Homem ateu é assim chamado aquele que não crê em Deus. Etimologicamente, “Theos”, do grego, significa Deus. Anexando-se o prefixo “a”, o qual indica ausência ou negação, teremos ateu, isto é, sem Deus. No mundo moderno onde vivemos, no qual impera a razão, a lógica e o conhecimento científico, não nos é mais possível estabelecer diferença essencial entre ateus ou crentes.
Os que acreditam em um Deus materializável, prosternando-se e orando diante de seus altares, em seus templos, são também verdadeiros ateus. Apenas deste fato não se dão conta. A seguir tentaremos explicar o nosso ponto de vista. O homem primitivo, sentindo-se indefeso diante do mundo hostil que o rodeia e que desconhece, a tudo teme. Apavoram-no os fenômenos da natureza, tais como as tempestades, os trovões, os relâmpagos e tantos outros os quais julga serem a manifestação digna de um Ser Supremo, muito poderoso e desconhecido. Então, na sua impotência para controlar a natureza, e não encontrando explicações razoáveis para os acontecimentos, volta-se o nosso homem para aquele Ser Poderoso que imagina comandar o mundo. Submisso e suplicante, implora-lhe perdão pelas faltas cometidas, simula preces e oferece-lhe sacrifícios. Com isso, supõe aplacar a ira dos deuses e ganhar-lhes sua benevolência para dias vindouros, Está, assim, lançada a semente da religião que no decorrer do tempo irá ganhando novas formas e sofrerá modificações, de acordo com o próprio homem, suas necessidades e aspirações.
Então perguntaremos, diante de que ou de quem ajoelha-se o homem? Diante de Deus? Não. Por incrível que pareça, o homem ajoelha-se, ainda hoje, diante do altar rústico, erguido pelo temor do homem primitivo castigado pelas forças adversas da natureza, e impotente para contê-las. Não é lógico que o homem que evoluiu conseguindo maravilhas, obtendo os meios necessários para definir e mesmo refrear os furores da natureza, paradoxalmente continue praticando os cultos de desagravo, criados pelos amedrontados ancestrais.
Concluímos do que acima foi dito que os religiosos de qualquer espécie são ateus, porquanto, de acordo com a própria etimologia da palavra ateu, continuam sem Deus. Isto é verdadeiro, porquanto, não é possível a ninguém ter algo inexistente, no caso o Ser Poderoso, Deus ou deuses, conforme prefiram. À medida que o homem foi evoluindo, promoveu sua organização social, inclusive a religiosa. E o homem permaneceu contrito, ajoelhado diante de Deus e do sacerdote. Aos poucos, vai a religião tornando-se um ótimo e cômodo meio de vida para a minoria privilegiada composta pelos sacerdotes, verdadeiro comércio com o qual o povo tem sido espoliado através dos tempos.
Surgiram deuses e religiões idealizadas pelos espertos, a fim de satisfazer a todos os gostos e tendências. Até o século IX, os estudiosos do assunto já haviam catalogado nada menos de 60 mil deuses, sob as mais variadas formas, desde a de animal, semi-animal, até atingir o aspecto integral do corpo humano. Criaram deuses como Baco, o deus do vinho, homenageado com tremendas bebedeiras.
Vênus, a deusa do amor. Para reger a cada ato da vida, foram criados deuses especiais; inclusive para cada fenômeno da natureza.
Apesar do fervor com o qual os deuses têm sido incensados através dos tempos, jamais se conseguiu provar que a fé a eles devotada tenha melhorado a sorte do homem e do mundo. Por isso somos levados a crer que todos aqueles que têm adorado aos deuses têm perdido o seu precioso tempo.
O homem, com o poder de sua inteligência e imaginação, vai aos poucos adquirindo e sistematizando os seus conhecimentos, tornando-os cultura e ciência. Gradativamente vai levantando o véu do mistério que lhe obscurecera a razão. A explicação dos fatos fundamentada na ciência liberta-o dos temores.
O conhecimento científico, alijando as trevas da ignorância, leva-nos a compreender que os milhares de deuses dos quais temos tido conhecimento são produtos de mentes férteis e pretensiosas, como a do clero e outros interessados em lucros fáceis. A total ausência de uma intervenção direta de Deus nos destinos do homem e do mundo é prova de que o clero conduz o homem por caminho errado.
Valendo-se da boa fé do povo incauto é que o clero, em todos os tempos, tem desenvolvido sua atividade parasitária, chorando tanto quanto possível a economia humana. Assim, pode desfrutar de boa vida, luxo e palácios, praticamente sem trabalhar, com o dinheiro que o homem religioso passa-lhe às mãos, julgando assim comprar sua entrada no céu.
O sacerdote é sempre categórico em suas afirmações diante do crente, mostrando-se, contudo, reticente e cauteloso em face do conhecimento científico do homem de saber aprimorado. A este falará sobre tudo, mas evitará abordar o que se refere a Deus, religião ou teologia. Tendo ultrapassado a época do medo, a raça humana não se libertou totalmente do sentimento religioso, porquanto, existem os que se valem do nome de Deus e das religiões para viverem ociosamente, desfrutando de boa posição e respeito, sem, contudo, dar aos homens qualquer contribuição que lhes aproveite para sua felicidade e bem estar. Apenas a promessa de uma boa vida futura, após a morte. Todavia, até esta ser-lhe-á
garantida apenas com a condição de suportar, pacientemente, muitos sofrimentos em sua passagem pela terra. Ora, são promessas vãs e mentirosas. Será que o sacerdote daria para alguém o Reino dos Céus, se dele dispusesse? Tudo nos leva a crer que não.
Não acreditamos que as religiões possam desaparecer tão cedo da face da Terra, apesar do aprimoramento, sempre em expansão, do conhecimento científico. As religiões não morrem, modificamse. Desde os primórdios da humanidade, o aparecimento sempre de novos deuses e modalidades de culto justificam tal afirmativa. Em vista de tantas e tais modificações, é que chegamos à era do advento de Cristo e do cristianismo, religião esta abraçada por boa parte da população do mundo atual, em suas variadas ramificações.
E qual o fundamento sobre o qual foi criada a religião cristã? Nada tem de positivo, palpável ou verdadeiro. É apenas uma lenda o nascimento de Jesus, como toda a vida e os atos a ele imputados.
Aqueles que criaram o cristianismo sequer primaram pela originalidade, porquanto, a lenda que envolve a personalidade de Jesus Cristo é apenas copia de tantas outras que relatam o nascimento e tudo quanto se referiu aos deuses criados pelos antigos, tais como Ísis, Osíris, Hórus Átis. Apolo, Mitra, etc.
O homem do nosso século tem, forçosamente, de ser prático. Daí, não poderá fundamentar os atos de sua vida em lendas ou mitos. As lendas possuem, evidentemente, um grande valor, fazem parte do folclore dos povos, influindo na formação de suas culturas. Entretanto, o seu valor cultural não deve ultrapassar o limite lógico e aceitável.
Os que acreditam em um Deus materializável, prosternando-se e orando diante de seus altares, em seus templos, são também verdadeiros ateus. Apenas deste fato não se dão conta. A seguir tentaremos explicar o nosso ponto de vista. O homem primitivo, sentindo-se indefeso diante do mundo hostil que o rodeia e que desconhece, a tudo teme. Apavoram-no os fenômenos da natureza, tais como as tempestades, os trovões, os relâmpagos e tantos outros os quais julga serem a manifestação digna de um Ser Supremo, muito poderoso e desconhecido. Então, na sua impotência para controlar a natureza, e não encontrando explicações razoáveis para os acontecimentos, volta-se o nosso homem para aquele Ser Poderoso que imagina comandar o mundo. Submisso e suplicante, implora-lhe perdão pelas faltas cometidas, simula preces e oferece-lhe sacrifícios. Com isso, supõe aplacar a ira dos deuses e ganhar-lhes sua benevolência para dias vindouros, Está, assim, lançada a semente da religião que no decorrer do tempo irá ganhando novas formas e sofrerá modificações, de acordo com o próprio homem, suas necessidades e aspirações.
Então perguntaremos, diante de que ou de quem ajoelha-se o homem? Diante de Deus? Não. Por incrível que pareça, o homem ajoelha-se, ainda hoje, diante do altar rústico, erguido pelo temor do homem primitivo castigado pelas forças adversas da natureza, e impotente para contê-las. Não é lógico que o homem que evoluiu conseguindo maravilhas, obtendo os meios necessários para definir e mesmo refrear os furores da natureza, paradoxalmente continue praticando os cultos de desagravo, criados pelos amedrontados ancestrais.
Concluímos do que acima foi dito que os religiosos de qualquer espécie são ateus, porquanto, de acordo com a própria etimologia da palavra ateu, continuam sem Deus. Isto é verdadeiro, porquanto, não é possível a ninguém ter algo inexistente, no caso o Ser Poderoso, Deus ou deuses, conforme prefiram. À medida que o homem foi evoluindo, promoveu sua organização social, inclusive a religiosa. E o homem permaneceu contrito, ajoelhado diante de Deus e do sacerdote. Aos poucos, vai a religião tornando-se um ótimo e cômodo meio de vida para a minoria privilegiada composta pelos sacerdotes, verdadeiro comércio com o qual o povo tem sido espoliado através dos tempos.
Surgiram deuses e religiões idealizadas pelos espertos, a fim de satisfazer a todos os gostos e tendências. Até o século IX, os estudiosos do assunto já haviam catalogado nada menos de 60 mil deuses, sob as mais variadas formas, desde a de animal, semi-animal, até atingir o aspecto integral do corpo humano. Criaram deuses como Baco, o deus do vinho, homenageado com tremendas bebedeiras.
Vênus, a deusa do amor. Para reger a cada ato da vida, foram criados deuses especiais; inclusive para cada fenômeno da natureza.
Apesar do fervor com o qual os deuses têm sido incensados através dos tempos, jamais se conseguiu provar que a fé a eles devotada tenha melhorado a sorte do homem e do mundo. Por isso somos levados a crer que todos aqueles que têm adorado aos deuses têm perdido o seu precioso tempo.
O homem, com o poder de sua inteligência e imaginação, vai aos poucos adquirindo e sistematizando os seus conhecimentos, tornando-os cultura e ciência. Gradativamente vai levantando o véu do mistério que lhe obscurecera a razão. A explicação dos fatos fundamentada na ciência liberta-o dos temores.
O conhecimento científico, alijando as trevas da ignorância, leva-nos a compreender que os milhares de deuses dos quais temos tido conhecimento são produtos de mentes férteis e pretensiosas, como a do clero e outros interessados em lucros fáceis. A total ausência de uma intervenção direta de Deus nos destinos do homem e do mundo é prova de que o clero conduz o homem por caminho errado.
Valendo-se da boa fé do povo incauto é que o clero, em todos os tempos, tem desenvolvido sua atividade parasitária, chorando tanto quanto possível a economia humana. Assim, pode desfrutar de boa vida, luxo e palácios, praticamente sem trabalhar, com o dinheiro que o homem religioso passa-lhe às mãos, julgando assim comprar sua entrada no céu.
O sacerdote é sempre categórico em suas afirmações diante do crente, mostrando-se, contudo, reticente e cauteloso em face do conhecimento científico do homem de saber aprimorado. A este falará sobre tudo, mas evitará abordar o que se refere a Deus, religião ou teologia. Tendo ultrapassado a época do medo, a raça humana não se libertou totalmente do sentimento religioso, porquanto, existem os que se valem do nome de Deus e das religiões para viverem ociosamente, desfrutando de boa posição e respeito, sem, contudo, dar aos homens qualquer contribuição que lhes aproveite para sua felicidade e bem estar. Apenas a promessa de uma boa vida futura, após a morte. Todavia, até esta ser-lhe-á
garantida apenas com a condição de suportar, pacientemente, muitos sofrimentos em sua passagem pela terra. Ora, são promessas vãs e mentirosas. Será que o sacerdote daria para alguém o Reino dos Céus, se dele dispusesse? Tudo nos leva a crer que não.
Não acreditamos que as religiões possam desaparecer tão cedo da face da Terra, apesar do aprimoramento, sempre em expansão, do conhecimento científico. As religiões não morrem, modificamse. Desde os primórdios da humanidade, o aparecimento sempre de novos deuses e modalidades de culto justificam tal afirmativa. Em vista de tantas e tais modificações, é que chegamos à era do advento de Cristo e do cristianismo, religião esta abraçada por boa parte da população do mundo atual, em suas variadas ramificações.
E qual o fundamento sobre o qual foi criada a religião cristã? Nada tem de positivo, palpável ou verdadeiro. É apenas uma lenda o nascimento de Jesus, como toda a vida e os atos a ele imputados.
Aqueles que criaram o cristianismo sequer primaram pela originalidade, porquanto, a lenda que envolve a personalidade de Jesus Cristo é apenas copia de tantas outras que relatam o nascimento e tudo quanto se referiu aos deuses criados pelos antigos, tais como Ísis, Osíris, Hórus Átis. Apolo, Mitra, etc.
O homem do nosso século tem, forçosamente, de ser prático. Daí, não poderá fundamentar os atos de sua vida em lendas ou mitos. As lendas possuem, evidentemente, um grande valor, fazem parte do folclore dos povos, influindo na formação de suas culturas. Entretanto, o seu valor cultural não deve ultrapassar o limite lógico e aceitável.
Autor: Autor: La Sagesse
Fonte: Fonte: ateus.net
Imagem: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgi560JPiUiycdhPfW5sYnuWiqgThB60Qd-OKpNyr9cCBfSUcqPrkUx0oDDXIYty4P5XZYitPmy9M9Wlbn_nq44j7xhppTtOQ3g2JAj5HP8P9rBe2pWBbRx71YAYwjhOIdHSBOjUDARvxg/s320/jesus_cristo.jpeg
Odlave Sreklow
Odlave eu vou tentar ler o livro inteiro do La Sagesse no Ateus.net e depois faço meu comentário.
ResponderExcluirDevo demorar uns dez dias, por que você também não faz uma resenha do que você achou do livro para a gente discutir o tema daqui algumas semanas?!
Creio que já debatemos bastente esse assunto e você conhece a minha posição sobre.
ResponderExcluiracrescentaria que religião nenhuma é "pura". A religião original, o dogma original, não existe mais pois está perdido nas areias do tempo. Logo, dizer que o cristianismo foi influenciado por outras visões é dizer o óbvio ululante.
Mas confirmo que apesar disso, os argumentos contra a existência histórica de Jesus não são consistentes.
Maomé foi um personagem histórico. Muitos mulçumanos acreditam que ele foi levado ao céu em um cavalo branco. É fácil distinguir entre o que é histórico e o que é mito.
No caso de Jesus pode-se usar o mesmo critério como aliás, Bultmann já fez há muito tempo.
Gresder,
ResponderExcluirApesar do convite tentador não vou poder porque ainda não terminei o livro de Durkheim.
Edu,
Eu sei tua posição. Você é integrante do grupo "um cara chamado Jesus existiu".
E você sabe da minha.
Abraços,
Odlave Sreklow.
Olá Odlave, gostaria de agradecer pelo blog de excelente bom gosto.
ResponderExcluirSou um ex religioso. Como sou um pouco corrupto, comecei a desconfiar da estória do dízimo e resolvi dar uma estudada básica, e descobri que os ateus falam mais sobriamente de Deus do que os religiosos. Aliás, é sempre bom ouvir a opinião de um bom ateu, rsrsrs.
Gostaria de pedir sua permissão de postar uma experiência da minha mãe com Jesus Cristo. E pra deixar claro ela não era cristã e nem participava de religião alguma! Posso deixar aqui? Obrigado.
Se
Robson, experiências com mortos ocorrem constantemente, tudo por produção do nosso cérebro. Principalmente em momentos difíceis da vida das pessoas. Por muita pressão, stress, perda de parentes. Sempre assim. Uns tem experiências com Jesus, outros com Deus, outros com algum Orixá, outros com mortos voltando e conversando. Mas isto, só prova que nosso cérebro é uma máquina incrível. Mas que pena que Jesus não existe e sua mãe acha que esteve com ele. Triste mesmo. Já levou ela para um psicanalista?
ExcluirAtenciosamente,
Odlave Sreklow.
Odlave, acho difícil uma pessoa semianalfabeta pobre,ter um poder mental maior do que a do Albert Einstein 3x, se auto curar de um câncer maligno sozinha em casa. Mas respeito sua opinião.
ResponderExcluirObrigado pela atenção.
Robson, me desculpe, mas é crime manter uma pessoa com câncer em casa sem levá-la ao hospital esperando uma cura divida.
ExcluirVocê não pode afirmar que uma pessoa possua um tipo de câncer sem um parecer médico. Caso exista um parecer, é necessário tratamento. E sobre cura, acredito que as célular podem morrer assim como podem se multiplicar (mesmo que não há base comprovada para isso), ou seja, alguma ação biológica e não mental ou espiritual ocorre nestes casos.
Odlave Sreklow.