Os crentes me dizem que eu devo abrir meu coração para aceitar jesus, que devo buscá-lo com fé, dar uma chance a ele. Quando digo que tentei isto por muitos anos, eles respondem que eu não fui sincero na minha busca, que não me esforcei que não fiz direito. Mesmo nem me conhecendo, eles afirmam com toda a certeza que eu não tentei ao máximo ‘aceitar’ algo que não se tem provas.
Alguns citam a parábola do mestre que segurou a cabeça do discípulo debaixo da água, enquanto o discípulo se debatia o mestre lhe disse: “Você deve procurar a deus com a mesma ânsia que procurou pelo ar”. – Não preciso apontar que essa parábola é falaciosa, mas pensando que talvez ela possa ter um pouquinho de verdade, eu formulei alguns questionamentos em bases nessa parábola.
Alguns citam a parábola do mestre que segurou a cabeça do discípulo debaixo da água, enquanto o discípulo se debatia o mestre lhe disse: “Você deve procurar a deus com a mesma ânsia que procurou pelo ar”. – Não preciso apontar que essa parábola é falaciosa, mas pensando que talvez ela possa ter um pouquinho de verdade, eu formulei alguns questionamentos em bases nessa parábola.
Eu pergunto:
1) E se deus não existir? E se estão procurando no escuro por um gato preto que não está lá? Vale a pena desperdiçar sua vida toda por um mito?
2) A qual deus eu devo buscar? Por que os crentes pressupõem, como se fosse óbvio, que é o deles que eu vou encontrar? E que só o dele possa existir como chegam à certeza de que é exatamente o deus que eles acreditam que exista?
3) Como eles podem dizer que eu “rejeitei a deus”, que eu “troquei deus pelos prazeres do mundo” ou que eu estou “revoltado com deus” se eu não acredito nele? Será que eu poderia me revoltar contra o Saci-Pererê?
4) O que eles querem dizer com “buscar com intensidade, de coração”? Qual é o método? Será que me falta a capacidade de auto-ilusão que eles têm? Será que se eu me esforçar bastante volto a acreditar até em Papai Noel?
5) Como distinguir a manifestação de deus da de uma outra entidade? Como saber que é o deus da bíblia e não o de outra religião? Ou o diabo? Ou algum extraterrestre poderoso?
6) Por que deus complica as coisas e se esconde de nós? Por que, supostamente, ele só se revela a quem já decidiu que ele existe? Se deus realmente quer nos dizer alguma coisa, por que não se dirige pra cada um de nós, sem intermediários, de forma clara e explícita? Por que temos que implorar por sua atenção? – Ou deve ser porque ele não existe já se perguntou isso?
7) Como é possível decidir “aceitar a Jesus” se não acreditamos nele? Não seria mais lógico que deus nos aparecesse e só então acreditássemos? Será que os crentes não vêem o absurdo de “primeiro acreditar e só então ver as provas”?
8) Por quanto tempo devo esperar por uma resposta de cada deus antes de tentar o próximo?
9) Por que devo acreditar nas pessoas que me dizem ter “encontrado Jesus”? Que provas essas pessoas têm a me apresentar além do relato de “sentimentos” que podem não passar de alucinações ou ilusões auto-induzidas?
10) Por que os crentes sempre me abordam com um ar superior de quem traz uma revelação auto-evidente, diante da qual eu deveria cair de quatro e louvar o Senhor? Por que ficam tão irritados quando insisto em achar defeito e sugerir outras possibilidades, em exigir provas? Por que eles não enxergam a própria arrogância?
Os crentes se fecham de tal maneira em seu limitado mundinho, sua visão estreita e suas explicações simplistas que não conseguem conceber que alguém pense diferente sem estar “rejeitando a deus”. Não conseguem conceber que o mundo não gira em torno do cristianismo e que 2/3 da humanidade estão pouco se lixando para seu precioso “Jesus”.
Quando questionados, se irritam e se assustam. Lembram-me as crianças que, ao perceberem que não têm argumentos, tampam os ouvidos e gritam: “Não estou ouvindo, não estou ouvindo!”. Eles são como os pastores, chacoalhando a bíblia diante das câmeras e dizendo: “Se não está aqui na bíblia, para mim não existe!”.
"Como é possível decidir “aceitar a Jesus” se não acreditamos nele? Não seria mais lógico que deus nos aparecesse e só então acreditássemos?"
ResponderExcluirPrezado Odlave,
Parece que quase todas as suas questões podem se resumir basicamente nestas.
Eu encaro a fé, independentemente de estar convencido por meio de provas acerca da existência do Eterno. Simplesmente tomo a decisão de crer em Deus e seguir seus mandamentos.
A Bíblia diz que o temor do Eterno é o princípio do saber e isto significa que, pela fé, primeiro obedecemos a Deus para depois compreendermos pela experiência o porquê de guardarmos os seus mandamentos e de praticarmos o amor.
Alguns de seus questionamentos posso ter também e eu os associo mais à doutrina e à abordagem proselitista e de visão restrita das igrejas que existem por aí. Logo, concordo quando fala do "ar superior" dos crentes e outros detalhes.
Bem, não sou melhor do que ningiuém, nem mais sábio e nem mais justo. Apenas busco ter minhas experiências com a Vida e de relacionamento com Deus.
Acho que seus questionamentos são importantes como auto-pesquisa, o que considero proveitoso para a nossa evolução pessoal. Porém, neste crescimento evolucionista, precisamos nos lançar à experiência e segue aí minha sugestão: busque Deus.
Abração e, quando puder, visite meu blogue.
Rodrigo,
ResponderExcluirNão sei se percebeu mas este texto não é meu, tem a fonte no final.
Porém, gostaria de comentar sobre teu comentário, rsrs.
"Eu encaro a fé, independentemente de estar convencido por meio de provas acerca da existência do Eterno. Simplesmente tomo a decisão de crer em Deus e seguir seus mandamentos."
Assim como você decidiu crer no Deus dos judeus existem diversas pessoas crendo no Deus do islã, no Deus do hinduísmo e inclusive nos deuses gregos, ainda hoje.
"A Bíblia diz que o temor do Eterno é o princípio do saber e isto significa que, pela fé, primeiro obedecemos a Deus para depois compreendermos pela experiência o porquê de guardarmos os seus mandamentos e de praticarmos o amor."
Para mim isto é meio idiota, algo do tipo: "Prenda uma pessoa para depois procure saber se realmente ela é culpada".
"Alguns de seus questionamentos posso ter também e eu os associo mais à doutrina e à abordagem proselitista e de visão restrita das igrejas que existem por aí."
A visão proselitista e restrita é herança judaica que mantêm-se no livro denominado bíblia, livro este que tais pessoas seguem.
"Bem, não sou melhor do que ningiuém, nem mais sábio e nem mais justo. Apenas busco ter minhas experiências com a Vida e de relacionamento com Deus."
Ultimamente eu tenho me relacionado com gente, principalmente minha família, não sinto mais vontade de relacionar com um amigo imaginário. Até que é bom porque ele nunca vai falar mal de você, já que ele não interage com as pessoas.
"Acho que seus questionamentos são importantes como auto-pesquisa, o que considero proveitoso para a nossa evolução pessoal. Porém, neste crescimento evolucionista, precisamos nos lançar à experiência e segue aí minha sugestão: busque Deus."
Desculpe, mas buscar a Deus é para aquele que quer fugir da realidade, assim como os crentes buscam a Jeová, os satanistas buscam a Satan, os muçulmanos buscam Alá, os católicos buscam Maria, etc.
Eu não preciso buscar a Deus, muito obrigado, já estive muito tempo conversando com Deus, até descobrir que ele é apenas um toco ao lado daqueles que creêm, mas a luz um dia atingirá a todo religioso, todo olho não o verá.
Abraços,
Vou visitar sim.
Odlave Sreklow.
Odlave
ResponderExcluirEsse texto que você pescou na blogosfera fez-me lembrar de 55 anos (mais de meio século) atrás, quando assistia as reprises da “hora do apelo”,(aos domingos) na igreja, que para não soar tão feio, agora é chamada de “hora do convite”.
Vejo suavidade só na mudança do termo, pois a forma violenta e mal educada como é tratada a alma que se recusa a ir lá para frente, lá para o púlpito, ou melhor, para o patíbulo, é de uma indecência impar.
Já vi gente sendo conduzida ao altar, presa pelos braços, esperneando, tentando de todos os modos se libertar dos algozes.
Sem o recurso da hora do apelo ou do convite, o evangelho de resultados está morto. Sem o recurso da força, não há outro meio desse vergonhoso proselitismo ser disseminado.
Abraços,
Grande Levi,
ResponderExcluirMais uma vez me sinto honrado por sua visita.
E venha ao altar dos des-igrejados aceitar ao des-deus da grande des-religião, para que assim sua alma não seja enviada ao des-inferno.
Um grande abraço,
E que Alá seja louvado,
Odlave Sreklow.
alemão, só para colaborar, o judaísmo nunca foi muito proselitista, o cristianismo, sim.
ResponderExcluirsabe, meu amigo, acho esses textos ateístas tão idiotas e inúteis quanto os textos teístas que querem provar que (o seu)deus existe. seu, no caso, deles...
tanto negar quanto afirmar um deus é a mesma coisa que negar ou afirmar o unicórnio rosa do terra do nunca (só prá ficar num exemplo que vocês gostam de dar. só não sei por que o bicho tem que ser rosa...).
deus não é uma pessoa, não é um soberano sentado no trono, deus é não-deus; o que chamamos de deus é uma experiência. só isso. nada mais se pode dizer de deus.
deus é um sentimento. e nada mais se pode dizer. e esse "deus" existe, já que bilhões de pessoas no mundo o sentem. não estou dizendo que o deus pessoal do céu existe, estou dizendo que a ideia-deus provoca sentimentos, e todo sentimento é real para quem o sente.
como o amor, como o ódio, como a alegria. para quem nunca amou, o amor não existe. o amor como entidade não existe mesmo, mas se torna real em quem o sente. como deus.
louvado seja o unicórnio.
rosa...ui
Eduardo,
ResponderExcluirAté um certo ponto do desenvolvimento social, o rosa era a cor masculina. (vi isso em algum lugar).
Aí chegou alguém e fez a separação azul=menininho, rosa=menininha.
Mas isso é outra historinha (ui).
Seu texto é ótimo para os ateus.
Você transformou deus em "nada", apenas um desejo, ou quem sabe, um delírio nosso.
Abraços,
Odlave Sreklow.