deste ser humano.

Um ser humano sozinho no universo teria dezenas de decisões a tomar a cada instante, dois destes exemplares vivendo em conjunto, geram alguns bilhões de combinações a mais.

Sendo assim, o ser humano não é uma máquina desenvolvida para viver a dois.

Este não é o pensamento do escritor, é apenas uma divagação baseada na prática da observação da convivência de pessoas no dia-a-dia e de acordo com o que é apresentado na mídia diariamente.

Neste mundo de decisões e indecisões existem poucos que conseguem perceber a fórmula de convivência perfeita a dois.

Fórmula esta desconhecida pela maioria e que gera tantas indagações tais como: "Não acredito que você viva bem com seu marido" ou "Não acredito que você seja feliz, não conheço nenhum casal feliz como você diz que é." ou ainda "Não existe esse mar de rosas que você diz viver, eu não acredito" e ainda "Você ainda está casado?".

A fórmula não é simples, temos exemplos espalhados por todos os lados, mas, a maioria das pessoas não tem a capacidade de condensar estes exemplos e transformá-los em um ideal de vida.

Um ponto interessante é a capacidade de percepção do que está acontecendo com o outro indivíduo. Quando usamos esta capacidade, conseguimos antever e até mesmo que aconteça algo, conseguimos entender a causa e tentar trabalhar na solução, caso seja algo que se possa solucionar.

Outra coisa que auxilia bastante é a troca de informações contínuas, objetivando dar conhecimento dos gostos, estilos, manias, desejos, qualidades e defeitos.

A capacidade de perceber a mudança relacionada às emoções, sentimentos e desejos também te deixa um passo à frente.

Colaboração é uma palavra interessante na vida a dois.

Ambos devem perceber que vivem por um ideal e que este ideal deve ser o mesmo, vida a dois com ideais distintos ou opostos só os leva a caminharem em círculos.

A satisfação sexual é algo de extrema importância, pois, a decisão de viver com uma única pessoa é uma decisão que deve ser mais racional que emocional, quesito este que torna a pessoa consciente das necessidades do outro.

A maioria das pessoas dizem que não é feliz com o marido/esposa, não é feliz na vida profissional, não é feliz nisto, naquilo.

Muitas pessoas também traduzem a felicidade em uma vida a dois perfeita.

Mas sendo a felicidade algo extremamente imensurável e abstrato, as pessoas deveriam aprender a definir o que as faz feliz.

Vivem buscando uma felicidade que não existe, porque jogam a felicidade para além, muito além do lugar que podem chegar.

Sendo que, ao definir o limite do que o torna triste ou alegre, ele consegue chegar à felicidade com uma frequência maior.

Alguns esperam ter muito dinheiro para dizer que são felizes, o problema é que tal quantia de dinheiro pode nunca ser alcançada e juntamente com ela, a felicidade.

Alguns esperam a pessoa perfeita para o tornar feliz, porém, esta perfeição não será alcançada ou encontrada, principalmente por causa dos fatores já apresentados anteriormente, a diversidade de incógnitas existentes entre duas pessoas.

A pessoa perfeita é aquela que consegue entender,  conviver, e suportar a outra, sendo assim, você pode ou não ser a pessoa perfeita.

A vida a dois é extremamente complicada caso você não entenda ela desta forma.

É um jogo onde ambos devem estar do mesmo lado.

Estes dias estava observando meus dois filhos reclamando um com o outro e brigando, aí fiz uma pergunta:
"Haniel e Louis Fernando, se vocês dois estiverem sozinhos na floresta e começar a escurecer, qual a melhor decisão, ficar juntos ou se separar? De que forma estarão ou se sentirão mais seguros?"
Prontamente responderam: "É mais seguro ficarmos juntos, seremos mais fortes do que sozinhos."
Aí eu perguntei: "Porque você pensa assim somente em situações de perigo e no dia-a-dia vocês pensam diferente, às vezes se achando inimigos em algumas situações?"

Quando existe disparidade cultural, disparidade de conhecimento e distanciamento pelo nível intelectual, determinado indivíduo tem que se adaptar para não tornar-se muito diferente da pessoa que está ao seu lado.
Quanto maior o nível cultural do ser humano, o mundo de escolhas e alternativas é expandido, quanto mais conhecimento adquirido, maior é a necessidade de processar tais informações para que as mesmas não venham a interferir no mundo do ser humano que convive contigo.

Divergências de cunho social e religioso também tem feito muitas pessoas traçarem caminhos distintos em cima de uma mesma cama.

A magia da lua-de-mel não vai te seguir para sempre, existem apenas duas direções, sua relação vai piorar ou vai melhorar a cada dia, ficar do mesmo jeito não fica.

A decisão sobre melhorar ou piorar é sua.

Em se tratando de diferenças, isto é fato, não existem dois seres humanos iguais, nem os gêmeos são totalmente iguais, o pensamento difere em sua maioria.

Mas continuo perguntando "E aí?"

Porque que, em vez de duvidar que determinado casal vive feliz você não procura ser feliz?

Porque não começa a nomear o que é felicidade para você?

Porque não começar a busca pela felicidade naquilo que está diante de ti?

Não existe padrão de felicidade.

A felicidade é opensource, não existe monopólio da felicidade.

Eu nem sempre fui feliz e não sei se serei feliz para sempre.

Só sei que para hoje mantive meu próprio delimitador e padrão de felicidade e fiquei feliz por isso.

Amanhã, estarei novamente aceitando a minha "infeliz" felicidade, rsrs.

Resumindo, ninguém pode desenhar sua felicidade a não ser você mesmo.

Vou dormir não muito feliz porque minha família está em Anchieta enquanto estou em Viana, mas não pouco feliz porque já telefonei e falei com eles.

Estou feliz mas também estou com bastante sono.

Felicidades para todos,

Odlave Sreklow.

Imagem: http://www.todabeleza.blog.br/wp-content/uploads/2011/05/felicidade1.jpg