Assim como a maioria dos seres humanos, eu também nasci inserido em uma religião.
Passei por todos os rituais de aceitação, no primeiro deles sequer sabia o que estava acontecendo, eu era um bebê.
Aos quinze anos de idade me apresentaram uma nova religião.
E eu, "caí de cabeça".
Fui informado de que esta religião era superior às demais.
E eu, "caí de cabeça".
Me disseram que tinham conhecido algo totalmente novo.
E eu, "caí de cabeça".
Era como se fosse a novidade do milênio, algo que somente esta religião pôde descobrir.
E eu, "caí de cabeça".
O que me incomoda hoje foi o fato de eu ter aceitado estas informações sem muitos questionamentos.
Sim, o que aconteceu foi que "caí de cabeça".
Nos próximos quinze anos dentro desta religião passei por diversos problemas entre aceitar ou negar tais ensinamentos e rituais.
Isto era contínuo, muitas vezes me via fazendo coisas que não acreditava, achava que era infantilidade e misticismo religioso, mas, fazia assim mesmo, afinal de contas, era comum a todos daquela religião.
O pior é que quando fazia comparação entre o comportamento e ensinamento do suposto fundador desta religião eu observava que a religião não podia ter sido fundada por ele.
Abandonei também esta religião.
Após isto, parei, respirei fundo e fiz um questionamento a mim mesmo: "Porque eu aceitei tão prontamente esta nova religião?".
Diversos outros questionamentos começaram a surgir:
"Até onde eu aceitarei ser enganado?"
"Eu estaria disposto a acreditar em tudo que me falassem?"
"Até onde vai minha capacidade de aceitar 'novas verdades'?"
"Qual o nível de facilidade de absorção de religiosidade que está em mim?"
"Cairia eu em outro conceito inovador que me apresentassem?"
Passei por todos os rituais de aceitação, no primeiro deles sequer sabia o que estava acontecendo, eu era um bebê.
Aos quinze anos de idade me apresentaram uma nova religião.
E eu, "caí de cabeça".
Fui informado de que esta religião era superior às demais.
E eu, "caí de cabeça".
Me disseram que tinham conhecido algo totalmente novo.
E eu, "caí de cabeça".
Era como se fosse a novidade do milênio, algo que somente esta religião pôde descobrir.
E eu, "caí de cabeça".
O que me incomoda hoje foi o fato de eu ter aceitado estas informações sem muitos questionamentos.
Sim, o que aconteceu foi que "caí de cabeça".
Nos próximos quinze anos dentro desta religião passei por diversos problemas entre aceitar ou negar tais ensinamentos e rituais.
Isto era contínuo, muitas vezes me via fazendo coisas que não acreditava, achava que era infantilidade e misticismo religioso, mas, fazia assim mesmo, afinal de contas, era comum a todos daquela religião.
O pior é que quando fazia comparação entre o comportamento e ensinamento do suposto fundador desta religião eu observava que a religião não podia ter sido fundada por ele.
Abandonei também esta religião.
Após isto, parei, respirei fundo e fiz um questionamento a mim mesmo: "Porque eu aceitei tão prontamente esta nova religião?".
Diversos outros questionamentos começaram a surgir:
"Até onde eu aceitarei ser enganado?"
"Eu estaria disposto a acreditar em tudo que me falassem?"
"Até onde vai minha capacidade de aceitar 'novas verdades'?"
"Qual o nível de facilidade de absorção de religiosidade que está em mim?"
"Cairia eu em outro conceito inovador que me apresentassem?"
"Até onde minha consciência é verdadeiramente consciente?"
Logo eu que nunca acreditei em papai noel, inclusive colocando ele à experimentação científica.
O que eu fiz? Enquanto meus colegas escreviam cartinhas pedindo presentes, eu, sabendo que meu pai não sabia ler fiz a mesma coisa.
O resultado foi que o presente que o suposto papai noel deixou foi outro, diferente do que eu tinha pedido na cartinha.
Passei a perna no papai noel.
Então o que seguir? Temos o que seguir, nem tudo está perdido.
Sim, tomo para mim os ensinamentos daquele que eles acreditam ter fundado tais religiões, sim, não fiz uma ramificação da religião criando novos pensamentos.
Estou apenas tentando viver aquilo que está registrado como se fosse escrito por ele.
Ele é Jesus Cristo, não tem como viver o que ele pregou e ensinou e fazer o mal, não tem como.
Sobre a divindade Dele? Sim, creio, só não posso aceitar que qualquer religião tenha algum significado para Ele.
Além Dele, temos diversos exemplos na humanidade de pessoas que também nos deixaram bons ensinamentos e que não podem ser esquecidos.
Após tantas perguntas, eu, que tenho uma profissão na área de tecnologia, dei um tempo em livros de tecnologia e passei a ler outros livros para tentar identificar o porquê desta facilidade que tive de aceitar algo que negaria mais tarde.
O primeiro livro da série de livros que li foi "Moisés e o Monoteísmo" de Sigmund Freud.
Livro muito bom, indico a todos.
Após este me vi lendo diversos livros com o intuito de entender a mim mesmo.
Além de livros, leio também muitos artigos.
Entre os escritores, pensadores, filósofos e humanos estão nomes como Caio Fábio, Carl Sagan, Mahatma Gandhi, Brennan Manning, Ed René, Ricardo Gondim e muitos outros.
Ali estava eu, naquela mesa, aberto como um cadáver, e, do outro lado, também eu, vestido como médico, analisando o que estava dentro de mim.
Creio que nunca chegarei a explicações completas, por isso, troquei a religião pelo conhecimento, troquei o ritual pela necessidade de viver, troquei as agendas pelos fatos inusitados do dia-a-dia, troquei as ofertas dos templos pela ajuda ao próximo.
Sei que o caminho é longo.
Enquanto muitos procuram construir sua base religiosa, eu ainda estou no processo de "desconstruir" tudo que há de religioso em mim.
Por mais que tente, vez ou outra me sinto um religioso brigando por algum ideal.
Que Deus me ajude.
Esta é uma tentativa (mesmo que falha) de explicar minha tendência à psicologia, que não é recente.
Odlave Sreklow.
Mano Odlave
ResponderExcluirMe solidarizo contigo, eu também “cai de cabeça”, corpo e tudo o mais do que se possa imaginar vivendo, me doando a religiosidade.
Hoje, assim como você, estou na minha construção da desconstrução religiosa, tentando apenas viver a minha vida com intensidade, com consciencia e fé naquele que é o meu grande simbolo e referencial de fé que é Jesus, seja ele mesmo deus-homen ou homen-divino.
Abraços