sexta-feira, 26 de junho de 2009

Experiência pessoal nesta caminhada

Descrevo abaixo um pouco (pouquíssimo) sobre minha caminhada na igreja e sobre minha caminhada com Cristo.
Não será mencionado no texto nome de nenhum personagem, principalmente nenhum nome de denominação evangélica qualquer que seja.


Em 1995 eu estava "louco" para entrar em uma igreja Evangélica e fazer parte deste grupo na sociedade. Eu havia entrado em tais igrejas apenas três vezes e, por incrível que pareça em três denominações diferentes. Confesso que em todas as três foi por acaso, nada programado. A primeira vez foi porque um primo iria chamar a mãe dele que estava na igreja e eu acabei entrando, neste dia foi meio vergonhoso pois minha tia foi lá na frente "apresentar" aqueles que estavam ali (seu filho, eu e outro sobrinho), o problema foi que ela disse para toda igreja "O pai do Odlave não pode saber que ele veio aqui porque não gosta de crente", rsrs. Que gafe. Mas relevei tal atitude.
Depois foi apenas para acompanhar a família de um primo de minha mãe em Vila Velha (Araças) e outra vez no Rio de Janeiro com esta mesma família.
Eu sentia uma vontade muito grande de ir a uma igreja destas, porém, estes tais evangélicos me incomodavam com suas atitudes, nenhum era capaz de me convidar. Eu acabei conhecendo uma garota (eu tinha 15 anos e ela 12), quando soube que era evangélica, achei ali uma forma de ser "convidado", na realidade ela não me convidou para ir em sua igreja, rsrs. Eu pedi pra ir.

Sendo assim, eu me auto-convidei. Infelizmente em minha conversão não teve medalha para ninguém, ou como dizem "galardão", rsrs.

Em resumo eu não havia me convertido e sim estava convencido. No primeiro dia visitando tal lugar me perguntaram "de qual igreja você é?" e eu disse "hoje eu sou desta igreja". Este foi meu primeiro erro. Eu era mais um integrante de uma "igreja" institucionalizada que acabara de adentrar ao rol de membros sem mesmo saber a Verdade do Evangelho, foi como entrar na arca e olhar para Noé e dizer "Agora estou dentro e quero entender então que estou salvo do dilúvio".

Na mesma semana haviam me falado de um tal de "batismo". Eu disse "sei lá que parada é essa, mas tô dentro", resultado me "batizei", seguindo toda liturgia instituída segundo costumes e tradições, seguindo o batismo por imersão e pronto, estava feliz por fazer parte de um grupo que se diz superior a todos outros grupos porque Deus estava ali.

Foi minha primeira ilusão cristã, acreditar que Deus precisava daquele lugar, naquele horário marcado para falar.

Depois comecei a ser confrontado com algumas informações que me incomodavam, a primeira foi que este grupo era detentor da revelação de Deus e que era dono único de tal revelação (sem sócios) e total responsável pela obra de Deus na terra (quem lê entenda).

Passei então a ser inimigo de todos meus amigos que não eram crentes porque me ensinaram que são "ímpios" e que eu deveria apenas amá-los e tratá-los graciosamente no momento final do culto caso eles tivessem a coragem de visitar nossas igrejas. E se visitassem poderiam receber um sorriso meu na rua, caso contrário, fogueira neles, rsrs. A alegação era um interpretação totalmente equivocada do Salmo de número um sobre a questão da “roda dos escarnecedores”.
Passei a sentir pena de todos os crentes das outras igrejas porque eles não eram detentores das revelações e não tinham alcançado o entendimento que este grupo tinha.

Fiquei por dez anos neste espírito de superioridade, de santidade, me sentindo o santarrão, o maioral, assisti a todos os graus de aulas onde são feitas lavagens cerebrais colocando na cabeça do povo sobre o tal "entendimento". Na realidade Jesus é pouco mencionado por estes irmãos em vez de falarem Jesus ou Deus, preferem falar "sinhô".

Enquanto eu não tinha tempo para ler a Bíblia ia tocando o barco conforme me ensinaram: "Você pode pegar um versículo da Bíblia, alcançar a revelação e pregar nele", ou seja, não precisa conhecer a Bíblia, porque a "Letra mata".

Mas, como sempre fui "curioso" e pra frente, comecei a ler a Bíblia e confrontar com tudo que tinha aprendido nestes dez anos. Exatamente ao término dos dez anos eu realmente me converti ao Evangelho verdadeiro, onde Deus me jogou no pó e me fez ressurgir das cinzas e ressuscitar, neste ponto eu percebi que nunca havia sido melhor que ninguém e que eu era o maior pecador da face da terra. Ainda assim fiquei mais cinco anos nesta igreja. Insistindo em ficar ali mesmo sabendo que setenta por cento das suas ideologias eram contrárias ao Evangelho e um tanto superticiosas.

Após quinze anos finalmente saí para uma outra igreja dos tais irmãos que não conhecem a revelação e não conhecem a verdadeira "obra" de Deus (como o grupo anterior dizia).
Neste outro grupo estávamos tentando trabalhar normalmente na simplicidade do Evangelho. Porém, os "donos (sócios e proprietários)" desta igreja começaram a ter problemas psicológicos sérios achando que queríamos "tomar" a igreja deles. Isso para mim foi uma grande comédia, foi hilário, foi uma total falta de cultura e de princípios. Pessoas sem capacidade nenhuma de liderar nem bois, quanto mais pessoas.
Eles diziam que se o povo servisse a eles estaria servindo a Deus, que presunção, que loucura.
Na realidade são falsos profetas que querem "viver" do Evangelho e não No Evangelho. Ou seja, dai-me o dízimo nosso de cada dia e todas ofertas alçadas e não alçadas (rsrs), faça todos os desejos destes pastores(as) e serás farto, e fazendo assim o devorador não vai te devorar, entendeu? Caso contrário, o diabo te come, te devora, te rói igual a um pitbull roendo osso de galinha, rsrs (isto é assunto para um livro que estou escrevendo sobre dízimo e ofertas).
E pega dinheiro emprestado com membro, usa cartão de crédito de outro membro para comprar móveis para dentro da sua casa, pega cheque emprestado, manda sustar cheque que pegou emprestado (estelionato). Uma verdadeira orgia com o dinheiro do povo.
E eu não tenho o mínimo de cumplicidade com isso tudo e nunca vou ter.
Quem me conhece sabe quem eu sou, que não estou nem aí para esse "jesuis" vendido como banana em feiras. Eu sirvo a um Jesus totalmente diferente deste pintado pelas igrejas. Um Jesus real, verdadeira, que se deu por toda humanidade na cruz.

Bom, como a palavra de Deus é a Verdade, e nela não há engano, eu saí também desta igreja, mas, não briguei com Deus e muito menos com Jesus, sendo assim, atualmente estou reunindo com alguns irmãos em nossas casas. Temos pregado o Evangelho sem compromisso de trazer ninguém para dentro, somente tentando preparar as pessoas para fazer o contrário e sair, ir, andar, caminhar, viver em Cristo, a pregação virou parte do nosso dia-a-dia e não com horário marcado. Nada de estacionar dentro de uma igreja e se tornar mais um clone de crente. Igreja significa "chamados para fora" e não "chamados para dentro".

Hoje sei o que é conversão, como devemos amar ao próximo que nos ama e também ao próximo que nos odeia.

Eu amo a todos, inclusive estes citados por último, só não posso ser participante desta total falta de caráter, pois, meu pai, sem ser "crente" foi o principal responsável pelo meu caráter, a ele eu agradeço grandemente e sei que Deus tem um lugar reservado para ele nas mansões celestiais.

Hoje sei que tenho que estar em paz com Cristo em minha vida com todos aqueles que estão ao meu redor, quer gregos, quer romanos, quer judeus e não apenas com o grupo que faz parte do mesmo contexto que vivo.

Eu não estou aqui para falar mal de nenhum grupo religioso cristão/evangélico, estou apenas postando superficialmente algo sobre minha vida, minha experiência pessoal nesta caminhada. Sei que muitos que lerem vão dizer "Caiu, saiu e está blasfemando contra o ES", antes de dizer isto, analise as coisas que escrevi à luz da Palavra de Deus, não com base apenas no que ouviste da boca de outros.

Quero te pedir, leia os Evangelhos, leia as cartas, leia todo Novo Testamento tirando todo capacete da religião e colocando o capacete da salvação pela graça de Cristo. Não aceite como vindo de Deus tudo que dizem em nome Dele, porque muito do que dizem em nome Dele ele não tem assinado embaixo e não tem relação nenhuma com estas coisas.

Odlave Sreklow.

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