quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Como um religioso imagina que seja o dia de um ateu.



Dia de um ateu segundo um religioso:


Huaaaaaaaa (boceja o ateu).

Que belo dia.

Considerando que Deus não existe, o que irei fazer hoje?

Bom, claro, devo começar pelo café da manhã.

Hum, que belo sanduíche de carne de criancinhas... este suco de cérebro humano está ótimo.

Já sei, após o café da manhã vou procurar algumas senhoras idosas para roubar suas bolsas, é divertido, elas morrem de medo, implorando pelo amor de um deus que afinal de contas não existe.

Depois passo no banco e pratico um assalto, já que não trabalho mesmo e preciso de dinheiro para sobreviver.

Em seguida vou ligar para uns amigos e agendar uma transa grupal. Uma bela pedida.

Depois vou passar no bar, já que estou com grana e vou beber bastante, mas não muito porque como diz o ditado "de bêbado não tem dono".

Prefiro não arriscar.

Em seguida vou procurar algumas pessoas para espancar, principalmente mais fracas que eu.

Na hora do almoço, vou entrar em um restaurante, comer e ir embora sem pagar porque sou muito malvado.

Chegando em casa vou bater na minha mulher até sangrar, já que não tenho gezuis no coração.

Antes, quem sabe, encontro algumas virgens na rua para poder estuprar.

Nesta tarde não posso esquecer de ligar confirmando a suruba.

Chegando em casa, como é de praxe, vou participar da transa homossexual que já deve estar rolando em meu quarto (esta é básica nos comments de evangélicos sobre ateus nos blogs por aí).

Não posso esquecer de me masturbar e jogar o esperma no chão já que não considero que deus disse para não fazer isso em um dos livros dos judeus.


E no final do dia:

Será que é o suficiente para este dia?

Acho que sim.

Agora mereço dormir, já que fiz tudo que poderia fazer sem um deus no coração.

E ronca o ateu.

FIM.

Podem até negar, até a morte talvez, mas é isto que se vê nos blogs onde religiosos expõem suas "teses" sobre ateus, principalmente os religiosos evangélicos.

Odlave Sreklow.


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A sociedade não precisa de Jesuses




Neste dia li um comentário de um amigo cristão que disse:
"Seguir a Cristo hoje é uma questão de necessidade e de salvação para a sociedade. Assim, se o mundo aceitar Jesus, no sentido de praticar o amor, conseguiremos alcançar uma era de amor e paz de modo que, aqui neste mesmo planeta, a humanidade conseguirá encontrar o seu ponto de equilíbrio com o seu próximo e com a Vida."


Fiquei de "cara" com esta grande revelação.

Isso mesmo, é algo impressionante.

Nunca havia imaginado isso.

Tudo que a sociedade precisa é aceitar a Jesus.

Fazendo isso, todos os problemas acabarão como em um passe de mágica.

Haverá um equilíbrio, as pessoas irão se amar, haverá uma grande comunhão entre as pessoas.

Chegará uma era de amor e paz.

Caraca, de onde ele tirou isso?

Vamos lá, seria isso uma verdade?

Não, a sociedade não precisa de Jesus.

A sociedade não precisa de ilusões.

A sociedade não precisa de seres imaginários.

A sociedade não precisa de deuses.

A falácia do cristianismo tem por volta de dois mil anos e o que trouxe de bom para a socieade? Nada! Nada! E Nada! O cristianismo atrasou o desenvolvimento social e tecnológico.

De que a sociedade precisa?

De vergonha na cara.

De responsabilidade.

De respeito consigo mesmo, com o próximo e com a natureza.

Os seguidores de Jesus querem que este planeta se foda exploda, porque terão um outro mundo lindo e maravilhoso.

Os seguidores de Jesus querem enriquecer porque se sentem filhos do dono do mundo, mesmo que para isso precisem passar por cima de outros.

Os seguidores de Jesus se sentem superiores aos seguidores de Alá, aos seguidores de Khrisna, aos seguidores de Buda.

Os seguidores de Jesus hoje lotam as cadeias.

Os seguidores de Jesus estupram criancinhas.

Os seguidores de Jesus roubam e ainda dizem aos policiais: "Deus vai me ajudar a sair desta".

Os seguidores de Jesus adoram tirar vantagem dos outros porque "Deus me ama".

A sociedade precisa é parar de brincar de Ghost com este messias imaginário e assumir a responsabilidade.

A sociedade precisa assumir a responsabilidade por seus erros enquanto ainda há tempo para corrigir.

A sociedade precisa parar de poluir, de desmatar, de destruir a natureza em troca de dinheiro.

A sociedade precisa educar seus filhos, não dando a eles um deus, não dando um deus a eles, e sim ensinando o certo e errado de forma racional e honesta.

A sociedade precisa de gente que tenha sentimento humano de verdade e não sentimentos com base em lendas e contos de antepassados.

A sociedade não precisa de igrejas, precisa de escolas, de hospitais, de praças, de parques e de praias.

A sociedade precisa transferir o seu amor à família, às pessoas e não a deuses que são apenas frutos de sua imaginação.

A socidade precisa cantar a vida e não viver cantarolando para deuses surdos e mudos.

Jesus Cristo precisa mais que urgente ser empurrado de volta para seu túmulo. Lugar este de onde nunca deveria ter saído. Assim como os cristãos fizeram com outros deuses como Zeus, Odin, Baco e Diana, que foram enterrados sem direito de resposta.

Deve ser decretada a morte a todos os deuses.

Morte aos deuses, vida aos homens de boa vontade.

Odlave Sreklow.


Imagem: http://www.ciberjus.org/blog/caixao.jpg

terça-feira, 16 de agosto de 2011

QUESTIONANDO DIVINDADES

 
 
Os crentes me dizem que eu devo abrir meu coração para aceitar jesus, que devo buscá-lo com fé, dar uma chance a ele. Quando digo que tentei isto por muitos anos, eles respondem que eu não fui sincero na minha busca, que não me esforcei que não fiz direito. Mesmo nem me conhecendo, eles afirmam com toda a certeza que eu não tentei ao máximo ‘aceitar’ algo que não se tem provas.

Alguns citam a parábola do mestre que segurou a cabeça do discípulo debaixo da água, enquanto o discípulo se debatia o mestre lhe disse: “Você deve procurar a deus com a mesma ânsia que procurou pelo ar”. – Não preciso apontar que essa parábola é falaciosa, mas pensando que talvez ela possa ter um pouquinho de verdade, eu formulei alguns questionamentos em bases nessa parábola.
Eu pergunto:

1) E se deus não existir? E se estão procurando no escuro por um gato preto que não está lá? Vale a pena desperdiçar sua vida toda por um mito?

2) A qual deus eu devo buscar? Por que os crentes pressupõem, como se fosse óbvio, que é o deles que eu vou encontrar? E que só o dele possa existir como chegam à certeza de que é exatamente o deus que eles acreditam que exista?

3) Como eles podem dizer que eu “rejeitei a deus”, que eu “troquei deus pelos prazeres do mundo” ou que eu estou “revoltado com deus” se eu não acredito nele? Será que eu poderia me revoltar contra o Saci-Pererê?

4) O que eles querem dizer com “buscar com intensidade, de coração”? Qual é o método? Será que me falta a capacidade de auto-ilusão que eles têm? Será que se eu me esforçar bastante volto a acreditar até em Papai Noel?

5) Como distinguir a manifestação de deus da de uma outra entidade? Como saber que é o deus da bíblia e não o de outra religião? Ou o diabo? Ou algum extraterrestre poderoso?

6) Por que deus complica as coisas e se esconde de nós? Por que, supostamente, ele só se revela a quem já decidiu que ele existe? Se deus realmente quer nos dizer alguma coisa, por que não se dirige pra cada um de nós, sem intermediários, de forma clara e explícita? Por que temos que implorar por sua atenção? – Ou deve ser porque ele não existe já se perguntou isso?

7) Como é possível decidir “aceitar a Jesus” se não acreditamos nele? Não seria mais lógico que deus nos aparecesse e só então acreditássemos? Será que os crentes não vêem o absurdo de “primeiro acreditar e só então ver as provas”?

8) Por quanto tempo devo esperar por uma resposta de cada deus antes de tentar o próximo?

9) Por que devo acreditar nas pessoas que me dizem ter “encontrado Jesus”? Que provas essas pessoas têm a me apresentar além do relato de “sentimentos” que podem não passar de alucinações ou ilusões auto-induzidas?

10) Por que os crentes sempre me abordam com um ar superior de quem traz uma revelação auto-evidente, diante da qual eu deveria cair de quatro e louvar o Senhor? Por que ficam tão irritados quando insisto em achar defeito e sugerir outras possibilidades, em exigir provas? Por que eles não enxergam a própria arrogância?

Os crentes se fecham de tal maneira em seu limitado mundinho, sua visão estreita e suas explicações simplistas que não conseguem conceber que alguém pense diferente sem estar “rejeitando a deus”. Não conseguem conceber que o mundo não gira em torno do cristianismo e que 2/3 da humanidade estão pouco se lixando para seu precioso “Jesus”.

Quando questionados, se irritam e se assustam. Lembram-me as crianças que, ao perceberem que não têm argumentos, tampam os ouvidos e gritam: “Não estou ouvindo, não estou ouvindo!”. Eles são como os pastores, chacoalhando a bíblia diante das câmeras e dizendo: “Se não está aqui na bíblia, para mim não existe!”.
 
 


domingo, 14 de agosto de 2011

Sou ateu graças a Deus



O que seria do ateu sem os deuses?

Hoje em dia qualquer pessoa que se intitule "ateu" é severamente criticada por aqueles que são religiosos.

De fato, a maioria dos religiosos, não conseguem vislumbrar um mundo não-religioso.

Eles não tem culpa disto, inclusive a maioria dos achados históricos, por mais antigos que sejam, tem um cunho cultural-religioso.

Sendo assim, o homem do século XXI não consegue aceitar que os deuses nem sempre existiram.

Para a maioria das pessoas, a história da civilização humana teve uma ligação direta com algum Deus, pois, em quaisquer mitologia, os deuses agiam diretamente na criação dos seres humanos.

Sendo assim, para eles, o mundo sempre foi religioso e os "ateus" seriam coisa nova no pedaço.

Aquele povinho que se estressou com algum deus e não crê mais.

Inclusive acreditam que todo ateu já foi algum dia religioso.

Mas não param para pensar que o homem já nasce ateu.

Na verdade o pensamento religioso é introduzido no ser humano pelo ambiente em que nasce e através de herança cultural.

Mas eu acredito que nem sempre foi assim, porque em algum momento da evolução humana o conceito religioso foi introduzido nas sociedades primitivas.

Desta forma, ateísmo não é algo novo, o que realmente é novo é o teísmo.

Imagino uma época onde os deuses ainda não haviam sido definidos, onde as famosas explicações de ações divinas não tivessem sido deduzidas por necessidade das mesmas.


Imagino que em algum momento do desenvolvimento social e cultural os deuses foram "paridos".

Através do estudo de civilizações primitivas já se sabe que os deuses surgiram através da divinização de seres humanos que tiveram algum papel importante para seu grupo ou sua sociedade, assim, passaram de heróis a deuses de geração à geração.

Imagino o seguinte diálogo, um simples diálogo:

Homem primitivo místico/religioso:
Amigo, você não sabe o que descobri.

Ateu primitivo:
O que descobristes? Não escondas de mim.

Homem primitivo místico/religioso:
Estava andando pela floresta hoje pela manhã e encontrei um homem que me contou como as árvores vieram parar aqui e porque dão frutos deliciosos.

Ateu primitivo:
E como foi?

Homem primitivo místico/religioso:
Elas foram enfiadas no chão por uma grande mão, esta mão é de um grande homem que enfiou na terra todas as árvores que conhecemos. Estas árvores não podem ser retiradas. E seu fruto é parte do corpo deste grande homem que faz novas árvores nascerem. Eu o chamei de Deus.

Ateu primitivo:
Mas quem foi o homem que te disse isso?

Homem primitivo místico/religioso:
Não sei dizer exatamente.

Ateu primitivo:
Qual era a cor do seu cabelo? Como era sua voz? Que roupas vestia?

Homem primitivo místico/religioso:
Não deu para ver a cor dos seus cabelos. A voz dele não dava para definir. Não sei como eram as roupas, só sei que não conseguia enxergar direito porque o sol estava muito forte e atrapalhava minha visão.

Ateu primitivo:
Não acredito.

Homem primitivo místico/religioso:
Você tem que acreditar, eu sei do que estou falando, eu tive a experiência.

Ateu primitivo:
Eu não acredito e não vou acreditar.
Mas existe uma forma de me convencer.

Homem primitivo místico/religioso:

Como?

Ateu primitivo:
Se você trouxer este homem aqui.

Homem primitivo místico/religioso:
Morra maldito Ateu.

Ateu primitivo:
O que é ateu?

Homem primitivo místico/religioso:
Acabei de criar esta palavra, você é ateu porque não está acreditando no meu Deus.

A máxima "Sou ateu graças a Deus" é a pura verdade pois, sem deuses o que seria de nós...
Os malditos ateus.


Odlave Sreklow.


Imagem: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvbQDjdyZkVPCmFR7N1Sqi8nJBZ7h0dYDsl0DUnH8vzOtGKjmXWUQ1MSuEF9fkQflxv-C_jauBP2jcitVxDm5c_bjnawUPGWFfkB5a5m5s7GksZ5dzXmVJWiinQeQtcpu2eJeDy43oe1Rz/s1600/ateu.jpg

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O culto onde Jesus esteve presente



Aquele dia foi tudo de bom.

Estávamos reunidos em O nome de Jesus, orávamos, cantávamos, falávamos em línguas estranhas.

Estava sendo um dia muito alegre.

Era um frenesi, alegria inimaginável.

Muitas pessoas chorando, doentes sendo curados, se ouviam ao longe os gritos de glorificação ao Deus de Israel (Jeová).

Quando um dos presentes iam à frente e contavam as histórias bíblicas todos prestavam total atenção e acompanhavam confirmando tudo que era dito com saudosas "aleluias" e "glórias a Deus".

Quando menos esperava havia chegado a minha vez de falar, me posicionei à frente de todos e comecei a contar como Jesus se apresentava às pessoas utilizando como base um texto bíblico bem conhecido.

Quando eu falava de Jesus o lugar foi tomado por um grande clarão, quase cegando a todos.

Nesta hora todos ficaram em silêncio, o clarão foi reduzindo e uma pessoa aparecia no meio daquele lugar.
A compreensão de que era o próprio Jesus foi unânime.

Todos choravam, pois era o momento mais especial de nossas vidas.

Jesus começou a falar, ouvíamos sua voz que nos acalmava, nos consolava, era exatamente como os evangelhos o apresentavam.


 
Falou tudo que precisávamos ouvir.

Disse que seríamos vencedores.

Seríamos superiores a todos os problemas.

Seríamos felizes.

Teríamos um lugar muito lindo para morar após nossa morte.
E quando ele dizia: "A dois mil anos morri para que vocês não precisassem passar pela morte. E para vocês que são especiais eu contarei quando tudo irá acabar, quando o fim chegará. O momento exato em que eu virei buscar aqueles que acreditaram nos relatos da minha vinda. Será após a primavera que inciará na data da comemoração da..."

De repente ele sumiu.

Sumiu em meio ao diálogo, sem se despedir, sem completar a frase.

Para onde foi?


Óh Jesus.

Quando irás voltar?

O que aconteceu?

Porque?

Jesus onde está você?

Nesta hora tomei a melhor decisão de minha vida.

Não podíamos deixá-lo ir embora assim.

Nesta hora você deve estar se perguntando o que eu fiz.

O que eu fiz?

Quer saber o que fiz?

Quer saber mesmo?

 
Enfiei a mão no bolso, puxei o isqueiro e acendi mais um.

Fim.
Odlave Sreklow.


Imagem: http://irmaosdacaridade.com/web_images/jesus_cristo.jpg

terça-feira, 12 de julho de 2011

Meu "deus" supera o seu (Parte 2 - Jesus X Dionísio)


O deus do vinho.

Quem não gostava de adorar a Dionisio na antiga Grécia não sabia curtir uma verdadeira festa recheada de vinho, carne de animais sacrificados, danças e muito sexo.

Dionisio, que desde cedo aprendera a fabricar e apreciar um bom vinho.

Em Roma, este papel era de responsabilidade de Baco.

O vinho possui uma longa história que remonta pelo menos a aproximadamente 6 000 a.C., pensando-se que tenha tido origem nos atuais territórios da Geórgia ou do Irã. Crê-se que o seu aparecimento na Europa ocorreu há aproximadamente 6500 anos, nas atuais Bulgária ou Grécia, e era muito comum na Grécia e Roma antigas. O vinho tem desempenhado um papel importante em várias religiões desde tempos antigos. O deus grego Dionísio e o deus romano Baco representavam o vinho. http://pt.wikipedia.org/wiki/Vinho


Como apresentar um deus que substituisse Dionísio?

Uma boa forma seria apresentar uma história relacionada a festas. Mas como representar uma festa que não seja tão "imoral" em se tratando de uma visão judaica, como eram as festas e cultos a Dionísio?

Um casamento, sim, um casamento é uma cerimônia séria, então como fazer algo para que este deus assumisse o lugar de Dionísio definitivamente?

Simples, a história foi montada apontando a falta de vinho em uma festa e a intervenção milagrosa do novo deus ordenando que água se transformasse em vinho.

Pronto, assim, o deus cristão terá menos um concorrente, já que ele se tornara o Senhor do vinho.

Odlave Sreklow.


Imagens:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/4e/Schwappender_Wein.jpg/220px-Schwappender_Wein.jpg

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Meu "deus" supera o seu (Parte 1 - Jesus X Poseidon)

Quando estudamos a história de alguma civilização antiga e suas guerras não podemos deixar de observar que a nação vencedora das batalhas não apenas derrotava os homens, mas também seus deuses.

Deuses dos povos conquistados eram desmoralizados, transformados em demônios ou mitos, enquanto os deuses dos povos que ganhavam a guerra eram inseridos garganta abaixo dos derrotados.

Os povos primitivos acreditavam em diversos deuses, um para cada necessidade.

Havia um deus para ajudar na pesca, outro para ajudar na caça, outro para fertilidade da mulher, outro para fertilidade da terra, chuva, sol, lua, etc.

O judaísmo trouxe uma idéia iniciada no Egito, da existência de apenas um Deus, tornado-se uma forte religião monoteísta.

O monoteísmo trouxe consigo diversas dificuldades, como a separação do bem e mal em duas divindades, sendo Jeová e Satan.

Uma religião monoteísta depende da necessidade da existência de outros seres místicos, como anjos e demônios além do seu deus.

Por sua vez, o "cristianismo" como religião, adotando a idéia judaica, acrescenta novos deuses para suprir esta necessidade.

Surgem assim, as figuras do filho de Deus, do espírito de Deus, de uma mulher (que fora fecundada pelo deus dos judeus) e diversos homens conhecidos como santos e alguns conhecidos como mártires ou heróis cristãos.

Por sua vez, o cristianismo tenta unificar as três pessoas apresentadas como uma só para evitar uma idéia de politeísmo. Esse mix de pai, filho e espírito complicou ainda mais a situação. Porque, a quase dois mil anos da religião cristã e ainda não há uma definição sobre estes três personagens (que são três e ao mesmo tempo um só, que por sua vez, este um é três - bastante confuso, não?).

Iniciando uma nova religião, com um novo personagem sendo apresentado como o salvador de toda raça humanda, os cristãos teriam que apresentar um deus melhor do que aqueles que já existiam.

Tiveram que acrescentar em um único deus, características existentes em diversos deuses primitivos (sejam gregos, romanos, celtas e nórdicos, além de outros).

Neste momento venho citar algumas características de Jesus cujo escritor dos textos cristãos, menciona com a necessidade de o tornar melhor que Poseidon o deus dos mares da mitologia grega, igualmente a Netuno, o deus dos mares romano e Vellamo, a deusa das águas da mitologia finlandesa.





Poseidon 550-525 a.C.
Depositada no Louvre



Poseidon, estátua grega no 
Museu Arqueológico Nacional de Atenas.



 Jesus Cristo andando sobre as águas.
Tentativa dos escritores cristãos de apresentar um deus que pudesse assumir o lugar de senhor dos mares.

Poseidon.



Jesus Cristo X Poseidon

Na Ilíada, Poseidon aparece-nos como o deus supremo dos mares.
Comandando além das ondas, correntes e marés, as tempestades marinhas e costeiras.
Seu poder estende-se às nascentes, lagos e rios.
Também era dono da magnífica ilha de Atlântida.
Os navegantes oravam a ele por ventos favoráveis e viagens seguras, mas seu humor era imprevisível podendo provocar tempestades, maus ventos e maremotos por simples capricho.

Nos escritos cristãos, teriam que relatar algo explêndido para poder apresentar aos gregos e romanos como uma substituição ao seu deus dos mares. Havia também a necessidade de substituir uma personalidade do próprio deus judeu que por diversas vezes no velho testamento foi o autor de tempestades e destruição (Is 28:2;Jó 27:20-22).

No livro de Mateus, da bíblia cristã, Jesus Cristo, com apenas um gesto, faz uma tempestade cessar (Mat 8:24).
Esta cena se repete em Lucas 8:23.

Enquanto Poseidon era o Deus grego responsável pela segurança dos navegantes, assim como Netuno para os romanos, agora os cristãos teriam uma história semelhante para contar.

Eles podiam acreditar em um deus que, ao levantar uma das mãos, poderia fazer qualquer tempestade parar, mesmo se fosse Poseidon quem tivesse iniciado a mesma por uma irritação qualquer.

Era uma maneira de dizer que seu deus era melhor que o dos outros povos.


Odlave Sreklow.


Imagens:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pos%C3%ADdon


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjs3jfTDGKPaMtTXyFgsFUZak1AleNrsl_BWnjnBt0UUR_Ughtcrfkce2ynOg2mlZrnkgYbasUGn7GLV_56uMiY5ZSDFRNkxRIkdEeLjLvXQDmkfet4SV7_Z26GKI8oAZbl1gdCKWGESbs/s400/JESUS+JUNTO+AO+MAR.gif
http://www.tradicaoeleusiana.com.br/poemas/poseidon.html