domingo, 25 de abril de 2010

Encontro religioso

Encontro religioso

Acordamos cedo, ao primeiro sinal do encontro dominical.

Chegamos ao santuário e ficamos aguardando nossos irmãos,
Um a um vem chegando e se ajuntando.

Nos cumprimentamos e juntos vamos nos alegrando.

Alguns chegam no horário, alguns atrasam, mas, ninguém é criticado.

Se faltamos a algum encontro precisamos justificar junto ao nosso líder, que,
Sempre entende nossos problemas e tarefas particulares,
Ignorando nossos erros e olhando para nós como pessoas.

Assim que se aproxima o horário,
Deixamos a conversa de lado e partimos para a oração inicial,
Muita reverência nesta hora, todos de mãos dadas,
Agradecendo ao Deus Altíssimo.

Inicia-se então, nosso culto.

Se alguém tratar o irmão de forma grosseira,
Este alguém, será retirado de suas funções,
Passando um período no banco.

Disciplina acima de tudo.

Este irmão precisa pagar um preço pelos erros cometidos ao próximo.

Sempre devemos nos preocupar com nossos irmãos, estarmos atentos.

Ouvi dizer que certa vez, quando um dos irmãos estava passando por
Problemas financeiros, os irmãos se reuniram arrecadando
Dinheiro para ajudá-lo, isto foi dito a mim pelo próprio necessitado.

Apesar de nosso líder não nos cobrar o dízimo,
Mensalmente damos nossa contribuição.

Se você fizer algo de errado, existem as ofertas para você se redimir.

Como em todo ajuntamento humano, em nosso meio também existem aqueles
Que querem ser considerados os melhores.

Mas, na maioria das vezes,
Este irmão descobre que não é melhor do que ninguém.

Entre nós também existe disputa, mas, sempre de forma saudável.

Nosso culto dura aproximadamente duas horas.

Vários visitantes aparecem em nossos encontros.

Se alguém deseja ser aceito no grupo,
Este alguém não é submetido a nenhum ritual,
Apenas à avaliação do grupo, que, sempre é positiva, pois,
Não há interesse em deixarmos ninguém de fora.

Alguns irmãos nos deixam, mas, não os condenamos,
Queremos que vivam em paz.

Exclusão? Só em casos raros, onde o caráter e a moral não sejam valorizados.

Será que estou falando de uma igreja ou religião?

Não!

Estou falando do time de futebol do Madrugadão de Viana,
Onde jogo todo domingo pela manhã, no campo do Tradição.


Odlave Sreklow.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

MERDA E OURO

Merda e ouro

 

 

Paulo Leminski

Merda é veneno.
No entanto, não há nada
que seja mais bonito
que uma bela cagada.
Cagam ricos, cagam padres
cagam reis e cagam fadas.
Não há merda que se compare
à bosta da pessoa amada.

domingo, 18 de abril de 2010

Algumas reflexões sobre a psicologia escolar



Em seu ensaio intitulado "Algumas reflexões sobre a psicologia escolar", Sigmund Freud fala sobre o momento em que a criança começa a descobrir que seu pai não é o mais poderoso, sábio e rico dos seres.
Ao vislumbrarem o mundo exterior, descobertas são feitas e mudam sua opinião sobre o pai. Tais descobertas apressam um processo de desligamento com o pai. Porém, o indivíduo não se liberta completamente da imagem do pai, por toda sua vida irá lidar com o desejo da imagem do pai.

Durante seu desenvolvimento o ser humano passará por diversas substituições à figura do pai.

Esta substituição ocorre, por exemplo, quando a criança começa a estudar. Ela vê o professor como o substituto desta imagem do pai onisciente, do detentor do conhecimento.
O processo se repete e, com o passar do tempo, a criança descobre que o professor não é exatamente como ela pensava. À partir deste momento a criança passa então a tratá-lo como fazia com seu pai em casa.

Deus é a figura mais perfeita desta substituição, onde reproduzimos todo nosso desejo do pai onisciente, do pai que pode todas as coisas.

Entretanto, muitas vezes esta imagem do pai não é exatamente atribuída a Deus.

Esta substituição acontece muito no caso da religião, onde atribui-se superioridade a determinado indivíduo. Em todas religiões cria-se uma hierarquia composta por líderes e subordinados, existindo, em algumas delas, graus entre os subordinados e os líderes. Isto faz com que os subordinados se sintam seguros e confortáveis na pessoa do líder.
A figura do líder na religião, além de ocupar o papel de pai onisciente, é visto como alguém superior em todos os aspectos, acreditando-se assim, que o único ser capaz de julgá-lo ou corrigi-lo seria o próprio Deus.

O grande equívoco está na "não percepção" da falibilidade humana também existente em tais representantes.

Assim ocorre o desligamento da criança com o pai biológico, aquele que era um modelo a ser imitado, agora, é eliminado.

No caso do líder religioso atribui-se a ele uma superioridade (na maioria das vezes) não por seu intelecto, por sua sabedoria, mas, por ter a suposta capacidade de dialogar com o próprio Deus, que seria o pai inalcançável fora da estrutura formada por tal líder.

Isso é patente por exemplo na religião denominada "cristianismo" (católico ou evangélico), onde acredita-se que algumas pessoas atingem níveis espirituais mais altos conforme suas ações e cumprimento de regras, dogmas e rituais considerados santificadores.

Esta figura está presente em praticamente todas as religiões.

Não apenas no cristianismo, mas, por exemplo, no budismo, acredita-se em um avanço espiritual através de rituais e negações de sua própria natureza humana, assim, se tornando um ser mais purificado.

Abraços,

Odlave Sreklow.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Literalmente lobo em pele de ovelha, rsrs.

Fonte:
http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2010/04/624987-
ladroes+se+fantasiam+de+ovelhas+e+enganam+300+
policiais+na+argentina.html

Ladrões se fantasiam de ovelhas e enganam 300 policiais na Argentina

13/04/2010 - 16h38 ( - G1)
Os ladrões Maximiliano Pereyra, de 25 anos, e Ariel Diaz, 28, passaram uma semana disfarçados como ovelhas na Argentina. A dupla fugiu de um presídio e, para não ser reconhecida, se fantasiou do animal e se juntou a outras ovelhas de uma fazenda.



Policiais encontraram ladrões em Saladillo. (Foto: Reprodução/La Nacion.com)


Segundo a imprensa argentina, os ladrões enganaram cerca de 300 policiais que estavam a sua procura na região.

Moradores de La Almeda reconheceram a dupla uma semana depois da fuga. Eles foram vistos correndo pelos campos segurando a fantasia. Pereyra e Diaz foram presos em meio a muitas ovelhas de uma fazenda em Saladillo.

A polícia local preferiu não comentar o caso.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Dez minutos de exaltação "crentiniana" (ou seria "evangelical"?)



Ontem me senti um perfeito crente.

Lógico que foi da forma mais sarcástica possível, mas, é exatamente assim que eles (os crentes) se sentem ante às coisas da vida.

Explico:
Cheguei atrasado no trabalho, não encontrei vaga para estacionar meu carro, logo, o carro ficou loooonge pra caramba de onde eu trabalho. Até aí tudo bem, não costumo reclamar por qualquer coisa, levei na brincadeira e pensei: "Já estou atrasado e para ajudar ainda mais tive que colocar o carro lá na casa do chapéu, faz parte, não tem problema".

Porém, por volta das 17:00 o céu desabou, choveu barbaridades, olhei do lado de fora e a água já estava subindo, haviam carros que estavam ficando no meio de muita água.
Corri para ver meu carro que estava em um lugar que não estava enchendo, tinha apenas um palmo de água onde ele estava.

Veio um pensamento crentil em minha mente e eu ri muito disto: "Deus me ama, foi Ele que fez com que meu carro ficasse aqui, agora, os outros 40 carros que estão no meio do lamaçal provavelmente são de pessoas que não são fiéis, rsrs" (ri muito quando fiz esta comparação, duvidei que existissem pessoas que pensam assim, mas, olhando para meu passado de "evangelicalismo", afirmo, existe sim).

A segunda invasão crentiniana em minha mente, para também me fazer rir foi quando eu estava indo embora.

Agora, com água quase nos joelhos, fui em direção ao meu carro (que continuava protegido da água, rsrs). Havia um homem andando na minha frente, e eu, estava na mesma direção, só que a uma boa distância dele.

De repente o homem enfia a perna direita em um boeiro, eu me aproximei e perguntei se não tinha se machucado. Estava tudo bem, a perna dele não tinha encostado na borda do boeiro.

À noite, já em casa, é que fui acometido pelo pensamento crentiniano:
"Deus me deu um grande livramento, nooossa, se aquele homem não estivesse na minha frente quem teria caído no buraco seria eu. Aleluia, Deus me ama, louvado seja Ele".

Ri bastante disto tudo, mas não é de rir, é de chorar. É isso mesmo que a comunidade crentiniana ou "evangelical" costuma fazer.

Costuma dizer que Deus as ama a ponto de ferrar com o mundo para salvar a sua pele, se acham melhores que todo mundo e que Deus faz o impossível só pra eles.

Deus seria muito exclusivista, egoísta, sacana e um "des-humano", rsrs.

Mas Graças a Deus que Deus não é assim.

Na realidade se houve alguma intervenção divina, foi o fato de eu estar ali quando o homem quase se machucou para poder pelo menos perguntar se estava tudo bem, talvez ele precisasse de um despertar de um estranho para saber que existem pessoas comuns que se importam com ele, mesmo que seja de forma passageira, perguntando: "Está tudo bem?".

Esse foi um relato simples, engraçado, nada inspirado, rsrs.

Deus nos livre da crentici, crentinianidade e evangeliquês.

Odlave Sreklow.

domingo, 4 de abril de 2010

Quando o blog vira religião



Esses dias descobri um blog com assuntos religiosos que é administrado por algumas pessoas que não conheço pessoalmente, exceto um dos últimos a fazer parte pois trabalha na mesma empresa que eu. Tais pessoas também entenderam que a "igreja" atual não se encaixa com o Evangelho.

Eu não tenho muito tempo de ficar visitando muitos blogs e sites, aliás, quase não tenho tempo para  meu próprio blog, rsrs.

Estou escrevendo este texto devido ao fato de que, comentei em tal blog e, no comentário fiz uma brincadeira perguntando o que era necessário para fazer parte de tal grupo de blogueiros que mantém aquele blog.

Uma brincadeira que foi respondida com certa ignorância por um deles, que, inclusive me acusou de não ter retribuído um comentário que ele fez em meu blog, indo ao dele e também comentando. Apesar de eu já ter comentado alguns post's em seu blog. Ele disse que pra fazer parte dos mantenedores daquele blog eu teria que dedicar um bom tempo comentando sempre no blog e nos blogs de tais mantenedores, ou seja, fazer parte do círculo de blogueiros, comentando e sendo comentando, rsrs.

Senti um cheiro de religião no ar.

Comecei a imaginar que tal pessoa tem o blog como sua fuga da religião, como seu tótem, como sua "igreja", sendo os gestores, os membros de tal religião.

Refletindo na atitude dele comecei a me perguntar se meu blog também não tinha se tornado uma religião, uma rota de fuga, um esconderijo, um lugar de desabafo.

Confesso que o que escrevo aqui em meu blog, escrevo para mim mesmo, para que eu vá registrando meus pensamentos e comparar se os mesmos evoluirão com meu envelhecimento.

Mesmo assim creio que muitos tem sido beneficiados pelo que escrevo.

Ora, ora, se eu não tenho tempo para a religião porque faria de meu blog minha religião.

Muito pelo contrário.

Na realidade estou em processo de mudança de pensamentos constantemente.

Mesmo não conseguindo deixar de postar coisas contra o Cristianismo atual, tenho em mim que esta visão "profética" está passando.

Pois hoje, ao estudar minuciosamente algumas religiões, sei que elas são necessárias a sociedade (sempre foram) e eu, não vou mudar isto nunca, mesmo porque nem Jesus conseguiu acabar com as religiões e rituais.

Este era o objetivo de Jesus, que toda religião e rituais fossem enterrados em sua ressurreição, porém, não foi isso que aconteceu.

A religião persiste, o ser humano não consegue se desligar dos rituais.

Seria este post um texto ressentido por não ser aceito em tal confraria? Sei lá, talvez seja, ou talvez não, rsrsrs.

Só sei de uma coisa, estou com muito sono, meus filhos foram dormir, minha esposa já me chamou e não vou trocar minha família por uma vida virtual.

Fora da internet ainda existe vida inteligente.

Abraço a todos que lerem este texto, de coração.

Odlave Sreklow.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

SIM, CONSTANTINO É O PAI DO CRISTIANISMO



CONSTANTINO, LACTÂNCIO E O CRISTIANISMO IRREFORMÁVEL...


Depois da Era Apostólica Original, a comunidade mais ampla dos discípulos que permaneciam fiéis à Palavra dos Apóstolos já mortos, estava cansada...; e as coisas somente pioravam... 


Já tinham passado por dez grandes perseguições gerais, muitas outras em regiões especificas, e infindas de natureza individual e pessoal.
Os Apóstolos haviam dito que “o tempo estava próximo”; mas eles próprios haviam partido e o Senhor não voltava...


Enquanto isto [...] não sabiam se ficavam nas cidades ou se buscavam refugio nos montes, covas, florestas, regiões distantes, em cidades subterrâneas, ou nos infindos túneis que cavaram [...], como ainda hoje se vê em muitos lugares, especialmente na Capadócia, na Turquia.

Aos olhos deles todas as predições de Jesus e dos Apóstolos estavam já cumpridas, pois, tudo o que tinham visto nos últimos 280 anos eram guerra e rumores de guerra, revoluções, terremotos, vulcões poderosos e devastadores, pragas, mortes em quantidade impensável, pestes chacinadoras, como nos dias do Imperador Décio; além de que não lhes faltaram [de Nero em diante] inúmeros candidatos perfeitos ao posto de Besta e de Anti-Cristo na Roma/Babilônia, na Grande Meretriz, na Cidade das Sete Colinas. 

Entretanto, apesar de tudo, quanto mais sofriam, mais cresciam e se espalhavam; de modo que a perseguição sempre foi o maior espalhador das sementes do Evangelho pelo mundo, desde o tempo dos Imperadores Romanos.

Todavia, o Senhor não voltava...; as perseguições não cessavam; e nem o Império se convertia...  
Foi nesse tempo de cansaço de esperança, porém de crescimento pela perseguição, que surgiu o Imperador Constantino.

O Império estava dividido, enfraquecido, invadido, somente se impunha pela força dos mercenários e das expansões feitas pela brutalidade; enquanto Roma sucumbia à devassidão, à lassidão, à volúpia, a dês-humanização...

Do mesmo modo que o Império estava enfraquecido [...] seus deuses também estavam; posto que não impedissem as invasões bárbaras; nem as rebeliões de escravos; nem as revoltas das nações conquistadas; nem os terremotos, nem as pragas, nem os vulcões, nem dassem aos romanos nada que não fosse por eles tomado no saque que faziam às nações que submetiam..., ainda que nunca definitivamente...

O Senhor não voltava, mas Constantino aparecera... Aleluia!... Gritavam os crentes!

Metido na sua corte, como seu escriba, estava um cristão chamado Lactâncio. Foi Lactâncio o “profeta” de Constantino, sim, pois foi dele a interpretação de que o meteoro caído diante deles antes do ataque a Roma, para tomar o poder, era um sinal de Jesus de que Constantino era o “escolhido”, o “cristo da história”, o Imperador que, pela espada, imporia o Reino de Deus, ainda que a proposta fosse a de que o império romano de Constantino não teria fim, sendo uma espécie de “reino davídico dos cristãos” — o que se tornou realidade/engano pelo fato de que a Igreja Católica Apostólica Romana é a Roma de Constantino viva até aos dias de hoje...

Lactâncio teve um papel fundamental na construção do Constantino Décimo Terceiro Apóstolo de Jesus, o apóstolo imperador, o apóstolo da espada, o apóstolo das glórias terrenas e da Igreja Triunfante na Terra, não nos céus. 

Foi de Lactâncio a inspiração de que o “tamanho da igreja e sua presença em todo o império”, seria de grande valor político para Constantino. Foi dele a idéia de colocar a chamada Cruz de Constantino como novo Emblema do Império, substituindo a Águia.

Também foi dele a idéia de fazer da fé em Jesus uma Religião Oficial no Império. 

Sim, o escriba Lactâncio foi um cristão cansado de ser perseguido, e que estava próximo demais do poder para não tentar influenciar em nome de Jesus...

Ora, Lactâncio começou apenas buscando mais tolerância para os cristãos [...], mas depois de um tempo suscitou no Imperador a certeza política de que o grupo dos escravos amantes de Jesus era a melhor base de apoio que ele poderia ter no Império, dado ao tamanho e à capilaridade da igreja dos discípulos de Jesus.

Foi dele também a idéia de que o Imperador agradaria aos cristãos construindo Basílicas nos lugares mais históricos para a fé dos cristãos...

Ele foi a peça fundamental também na construção dos elos entre o Imperador e os bispos das igrejas locais, ainda escondidas e intimidadas. 

Da noite para o dia os bispos viravam eminências pardas.

Depois Constantino aprendeu a andar com as próprias pernas, manobrando os bispos na medida em que lhes dava poder...

Foi por tal poder que o antigo crescimento dos cristãos se perdeu, virando inchaço e adesão... Logo surgiram os sincretismos... A seguir a bruxaria tomou conta em nome de Jesus, de um lado; e, de outro lado, surgiram os eruditos oficiais dos ditos de Deus, os teólogos; tudo sob o patrocínio do Imperador.

Constantino continuou matando e sendo inclemente com muitos... Foi ele quem primeiro invocou em “nome de Jesus” o principio diabólico da guerra santa e da igreja de espada na mão.

As raízes do Cristianismo Constantiniano [aliás, o único Cristianismo, posto que Jesus nunca tenha fundado nenhuma religião ou Cristianismo] — determinam até hoje quase tudo aquilo que a “igreja” chama de “Deus”, de “Jesus”, de “Igreja”, de “Doutrina”, de “Poder”, de “Estado”, de “Direito”, de “Ciência Teológica”; e está presente em todas as formas de governo e disciplina na “Igreja”.

Ora, como Jesus não voltara, mas Constantino aparecera como um ladrão de noite, os crentes logo celebraram a vitória de Constantino como uma manifestação da vinda do Senhor de forma diferente; como reino glorioso feito pelo poder de um império de trevas...

Em menos de trinta anos um grupo de milhões de discípulos de Jesus, que viviam de modo singelo e hebreu no caminhar, se tornou o poder dominante de um Império, do maior de todos os Impérios, do Império Romano; e, assim, sem pestanejar, reinterpretaram Jesus e a Sua vinda; e celebraram o reino de Deus nas garras da Meretriz Oportunista, que agora apenas dava aos famintos a chance de transformarem pedras em pães, de pularem do Pináculo do Templo com a escolta de anjos imperiais, em troca de darem apenas apoio político ao Imperador, enquanto eles, a agora não mais Igreja, mas apenas “igreja” [...], ganhavam todos os reinos deste mundo...

Praticamente ninguém mais conseguiu ser cristão sem levar alguma marca da Besta Constantiniana; sim, seja nos temas da vida; na idéia acerca de quem é Deus; ou acerca da Trindade [esquartejada em Nicéia]; ou da noção de influencia do Reino de Deus neste mundo; ou de guerra santa e justa; ou de evangelização; ou de teologia; ou de credo; ou de modo de governo; ou de importância humana e histórica; e de um monte de outras coisas... — que não nos tenham vindo como herança de Constantino; e que influenciaram toda a “Cristandade”; e que deram forma ao Cristianismo, que fizeram uma Dieta no Protestantismo, mas que nele não perderam o DNA; e que hoje estão revividas com todas as forças entre os Evangélicos, todos eles, mas especialmente entre os Neo-Pentecostais. 

Hoje Constantino tem no Brasil a cara de um Macedino!...

Constantino é o Pai do Cristianismo!... 

O Católico, ou Universal em Constantino, não são termos que têm o sentido da catolicidade e da universalidade do espírito de tais termos conforme o espírito do Evangelho.

Católico e Universal em Constantino são termos que significam exatamente aquilo que os termos Católico e Universal se tornaram no Cristianismo...
Sim, Constantino é o Pai do Cristianismo!... Somente ele; e Jesus esteve fora...; sempre...

Jesus esteve presente [...] como apenas sempre apenas nos corações [...]; mas nada teve a ver com toda a História da Igreja [...] de Constantino para cá.

Jesus teve a ver com a história de milhões de pessoas, mas não com a História da Igreja de Constantino, que é todo o Cristianismo, especialmente em sua manifestação ocidental, ainda que o fenômeno tenha sido “católico” em sua influencia “universal” do reino imperial de “Deus”...



Esta é a razão de a “igreja” ser tão diferente de Jesus e tão semelhante a Constantino.

Sim, pois o espírito do Cristianismo sempre foi e será “romano” em seu DNA; e tal espírito é anticristo em relação ao Evangelho de Jesus.

Somente o diabo faz de conta que não foi e não seja assim!


Sim, mano, olhe no espelho e veja que você é a cara do Imperador Constantino; 

pois, se seu espírito é do Cristianismo, então, é de Constantino que você é filho!
É por esta razão que eu creio que o Cristianismo é irreformável...

Nele, em Quem não tenho nenhuma dúvida acerca do que disse acima,

Caio
10 de novembro de 2009
Lago Norte
Brasília
DF